terça-feira, 5 de junho de 2012

Lista "Top 10 Novas Espécies" inclui descobertas brasileiras

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Aranha azul descoberta no Brasil/Foto: Caroline Fukushima/INST.BUTANTAN/IB-USP


Novas espécies descritas com a participação de cientistas brasileiros estão entre os animais considerados os mais belos e curiosos descobertos no mundo. A revelação veio da lista "Top 10 Novas Espécies" de 2011, anunciada pela Universidade do Estado do Arizona (ASU), dos Estados Unidos, em 24 de maio, de 2012.
O segundo lugar da lista figura a cubo-medusa Tamoya ohboya (um tipo de água-viva) e a décima posição a tarântula Pterinopelma sazimai, ambas tiveram participação brasileira. A primeira foi descrita por pesquisadores do Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP) ligados ao Programa BIOTA-FAPESP, e a segunda por cientistas do Instituto Butantan.

A cubo-medusa Tamoya ohboya
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Fotos: Divulgação


A cubo-medusa Tamoya ohboya foi descrita na revista Zootaxa por uma equipe que envolveu pesquisadores do Instituto Smithsonian e da Universidade do Kansas – ambos dos Estados Unidos – e os brasileiros André Morandini e Antonio Marques, do Departamento de Zoologia do IB-USP.
De acordo com Marques, quando o grupo dos Estados Unidos coletou algumas das medusas na ilha holandesa de Bonaire, no sul do Caribe, percebeu sua semelhança com a espécie Tamoya haplonema, encontrada na costa brasileira e conhecida desde o século 19. Para confirmar que se tratava de uma espécie já conhecida, os pesquisadores entraram em contato com os dois cientistas da USP que coletaram espécimes da medusa brasileira em Santa Catarina.
“Fizemos o trabalho de comparação direta da morfologia, da morfometria e do DNA. Graças a essa comparação concluímos que a medusa da ilha de Bonaire deveria ser descrita como uma nova espécie para a ciência”, explicou Marques à Agência Fapesp.

A aranha azul
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O nome dado à tarântula Pterinopelma sazimai foi uma homenagem ao cientista que coletou um exemplar do animal pela primeira vez, o zoólogo Ivan Sazima, professor aposentado do Instituto de Biologia (IB) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
De acordo com Sazima, a aranha encontrada era uma fêmea, que não foi identificada na época pois a sistemática desse grupo é feita com base na morfologia dos machos.
“Lembro que encontrei essa aranha na Serra do Cipó, em Minas Gerais, sob uma pedra em campos rupestres característicos da Chapada do Espinhaço, em dezembro de 1971. Depois de terminar os trabalhos de campo, levei a aranha viva para Sylvia Lucas, pesquisadora do Butantan”, contou.
De acordo com Sazima, apesar da dificuldade por se tratar de uma fêmea, Lucas percebeu que se tratava de uma espécie não descrita. A aranha foi mantida viva por mais de dez anos no Instituto Butantan, mas morreu durante uma de suas trocas periódicas do exoesqueleto, antes que fosse possível descrevê-la.
A Pterinopelma sazimai só foi descrita em 2011, na revista Zootaxa, pelos pesquisadores Rogério Bertani, Roberto Nagahama e Caroline Fukushima, do Instituto Butantan.


Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br

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