quinta-feira, 31 de maio de 2012

EcoD Básico: Biodigestores

o manejo integrado dos dejetos de animais poder�ser obtido, fazendo-se a reciclagem desses
O manejo integrado dos dejetos de animais poderá ser obtido, fazendo-se a reciclagem destes/Imagem: Reprodução CPT

Os biodigestores são tanques protegidos do contato com o ar atmosférico, onde a matéria orgânica contida nos efluentes é metabolizada por bactérias anaeróbias (que se desenvolvem em ambiente sem oxigênio). Neste processo, os subprodutos obtidos são o gás (Biogás), uma parte sólida que decanta no fundo do tanque (Biofertilizante), e uma parte líquida que corresponde ao efluente mineralizado (tratado).
O Biogás é um gás inflamável produzido por microorganismos, quando matérias orgânicas são fermentadas dentro de determinados limites de temperatura, teor de umidade e acidez, em um ambiente impermeável ao ar. Seu principal componente é o gás metano que, uma vez queimado nos aterros sanitários, é transformado em dióxido de carbono (CO2) e água.
A tecnologia de biodigestores já tem pelo menos duas décadas no Brasil. Iniciou-se com modelos provenientes da China e Índia. No entanto, o Brasil teve algumas dificuldades na sua implementação, fazendo com que esta tecnologia caísse no descrédito no meio rural.
Nestas duas décadas houveram avanços tecnológicos significativos que possibilitaram a solução de várias dificuldades. Assim, o modelo de biodigestor adotado para o Biossistema Integrado agrega avanços, além de levar em conta a simplicidade de manejo e baixo custo de construção.
O princípio de funcionamento dos biodigestores se baseia no processo anaeróbio. Se trata de um ambiente criado de forma artificial e favorável ao desenvolvimento de bactérias anaeróbias. Existem vários modelos de biodigestores, sendo que cada um é adequado aos diferentes tipos de resíduos obtidos no meio rural, podendo ser operados com cargas contínuas ou batelada. Entre os vários tipos, os mais utilizados são os biodigestores indianos; chineses; fluxo tubular e o tipo batelada.

Utilização dos biodigestores

Os objetivos para se utilizar os biodigestores são variados:
  • Podem ser empregados na obtenção de combustível de alta qualidade para as áreas rurais, sendo, ao mesmo tempo, preservado o valor do efluente como adubo;
  • Podem atender ao duplo objetivo de produção de energia e de tratamento de dejetos, principalmente de animais em fazendas, o que possibilita o manuseio de um material sem odores.
O Brasil dispõe de condições climáticas favoráveis (clima tropical, os digestores dispensam sistemas adicionais para aquecimento) para explorar a energia derivada dos dejetos animais e restos de cultura, além de liberar o gás de bujão e o combustível líquido (querosene, gasolina, óleo diesel) para a população urbana, aliviando o país, com isso, de uma significativa parcela de importação de derivados do petróleo.
O mesmo biodigestor que trata os dejetos vindos do estábulo, da pocilga ou do confinamento de bovinos pode ser ligado ao esgoto doméstico das residências. Embora sejam usados primordialmente como fonte de energia e de fertilizantes orgânicos para produtores rurais, os biodigestores também podem ser empregados como um sistema de tratamento de esgotos humanos para pequenas comunidades urbanas.

Tipos de biodigestores

Biodigestor anaeróbico tubular - é composto de caixa de entrada: parte do biodigestor em que é feito o carregamento dos resíduos animais e vegetais. Os resíduos podem ser submetidos a uma trituração e diluídos com água até atingirem o teor adequado de umidade (90 a 95% de água).
- Biodigestor propriamente dito: dentro do biodigestor, na área de entrada de materiais, processa-se inicialmente uma fermentação aeróbica ácida na qual os açúcares simples presentes no material são fermentados e se transformam em acetato (ou ácido acético). No corpo do biodigestor passa a ocorrer uma fermentação anaeróbica concomitante. As bactérias que produzem acetato usam todo o oxigênio presente na carga inicial e o ambiente interno do biodigestor tende a ficar anaeróbico e as bactérias que sobrevivem são apenas as anaeróbicas. Elas utilizam o acetato em seu metabolismo e o transformam em metano. O ambiente torna-se totalmente anaeróbico e a formação de biogás ganha a maior eficiência. O dimensionamento do biodigestor deve permitir a retenção da biomassa. O nível de DBO (Demanda Biológica de Oxigênio) do líquido em fermentação declina e ele começa a se transformar em biofertilizante.
- Caixa de saída: cada volume de carga na entrada corresponde à saída do mesmo volume de líquido do biodigestor. Este líquido deve ser armazenado em condições aeróbicas para que, sob a ação de bactérias nitrificantes, sofra uma última e drástica redução do seu nível de DBO. Estas reações bioquímicas finais resultam na formação do biofertilizante. Como também deve estocar o produto, este tanque aberto deve ter capacidade de armazenar cerca de 30 dias de produção do biodigestor.
Biodigestor de batelada ou de fluxo não contínuo - O batelada é mais simples de ser construído, composto apenas pela câmara de biodigestão cilíndrica, que é feita de alvenaria, e pelo gasômetro móvel, com formato cilíndrico e cobertura abaulada, construído de material metálico. Muito útil em situações em que a remoção dos dejetos não é feita diariamente, como ocorre na avicultura de corte, onde os dejetos são retirados das granjas ao final de cada período de produção, o que dura, em média, 60 dias.


Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br

Regras que regem direitos às florestas também limitam seu uso, diz estudo

�dio
Cerca de 2,2 bilhões de pessoas participaram da análise/Foto: fotos-leobergamo

As áreas florestais sob controle de comunidades locais e indígenas nos países em desenvolvimento aumentou em 10% nos últimos 20 anos (de 21% para 31%), porém, essa conquista corre risco de retrocesso. A avaliação faz parte do estudo divulgado nesta quarta-feira, 30 de maio, pelo grupo de organizações internacionais, regionais e comunitárias conhecido como Iniciativa para Direitos e Recursos (RRI, na sigla em inglês).
A pesquisa analisou a situação em, aproximadamente, 75% das florestas de 27 países em desenvolvimento, o que totaliza cerca de 2,2 bilhões de pessoas. De acordo com o levantamento, em florestas da África, Ásia e América Latina, mais de um terço das regras que regem os direitos às terras também limita o uso desse território pelas comunidades locais. Para os pesquisadores, a falta de vontade política e os obstáculos burocráticos são os grandes vilões do processo.
“Os povos da floresta estão encurralados entre as forças em prol da sustentabilidade ambiental e a forte pressão pelo desenvolvimento econômico. Há um iminente risco de retrocesso nesses direitos, a exemplo dos esforços dos grandes pecuaristas no Brasil no sentido de enfraquecer os direitos detidos por comunidades tradicionais e indígenas, e pela contínua grilagem global por parte de investidores em todos os continentes”, destaca o documento.

Brasil

O estudo descreveu a situação de povos tradicionais. No Brasil, um dos exemplos é o do Pará. Os pesquisadores consideraram a situação brasileira positiva e avançada, no ponto de vista da legislação. As organizações internacionais também destacam o reconhecimento de terras indígenas e quilombolas, previsto na Constituição Federal, e as regras sobre reservas extrativistas, reservas de desenvolvimento sustentável e florestas nacionais que têm o uso sustentável dos recursos ambientais como principais objetivos.
Segundo uma das autoras do estudo, Fernanda Almeida, as “leis, por si só, não bastam”. A pesquisadora comenta: “Precisam ser boas leis, e precisam ser implementadas”. De acordo com a RRI, quando os direitos desses povos são reconhecidos, “as comunidades de floresta são protetores tão bons ou ainda melhores do que os governos e a indústria”.


Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br

Extrato de planta brasileira combate bactéria responsável por infecções hospitalares

planta
A planta Kielmeyera Aureovinosa era desconhecida/Foto: Mario Gomes (Extracta)

O extrato da planta Kielmeyera Aureovinosa, recém descoberta na flora brasileira, animou os pesquisadores da empresa Extracta Moléculas Naturais. A substância, nomeada Aureociclina é capaz de combater a bactéria Staphylococcus Aureus, principal causa de infecções hospitalares com alto índice de mortalidade.
A Extracta, responsável pela descoberta, vai desenvolver um antibiótico com o objetivo de solucionar o problema. Segundo o fundador da empresa e docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Antônio Paes de Carvalho, inicialmente, o remédio será criado em forma de creme para prevenir ou tratar a infecção em lesões cutâneas, conhecidas como feridas na pele. Indiretamente, o tratamento evitará que a bactéria se instale no organismo.
Embora não cause sintomas aparentes, ao penetrar no corpo, a Staphylococcus Aureus pode atingir a corrente sanguínea. A ação pode provocar infecções mais graves em órgãos e sistemas, e levar à morte.
As formas mais comuns de contaminação é por meio de sondas, cateteres mal instalados e pelo contato de médicos e enfermeiros com o paciente. Porém, Carvalho afirmou ao portal Ciência Hoje que o microorganismo já ultrapassou os limites do ambiente hospitalar. "Na comunidade, ele se manifesta, por exemplo, em clubes de luta e escolas, lugares onde normalmente há muitos machucados e as pessoas se tocam muito", destacou.

bact�ia
A bactéria é resistente a meticilina/Foto: Carl Zeiss Microscopy

Descoberta

Os estudiosos, que descobriram a Kielmeyera Aureovinosa na Mata Atlântica, utilizaram etanol para extrair moléculas de 49 espécies, no total. Ao ser colocado em contato com a Staphylococcus Aureus, durante 24 horas, a planta eliminou todas bactérias.
Foi constatado que o extrato da planta é mais eficaz que a Mupirocina, antibiótico sintético utilizado, atualmente, para combater a mesma bactéria.

Extracta

A empresa, criada em 1998, realiza pesquisas para descobrir moléculas ativas contra alvos biológicos determinados e a otimização dessas moléculas para fins terapêuticos especificados.
A extracta possui uma vasta coleção brasileira de extratos e compostos derivados obtidos da flora do país, que ampara as atividades de descoberta e de desenvolvimento de novos princípios ativos, aplicáveis a industrias de saúde, agricultura, manejo ambiental, alimentos, cosméticos e fragrâncias.


Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br

Código Florestal: ruralistas elaboram 50 emendas à medida provisória

moreira mendes informou que v�ios parlamentares v� entrar com mandado de seguran� contra a mp
Moreira Mendes informou que vários parlamentares vão entrar com mandado de segurança contra a MP/Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) elaboraram cerca de 50 emendas à Medida Provisória 571/2012, que trata dos trechos vetados do Código Florestal. Os parlamentares tem até a sexta-feira, 1º de junho, para apresentá-las. O atual presidente da frente, deputado Moreira Mendes (PSD-RO), informou que vários parlamentares vão entrar com mandado de segurança contra a MP, por considerarem “uma afronta” e “entendendo que a presidenta exorbitou no seu poder”.
Segundo Mendes, alguns deputados entendem que a legislação estabelece que assuntos votados no Congresso Nacional não podem ser objeto de medida provisória antes da aceitação ou derrubada do veto presidencial. Após o veto da presidenta Dilma Rousseff, o Congresso Nacional tem 30 dias para discutir o assunto. “Vamos ouvir o restante da frente para que se tome uma deliberação a esse respeito”, destacou à Agência Brasil.
O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) afirmou que ficou surpreso com a MP tratando de matéria derrotada na Câmara dos Deputados e a considerou uma “agressão” ao Congresso. “Ela passa a legislar acima da vontade do Congresso Nacional. Esse que é o ponto sobre o qual queremos entrar com mandado de segurança no sentido de buscar a sustação dos efeitos dessa medida provisória”, argumentou.
Moreira Mendes ressaltou que o assunto novo Código Florestal precisa ser liquidado, mas devido ao rito da medida provisória, com prazo de 120 dias, o tema não será resolvido antes do recesso parlamentar. Em relação às emendas, o presidente da FPA adiantou que a intenção é buscar um texto de conciliação, nem mantendo o atual e nem resgatando a proposta que saiu das discussões na Câmara dos Deputados.

Ameaça à Mata Atlântica

Com a aprovação do novo Código Florestal, os 7,9% que restam de Mata Atlântica no Brasil podem estar ainda mais ameaçados. Esta foi a avaliação feita pela Fundação SOS Mata Atlântica durante a divulgação do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que mostra as alterações no bioma no período de maio de 2010 a maio de 2011. De acordo com o estudo, o Brasil perdeu mais de 13 mil hectares de sua Mata Atlântica em apenas um ano. Segundo a fundação, o novo código pode provocar diminuição nas ações de reflorestamento.
“O novo código altera a obrigatoriedade da regeneração de determinadas áreas e esse estudo vai nos ajudar a avaliar os reais impactos do Código Florestal”, justificou Márcia Hirota, coordenadora do atlas, que foi produzido em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo ela, estão sendo feitos novos levantamentos para incluir no documento dados sobre matas ciliares e de várzea, que irão formar um “marco zero” do momento que antecede a implantação da nova lei. Os dados complementares devem estar prontos em agosto deste ano.


Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br

Planos de resíduos sólidos devem incluir catadores de rua

c51 300x214 Planos de resíduos sólidos devem incluir catadores de rua
Em São Paulo, quase 20 mil catadores realizam a coleta seletiva do lixo, em meio à ausência de uma política de resíduos sólidos

Pelos princípios da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), os municípios brasileiros têm até 2014 para separar e coletar seus resíduos, descartando somente os rejeitos que não são passíveis de reaproveitamento. Com essa medida será possível reduzir o lixo de uma megalópole como São Paulo de 11 mil toneladas/dia para 2,2 mil toneladas/dia em menos de dois anos.
No entanto, apesar da legislação da capital paulista determinar a elaboração de um Plano Municipal de Resíduos Sólidos até agosto de 2012, até hoje nada foi feito no sentido. Nesse contexto, grande parte da coleta seletiva da cidade acaba passando pela mão dos catadores, que além de colaborar com o poder público e a sociedade, atuam como agentes ambientais do meio urbano.
Atualmente, quase 20 mil catadores de rua prestam este serviço público, realizando a coleta e o envio de papéis, plásticos, latinhas e vidros para as cooperativas e, com isso, evitando o consumo de novas matérias-primas para a fabricação de mais produtos. Calcula-se que 90% de alguns materiais recicláveis que chegam à indústria possam ter sido coletados por catadores, segundo Eduardo Ferreira, da Rede Cata Sampa – composta por 15 cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis – e liderança do Movimento Nacional dos Catadores.
Ferreira e a coordenadora de programas da ONG Instituto 5 Elementos, Rizpah Besen, debateram o tema na sessão do filme “À Margem do Lixo”, no ultimo dia 10, no Cineclube Socioambiental Crisantempo. O documentário de Evaldo Mocarzel, além de acompanhar a rotina dos catadores na cidade de São Paulo, mostra a articulação política da categoria e os avanços com um maior apoio político federal.
“Além da mudança de visão, reconhecendo que os resíduos sólidos não são lixo, mas bens econômicos, e da previsão do fim dos lixões no país, a Política Nacional dos Resíduos Sólidos contempla a inclusão dos catadores. [...] A coleta seletiva não é sustentável sem esse grupo, ou seja, sem a vertente social”, expressa Rizpah.
O reconhecimento social dos catadores é baixo e dados mostram que empresas de coleta de materiais recicláveis movimentam a maior parcela dos recursos. Ainda, o fato de um caminhão fazer a coleta seletiva em São Paulo não quer dizer que a reciclagem vai ocorrer. Cerca de 60% do material da coleta das concessionárias vai para o lixo comum, enquanto muitas centrais não conseguem absorver a demanda da separação. “São 96 distritos no município, o ideal era cada um ter pelo menos uma cooperativa de catadores para absorver a quantidade de materiais da cidade”, esclarece Ferreira.
Enquanto assiste a toneladas de resíduos secos serem dispostas em aterros e paga caro pelo transporte dos resíduos a locais cada vez mais distantes, o município não dá mostras de qualquer avanço na elaboração de seu Plano Municipal de Resíduos Sólidos.
Panorama nacional
O Brasil avançou pouco no que se refere à gestão dos resíduos sólidos urbanos em 2011. Esta é uma das conclusões da nova edição do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) apresentado no último dia 8 em São Paulo. A destinação final ainda aparece como o principal problema a ser superado.
De acordo com a publicação, no ano passado, 3.371 municípios brasileiros, 60,5% do total, deram destino inadequado a mais de 74 mil toneladas de resíduos por dia, que seguiram para lixões e aterros controlados, sem a devida proteção ambiental. “Com a quantidade de resíduos que tiveram destino inadequado no país seria possível encher 56 piscinas olímpicas em cada dia do ano. Outras 6,4 milhões de toneladas sequer foram coletadas, o que equivale a 45 estádios do Maracanã repletos de lixo. Os dados mostram que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) ainda não começou a produzir efeitos e resultados concretos nos vários sistemas e nem no cenário atualmente implementado”, comenta o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho.
Segundo o estudo, quase 62 milhões de toneladas de resíduos sólidos foram geradas em 2011, 1,8% a mais que em 2010 – percentual duas vezes maior que a taxa de crescimento da população no mesmo período. “Esse dado é importante, pois revela que o volume de geração cresceu em uma proporção menor do que nos anos anteriores, mas continua numa curva ascendente”, observa Silva Filho. A edição anterior do Panorama apontou um aumento de 6,8% na geração.
“Das 55,5 milhões de toneladas de resíduos coletadas em 2011, 58,1% foram dispostos em aterros sanitários”, acrescenta Silva Filho, ao destacar que o índice evoluiu apenas 0,5% em relação a 2010. A geração per capita média do país foi de 381,6 kg por ano, valor 0,8% superior ao do ano anterior.
Outro dado da publicação diz respeito aos recursos aplicados pelos municípios para custear os serviços de limpeza urbana. Em 2011, a média mensal por habitante foi de R$ 10,37, o que equivale a um aumento de 4% se comparado a 2010. “É ainda um valor muito inferior ao mínimo necessário para garantir a universalização dos serviços, tendo em vista uma gestão baseada na hierarquia dos resíduos, conforme preconiza a PNRS”, alerta o diretor da associação.
Dos 5.565 municípios brasileiros, 58,6% afirmaram ter iniciativas de coleta seletiva, o que significa um aumento de 1% em relação a 2010.
Fonte: http://envolverde.com.br

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mata atlântica passa por mapeamento inédito sobre fungos

121 Mata atlântica passa por mapeamento inédito sobre fungos
Comunidades de fungos presentes no solo de três áreas da mata atlântica foram analisadas e catalogadas em pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), pela bióloga Vivian Gonçalves Carvalho. “Os fungos desempenham várias funções essenciais ao ecossistema. Muitos deles podem ser extintos antes mesmo de sabermos de sua existência, o que representaria uma grande perda para a ciência, principalmente para avanços na biotecnologia”, ressalta a pesquisadora sobre a importância do estudo. Vivian estimou que existam cerca de 1840 espécies de fungo no solo da mata atlântica.

As amostras de solo analisadas são provenientes de parcelas permanentes da mata atlântica, porções que foram implantadas pelo programa Biota da Fapesp para servirem como área de pesquisa da biodiversidade do estado de São Paulo. Elas estão localizadas no Parte Estadual de Carlos Botelho, na Serra de Paranapiacaba, Estação Ecológica de Assis, em Assis, e Parque Estadual da Ilha do Cardoso, no litoral sul de São Paulo. A mata atlântica é um bioma presente na maior parte da região litorânea do Brasil e uma das mais importantes florestas tropicais do mundo. A colonização deu início à extinção da porção nativa da mata, que se acentuou nas últimas décadas com a expansão agrícola. Esses dados ressaltam a importância de se fazer um mapeamento de comunidades microbianas desse bioma, antes que espécies desconhecidas sejam extintas.
Avaliação
Foram escolhidas três espécies arbóreas que estavam presentes nas três áreas. Foram recolhidas amostras do solo que estavam sob a copa dessas árvores. As amostras foram recolhidas em época de alta pluviosidade e de baixa pluviosidade, ou seja, de alta e baixa incidência de chuva.
Vivian utilizou métodos tradicionais e métodos moleculares, o que confere caráter inédito à sua pesquisa. Os estudos sobre fungos do solo da mata atlântica publicados até o momento utilizam apenas métodos de cultivo em laboratório para a identificação das espécies. “Esses métodos, porém, são capazes de recuperar apenas uma pequena parte da comunidade total de fungos, já que muitas espécies não crescem em meios de cultura devido às exigências nutricionais dentre outros fatores”, explica.
A avaliação tradicional consiste no isolamento e no cultivo dos fungos, para que depois eles sejam identificados. Foram isoladas e identificadas 142 espécies por meio do método de cultivo utilizado. “Todas elas estão armazenadas na Universidade Federal de Lavras (UFLA), onde essa parte da pesquisa foi realizada e podem servir de base para outros estudos”.
Já as avaliações moleculares foram duas: a eletroforese em gel com gradiente de desnaturante (DGGE), que é uma técnica que permite a avaliação de diferenças na estrutura das comunidades de fungos de diferentes áreas e diferentes épocas e a de pirosequenciamento, que possibilita a recuperação de um grande número de sequências de DNA de fungos presentes nas amostras de solo. Por meio desse método foi possível recuperar cerca de 39 mil sequências de DNA.
Elas foram agrupadas em Unidades Taxonômicas Operacionais (UTOs), que representam prováveis espécies de fungos. “Com esse método de pirosequenciamento foi possível identificar cerca de 1840 “espécies” (UTOs) de fungo apenas nas amostras de solo analisadas.” Vívian ressalta: “Se considerarmos a área total de mata atlântica, esse número de espécies é, provavelmente, muito maior”.
Características gerais
A pesquisadora avalia que há uma distribuição bastante homogênea entre as comunidades de fungos dentro de cada uma das três áreas analisadas. Também ficou claro que a pluviosidade não é um fator que influência de maneira relevante a presença desses fungos, já que os dados gerados na análise do período de baixa pluviosidade foi semelhante a da época de alta pluviosidade.
“Algumas diferenciações ficaram claras, como que o Parte Estadual de Carlos Botelho e o Parque Estadual da Ilha do Cardoso têm comunidades de fungos mais semelhantes entre si, enquanto que as comunidades da Estação Ecológica de Assis se diferencia em algumas características. Acreditamos que é porque a Estação de Assis fica mais distante do litoral e pode ter sofrido com a continentalidade, caracterizado pelas maiores variações de temperatura e regimes de chuva ao longo do ano. Por outro lado, os demais parques são geograficamente mais próximos entre si e ao litoral”, comenta a bióloga.
Com todos esses dados emitidos, Vivian e seu orientador montaram uma rede, que eles chamaram de rede neural artificial. Essa rede juntava todos os dados coletados durante o estudo e a partir dela foi possível fazer uma série de inferências acerca dos fatores que exerceram maior influência na diversidade de fungos do solo. Dentre as variáveis analisadas, a matéria orgânica do solo e o pH mostraram ter maior efeito na diversidade da comunidade de fungos do solo da mata atlântica.
O estudo teve orientação do professor Marcio Rodrigues Lambais, também da Esalq.

Fonte: http://envolverde.com.br

Mata Atlântica já perdeu 92,1% da cobertura de vegetação do bioma

mata atl�tica conta com apenas 7,9% de cobertura da vegeta��o
Área de Mata Atlântica na Serra da Bocaina, no Rio de Janeiro - um dos estados com menos regiões do bioma desmatadas/Foto: Glauco Umbelino


Atualmente, restam apenas 7,9% da cobertura de vegetação no bioma. A informação integra o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado nesta terça-feira, 29 de maio, pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Mais de 13 mil hectares de Mata Atlântica foram desmatados no Brasil no período de maio de 2010 a maio de 2011, segundo o estudo. Na pesquisa anterior (2008–2010), a área desmatada correspondia a 15.597 hectares, na média anual. 

situa��o mais preocupante �a de mg
Mapa do Atlas revela que a situação de Minas Gerais é a mais preocupante/Imagem: Reprodução


De acordo com o levantamento, os estados onde a situação é mais preocupante são Minas Gerais, onde foram desmatados 6.339 hectares entre maio de 2010 e maio de 2011, e a Bahia, onde o desmate atingiu 4.493 hectares no período.
Já os estados com menos áreas desmatadas (em hectares) são Goiás, com 33; o Paraná, com 71; e o Rio de Janeiro, com 92.




Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br

terça-feira, 29 de maio de 2012

Advogado explica implicações do veto presidencial ao novo Código Florestal

Divulgação/SXC

Em vídeo, tire suas dúvidas com Antônio de Azevedo Sodré

Depois de ser anunciado veto parcial pela presidente Dilma Rousseff ao novo Código Florestal, o texto tornou-se objeto de análise nos setores rural e ambiental do país no início desta semana. Do total de 85 artigos, 12 pontos foram vetados e outros 32, modificados.

O advogado Antônio de Azevedo Sodré, em entrevista ao programa Mercado&Cia, do Canal Rural, esclareceu dúvidas dos produtores rurais nesta segunda, dia 28. Sodré explica, por exemplo, que as multas foram extintas. Agora, agricultores e pecuaristas poderão regularizar sua situação prestando serviços ambientais.
Assista à íntegra da entrevista e tire suas dúvidas:
Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

Proteína de lagarta pode regenerar tecido humano, aponta estudo

lagarta
O medicamento ainda será testado em humanos/ Foto: .Krol.


Pesquisadores do Instituto Butantan descobriram que uma proteína encontrada em lagartas pode ajudar na cicatrização e regenerar tecidos do corpo humano. De acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo, a descoberta deve auxiliar no tratamento de diversas doenças degenerativas, além da asma, do diabetes e de queimaduras.
Em entrevista à Agência Brasil, a diretora do laboratório de bioquímica e biofísica do instituto onde a pesquisa foi desenvolvida, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, afirmou que essa descoberta foi constatada após anos de estudo acerca da lagarta Lonomia. “No Sul do Brasil, essa lagarta é o motivo de acidentes em pessoas e esses acidentes geram problema de coagulação e hemorragias, podendo até ocasionar hemorragia cerebral e levar ao óbito”, comentou. Esta foi a razão para que os pesquisadores desenvolvessem o estudo, na tentativa de descobrir qual era o mecanismo de ação do veneno.
Na segunda etapa da pesquisa, foram verificados outros componentes do veneno. Os estudiosos notaram que a proteína da lagarta, encontrada inicialmente nos extratos dos espinhos, protege as células da morte e estimula a produção de moléculas importantes na regeneração. “Ela [proteína] também aumenta a capacidade metabólica da célula, ou seja, sua energia, fazendo com que o processo seja mais rápido”, explicou Ana Marisa.
Durante o estudo, os pesquisadores perceberam que, ao usar a proteína, a cicatrização em animais ocorreu 40% mais rápida, sem a formação de queloides (espécie de calombo ou ranhuras). Outra aplicação dessa substância seria no combate às rugas. “Acreditamos que ela [proteína] também possa ser utilizada como um dermocosmético, ajudando como um antienvelhecimento”, frisou a diretora.
Até o momento, a substância foi aplicada em animais portadores de asma e úlceras diabéticas, e os primeiros resultados demonstraram a eficiência do medicamento na cicatrização do local afetado.
O medicamento ainda será testado em humanos. “Acreditamos que, se bem trabalhado, em um ano devemos ter resultados suficientes de segurança para depois podermos começar testes clínicos”, constatou. Segundo Ana Marisa, a indústria farmacêutica estima que, no máximo em quatro anos, esse medicamento possa ser comercializado e usado em humanos.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br

Seca nos Estados Unidos pode provocar alta dos alimentos no mundo, diz entidade

Monsanto/divulgação
Fenômeno climático pode afetar safra de milho da maior região produtora do grão no país

Os preços globais dos alimentos podem disparar no curto prazo se o clima seco continuar  no Meio-Oeste dos Estados Unidos, maior região produtora de milho do país, segundo o novo diretor do Grupo Consultivo sobre Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR, na sigla em inglês), Frank Rijsberman. O país é o maior produtor mundial do grão e os preços dependem do clima no cinturão norte-americano, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, por sua sigla em inglês).
Grande parte do milho negociado é usada para ração. Assim, se o Meio-Oeste não cumprir as expectativas de produção, uma quantidade maior de trigo de qualidade inferior será direcionada para alimentação de animais e menos trigo ficará disponível para consumo humano, o que teria efeito cascata nos preços globais do grão.
– Acreditamos que a produtividade do milho no Meio-Oeste pode não ser suficiente para a demanda por ração e isso deve provocar alta nos preços – afirmou Rijsberman.
Segundo ele, o sistema de produção de alimentos é tão interligado que a inflação deve afetar a todos os países.
– As pessoas vão pagar por essas altas, e os mais vulneráveis são os habitantes de países em desenvolvimento – ressaltou.
A inflação dos preços dos alimentos registrou altas recordes na primeira metade de 2011, em meio a preocupações com a oferta global de cereais, açúcar e cacau. Segundo o diretor do CGIAR, essa última alta dos alimentos empurrou 44 milhões de pessoas na África e na Ásia para a pobreza, pois os países em desenvolvimento são afetados imediatamente porque o gasto proporcional da população com alimentos é maior.

Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

Novas regras do Código Florestal preocupam produtores de leite do interior de São Paulo

Especialista tira dúvidas sobre as principais mudanças

Roberto Witter
Com a publicação nesta segunda, dia 28, da Medida Provisória sobre as mudanças no novo Código Florestal, produtores de leite do interior de São Paulo estão preocupados com o que pode acontecer. Muitos estão com dúvidas sobre as novas regras.
O produtor Nilo Carvalho possui uma propriedade no município de São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, tradicional produtora de leite do Estado. A região tem predomínio de morros, que são áreas caracterizadas como preservação permanente, as APPs, locais considerados frágeis, que incluem também as beiras de rios. Por lei, tudo isso tem que ser preservado, e onde houve uso, precisa ser recuperado pelo produtor.
O sítio de Carvalho tem 34 hectares, dos quais 20, pelo menos, são de pasto. O produtor complementa a alimentação com cana e capim verde no cocho, mas precisa soltar os animais depois da ordenha. O produtor faz parte de uma cooperativa de leite, onde muitos ainda têm dúvidas sobre a nova legislação.
— Todos estão preocupados com o lado financeiro, porque a região é grande. Se a gente pensar, envolve muitas áreas de APPs e como vai ser feita esta compensação?  — questiona.
O representante do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), Rodrigo Lima, respondeu algumas questões dos produtores:

Qual o prazo para o produtor se regularizar?

O produtor faz o Cadastro Ambiental Rural. O Ministério do Meio Ambiente ou o órgão ambiental do seu município vai fornecer um documento que prova o cadastro. O texto fala em 180 dias para que esse plano de regularização rural seja aprovado pela União. A partir daí, o produtor tem um ano pra entrar no cadastro.
Quem vai pagar o ônus?
A recuperação que vai ter que ser feita, que é parcial, é à custa do produtor, seja cercando e deixando voltar ou plantando.
O que o produtor rural vai ter de bônus?
O texto aprovado fala que o governo vai ter que aprovar um programa de incentivos. O bem que está sendo gerado, que é a proteção da água, do solo, do meio ambiente, é comum, mas ele está sendo prestado por uma pessoa só.
Lima ainda recomenda atenção para o produtor no período de transição, até a implantação no novo Código Florestal.
— Se alguém for à sua propriedade e te obrigar a cumprir o código atual, que ainda é de 1965, você pode até ser multado, mas guarde isso, porque isso vai passar por um novo processo diante das novas regras — explica. 
Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Íntegra dos vetos presidenciais ao Código Florestal é publicada no Diário Oficial da União

Representada por ministros, Dilma Rousseff anunciou 12 vetos ao texto na última sexta

José Cruz/ABr
Foto: José Cruz/ABr
Ministros explicam vetos presidenciais ao texto do Congresso Nacional em entrevista coletiva
íntegra dos vetos da presidente Dilma Rousseff à versão do Código Florestal aprovada pela Câmara dos Deputados foi publicada, nesta segunda, dia 28, no Diário Oficial da União. Pressionada por ruralistas e ambientalistas, Dilma determinou o veto parcial do texto, com 12 pontos suspensos. Além disso, 32 alterações devem ser realizadas, por meio de medida provisória.
Na última sexta, dia 25, um grupo de ministros anunciou, em coletiva de imprensa, a decisão da presidente. Entre os pontos vetados está o artigo que trata da consolidação de atividades rurais e da recuperação de áreas de preservação permanente (APPs). O texto aprovado pelos deputados só exigia a recuperação da vegetação das APPs nas margens de rios de até 10 metros de largura. E não previa nenhuma obrigatoriedade de recuperação dessas APPs nas margens de rios mais largos.


Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br/

Aeroporto no Canadá inaugura "parede viva" ecológica

parede
O projeto é um dos primeiros em aeroportos/Foto: Merle Prosofsky


Aeroporto Internacional de Edmonton, em Alberta, no Canadá, tornou-se recentemente o primeiro da América do Norte a instalar uma parede viva ecológica. A iniciativa foi divulgada nesta semana. A área soma, aproximadamente, 1,4 mil metros quadrados e é composta por oito mil plantas de 32 espécies diferentes.
O projeto tem como objetivo melhorar a qualidade do ar por meio das plantas, que absorvem poluentes atmosféricos, como dióxido de carbono (CO2), benzeno e compostos orgânicos voláteis.
A parede é monitorizada, possui regagem automática e luz durante alguns minutos por dia. A irrigação é feita por um sistema de gotejamento interno. A construção foi feita com material 100% reciclado e mira a certificação Leed.

parede 2
Desenhada pela firma canadense About Green over Grey, especializada em instalações ecológicas, o projeto foi dividido em duas partes: parede central e laterais. A do centro foi inspirada em formação de nuvens, com detalhes coloridos, com a intenção de tornar o lugar lúdico. Já as laterais são baseadas nas obras de artistas canadenses.
As plantas utilizadas para a formação da parede são de pequeno e médio porte, originadas em lugares como o Brasil, América Central, Indonésia e Papua Nova Guiné. 


Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br

Veja as faixas de recomposição de APP conforme propriedade



A presidente Dilma Rousseff fez 12 vetos e 32 modificações no Código Florestal aprovado pela Câmara dos Deputados no final de abril. Das 32 modificações, 14 recuperam dispositivos do texto do Senado Federal. A presidente vai divulgar quais foram os artigos vetados e quais modificações somente na segunda-feira, junto ao Congresso Nacional.

Em análise geral, ficou decidido que as propriedades rurais até quatro módulos fiscais terão que recompor Áreas de Preservação Permanente (APP’s) porcentualmente menores que as grandes fazendas. As áreas até quatro módulos fiscais correspondem a 90% das propriedades rurais do Brasil, que compreendem 24% da área agrícola do país. 

Nas propriedades entre um e dois módulos rurais, a APP será de oito metros, qualquer que seja a largura do rio. Nos imóveis rurais entre dois e quatro módulos, os proprietários terão que recuperar 15 metros de APP com limite de 20% da propriedade. No caso de imóveis entre quatro e dez módulos rurais, a largura da será 20 metros ao longo de rios de até dez metros de largura, e 30 metros a 100 metros nas margens de rios mais largos.

A ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, disse que a nova “regra” beneficia os pequenos produtores rurais. “Até quatro módulos fiscais terão tratamento diferenciado. Quem tem menos área de terra recompõe menos, quem tem mais recompõe mais,” comentou.

Nas propriedades acima de quatro módulos e com rios de até 10 metros, a recomposição vai varias entre 30 a 100 metros. Isabela disse que há não estudos científicos para exigir até 500 metros de APP – conforme exigiam ambientalistas - e, por isso, o limite de recomposição será de até 100 metros. 

“Nada foi indicado para mais de 100 metros de largura, em nenhum bioma brasileiro. Mas se for identifica de forma técnica e cientificamente alguma área que seja necessário ampliar para mais de 100 metros, há meios jurídicos para isso,” informou Isabella.


Fonte: http://www.olhardireto.com.br

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Vetos ao Código Florestal serão apresentados às 14h desta sexta

Presidente Dilma fará o anúncio oficial em uma entrevista coletiva com os ministros do Meio Ambiente, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário

Eraldo Peres
A presidente Dilma Rousseff vai se reunir nesta sexta, dia 25, com os líderes do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), para apresentar a decisão sobre os vetos ao Código Florestal, antes do anúncio oficial, que será feito às 14h em uma entrevista coletiva com os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, da Agricultura, Mendes Ribeiro, e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.

O texto, aprovado pela Câmara no fim de abril, deixou fora pontos que haviam sido negociados pelo governo durante a tramitação no Senado. A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que, após a reunião com líderes do governo, vai sugerir que a presidente reúna todos os líderes partidários para apresentar a proposta antes do anúncio oficial.
– A reação da opinião pública confirma a tese que defendíamos de que seria melhor termos apostado no acordo do Senado – disse Ideli, de acordo com a assessoria de imprensa da Presidência.
A decisão sobre o veto tem movimentado o Palácio do Planalto nos últimos dias, com reuniões diárias sobre o assunto. A dessa quinta, dia 24, durou mais de sete horas e reuniu a presidente, os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro; do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, além de representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Agência Nacional de Águas (ANA).
Mais cedo, o vice-presidente Michel Temer adiantou que a presidente deverá vetar parcialmente o novo Código, mas não detalhou quais os pontos do texto serão derrubados.
Entre os pontos polêmicos da nova lei florestal estão, por exemplo, a possibilidade de anistia a quem desmatou ilegalmente e a redução dos parâmetros de proteção de áreas de preservação permanente (APPs).
Desde a aprovação do novo código na Câmara, organizações ambientalistas e movimentos sociais lideram um movimento, chamado “Veta, Dilma”, pedindo que a presidenta derrube os pontos considerados mais críticos do projeto. Os protestos se intensificaram essa semana e nessa quinta um grupo de manifestantes deve fazer uma vigília em frente ao Palácio do Planalto para pedir a derrubada do texto. Parte do grupo tentou subir a rampa de acesso ao prédio, mas foi impedido pela segurança presidencial.

Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

Favorites More