quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Mata Atlântica é avaliada


Reunião técnica debate os quatro anos de pesquisa sobre desafios e oportunidades do bioma

Discussões sobre desafios e oportunidades para o bioma foram destaque no encerramento do evento “Aprendizagens e Perspectivas para Políticas Públicas de Biodiversidade e Clima para a Mata Atlântica”, na tarde desta quarta-feira (27/02), no Centro de Convenções Israel Pinheiro, em Brasília. O encontro, que marcou o encerramento do Projeto Proteção da Mata Atlântica II, iniciado em 2009 por meio de cooperação técnica e financeira entre Brasil e Alemanha, promoveu uma avaliação dos quatro anos de atividades, com a sistematização das informações em uma publicação, prevista para ser apresentada na semana da Mata Atlântica, em maio.
“Estamos passando por importante momento de avaliação do projeto e análise dos resultados, do que foi válido e merece ser replicado, com base em discussões produtivas dos quatro eixos temáticos”, destacou a diretora do Departamento de Conservação da Biodiversidade da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Daniela Oliveira. Segundo ela, os dados levantados durante os dois dias do evento serão usados pelo Ministério do Meio Ambiente para orientar a formulação de políticas públicas e futuros projetos que envolvem a conservação do bioma.

Nova etapa

A diretora do MMA destacou, também, que será anunciada em maio a nova etapa do projeto, porém com novidades. “Na terceira edição, seguiremos um caminho diferente, com o objetivo de ver como a Mata Atlântica contribui nas questões de manutenção climática”, disse. A segunda edição, encerrado este ano, foi focada em quatro eixos temáticos: pagamento por serviços ambientais, criação de unidades de conservação, adequação ambiental de imóveis rurais e planos municipais de conservação e recuperação da Mata Atlântica.
Durante os dois dias, representantes da sociedade civil organizada, organizações não governamentais, analistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), especialistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Ministério das Cidades, além de analistas ambientais do MMA discutiram os quatro eixos temáticos do projeto. Para a diretora do Programa de Florestas Tropicais da Cooperação Alemã GIZ, Ingrid Prem, uma as demandas apresentadas pelos participantes do encontro foi a necessidade de ampliação de atividades de educação ambiental, além de esclarecimentos quanto à importância das unidades de conservação às populações que vivem próximas a essas áreas. Já as oportunidades apresentadas pelos participantes do encontro apontam a crescente mobilização do governo e sociedade a favor da valorização da qualidade da floresta, biodiversidade e clima.

Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br

Estudo liga extremos climáticos a aquecimento global


Pesquisa revela que eventos climáticos extremos são causados por distúrbios nos padrões de fluxos atmosféricos, o que pode ser uma evidência de que esses fenômenos tem um fator comum, as mudanças climáticas

O que a seca de 2011 nos Estados Unidos, a onda de calor de 2010 na Rússia e as enchentes sem precedentes no Paquistão nesse mesmo ano têm em comum? Para os céticos climáticos, nada, mas um novo estudo do Instituto Potsdam para Pesquisas de Impacto Climático (PIK)sugere que esses extremos climáticos podem ter uma causa em comum: o aquecimento global.
Os dados da nova análise do PIK, que levaram 32 anos para serem coletados, indicam que alterações nos padrões de fluxos atmosféricos, responsáveis pelas correntes de ar, ventos e deslocamento de umidade e calor pela Terra, são a causa comum que pode estar ocasionando esses fenômenos extremos.
O que acontece é que uma parte importante do movimento atmosférico nas latitudes médias da Terra normalmente forma ondas de ar que vagam pelo planeta, oscilando entre as regiões tropicais e árticas. Quando há esse deslocamento, as ondas absorvem o ar quente dos trópicos e o levam para o Hemisfério Norte, posteriormente absorvendo o ar frio do Ártico e fazendo o movimento inverso.
No entanto, os cientistas descobriram que durante os eventos climáticos extremos, essas ondas atmosféricas ficam estagnadas, às vezes por semanas. Então, em vez de, por exemplo, trazer o ar frio depois de ter trazido o ar quente, elas continuam a emanar calor por mais tempo em uma mesma região.
“O tempo é essencial aqui: dois ou três dias de 30 graus Celsius não são problema, mas 20 ou mais dias levam a um extremo de estresse de calor. Como muitos ecossistemas e cidades não são adaptados a isso, períodos de calor prolongados podem resultar em um elevado número de mortos, incêndios florestais, e perdas dramáticas de colheitas”, diz o estudo.
O que agrava essa situação é o fato de que as mudanças climáticas causadas pela emissão de gases do efeito estufa (GEEs) provenientes da queima de combustíveis fósseis não levam a um aquecimento uniforme – pelo contrário.
No Ártico, por exemplo, o aumento das temperaturas é maior, o que reduz a diferença de temperatura entre a região ártica e região temperada, e é essa diferença que leva à movimentação das ondas atmosféricas. Por isso, o aquecimento do Ártico tem como consequência uma maior estagnação das ondas, levando aos extremos climáticos.
Além disso, a diferença de absorção de calor entre oceanos e continente também ajuda a gerar uma movimentação das ondas atmosféricas, mas as atuais transformações, como o degelo no Ártico, estão fazendo com que essa diferença também diminua.
“Esses dois fatores são cruciais para o mecanismo que detectamos. Eles resultam em um padrão não natural do fluxo de ar das latitudes médias, então para períodos prolongados as ondas sinópticas ficam presas”, afirma Vladimir Petoukhov, principal autor da pesquisa.
Apesar de admitirem que alterações naturais também influenciam nos eventos climáticos extremos, os dados mostram um aumento na ocorrência desses padrões atmosféricos específicos que é estatisticamente significativo, chegando a um nível de 90% de confiança.
“Nossa análise dinâmica ajuda a explicar o crescente número de extremos climáticos. Ela complementa pesquisas anteriores que já ligavam tais fenômenos às mudanças climáticas, mas não identificavam um mecanismo por trás disso”, comentou Hans Joachim Schellnhuber, diretor do PIK e coautor do estudo.
“Esse é um grande avanço, mesmo que as coisas não sejam nada simples – o processo físico sugerido aumenta a probabilidade de extremos climáticos, mas fatores adicionais certamente também têm um papel, incluindo a variabilidade natural”, acrescentou Schellnhuber.
Mesmo não esclarecendo o fenômeno por completo , a pesquisa ajudou a avançar significativamente na compreensão da relação entre os extremos climáticos e as mudanças climáticas antropogênicas. As novas informações mostram que o aumento nos extremos climáticos não é apenas uma resposta linear a uma tendência média de aquecimento, e o mecanismo descoberto explica, ainda que parcialmente, a ligação entre os fenômenos.
O estudo será publicado em breve no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.

Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

E se o seu carro fosse movido a eucalipto?


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Uma tonelada de casca fresca de eucalipto produz 106 litros de etanol
Foto: Rony Maltz

O aumento recente do preço da gasolina tem feito com que muitos brasileiros fiquem em estado de pânico quando precisam ir ao posto para abastecer. Derivado do petróleo, o combustível fóssil que já não fazia bem ao meio ambiente, agora tornou-se também um vilão do bolso dos consumidores.
Mas que tal usar o etanol proveniente das cascas do eucalipto? A novidade ainda não está disponível em escala comercial, mas já está presente nos laboratórios do curso de engenharia de energia da PUC Minas, onde estudantes do segundo período, orientados pelo professor Otávio de Avelar Esteves, obtiveram o biocombustível a partir do processamento dessa parte específica da planta.
Vale lembrar que enquanto as reservas de petróleo do mundo se tornam mais escassas e de mais difícil acesso e os preços dos combustíveis fósseis sobem, a demanda por etanol cresce no país com a expansão da frota de veículos flex, mas não é acompanhada por um aumento proporcional na produção. É por essas razões que os estudantes de Minas Gerais defendem que o procedimento deva ser adotado em larga escala no país.
Dados do estudo apontam que a casca do eucalipto tem 20% menos carboidratos do que a de cana, mas como ela tem mais hidratos de carbono que podem sofrer fermentação (83%, contra 65% da cana), em um balanço final a casca fresca de eucalipto teria uma vantagem de cerca de 6%."Uma tonelada de cana produz cerca de 80 litros de etanol, enquanto uma tonelada de casca fresca de eucalipto produz 106, ou seja, no mínimo 20% a mais. É importante lembrar que a casca degrada mais rapidamente que a cana e perde açucares mais rapidamente", destacou ao jornal O Estado de Minas o pesquisador Juliano Bragatto, autor de uma tese de doutorado desenvolvida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), em novembro de 2011.
Bragatto acredita que a tendência de aproveitar a biomassa deva crescer nos próximos anos em todo o mundo e defende que o Brasil precisa aproveitar isso. "Nosso país é o que chamam de 'hotspot de biomassa', temos o bagaço da cana e o rejeito de eucalipto em abundância", explicou.
O pesquisador lembrou que as condições climáticas e de luminosidade são ideais no país para o crescimento das culturas de cana e de eucalipto. Bragatto sugeriu que a casca de eucalipto deva começar a ser aproveitada pela indústria de celulose nos próximos anos para produzir bioplástico ou para etanol.


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Abastecer com gasolina nos postos de todo o Brasil tem "causado pesadelos" aos motoristas
Foto: Adenilson Nunes/Secom-BA

Efeito de comparação

Na comparação com a cana, o pesquisador observou que o caldo ganha da casca de eucalipto por produtividade: "Um hectare de cana-de-açúcar produz cerca de 6 mil litros de etanol, enquanto um de casca de eucalipto produz 2,6 mil litros. Já o hectare de milho e de beterraba produz cerca de 3 mil litros, e é bom lembrar que eles são alimentos."
Os estudantes Pedro Henrique Alves da Silva, de 19 anos, Paulo Henrique Roversi, de 19, Carolina Maria de Oliveira, de 18, Gabriel Fabel, de 18, e Elena Velloso, de 20, são mais otimistas. "A produção da casca é mais barata e vantajosa e pode ser muito mais barata se for feita em escala industrial", avaliou Pedro Henrique. Ele lembrou que a casca de eucalipto não concorre com a indústria alimentícia, não passa por períodos de entressafra e não é usada para a produção de celulose.

Laboratório e indústria

O consultor da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Alfred Szmarc, contou que existem várias iniciativas no país e no mundo para consolidar o processo de produção de etanol celulósico a partir do bagaço e da palha da cana, mas defende que a possibilidade de o insumo ser obtido em larga escala a partir de cascas de eucalipto ainda tem que ser demonstrada.
"Acho ótimo ouvir sobre essas iniciativas e torço para que deem realmente certo. Mas, pelo que conheço do assunto, acredito que a competitividade do etanol de cana é maior. Nem sempre é possível reproduzir em escala industrial o que é feito em laboratório e projetos para se produzir álcool a partir de madeira existem no país desde a década de 1970", relatou.
De qualquer forma, não se surpreenda caso estacionar em um posto de combustíveis em um futuro próximo e tiver a seguinte opção para escolher junto ao frentista: - Por favor: pode encher o tanque de etanol de eucalipto!

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

Grandes metrópoles mundiais apostam na sustentabilidade dos jardins verticais


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Torres gêmeas verdes: o Bosco Verticale une sustentabilidade e paisagismo
Fotos: Divulgação

O que Buenos Aires, capital da Argentina, e Milão, um dos principais centros urbanos da Itália, têm em comum? À primeira vista, pode ser difícil encontrar as semelhanças entres essas duas metrópoles, mas basta uma olhada mais atenta nos edifícios dessas cidades para verificar que elas apostam na mesma tendência: o verde.
Enquanto Milão entra em contagem regressiva para ser a sede do maior jardim vertical do mundo, o Bosco Verticale, os gestores de Buenos Aires, para estimular ainda mais o verde predial, aprovaram uma redução de impostos para os edifícios que possuírem jardins no telhado.

Los Hermanos

A redução para edifícios com telhados verdes de até 20% da ALB (o que equivale ao nosso IPTU) vai ao encontro do fortalecimento de uma tradição da cidade. Além dos edifícios que já contam com o terraço verde, como a escola municipal French y Beruti, Buenos Aires já é uma metrópole conhecida por seus parques, datados desde o século 19, e pela preservação de áreas verdes entre os prédios.
A implantação dos jardins nos telhados já está prevista em seis escolas em construção e no Teatro San Martín, que será reformado aos 50 anos.A cidade ainda possui um programa como o ProHuerta, que estimula a criação de hortas nos terraços em diversos estabelecimentos desde 1990. Mas, ainda assim, o governo não está satisfeito.
O próximo passo prometido pelo governo portenho é exigir que os novos edifícios já sejam erguidos com os jardins no telhado. “Quanto maior o numero de construções, maior a necessidade (de áreas verdes) para vivermos melhor”, afirmou à BBC, o secretário de Desenvolvimento Urbano da capital argentina, Daniel Chain.

Alta floresta

Uma das cidades europeias com alto índice de poluição, Milão vê os jardins verticais como promessa para melhorar a qualidade do ar, além de ser uma tendência paisagística. Sede do maior jardim vertical do mundo atual, segundo os próprios organizadores, os 1.263 metros de fachada do shopping Il Fiordaliso, os arquitetos italianos planejam algo ainda maior: o Bosco Verticale, algo como as torres gêmeas verdes.

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Trata-se de uma grande "floresta", plantada na fachada de dois arranha-céus com 367 metros de altura. Além de solução paisagística, a vegetação ajuda a capturar o CO2 e a poeira no ar, reduzindo assim a necessidade de aquecer e resfriar mecanicamente os apartamentos.
As duas torres juntas têm a capacidade de armazenar 480 árvores de grande porte e médio porte, 250 de pequeno porte, além de 5 mil arbustos - o que equivale a 2,5 hectares de floresta. A vegetação abrigará um novo "ecossistema urbano", capaz de suportar a presença de pássaros e insetos.
O empreendimento deve ficar pronto até o final do ano.

Bem que esse tipo de ideia poderia ser mais difundida no Brasil, não é mesmo?

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

Livro apresenta estudos de caso sobre conhecimento tradicional e biodiversidade


Um novo livro, publicado pelo Instituto de Ciências Avançadas da Universidade das Nações Unidas (UNU – IAS, em inglês), mostra estudos de caso sobre conhecimento tradicional e biodiversidade apresentados por seus centros regionais de expertise.
As iniciativas enfatizam a forma como o conhecimento tradicional e indígena sobre a biodiversidade é cada vez mais reconhecido em diversos contextos sociais, culturais, econômicos e ambientais, além de demonstrar a conexão entre a diversidade cultural e biológica.
Intitulado “Inovação nos sistemas locais e globais de aprendizado para a sustentabilidade: conhecimento tradicional e biodiversidade”, o livro traz questionamentos importantes para a realização de maiores pesquisas e para o desenvolvimento de políticas que possam refletir melhor uma abordagem integrada ao se lidar com a biodiversidade, uma que considere os elementos culturais do desenvolvimento sustentável.
A publicação argumenta que as experiências de educação e aprendizado conduzidas no contexto dos centros regionais revelam o quão artificial pode ser a separação entre o conhecimento sobre a biodiversidade e a cultura.
Apenas através de um processo de co-aprendizado entre todos os interessados – cada um representando uma perspectiva cultural – que políticas adequadas para a biodiversidade e serviços ecossistêmicos podem ser elaboradas, defende o relatório.
Os estudos de caso estão organizados nas seguintes sessões: aprendendo para a conservação e revitalização dos recursos naturais e culturais; serviços ecossistêmicos e uso sustentável; práticas de aprendizagem co-engajadas para a igualdade; modos de vida e desenvolvimento; monitoramento, documentação, proteção e educação; e visões globais e integração.
Os centros regionais de expertise foram desenvolvidos como locais para a aprendizagem e ação participativa dentro do contexto da Década para a Educação e Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, abrindo espaços mais colaborativos e inclusivos na busca por modos de vida mais sustentáveis e justos.
Os estudos de casos mostram a necessidade de três abordagens elementares para garantir o sucesso da educação para o desenvolvimento sustentável. Primeiramente, a necessidade de “aprender fazendo”, em segundo o valor de aprender com quem pratica, e em terceiro, a importância de intervenções coletivas.

Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br

Maiores cidades brasileiras já receberam questionário para participarem do CDP Cities 2013. Os resultados da pesquisa serão publicados em junho.


Mais de 30 cidades latino-americanas, dentre as quais 12 brasileiras, já receberam o convite para responder ao questionário do CDP Cities. Promovida pela ONG britânica CDP, que trabalha para prevenir as mudanças climáticas e proteger os recursos naturais através da alocação eficiente de capital, a pesquisa reúne informações sobre as emissões de gases de efeito estufa, ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas das maiores cidades do mundo.
Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campinas (SP), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP) receberam em janeiro o convite para participar. O prazo para entrega das respostas vai até 28 de março. Os resultados da pesquisa são divulgados no próximo mês de junho. Destaca-se também a participação voluntária de algumas cidades, como é o caso de Aparecida do Norte (SP).
Este ano, foram convidadas mais de 240 cidades no mundo todo, a grande maioria delas foi selecionada com base no critério de maior população. No entanto, qualquer município pode participar – aqueles que não receberam o questionário podem obter mais informações através do email cities@cdproject.net. A equipe local do CDP encontra-se à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas relacionadas ao projeto. As cidades têm o dia 28 de março para reportarem ao CDP Cities.
“É muito importante que os municípios divulguem seus dados sobre emissões de gases de efeito estufa e sobre suas ações relacionadas a recursos naturais, como a água, por exemplo”, afirma Fernando Eliezer Figueiredo, diretor do CDP Brasil. “O CDP Cities oferece uma ferramenta para as cidades divulgarem e, ao mesmo tempo, entenderem riscos e oportunidades provenientes das mudanças climáticas para seus cidadãos e para os negócios locais. Muitos investidores e empresários, inclusive, já enxergam a importância financeira da análise das informações de como as cidades se preparam e combatem os efeitos destas mudanças. Para o Brasil, atual palco de diversos eventos e investimentos internacionais, disponibilizar estes dados em projetos de alcance global como o CDP Cities é fundamental”, completa o executivo. 

Outras edições

Com ocupação de apenas 2% da superfície da Terra[i] e mais de 50% da população mundial[ii], as cidades enfrentam atualmente um enorme desafio para se transformarem em economias de baixo carbono. Neste contexto, o CDP Cities, promovido anualmente desde 2011, ajuda a divulgar as ações que estão sendo tomadas no sentido de mitigar as mudanças climáticas para promover a transparência com diferentes stakeholders e aumentar a conscientização sobre a importância do tema entre cidadãos e negócios locais.   
No ano passado, 73 metrópoles do mundo todo responderam ao questionário, entre elas, três brasileiras – Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. Entre os dados revelados pelo estudo, descobriu-se, por exemplo, que 82% das cidades identificam potencial de crescimento econômico como resultado do combate e das adaptações provocadas pelas mudanças climáticas. Mais da metade das cidades que respondeu ao questionário em 2012 disse que identificava oportunidades na criação de empregos verdes e em novas iniciativas de negócios.


Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Desmatamento e perda de áreas úmidas no Brasil e na Indonésia geraram 45 bilhões de toneladas de CO2 em 20 anos


A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) lançou uma série de estatísticas sobre as emissões de carbono originadas do desmatamento, agricultura e de outras formas do uso da terra no período entre 1990 e 2010.
O conjunto de dados, que fazem parte da iniciativa chamada FAOSTAT, é baseado nas estimativas da FAO sobre a biomassa florestal, desmatamento e cobertura de culturas agrícolas. Os dados estão listados por país e região.
Sem surpresas, os dados sobre gases do efeito estufa mostram que os países com altas taxas de desmatamento são os que mais emitiram. A conversão florestal no Brasil lançou na atmosfera 25,8 bilhões de toneladas métricas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) entre 1990 e 2010. Indonésia (13,1 bilhões), Nigéria (3,8 bilhões), República Democrática do Congo (3 bilhões) e Venezuela (2,6 bilhões) completam o ranking dos cinco maiores emissores.
No outro lado da tabela aparece a China, onde a preservação, o reflorestamento e a recuperação de 5,2 milhões de hectares de florestas resultaram no sequestro de 5,7 bilhões de toneladas de CO2e. Os Estados Unidos (1,9 bilhão) e o Vietnã (1,2 bilhão) também experimentaram uma recuperação significativa do estoque de carbono florestal, de acordo com o FAOSTAT.
A base de dados também estima as emissões da expansão da drenagem dos solos orgânicos para a agricultura. Neste quesito a Indonésia lidera com 5,6 bilhões de toneladas de CO2e, seguida por Estados Unidos (1,4 bilhão), Papua Nova Guiné (816 milhões), Malásia (690 milhões) e Bangladesh (612 milhões). As emissões na Indonésia, Papua Nova Guiné e Malásia são especialmente altas por causa da drenagem e conversão de áreas de turfas, ricas em carbono.
Somando tudo, o Brasil (25,8 bilhões de toneladas) e a Indonésia (18,7 bilhões) aparecem como os grandes emissores mundiais por uso da terra. Suas emissões combinadas durante o período de 20 anos equivalem a 134% das emissões anuais da queima de combustíveis fósseis da atualidade ou quatro vezes e meia a mais do que as emissões chinesas em 2011.
Enquanto a FAOSTAT apresenta diversos dados interessantes sobre os impactos climáticos de mudanças no uso da terra, a ferramenta tem um ponto fraco: pesquisadores questionam a precisão dos dados, já que muitos são fornecidos pelos próprios países. Assim, especialmente informações sobre cobertura florestal e estimativas sobre o estoque de carbono em regiões de turfas são bastante suspeitos.
De qualquer forma, essa base de dados é atualmente a mais abrangente série de estatísticas sobre emissões do uso da terra e ajuda pesquisadores e analistas ao ser um ponto inicial para realizar medições.
Estudos recentes indicaram que o desmatamento responde por cerca de 10% das emissões globais de gases do efeito estufa resultantes das emissões humanas. A agricultura e a degradação das turfeiras emitem menos, mas nem por isso uma quantidade insignificante.



Leia o original no Mongabay (inglês)


Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br

NOAA: Aquecimento global pode aumentar estresse climático e prejudicar capacidade laboral


Quando passamos por um dia de muito calor e umidade no ambiente de trabalho, é comum nos sentirmos mais cansados e menos dispostos, e é normal que nosso desempenho laboral caia. E uma nova pesquisa da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) revelou que, com as mudanças climáticas, essa sensação pode aumentar, prejudicando ainda mais nossa capacidade de trabalho.

Segundo a análise, o atual aumento na temperatura de 0,7ºC em relação aos níveis pré-industriais já está causando uma queda no rendimento laboral de 10% durante os meses de mais calor. E as estimativas do relatório mostram que essa queda tende a dobrar, atingido 20% até 2050, com um clima mais quente do que o atual.
No entanto, as previsões não param por aí: de acordo com a NOAA, se as temperaturas continuarem subindo, até 2100 a capacidade laboral pode diminuir para 63% nos meses mais quentes do ano, e até 2200, se o aquecimento global atingir os 6ºC, o rendimento laboral pode cair para apenas 39% nos verões.
 “O planeta começará a sentir um estresse climático diferente de tudo experimentado hoje. O mundo está entrando em um ambiente muito diferente, e o impacto disso no trabalho será significativo”, comentou Ron Stouffer, coautor do estudo.
E enquanto em alguns lugares, como a cidade de Nova York, a capacidade laboral será reduzida ao rendimento de lugares como Bahrain, no Golfo Pérsico, em Bahrain o estresse climático tornará impossível que as pessoas exerçam certas atividades laborais, pois o clima poderá induzir a hipertermia (excesso de calor) mesmo em pessoas em repouso.
O estudo explica que isso ocorreria porque o excesso de calor e umidade impediria que os humanos perdessem calor, mantendo a temperatura corporal mais alta e impossibilitando a capacidade para o trabalho.
“Isso ilustra as consequências sombrias de um aquecimento extremo para os trópicos e as latitudes médias, onde a maioria das pessoas vive”, observou John Dunne, líder da pesquisa e oceanógrafo da NOAA.
Ainda assim, os pesquisadores enfatizam que tais efeitos são apenas aproximados, já que o estudo não considerou as diferenças nas populações, como idade, e como certas regiões se adaptam ao estresse climático.
Enquanto, por exemplo, durante uma onda de calor em 2003 70 mil pessoas morreram na Europa, em um evento similar na Índia, três mil pessoas morreram. Isso demonstra que regiões como os Estados Unidos e a Europa devem ser mais afetados pelo clima mais quente e úmido. “É muito regionalmente dependente e altamente determinado pela adaptação”, explicou Dunne.
Outros cientistas que não fizeram parte do estudo concordaram com as conclusões da pesquisa, acrescentando que a análise sugere que os efeitos das mudanças climáticas na economia mundial podem ser ainda maiores do que o esperado.
 “Esse é um tipo bom e válido de mensagem irrefutável. Se [os autores do estudo] querem argumentar que há um custo econômico, acredito que eles estão em solo firme”, declarou Thomas Bernard, professor de saúde pública da Universidade do Sul da Flórida.
Por isso, os pesquisadores da NOAA afirmam que apenas com a limitação do aquecimento global a 3ºC é possível manter certa capacidade laboral em todas as áreas, mesmo nos meses mais quentes. E para isso, salientam os autores, é necessário encontrar uma forma de reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEEs), o que mesmo assim apenas diminuiria, mas não eliminaria, a perda do rendimento laboral.

Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br

Projeto quer reciclar 25 milhões de litros de óleo de cozinha até a Copa


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Foto: divulgação


Até a Copa do Mundo de 2014, 25 milhões de litros de óleo de cozinha usados devem ser reciclados e transformados em biodiesel por meio do Bioplanet. Lançado nesta segunda-feira, 25 de fevereiro, no Rio de Janeiro, o Bioplanet é um dos 96 projetos de promoção do Brasil na Copa apoiados pelo governo federal.
Segundo o coordenador do Bioplanet, Vinícius Puhl, o combustível que será produzido em 40 cidades, sendo 12 cidades-sede da Copa, já começará a ser comercializado. Mas há a intenção também de usar o combustível produzido pelo projeto nos ônibus que transportarão as delegações das 32 seleções nacionais.Como cada litro do óleo de cozinha gera um litro de biodiesel, a intenção é produzir, nos 15 meses que faltam para o início do Mundial, 25 milhões de litros de biodiesel. Para chegar ao combustível usado pelos veículos, o biodiesel é adicionado ao óleo diesel derivado do petróleo. Com isso, é possível produzir 125 milhões de litros de combustível B20 (diesel que tem 20% de biodiesel em sua composição).
“Um litro de óleo usado contamina 25 mil litros de água. Hoje, dados da Casa Civil da Presidência da República informam que há um descarte inadequado, por 50 milhões de residências e pequenos estabelecimentos, de um volume de 1,5 bilhão de litros de óleo de cozinha. É um volume jogado no ralo da pia que vai parar nos nossos mananciais de água e no oceano”, disse Puhl.

Voluntários

O projeto espera coletar o óleo com a ajuda de 3 milhões de estudantes de todo o Brasil, que ganharão brindes de suas escolas, de acordo com o volume de óleo arrecadado, e de catadores de material reciclável. A ideia é envolver 10 mil catadores, que poderão ganhar até R$ 1 por litro de óleo de cozinha entregue ao Bioplanet.
“Existe a perspectiva de se ter um mercado, uma cadeia produtiva envolvendo a reciclagem do óleo de fritura. Mas além da questão financeira e econômica, há a questão da educação ambiental. A dona de casa que descarta o óleo na pia da cozinha não sabe o prejuízo que está causando ao meio ambiente. Além disso, o biodiesel polui menos também”, afirma o diretor de Diálogos Sociais da Secretaria-Geral da Presidência da República, Fernando Matos.
O Plano de Promoção do Brasil para Copa, do governo federal, pretende usar o Mundial como vitrine para mostrar uma imagem positiva do país. Além da estratégia de comunicação feita pelo próprio governo, o plano apoia 96 iniciativas não governamentais.


Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

ICMBio apresenta novo portal de geo à sociedade


ICMBio apresenta novo portal de geo à sociedade
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio de sua Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (DIBIO), acaba de lançar para o público externo o portal de geoprocessamento, que reúne produtos como o Atlas da Biodiversidade Brasileira, ferramenta web em sistema de geoprocessamento (i3Geo) contendo informações sobre as espécies da fauna existentes nas 312 Unidades de Conservação federais geridas pela autarquia. Para acesso direto clique aqui.

O Atlas tem como objetivo apresentar um produto personalizado fruto de uma demanda inicial de diversas coordenações do Instituto, que resolveram apresentar seus dados espaciais de forma mais organizada e intuitiva com foco na disseminação das informações para a sociedade.
No caso do Atlas da Biodiversidade Brasileira, idealizado pela DIBIO e implementado pela Coordenação de Análise e Prognóstico de Risco à Biodiversidade do ICMBio, o usuário pode conferir as espécies ameaçadas de extinção em cada uma das 312 unidades de conservação federais. Entre as opções de pesquisa estão: pelo nome comum ou científico da espécie e pelo nome da UC.
As informações reunidas no portal possibilitam, ainda, a disseminação de informações tanto externa quanto internamente, com foco no corpo técnico do ICMBio que se encontra nas unidades de conservação espalhadas pelo País. Os técnicos terão de forma mais fácil os dados espaciais organizados e padronizados via portal.
“Estas tecnologias possibilitam a democratização das informações espaciais para a sociedade e divulgação dos trabalhos realizados pelo ICMBio”, frisa a coordenadora de Análise e Prognóstico de Risco à Biodiversidade do ICMBio, Gabriela Leonhardt.
Junto com o Atlas está sendo disponibilizado também um banco de dados geográficos, reunido por meio de um mapa interativo com diversos dados espaciais de referência para visualização, processamento e download.
“Temos também o portal de metadados geográficos, no qual estão sendo cadastrados os metadados (que reúnem dados geográficos) produzidos internamente pelo Instituto”, frisa Ana Gabriela Ortiz, especialista em geoprocessamento da CTI/ICMBio.
Mapa Interativo
O Mapa Interativo possui uma diversidade de dados espaciais, como a base cartográfica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e outros dados de referência provenientes de diversos órgãos federais, como Agência Nacional de Águas 
Equipecoapro2 ICMBio apresenta novo portal de geo à sociedade
(ANA), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Fundação Nacional do índio (FUNAI).

Outros dados provém do Ministério do Meio Ambiente e do próprio ICMBio – Unidades de Conservação federais, cavernas e unidades administrativas e demais unidades descentralizadas do Instituto.
Desenvolvido a partir do software público i3Geo, o Mapa Interativo possui diversas ferramentas para manipulação de informações espaciais na internet, com foco nas unidades de conservação federais. O mapa possui ferramentas de busca e filtros por unidade de conservação, grupos, categorias, unidades da federação e biomas em que estão distribuídas.
Portal de Metadados
O Portal de Metadados Espaciais foi desenvolvido a partir do software livre Geonetwork e tem como objetivo apresentar os metadados dos dados espaciais fornecidos pelo ICMBio. Por meio do portal é possível pesquisar quais os dados produzidos pelo Instituto e o que eles representam, de que forma este dado foi adquirido e processado, bem como consultar informações sobre a sua disponibilização aos usuários. Os metadados cadastrados seguem padrões internacionais.
Ainda produzimos manuais de usuário para softwares livres de geoprocessamento, além de um plugin para integrar os dados constantes no Mapa Interativo com o software livre de geoprocessamento gvSIG, uma forma de facilitar ainda mais o acesso dos Analistas Ambientais aos dados espaciais.
O trabalho começou em 2011, quando a equipe de geoprocessamento a Coordenação-geral de Manejo para a Conservação , juntamente com a Coordenação de Tecnologia da Informação (CTI) do ICMBio começaram a definir a arquitetura dos sistemas, os padrões a serem utilizados e a construção do banco de dados geográficos.
“A partir destas definições foi possível construir os produtos que estão hoje disponíveis aos usuários, que são tanto servidores e colaboradores do Instituto, como os usuários externos (profissionais, pesquisadores, estudantes e a sociedade em geral)”, frisa Ana Gabriela Ortiz, especialista em geoprocessamento da CTI/ICMBio.
Futuro
A próxima etapa será organizar o legado de dados espaciais do Instituto. “Esperamos um dia que todas as informações do ICMBio sejam georreferenciadas, acessíveis, padronizadas e organizadas. Isso se reverterá em qualidade aos trabalhos e consequentemente na melhoria da conservação das UCs”, explica Ana Gabriela.
Este ano a equipe de geoprocessamento da CTI/ICMBio estará focada em resolver algumas das demandas frequentes dos analistas que utilizam informações espaciais, principalmente com relação ao acesso à imagens de satélite e também construindo formas para automatizar processos de análises espacias.
Fonte: http://mundogeo.com

Frente fria avança sobre o Sul do país e pode provocar temporais no RS nesta segunda

Divulgação
No Norte do país, há previsão de chuva forte no Amazonas e litoral do Amapá, alerta Somar Meteorologia.



PREVISÃO PARA SEGUNDA, DIA 25

SUDESTE

Nesta segunda, a previsão é de um dia típico de verão, com sol e calor na maior parte do dia. À tarde, a chuva ainda ocorre na forma de pancadas, concentradas sobre os Estados de São Paulo, sul do Rio de Janeiro e oeste e sul de Minas Gerais.

SUL

Na segunda, uma frente fria avança sobre o Rio Grande do Sul e provoca chuvas generalizadas e temporais. Os maiores acumulados de chuva ficam concentrados sobre a Fronteira Oeste do Estado. No Paraná e em Santa Catarina também há previsão de chuva, mas na forma de pancadas mais isoladas, devido ao calor e a alta umidade, especialmente no final do dia.

CENTRO-OESTE

A partir de segunda, a chuva volta a ocorrer na forma de pancadas sobre Mato Grosso do Sul e as instabilidades do norte de Mato Grosso começam a perder força. A temperatura sobe na maior parte do Centro-Oeste, e a sensação é de calor na maior parte do dia.

NORDESTE

A segunda-feira tem previsão de chuva sobre o Piauí, oeste da Bahia e sul do Maranhão. Na maior parte da região, o tempo deve ficar mais firme. No litoral da Bahia e em Sergipe, chove de forma fraca e isolada. Nas demais áreas litorâneas, a previsão é de variação de nebulosidade apenas.

NORTE 

Na segunda-feira, volta a chover forte na Região Metropolitana de Manaus, com grande potencial para alagamentos intransitáveis. Chove de forma praticamente generalizada na maior parte do Norte do país. Além de Manaus, há previsão de chuva forte para o litoral do Amapá. As temperaturas seguem elevadas e a sensação de abafamento se estende para o dia todo.

PREVISÃO PARA OS PRÓXIMOS DIAS

SUDESTE

Na terça, a chuva ganha força no Estado de São Paulo devido à aproximação de uma frente fria. No sul e leste paulista, há risco para temporais principalmente entre a tarde e noite. No sul e oeste de Minas Gerais e no Rio de Janeiro também deve chover, mas na forma de pancadas muito isoladas e com baixos acumulados. O calor predomina sobre a região. 

Entre a quarta e a quinta-feira, a distribuição da chuva não muda muito e as pancadas mais fortes seguem atingindo principalmente São Paulo.

SUL

Na terça, a frente fria provoca chuvas mais fortes e generalizadas entre Santa Catarina e Paraná. No Rio Grande do Sul ainda chove, principalmente no início do dia, sobre o norte e nordeste do Estado. Nas demais áreas do Rio Grande do Sul, o tempo volta a abrir. O dia amanhece com temperaturas mais baixas em território gaúcho. Na Campanha, a temperatura deve ser de 14°C.

Durante o dia, o tempo fica abafado em toda a região, mas não chega a fazer calor como nas tardes anteriores. A partir de quinta-feira uma nova frente fria volta a provocar chuva forte temporais em grande parte da região.

CENTRO-OESTE

Na terça-feira, uma frente fria que avança pela costa da região Sul favorece o aumento das áreas de instabilidade sobre o sul de Mato Grosso do Sul, onde há previsão de chuvas mais fortes e frequentes ao longo do dia. Chove forte também sobre o oeste de Mato Grosso. Em Goiás, a chuva será isolada e passageira. O calor predomina na maior parte do Centro-Oeste.

No restante da semana, as condições do tempo não mudam muito. Pancadas de chuva associadas ao calor e à alta umidade do ar seguem atingindo a maior parte da região.

NORDESTE

Na terça, as pancadas de chuva se espalham e atingem toda a metade sul da Bahia. Há previsão para pancadas de chuva também sobre a metade sul do Piauí, do Maranhão e no norte do Ceará. De forma geral, devem ocorrer chuvas isoladas e com baixos acumulados. A partir da quarta-feira, a chuva volta a se espalhar mais e ganha força sobre o extremo norte da região.

NORTE

Na terça-feira, as chuvas atingem a maior parte da região. As chuvas mais intensas se concentram no oeste da região e no litoral do Amapá, onde há risco de temporais. Mesmo com previsão de chuva em todos os Estados, o calor predomina no Norte do país.

No restante da semana, a distribuição da chuva não muda muito. Os temporais seguem atingindo preferencialmente o oeste do Amazonas e o litoral do Amapá.


Fonte: http://tempo.ruralbr.com.br

Biblioteca Lixo Zero reúne títulos sobre reciclagem e impacto dos resíduos no planeta

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Foto: Sxc.hu

Quem estiver interessado em saber mais sobre temas como reciclagem, geração de resíduos e impacto desses materiais no planeta, já pode acessar a diversos títulos na biblioteca especial do Canal Lixo Zero.
Na página, é possível ter acesso gratuito a documentos, pesquisas e cartilhas com informações sobre o assunto. Reciclagem de plástico, compostagem doméstica, Política Nacional de Resíduos Sólidos e impacto do lixo nos oceanos são alguns dos temas em destaque.

Lixo Zero

No Canal Especial Lixo Zero você descobre tudo que já está ou que ainda pode ser feito para acabarmos com o lixo do nosso planeta. O canal traz notícia, dicas, guias, vídeos, biblioteca e uma série de conteúdos sobre os principais tipos de resíduos que produzimos em nossas rotinas: papel, metal, vidro, plástico, lâmpadas, lixo eletrônico, óleo de cozinha, remédios, orgânicos e pneus.


Fonte:  http://www.ecodesenvolvimento.org

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Abelhas e flores se comunicam por sinais elétricos, aponta estudo


Plantas emitem impulsos a insetos polinizadores que sugam pólen e néctar. Cores vivas e fragrância das flores também ajudam a atrair esses animais.

Abelhas e flores se comunicam usando sinais elétricos, aponta um novo estudo feito pela Universidade de Bristol, na Inglaterra, e publicado na edição online da revista "Science" nesta quinta-feira (21).
Pela primeira vez, uma pesquisa mostrou que as flores emitem impulsos elétricos – equivalente a um sinal de neon – aos insetos polinizadores, como as abelhas, que são capazes de distingui-los de outros campos e encontrar as reservas de pólen e néctar.
Abelhas e flores, como essa petúnia, se comunicam por sinais elétricos (Foto:  Flaggr/Flickr/Creative Commons)Abelhas e flores (como a petúnia) se comunicam por sinais elétricos (Foto: Flaggr/Flickr/Creative Commons)
Esse "poder de publicidade" das flores atua em conjunto com outras formas de atração delas, como as cores vivas e a fragrância que elas exalam, destaca o professor Daniel Robert, da Faculdade de Ciências Biológicas de Bristol, que participou do estudo, liderado por Dominic Clarke.
De acordo com os autores, as plantas têm geralmente uma carga negativa e emitem fracos campos elétricos. Já as abelhas são carregadas positivamente – até 200 volts – enquanto voam. Nenhuma faísca é produzida quando ambas se encontram, mas uma pequena força elétrica se acumula e é capaz de transmitir informações entre as duas partes.
Ao pôr eletrodos nas hastes de petúnias (Petunia integrifolia), os cientistas observaram que, quando uma abelha pousa, o potencial elétrico das flores muda e permanece assim por alguns minutos.
Além disso, esses insetos conseguem diferenciar melhor duas cores quando os sinais das plantas estão disponíveis. Os animais também são capazes de registrar os mínimos detalhes dos campos elétricos das flores, como seus níveis, padrões e estruturas. Isso tudo parece melhorar a memória das abelhas e as ajuda a lembrar da localização das flores ricas em néctar.
A forma como esses insetos detectam os campos elétricos ainda não é conhecida pelos pesquisadores, mas eles acreditam que os pelos delas se arrepiam com a força eletrostática, da mesma forma que faz o cabelo humano em frente a uma televisão antiga.
Segundo Robert, a coevolução de abelhas e flores tem uma longa e benéfica história. Por isso, não é de todo surpreendente que a ciência ainda esteja descobrindo quão sofisticada é essa comunicação.
Fonte: http://g1.globo.com


Dilma promulga protocolo de acordo ambiental entre países do Mercosul


Tara Todras-Whitehill

Ministros do Meio Ambiente fizeram um acordo para promover a cooperação mútua entre os países do bloco

A presidente Dilma Rousseff promulgou o Protocolo Adicional ao Acordo-Quadro sobre Meio Ambiente do Mercado Comum do Sul (Mercosul) em Matéria de Cooperação e Assistência frente a Emergências Ambientais. A ratificação foi oficializada nesta quinta, dia 21. Aprovado pelo Congresso Nacional em 2011, o protocolo foi adotado pelo Conselho do Mercado Comum. Na ocasião, os ministros do Meio Ambiente fizeram um acordo para promover a cooperação mútua entre os países do bloco.

De acordo com o protocolo, o país que enfrentar uma emergência ou ameaça ambiental deve comunicá-la imediatamente aos outros Estados-Membros, para prevenir, inclusive, que chegue aos seus territórios. Os países potencialmente afetados, conforme o acordo, devem designar especialistas, que farão um parecer do ocorrido com possíveis soluções para os problemas.
As formas de cooperação envolvem, entre outras, capacitação de recursos humanos; incorporação ao Sistema de Informações Ambientais do Mercosul de estatísticas sobre situações de emergências ambientais produzidas na região; e criação de um banco de especialistas.
Para o país que necessite da assistência, há um formulário a ser preenchido com informações como data, hora e local do incidente. Deve ser informado ainda se ocorreu em uma zona urbana ou rural; qual o tipo de acidente; e se ainda está ocorrendo ou é uma ameaça.


Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

Insaciáveis ruralistas


Mal terminaram de rasgar o Código Florestal, e os ruralistas já se empenham em novo ataque. A bola da vez são as áreas protegidas. As duas últimas investidas são pesadas, e pretendem mudar a Consituição brasileira. Já tramitando na Câmara, sob batuta do deputado Nelson Padovani (PSC-PR), a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 237/13 permitiria abrir até 50% da área das terras indígenas aos produtores rurais.
O argumento dele? “(...) a vida financeira dos índios se deteriora cada vez mais. A miséria, as doenças, o tráfico de drogas e o consumo de álcool avançam em terras indígenas”, disse o preocupado deputado. Ele só não explicou como ou porque a chegada do agronegócio – que historicamente tem causado conflitos com os indígenas – solucionaria esses problemas.
A proposta de Padovani vem na esteira de vários outros ataques – dos poderes legislativo e executivo – às áreas protegidas. Um outro projeto que chama a atencão e causa arrepio a indigenistas e ao movimento ambientalista é a PEC 215/2000, de autoria do deputado Almir Sá (PPB/RR). Também tramitando na Câmara, a proposta quer entregar ao Congresso Nacional – o mesmo que definhou nossa legislação florestal – as decisões sobre aprovar, demarcar e ratificar as terras indígenas.


Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Menos árvores derrubadas? Italianos criam papel feito de pedra


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Imagens: divulgação


Mais de 4 bilhões de árvores vêm abaixo todos os anos para produzir papéis, seja para fazer livros ou até mesmo para higiene pessoal, entre outras utilidades. Embora a tecnologia digital e os tablets venham se tornando cada vez mais populares, ainda não há indicativos sólidos de mudanças nessa indústria. A solução então é repensar o modo como se produz o papel.
Ao pensar nisso a companhia italiana Ogami resolveu inovar completamente e criou um papel feito de pedra. Tecnicamente, ele é feito de carbonato de cálcio, um subproduto natural do calcário. O Repap (papel de trás para frente, em inglês) também é à prova d'água, e pode até mesmo ser limpo.

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As vantagens do Repap não param na redução da derrubada de árvores: o processo de produção do papel de pedra dispensa água. Naturalmente branco, o produto também evita os fortes ácidos utilizados para o branqueamento. Tudo isto significa que a poluição associada à fabricação de papel normal pode ser evitada.
Também é fácil de reciclar, sem as grandes quantidades de água e energia que a reciclagem normalmente usa. O material não tem capacidade de ser transformado em papel novo, mas pode ser reciclado em produtos feitos de plástico, como vasos de flores e bolsas.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

Concurso seleciona estudantes brasileiros para curso de verão em Israel


O grupo Amigos do Instituto Weizmann no Brasil abriu inscrições a fim de selecionar cinco estudantes brasileiros para participar do International Summer Science Institute, do Instituto Weizmann de Ciências, em Rehovot, em Israel.
O curso ocorrerá de 1º a 31 de julho e reunirá cerca de 70 estudantes que concluíram recentemente o ensino médio, provenientes de diversas partes do mundo.
Podem se inscrever no processo seletivo estudantes de todo o Brasil que estejam cursando o primeiro ano de graduação em qualquer área relacionada à ciência e tecnologia e dominem o inglês.
De acordo com os organizadores do curso, os estudantes selecionados terão a oportunidade de adquirir experiência direta em pesquisa de ponta, trabalhando em laboratórios nas áreas de bioquímica, biologia, química, matemática e ciência da computação, ao lado de cientistas experientes.
Além disso, participarão de seminários de pesquisa e apresentarão trabalhos em assuntos de seu interesse. Após três semanas de atuação nos laboratórios do instituto, o grupo de estudantes viajará para realizar uma pesquisa de campo, próximo ao Mar Morto, para estudos de biologia, geografia, história e arqueologia.
A fim de participar do processo seletivo, os interessados deverão escrever uma redação em inglês com o tema “My interest in the Institute Weizmann Summer School-Scientific Research and my Future Life" e preencher uma ficha de inscrição até o dia 18 de março no site www.amigosdoweizmann.org.br/issi.
A segunda fase do processo inclui entrevista pessoal com os candidatos selecionados, em São Paulo.
Com modernos laboratórios que abrigam mais de 2,5 mil pesquisadores, técnicos de laboratório e estudantes, o Instituto Weizmann figura entre as importantes instituições de pesquisa no mundo.
Entre seus cientistas estão a ganhadora do prêmio Nobel de Química em 2009, Ada Yonath, que esteve no Brasil no início de 2011 para participar da Escola São Paulo de Ciência Avançada – New developments in the field of synchrotron radiation, financiada pela FAPESP.



Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br

Governo define estratégia nacional para reduzir emissões por desmatamento


O governo federal deve concluir, até o fim do ano, a estratégia nacional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+). A medida tem o objetivo de incentivar projetos e ações de proteção da Floresta Amazônica, como forma de conter a liberação de gases de efeito estufa. A expectativa é que a construção dos aspectos relacionados ao tema esteja definida a tempo da Conferência das Partes (COP) de Mudanças Climáticas, marcada para o fim de novembro, em Varsóvia, capital da Polônia.
A previsão é realizar uma consulta pública aos envolvidos no assunto e concentrar os esforços do Ministério do Meio Ambiente (MMA) na finalização de procedimentos legais que garantirão a adoção de novos projetos de preservação da Amazônia. O diretor de Políticas para o Combate ao Desmatamento, Francisco Oliveira, explica que a estratégia será fundamental para as negociações internacionais. “Este é o ano em que vamos fazer a diferença para chegar à próxima COP com uma posição forte”, afirma.

Recorde

Entre as principais iniciativas do MMA voltadas para o combate à devastação florestal, está o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm). Com a instituição do programa, o Brasil alcançou, no ano passado, taxa recorde de redução do desflorestamento do bioma. Entre agosto de 2011 e julho de 2012, o país registrou queda de 27% da degradação da Amazônia.
Instituído em 2004, o PPCDAm é dividido em três eixos: ordenamento territorial, monitoramento e fomento a atividades sustentáveis. De acordo com Francisco Oliveira, o plano se encontra na terceira fase, em que a fiscalização e o acompanhamento por imagens de satélite ocorrem ininterruptamente. “É preciso levar a população a uma mudança de comportamento”, alerta.
O caminho para conter a destruição da Amazônia e evitar as emissões de gases de efeito estufa, segundo o diretor, é aliar o comando e o controle com o incentivo a ações sustentáveis, como os projetos de REDD+. “Serão feitas parcerias para implantar o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Isso representará um marco e ajudará a catalisar o processo”, acrescenta.

Clique aqui para acessar o site de REDD+ do MMA.


Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br

Relatório chama a atenção para desafio de produzir mais alimentos e energia com menos poluição


O CO2, o nitrogênio, o fósforo, o potássio e o zinco são importantes elementos para a agricultura mundial, pois são utilizados como fertilizantes, ajudando a aumentar a produtividade no setor de alimentos. No entanto, seu uso sem restrições pode trazer prejuízo, trazendo desequilíbrios para o meio ambiente e a saúde humana.
Como lidar com o desafio de produzir mais alimentos para a crescente população mundial utilizando-se dos benefícios desses fertilizantes, sem no entanto causar uma grande degradação ambiental? É essa questão que o relatório “Our Nutrient World”, publicado nesta semana, tenta responder.
O documento mostra como o uso excessivo de fertilizantes criou uma rede de poluição que levou a problemas ambientais, à degradação do solo e à perda de qualidade do ar e da água, o que, por sua vez, pode levar a prejuízos como a perda de segurança alimentar e de biodiversidade. Além disso, esses elementos trazem problemas a outros setores da economia, pois estão presentes também em outras cadeias de produção.
Para lidar com o problema, o relatório aponta dez ações chave que poderiam ajudar a maximizar os benefícios desses nutrientes para a humanidade e minimizar as muitas ameaças, principalmente ao setor agrícola.
Na agricultura, as ações são melhorar a eficiência do uso de nutrientes na produção agrícola; melhorar a eficiência do uso de nutrientes na produção pecuária; e aumentar o valor de equivalência dos fertilizantes de estrume animal.
Já no transporte, as ações seriam desenvolver sistemas de combustão de baixa emissão e energeticamente eficientes, incluindo fontes renováveis; e desenvolver a tecnologia e captura e utilização desses elementos.
Em se tratando de resíduos e reciclagem, as ações seriam melhorar a eficiência de nutrientes na cadeia de alimentos e reduzir o desperdício de alimentos; e reciclar o nitrogênio e o fósforo de sistemas de águas residuais em cidades, agricultura e indústria.
Nos padrões de consumo da sociedade, o documento sugere que se faça economias na energia e no transporte; e se reduza o consumo humano de proteína animal, evitando os excessos.
Por fim, o relatório diz que melhorar a eficiência no uso de nutrientes por toda a cadeia de fornecimento é um desafio para todos os países e que liga todas essas ações, contribuindo para uma economia verde. O texto sugere que até 2020 a eficiência no uso dos nutrientes melhore 20%, o que ajudaria, por exemplo, a economizar 20 milhões de toneladas de nitrogênio por ano.
O documento enfatiza que ainda há poucas ações intergovernamentais para resolver os desafios do nitrogênio, fósforo e outros nutrientes, e sugere que uma abordagem mais conjunta deve ser assumida para motivar ações comuns. No entanto, o relatório ressalta que nossas escolhas como cidadãos também fazem grande diferença, e que as iniciativas também devem partir da população.
O “Our Nutrient World”, desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), teve a contribuição do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para a pesquisa.


Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br

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