quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Brasil oficializa a entrada na Plataforma Internacional sobre Biodiversidade

Detentor da maior diversidade biológica do planeta, o Brasil assinou oficialmente, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a adesão à Plataforma Internacional de Informações sobre Biodiversidade (GBIF, sigla em inglês). Criada em 2001, com sede em Copenhague, na Dinamarca, é considerada a maior iniciativa mundial com objetivo de disponibilizar dados com acesso livre sobre biodiversidade na internet.
 
O passo formal para tornar-se membro da GBIF foi a assinatura do
Protocolo de Entendimento GBIF pelo titular do MCTI, Marco Antonio Raupp.

Essa iniciativa insere o país numa comunidade global (de colaboração) que compartilha ferramentas, competências e experiências relacionadas com a gestão dos recursos de informações biológicas.

Segundo a presidente do Conselho de Administração do GBIF, Joanne Daly, “a adesão é muito empolgante e todos os participantes na GBIF compartilharão este sentimento. Muitos países enxergam a participação do Brasil na GBIF como uma participação vital para os esforços globais de conservação e gestão da biodiversidade”.

"Não apenas o Brasil é um dos países de maior biodiversidade, mas seus cientistas são alguns dos profissionais mais ativos na ciência da biodiversidade e fazem uma extraordinária contribuição global”, observou Joanne.

Para o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, a decisão é um marco sobre a importância do conhecimento para a gestão dos imensos recursos naturais do país. "No ano da Rio+20, o Brasil mais do que nunca está assumindo um firme compromisso de direcionar as nossas políticas para o desenvolvimento sustentável”. É vital, segundo ele, “conhecer para proteger, conhecer para utilizar sustentavelmente”.

O Brasil abriga cerca de 15% de toda a biodiversidade do planeta em seis biomas (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pampa, Mata Atlântica e Pantanal), e em sistemas costeiros e oceânicos.

Mesmo antes da adesão do Brasil na GBIF, mais de 1,6 milhão de registros relativos à biodiversidade nacional estavam acessíveis por meio do
portal de dados da GBIF, provenientes de mais de 700 conjuntos de dados mantidos em 28 países.

Com a entrada para a plataforma, amplia-se a possbilidade de publicação dos diversos registros digitais que documentam a variedade excepcional de plantas, animais e outros organismos no país por meio do GBIF, a partir das instituições brasileiras de pesquisa, museus, herbários e redes de observação.

O objetivo do país é compartilhar experiências e estabelecer uma interface com o
Sistema de Informações para a Biodiversidade e Ecossistemas Brasileiros (SIB-Br), um projeto do MCTI, em parceria com a organização Global Environment Facility (GEF), envolvendo um investimento de US$28 milhões.

Os cientistas brasileiros já são usuários expressivos de dados publicados por meio da plataforma: nos últimos três anos, pelo menos 18 trabalhos de pesquisas, de autores do Brasil, revisados por pares, citaram o uso de dados mediados pela GBIF. No mundo, em média, cerca de quatro artigos revisados por pares são publicados a cada semana com dados acessados através da rede GBIF.

• Inicialmente, o Brasil se associa a GBIF como um participante associado, o que significa que, embora ele possa participar plenamente na publicação de dados e projetos de capacitação, ele não contribui financeiramente para o orçamento global da GBIF e não possui direto de voto no Conselho de Administração. A partir da assinatura do protocolo de entendimento, como um participante associado, um país se compromete a se movimentar para a participação votante dentro de cinco anos.
• O Brasil se junta à Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, México, Nicarágua, Peru e Uruguai como integrantes da GBIF na América Latina.

Iniciativa governamental
A organização Global Biodiversity Information Facility (GBIF) foi criada pelos governos em 2001 para incentivar o acesso livre e aberto aos dados da biodiversidade via internet. Por meio  de uma rede global de 58 países e 46 organizações, a GBIF promove e facilita a mobilização, o acesso, a descoberta e o uso de informações sobre a ocorrência de organismos ao longo do tempo e em todo o planeta. Atualmente, mais de 388 milhões de registros, de mais de 10.000 conjuntos de dados publicados por 422 instituições, são publicados pela rede GBIF

Fonte: Instituto Carbono Brasil (http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias)

Sandy deixa rastro de pelo menos 29 mortos, falta de energia e US$ 30 bi em prejuízos

O Furacão Sandy, que atingiu a Costa Leste dos Estados Unidos, deixou um rastro de pelo menos 29 mortes, mais de 2,4 milhões de pessoas sem energia e cerca de US$ 30 bilhões de prejuízos. Os danos ainda estão sendo contabilizados. Mesmo rebaixado à categoria de tempestade, o furacão gera transtornos, principalmente na região de Nova Jersey, a mais afetada, e segue agora em direção ao Canadá.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, suspendeu desde domingo (28) sua campanha eleitoral para monitorar e ordenar ações relativas aos impactos causados pelo furacão. Hoje (31), Obama visita o estado de Nova Jersey (no Nordeste), governado por Chris Christie, que é republicano e apoia Mitt Romney.
Obama ofereceu apoio a Christie, que agradeceu publicamente ao presidente e disse que a ajuda foi oferecida sem referência à campanha política.  "A tempestade ainda não acabou", disse Obama.
A menos de uma semana das eleições presidenciais, que ocorrem no dia 6, Obama e Romney tiveram de alterar suas agendas em decorrência dos efeitos do Sandy. Ambos se manifestaram publicamente sobre o episódio.

*Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur.

Foto: Nasa
Fonte: Instituto Carbono Brasil (http://www.institutocarbonobrasil.org.br/).

ONU quer limitar exploração do mar para proteger pesca em países pobres

O relator da ONU sobre o Direito à Alimentação, Olivier de Schutter, lançou nesta terça-feira (30) um apelo para combater a superexploração dos oceanos. O objetivo é evitar que a segurança alimentar de muitos países dependentes da pesca seja colocada seriamente em risco.
“Sem uma ação rápida para proteger os mares de práticas insustentáveis, os pescadores já não poderão desempenhar o seu papel fundamental na garantia do direito à alimentação para milhões de pessoas”, alertou Olivier de Schutter em um relatório divulgado nesta terça-feira.
Este relatório aponta para a responsabilidade das frotas industriais na superexploração dos oceanos e solicita o apoio aos pescadores artesanais, com o objetivo de combater os excessos e garantir o acesso aos alimentos para as populações locais.
“Os navios industriais podem parecer uma opção econômica, mas apenas porque as frotas recebem grandes subsídios enquanto externalizam os custos da sobrepesca e da degradação dos recursos”, disse o especialista.
De acordo com o relatório, o peixe representa 15% do consumo de carne em todo o mundo. Em países de baixa renda, esse percentual é ainda maior (20%), chegando a 23% na Ásia e 50% na África Ocidental.
Em pelo menos 30 países, um terço da proteína animal vem da pesca.
Além disso, a pesca é o meio de vida de 12 milhões de pequenos pescadores, especialmente nos países em desenvolvimento.
No entanto, os recursos da pesca enfrentam ameaças múltiplas – sobrepesca, arrastões que prejudicam o fundo do mar, pesca ilegal, acidificação e poluição de todos os tipos.
A capacidade da frota mundial, pelo menos duas vezes maior do que deveria ser para permitir o repovoamento, explica em parte esta situação.
Globalização – Além da superexploração dos recursos, a globalização do comércio no setor da pesca fortalece as ameaças à segurança alimentar em alguns países.
Hoje, cerca de 40% da pesca mundial é vendida internacionalmente. Como comparação, apenas 5% do arroz e 20% do trigo são exportados.
Mas a demanda internacional poderia privar os locais desses recursos alimentares, sem que eles realmente se beneficiem desse comércio, preocupa-se o relator.
União Europeia, Japão, Estados Unidos, Rússia, mas também China e Coréia do Sul têm frotas comerciais que operam em águas distantes de seu território. Diante desses fatos perturbadores, Olivier de Schutter propõe diversos caminhos.
Ele recomenda a revisão de licenças de pesca para barcos grandes fora de sua zona econômica e reforçar o controle. Outras sugestões são criar áreas exclusivas para os pescadores artesanais, envolver as comunidades locais nas políticas de pesca e apoiar a criação de cooperativas de pescadores.
O relatório registra os esforços em algumas frentes, como a redução de subsídios para navios-fábrica e a criação de áreas marinhas protegidas. Mas ele também aponta para as dificuldades em parar a pesca ilegal, devido à má governança de certos estados costeiros e da falta de envolvimento dos países que recebem a pesca.
“Até agora, o decréscimo na oferta de produtos do mar per capita atingiu apenas a África subsaariana, mas pode salvar os países e territórios do Pacífico”, avisa.

Fonte: Globo Natureza (http://g1.globo.com/natureza/)

Pesquisador do Butantan descobre 9 espécies de aranhas caranguejeiras

Um pesquisador do Instituto Butantan, sediado em São Paulo, descobriu nove espécies novas de aranhas caranguejeiras brasileiras, naturais de vegetações de Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. O estudo com a descrição dos animais foi publicado na última semana no periódico "ZooKeys".
As espécies, pertencentes a três gêneros distintos, são Typhochlaena amma, Typhochlaena costae, Typhochlaena curumim, Typhochlaena paschoali, Pachistopelma bromelicola, Iridopelma katiae, Iridopelma marcoi, Iridopelma oliveirai e Iridopelma vanini.
'Typhochlaena costae', tarântula encontrada em Palmas, no Tocantins, segundo o estudo (Foto: Reprodução/'ZooKeys')
Uma fêmea da caranguejeira 'Typhochlaena costae' (Foto: Reprodução/'ZooKeys')

As caranguejeiras são encontradas em áreas do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste
brasileiros, segundo o aracnólogo Rogério Bertani, pesquisador do Butantan e responsável pelo achado. Ele ressalta que os animais têm hábitos arborícolas, isso é, vivem em árvores e plantas.
Algumas espécies são bem pequenas. "Dá para dizer que são as menores [caranguejeiras] arborícolas do mundo", disse Bertani. Um dos três gêneros tem características antigas, o que torna algumas das aranhas "quase relíquias", na visão do cientista. "São remanescentes. É como algo que sobreviveu ao tempo."
Duas das novas espécies vivem dentro de bromélias, comportamento raro em aracnídeos deste tipo, informa o pesquisador. Como as espécies são coloridas e chamativas, ele teme pelo impacto do tráfico de animais.
Apesar de não haver pesquisas que mostrem que as espécies estão ameaçadas, algumas delas são raras e podem correr risco de desaparecer, segundo o cientista. Ele aponta fatores que reforçam o risco, como a dependência de vegetação, já que as aranhas são arborícolas; a destruição dos habitats naturais, que sofrem há anos com o desmatamento; e o fato de os animais viverem em áreas específicas, com distribuição limitada pelo território brasileiro.
Para Bertani, a descoberta das novas espécies é importante para mostrar que existe uma grande fauna na Mata Atlântica e no Cerrado, que precisa ser melhor estudada por ser pouco conhecida.
Aranha 'Typhochlena curumim', encontrada na Paraíba (Foto: Reprodução/'ZooKeys')
Aranha 'Typhochlena curumim', encontrada na Paraíba, segundo o estudo (Foto: Reprodução/'ZooKeys')
Aranha 'Typhochlaena amma', encontrada no Espírito Santo, segundo o estudo (Foto: Reprodução/'ZooKeys')
Uma fêmea da aranha caranguejeira 'Typhochlaena amma' (Foto: Reprodução/'ZooKeys')

Fonte: Globo Natureza (http://g1.globo.com/natureza/)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Estudantes produzem papel a partir de bitucas de cigarros e sementes

 Quando a massa de celulose está livre de impurezas, os estudantes iniciam a produção do papel artesanal, adicionando as sementes na receita l Foto: Divulgação
 
Um grupo de estudantes da favela de Heliópolis, em São Paulo, encontrou um bom destino para as bitucas de cigarros que são descartadas diariamente nas ruas da cidade: produzir papel semente utilizando os filtros dos cigarros.
Com a determinação da Lei Antifumo em São Paulo, que restringe o uso do tabaco apenas a áreas abertas, o número de bitucas de cigarros espalhadas pelas ruas da cidade só aumentou, poluindo mais ainda o cenário da metrópole e causando diversos danos, como o entupimento dos bueiros.
Para elaborar o papel reciclado, primeiramente, os estudantes recolhem as bitucas espalhadas no chão. Durante o processo de produção, o grupo leva o material coletado a um laboratório, a fim de retirar as substâncias tóxicas dos cigarros e o odor das bitucas: para isso, eles utilizam soda caústica (NaOH)  e água oxigenada (H2O2) – materiais simples e de baixo custo.
Quando a massa de celulose está livre de impurezas, os estudantes iniciam a produção do papel artesanal, adicionando as sementes na receita: aí, após a secagem, as folhas de sulfite estão prontas. Segundo os participantes do projeto, o objetivo de usar as sementes no papel é fazer com que o material deixe de ser descartado nos aterros sanitários e passe a ser germinado nas casas das pessoas – reduzindo o número de lixo nas ruas e aumentando a quantidade de plantas e flores na capital paulista.
Os idealizadores do projeto são três estudantes do curso de administração da ETEC de Heliópolis – Gabriel Anisio (18), Vinicius de Souza (17) e Alan de Melo (16). Eles acreditam que o projeto Sementuca é uma iniciativa financeiramente viável, já que, além de a experiência ter trazido bons resultados com o público da comunidade, os custos de produção de cada folha A4 são baixos, inferiores a 25 centavos.
Segundo os cálculos dos estudantes, a cada trezentas bitucas de cigarro encontradas, sete folhas de sulfite A4 são produzidas.  O grupo pretende usar o papel na criação de outros artigos – como blocos de anotações, cartões de visita e convites. O papel Sementuca ainda não está à venda, entretanto, os jovens estão abertos a propostas através da fanpage do Sementuca. Com informações da Rádio CBN.

Sorocaba planeja primeira usina de resíduos eletrônicos do Brasil


A cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, está prestes a inaugurar a primeira usina de processamento final de resíduos eletrônicos do Brasil. A estrutura deve ser inaugurada no começo de 2013 e será responsável por finalizar a cadeia reversa e reciclagem de eletroeletrônicos.
O projeto, batizado de Sinctronics, vem suprir uma necessidade brasileira. Pois, atualmente a fase final da reciclagem dos resíduos eletrônicos é feita fora do país. A exportação é feita para a Bélgica, Reino Unido, Alemanha e até mesmo o Cingapura, onde estão instaladas empresas especializadas na retirada dos metais incutidos nos equipamentos eletrônicos.
É do país asiático que virá a tecnologia implantada em Sorocaba para a separação dos resíduos, através da Flextronics, que é sediada em Cingapura, mas já possui fábrica em Manaus. Outra empresa com a mesma origem, Cimelia, também tem interesse em investir no Brasil.
Com a nova usina e a aplicação de outras tecnologias será possível reciclar 250 toneladas de resíduos eletrônicos. Se esse número for transformado em celulares, itens que possuem vida útil menor e são mais populares e descartáveis, seria como reaproveitar 45% de todos os aparelhos do Brasil.

 Com a nova usina será possível reciclar 250 toneladas de resíduos eletrônicos. | Foto: Uffe S./SXC
De acordo com Kami Saidi, diretor de operações e líder do Programa Integrado de Sustentabilidade da HP, uma das empresas parceiras da ideia, o sistema atenderá a toda a cadeia produtiva. “Em Sorocaba será possível reciclar todos os tipo e quaisquer marcas de eletrônicos”, explicou Saidi, em declaração ao Estadão.
A atividade pode se mostrar bastante lucrativa, além dos benefícios provenientes dos cuidados ambientais. Segundo o diretor de Sustentabilidade da HP, a cada tonelada de resíduos reciclados é possível obter de 200g a 300g de ouro. O restante dos metais extraídos do processo, como cobre, bronze, fero e alumínio, é encaminhado novamente à indústria para ser usado como matéria-prima. Com informações do Estadão.

Refinando Madeira: O método mais eficiente para a produção de combustível celulósico

O Centro Fraunhofer para Biotecnologia e Processos Químicos-(CBP) tem uma ideia muito diferente sobre o uso de madeira. O processo é composto por partes semelhantes ao que é feito com o petróleo bruto.
Fraunhofer trabalha em conjunto com 12 parceiros da indústria e instituições de pesquisa, e desenvolveram recentemente um processo que lhes permite usar 80 a 90 por cento da madeira, com uma novidade: a lignina é livre de enxofre.
Os princípios básicos têm sido utilizados na indústria de papel durante décadas na produção de celulose. Normalmente, apenas 50% da madeira é uma substância viável, o resto é convertido em energia, como biomassa para gerar calor. O problema no processo de produção de papel é a porção da lignina contaminada com compostos de enxofre, normalmente usados como uma ferramenta para separar a madeira. Isso significa que, para muitos produtos, a lignina está fora de questão. Lignina misturado com enxofre não pode ser pós-processado em sistemas que envolvem catalisadores.
O Centro de Pesquisas tem tentado fazer da madeira, uma matéria-prima acessível a determinados setores da indústria de produtos químicos - usar a mesma abordagem como uma refinaria de petróleo. Similar a uma refinaria de petróleo com base, eles fracionar as matérias-primas em seus componentes básicos, e depois enviar a cada componente a sua aplicação ideal.
Os resíduos de madeira, são divididos em lenhina e celulose, que servem como fonte de matéria-prima. Os hidratos de carbono à base de celulose poderia substituir o petróleo usado para fazer plásticos, combustíveis e outros produtos químicos.
Dr. Moritz Leschinsky, gerente de grupo na CBP, explica: "Nós quebrar a madeira em seus componentes primários, lignina e celulose, fervendo-o em água e álcool em altas temperaturas e sob alta pressão -. Como uma espécie de panela de pressão". A lignina se dissolve no líquido, enquanto a celulose continua sólida. Num outro passo, os cientistas extraem a lignina a partir do fluido.
A celulose extraída serve de matéria-prima para biosintéticos: Uma vez dividido em componentes básicos, isto é, os açúcares, os investigadores produzem então os monómeros necessários para construir os produtos químicos para a fabricação de produtos. A lignina é usada como um biomaterial, por exemplo, como um agente de ligação para a indústria da madeira.
Leschinsky explica, "o principal desafio que estamos enfrentando é a forma de conceber o processo acessível, poupando recursos. Por exemplo, é preciso fechar o ciclo para o etanol e água e recuperar estas substâncias ".
A planta piloto abriu junto com a construção do novo PFC em 2 de outubro de 2012 em Leuna, Alemanha, onde os pesquisadores pretendem aplicar os resultados de suas laboratório para grandes quantidades de madeira. A instalação do novo piloto é um modelo na Europa. A cada semana ele pode quebrar uma tonelada de madeira em suas partes constitutivas, utilizando solventes orgânicos na refinaria.
O que fazer com a lignina limpa é uma oportunidade-desafio. A idéia é uma visão inovadora do problema de combustível aparentemente desconcertante celulósico, que parece uma boa solução.

Por: Lairtes Chaves
Fonte: Painel Florestal com informações Oil Price  (http://painelflorestal.com.br/noticias/)

Mudança climática torna chuvas do Pacífico Sul imprevisíveis, diz estudo

As alterações que a mudança climática devem provocar nos padrões das ilhas do Pacífico Sul serão extremas e imprevisíveis, segundo um estudo publicado neste domingo pela edição online da revista científica “Nature Climate Change”.
As chuvas na região devem ser afetadas de duas maneiras opostas. Por um lado, o aumento na temperatura tende a aumentar o volume de chuvas localmente. Por outro, a evaporação da água dos oceanos será alterada.
A simulação conduzida pela equipe de Matthew Widlansky, do Centro Internacional de Pesquisas do Pacífico, na Universidade do Havaí, nos EUA, mostrou que a região equatorial passará a receber mais chuva, o que pode causar seca nas ilhas mais ao sul.
Com a simulação, os cientistas concluíram que a coincidência entre os dois fatores cria um cenário em que é muito difícil prever as precipitações de chuva.
A região do Pacífico Sul, na Oceania, é composta por arquipélagos como Tonga, Fiji e Samoa. Essas ilhas, muito baixas e vulneráveis às mudanças do oceano, também sofrem com a ameaça do aumento do nível do mar, outra possível consequência do aquecimento global.
Oceania é vulnerável à mudança climática, dizem especialistas (Foto: Digital Typhoon, National Institute of Informatics)
Oceania é vulnerável à mudança climática, dizem especialistas (Foto: Digital Typhoon, National Institute of Informatics)

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Brasil quer produzir biodiesel com resíduos pesqueiros

O documento foi assinado, na presença da presidente Dilma Rousseff, durante evento de lançamento do Plano Safra da Pesca e Aquicultura, que visa a expansão sustentável da atividade no Brasil.
O objetivo da iniciativa é ampliar o aproveitamento dos recursos pesqueiros e aquícolas, que muitas vezes acabam indo para o lixo, e ainda agregar valor ao trabalho dos pescadores, fomentando, assim, o desenvolvimento sustentável no setor.
A Petrobras Biocombustível já possui uma iniciativa semelhante no Ceará, na cidade de Jaguaribara, onde realiza ações para avaliar o aproveitamento de óleo de peixe na produção de biodiesel.

Por Débora Spitzcovsky
Fonte: Planeta Sustentável (http://planetasustentavel.abril.com.br/)

A extração ilegal de madeira feita por crime organizado, tem até hackers envolvidos

Estudo do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), em parceria com a Interpol,aponta entre 50% e 90% da exploração madeireira nos países tropicais da Bacia Amazônica, África Central e Sudeste da Ásia é realizada pelo crime organizado.
O relatório "Carbono Verde: Comércio Negro" também afirma que 15% a 30% de todo o comércio global de madeira é proveniente de extração ilegal. Isso corresponde a US$30-100 bilhões por ano.
Esse quadro não apenas prejudica os esforços de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD), como também o desenvolvimento sustentável de comunidades, a criação de empregos e a redução de gases de efeito estufa. E, de acordo com a Interpol, ainda potencializa problemas sociais como "crimes associados ao aumento da atividade criminosa organizada, violência, assassinatos e outras atrocidades contra os habitantes das florestas indígenas". O levantamento feito por essa instituição revelou que grupos criminosos burlaram as leis para desmatar as florestas.
  • Em 2008, autoridades brasileiras declararam que até hackers trabalhavam para cartéis de madeira ilegal no estado do Pará e tiveram acesso a licenças de corte e transporte de madeira, o que permitiu o roubo de cerca de 1,7 milhões de metros cúbicos de floresta. Um procurador federal acusou 107 empresas e 30 chefes de esquemas clandestinos de venda de madeira. Cerca de 200 pessoas estavam envolvidas e a Justiça processou essas empresas em US$ 1,1 bilhão.
  • Em 2009, outro procurador federal brasileiro investigou fraude que supostamente envolveu cerca de 3 mil empresas do setor madeireiro que declarou madeira ilegal como "eco-certificada", possibilitando, assim, a exportação para os EUA, Europa e Ásia.
  • Na Indonésia, a quantidade de madeira supostamente produzida em plantações aumentou de 3,7 milhões de metros cúbicos em 2000 para mais de 22 milhões em 2008. Uma estimativa do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC)* sugeriu que menos da metade das plantações realmente existiu, refletindo uma operação organizada de lavagem de massa.
  • Em Kalimantan, na Indonésia, suborno por autorização de registro de cerca de 20 km² custa o equivalente a U$ 30 mil. Discrepâncias na importação e exportação sugerem uma diferença de até três vezes mais entre os registros oficiais de madeira exportada e a madeira efetivamente importada entre Kalimantan e Malásia, o que comprova fraude fiscal.
  • Na República Democrática do Congo, mais de 200 guardas florestais no Parque Nacional de Virunga, famoso por seus gorilas, foram mortos na última década defendendo os limites do parque contra milícias que operam comércio de carvão estimado em mais de US$ 28 milhões anuais.
  •  O relatório descreve, ainda, casos de militares da Uganda que escoltavam madeireiros através de pontos de controle nas fronteiras da República Democrática do Congo para trazer madeira ilegal de alto valor para a venda nos mercados locais.

Salão do Automóvel de São Paulo: Top 5 carros verdes

Com 500 veículos em exposição, a 27ª edição do Salão do Automóvel de São Paulo acontece até dia quatro de novembro no Anhembi e atrai fanáticos por automobilismo de todas as partes do Brasil. Dentro dos stands, cada veículo exibe sua importância: sejam modelos de luxo, populares, e, principalmente, aqueles que estão acelerando rumo à sustentabilidade. A seguir, destacamos os cinco principais carros verdes do Salão do Automóvel:
1. Nissan Leaf, o táxi elétrico
Utilizando 90% de material reciclado na composição do ambiente interno, o Nissan Leaf não é comercializado, mas já pode ser observado pelas ruas do Brasil: o carro, 100% elétrico, é utilizado somente por uma frota de táxis em São Paulo que atende a região da Avenida Paulista. Quem andar no carro elétrico vai pagar o mesmo que a corrida em um carro comum.
O Leaf possui um sistema de recarga convencional, que leva até oito horas para ser completado. Na carga rápida, o motorista leva duas horas para recarregar as baterias. Para os mais apressados, há ainda a opção da carga super rápida – que “enche o tanque” do Leaf em, no máximo, 30 minutos. Porém, há apenas um posto de recarga disponível, instalado no pátio da empresa de táxis que utiliza o carro em São Paulo.
“Para nós, taxistas, o veículo elétrico é uma opção muito atraente, já que trabalhamos passando boa parte do dia dentro dos carros. A maior dificuldade nisso tudo será driblar os altos preços que os elétricos podem ter e encontrar lugares para carregá-los nas cidades”, diz o taxista Eduardo Lima (34), que viajou de Monte Santo (MG) só para conferir as novidades da feira.
2. “Eu sou elétrico”, diz o Mitsubishi iMiev
O  iMiev é o primeiro veículo totalmente elétrico produzido em série no mundo. Pensando na segurança dos pedestres, os desenvolvedores do modelo da Mitsubishi  criaram o Approaching Vehicle Audible System, um sistema que emite som para avisar a aproximação do carro, enquanto o motorista estiver rodando silenciosamente em baixas velocidades. Comercializado no Japão, o veículo tem autonomia de 180 km e chega a 130 km/h.
O iMiev possui sistema full airbag (com oito airbags em seu interior) e faz conexões com sistemas multimídia, como GPS e Bluetooth.  Se inserido numa tomada comum, o tempo de recarga é de sete horas. No entanto, o quickcharger permite que o automóvel seja abastecido em apenas 30 minutos.
3. E-bugster, o fusca elétrico e superdinâmico
Não tem jeito: o E-bugster atrai a atenção de todo mundo que passa pelo mega stand da Volkswagen. A marca mais popular do Brasil desenvolveu um protótipo 100% elétrico, que tem autonomia para percorrer 180 quilômetros. Com a cara do Fusca, em uma versão superdinâmica e conversível, o modelo foi desenvolvido para mostrar que é possível um carro elétrico ter as mesmas condições de um modelo esportivo.
O protótipo permite que a bateria seja totalmente abastecida em 35 minutos nas estações de recarga. No entanto, o E-Bugster também pode ser carregado em casa, nas tomadas convencionais.
O estudante Felipe Souza, de apenas 14 anos, não vê a hora de completar a maioridade para ter o próprio carro. “Curto carros desde criança. Apesar de os elétricos serem mais caros, evitam os gastos com a gasolina. Além disso, ainda colaboram para o meio ambiente. Seria perfeito um esportivo desses”, se anima o estudante, em frente ao E-Bugster, que tem as proporções de um carro esporte.
4. Suzuki apresenta G70, um novo conceito híbrido
Utilizando apenas um litro de gasolina para percorrer 32 km, o Suzuki G70 é o protótipo de um automóvel híbrido e compacto, ou seja, que alterna o motor de combustão com o sistema de energia elétrica. O interior deste veículo é construído a partir de materiais recicláveis, fator que diminui o uso do plástico e ainda permite maior durabilidade e resistência. 
Os visitantes da feira parecem estar abertos às novidades do mercado automobilístico nos próximos anos. “É preciso desenvolver uma saída sustentável, pois o trânsito é cada vez mais caótico, gerando muita poluição para o planeta. É necessário rever as alternativas, para que evitemos essas atitudes que prejudicam o planeta”, diz a veterinária Rosângela Carvalho, saiu de Goiânia para visitar Salão do Automóvel na capital paulista.
O carro-conceito possui design aerodinâmico e motor turbo de injeção direta com 800 cavalos, que conta com um sistema automático de regeneração da energia utilizada no automóvel. Não há previsões de venda e nem estimativa de preço de mercado.
5. Renault Fluence Z.E.
O Fluence Zero Emission é um carro quase idêntico à versão tradicional sedã, mas possui o motor 100% elétrico. Fabricado na Turquia, o modelo possui o mesmo espaço da versão anterior, e já é comercializado na Europa a 25.900 euros.
A bateria possui autonomia de 185 km e a recarga convencional leva dez horas para ser completada, entretanto, o motorista pode optar pelo quickdrop –  sistema disponível nos postos elétricos da Renault na Europa, em que, pagando uma taxa de serviço, o proprietário troca e recarrega  cada bateria em apenas três minutos.
O painel possui um marcador que indica o “nível de combustível”, desenvolvido para mostrar a quantidade de energia disponível para uso do motorista. O dispositivo “GO” foi criado para alertar o motorista que o carro está disponível para uso, já que o motor elétrico não emite ruídos.

Por Gabriel Felix
Fonte: CicloVivo (http://www.ciclovivo.com.br/)

Cultivo de soja em áreas recém-desmatadas da Amazônia cresce 57%

O Ministério do Meio Ambiente e representantes de setores da sociedade civil anunciaram nesta quinta-feira (26) os resultados do último ano (período 2011/12) da chamada moratória da soja, um acordo de empresas de agronegócios para evitar o desmatamento da Amazônia para a produção dessa commodity.
O monitoramento das áreas desmatadas nos estados de MT, PA e RO apontou um aumento de 57% das plantações de soja em áreas desmatadas depois de outubro de 2006. Na safra passada (2010/2011), haviam sido detectados 11.698 hectares (116,6 km²) plantados, contra 18.410 hectares (184,1 km²) deste ano. O aumento entre o dado deste ano e o do anterior, no entanto, foi menor que entre 2009/2010 e 2010/2011, quando chegou a 85%.
Durante o anúncio desta quinta, a moratória foi renovada por mais um ano. Pelo acordo, as empresas de agronegócio se comprometem a não comprar a soja que tenha origem em áreas que tiveram a floresta reitrada após 2006.
Carlo Lovatelli, Presidente da Associação Brasileira das Indústrias do óleos vegetais (Abiove) afirma que, apesar do aumento, a soja não está entre os principais causadores do desmatamento na Amazônia, mas é um fator que merece sempre atenção. "Ela não é o principal motivo do desmatamento, mesmo assim, nos incomodamos com o aumento," afirmou.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que a moratória demonstrou que é possível aumentar a produção de soja, sem degradar a floresta. "Em cinco anos, tivemos a menor taxa de desmatamento da Amazônia e a maior produção de soja. O que precisamos agora é eliminar dessa base aqueles que não querem cumprir a lei", disse.
A ministra também frisou a importância da criação do Cadastro Ambiental Rural, que permirá conhecer quantos e quais são as propriedades rurais no Brasil. "Com ele poderemos ter o controle de todas as propriedades, levando ao aperfeiçoamento da gestão da informação de produção de alimentos no Brasi," afirmou.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Novas áreas de conservação

Pesquisadores de entidades e analistas do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e de suas instituições vinculadas formularam propostas que identificam novas áreas prioritárias para conservação, uso sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade do Cerrado e do Pantanal, durante oficina de três dias (23 a 25/10) realizada em Brasília. O resultado desse trabalho, segundo o secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, Roberto Cavalcanti, cria uma base para discutir o tema de forma mais aprofundada e mostrar à sociedade o que se está fazendo.
Cavalcanti acredita que as informações mostram a excelente qualidade dos dados que o Brasil tem sobre o Cerrado. As áreas propostas foram identificadas em mapa indicativo das potencialidades dos biomas estudados e serão apresentadas no dia 13 de novembro, em Washington, pelo secretário-executivo do MMA, Francisco Gaetani, na abertura da reunião do GEF (sigla em inglês para Global Environment Fund). “O uso sustentável do Cerrado é, hoje, o principal desafio do bioma”, confirma o secretário.
Bases científicas – De acordo com a gerente de Conservação da Biodiversidade do MMA, Adriana Bayma, foram utilizados critérios científicos no estabelecimento dos alvos da conservação, como espécies e unidades de paisagens, a partir dos conhecimentos dos especialistas, que definiram as metas de conservação desses alvos. Ela explica que a conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e equitativa dos benefícios derivados do uso dos recursos genéticos e do conhecimento tradicional associado compõem os objetivos gerais definidos pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB).
“E a definição de áreas prioritárias consiste na seleção do melhor conjunto de áreas para cumprir tais objetivos”, esclarece Adriana Bayma. “A seleção de áreas prioritárias contempla os itens da CDB, na medida em que busca definir as áreas que devem ser protegidas ou manejadas para conservação da biodiversidade, levando-se em conta as utilizações econômicas atuais e as tendências futuras, o que também evolve comunidades com estilo de vida tradicional”.
O trabalho realizado pelos participantes da oficina técnica destinada a consolidar o mapa de áreas prioritárias para conservação partiu de planejamento sistemático da conservação, com definição prévia das unidades; a identificação dos alvos e seu mapeamento; a definição de metas de conservação, das bordas; a seleção de áreas; além da indicação da importância biológica de cada unidade de planejamento, entre outros aspectos.


Fonte:  Ministério do Meio Ambiente (http://www.mma.gov.br/agencia-informma)

Novo estudo aumenta evidências de que pesticidas comuns estão dizimando colônias de abelhas

A evidência de que pesticidas comuns podem ser parcialmente responsáveis pelo declínio no número de abelhas continua aumentando. Muitos estudos recentes têm mostrado que pesticidas conhecidos como “neonicotinoides” podem causar vários impactos em longo prazo em colônias de abelhas, incluindo menos rainhas, abelhas operárias que se perdem e, em alguns casos, um colapso total da colmeia.
Os estudos têm sido tão convincentes que recentemente a França baniu o uso de pesticidas neonicotinoides.
Agora uma nova pesquisa descobriu mais evidências do mal causado pelos pesticidas, incluindo que as abelhas que são expostas a mais de um químico, ou seja, neonicotinoides e piretroides, são mais vulneráveis.
Em áreas agrícolas, pesticidas não são pulverizados em um ambiente controlado, e insetos como abelhas podem ficar expostos não apenas a um tipo de pesticida, mas a todo um coquetel deles. Por isso, os pesquisadores da Universidade de Londres estavam curiosos para saber como as abelhas, que recentemente foram reduzidas em número em muitas partes do mundo, saíam-se quando confrontadas com uma mistura de diferentes químicos em vez de um só.
Os cientistas dividiram 40 colônias de abelhas em quatro grupos. Um grupo foi exposto ao imidacloprida, um pesticida da família dos neonicotinoides; um segundo grupo foi exposto ao gama-cialotrina, um piretroide; um terceiro grupo foi exposto a ambos os químicos; e o último grupo não foi exposto a nenhum.
As abelhas foram expostas a doses que seriam comumente encontradas em campo e foram então monitoradas por uma tecnologia de identificação de frequência de rádio (RFID).
Os pesquisadores descobriram que as abelhas expostas ao imidacloprida perderam 41% de suas operárias em quatro semanas, comparados com os 30% das colônias de controle. No geral, a produtividade das operárias diminuiu, significando menos comida para a colmeia e menos abelhas se desenvolvendo da fase de larva, descobertas que são apoiadas por pesquisas anteriores.
As abelhas expostas apenas ao gama-cialotrina experimentaram uma taxa mais alta de mortalidade para as operárias, chegando a 51%. Mas as abelhas expostas a ambos os químicos foram as piores, perdendo 69%.
Duas das dez colônias tratadas com ambos os químicos colapsaram completamente dentro de apenas quatro semanas.
“É certamente preocupante que ter essa combinação de pesticidas lá fora possa causar um impacto tão severo [...] apenas observamos dois pesticidas, mas sabemos que há centenas de pesticidas por aí”, disse um dos autores, Richard Gill, em um vídeo da Nature.
Esses impactos provavelmente também tornarão as abelhas mais vulneráveis a outras ameaças, como doenças.
Pesquisas anteriores também mostraram que a exposição a pesticidas pode resultar em Distúrbio do Colapso de Colônias (CCD) dentro de um período de meses. Cientistas dos EUA introduziram minúsculas doses de pesticidas neonicotinoides em 16 colmeias, e deixaram quatro colmeias não expostas. Nos primeiros meses, todas as colmeias de abelhas permaneceram saudáveis, mas depois de seis meses mais de 90% (15 de 16) das colmeias com pesticidas colapsaram, enquanto as quatro colmeias de controle continuaram saudáveis.
“Não há dúvida de que os neonicotinoides colocam um grande estresse sobre a sobrevivência das abelhas no ambiente”, afirmou um dos autores, Chensheng (Alex) Lu, professor associado da HSPH, ao mongabay.com em abril.
Levou um longo tempo para que os cientistas fizessem a conexão entre a saúde das abelhas e os pesticidas, em parte por causa da forma como os agroquímicos são testados. Quando em fase de testes, os cientistas procuram ver se os pesticidas são letais, por exemplo, se eles matam imediatamente insetos benéficos como abelhas. No entanto, o foco são os impactos “subletais” dos pesticidas, ou seja, os impactos que não matam definitivamente as abelhas, mas que as prejudicam em longo prazo.
O outro problema é testar em períodos curtos de tempo, enquanto os impactos subletais podem não se tornar claros por semanas ou mesmo meses. O quadro se torna ainda mais complicado quando se considera que os pesticidas podem tornar as abelhas mais vulneráveis a outros efeitos conhecidos, como a perda de habitat e doenças.
O declínio das abelhas se tornou uma grande preocupação, já que elas estão entre os polinizadores mais importantes do mundo, tanto para colheitas agrícolas quanto para plantas selvagens. Alguns produtores na América do Norte e na Europa observaram que 90% de suas colmeias colapsaram. Embora tais colapsos periódicos já tenham ocorrido no passado, provavelmente ligados a doenças, a crise atual parece muito pior. O valor econômico das abelhas apenas nos EUA foi estimado em US$ 8-12 bilhões.
Traduzido por Jéssica Lipinski.

Fonte: Instituto Carbono Brasil ( http://www.institutocarbonobrasil.org.br/)


Ministra do Meio Ambiente diz que normatização do Código Florestal será feita por decreto presidencial

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse na quinta-feira (25), que os regulamentos necessários ao Código Florestal serão feitos por decreto presidencial. De acordo com ela, portarias, e questões normativas relacionadas, por exemplo, a queimadas e irrigação, serão disciplinadas – de forma geral – pelo Executivo federal, e as especificidades pelo Poder Executivo estadual e conselhos estaduais de meio ambiente.
“Se tem temas no Código Florestal que precisam de regulamentos, esses regulamentos serão feitos no âmbito do Executivo federal para a norma geral e serão feitos, dentro da especificidade, pelos estados, via conselhos estaduais de meio ambiente, ou atos do próprio Poder Executivo estadual”, disse a ministra, após participar, em São Paulo, de reunião da Rede de Mulheres Brasileiras Líderes pela Sustentabilidade.
“Toda parte de sanção e de aplicação da Lei de Crimes Ambientais, se nós tivermos que especificar, é decreto presidencial, eu não posso estabelecer sanção. Quem estabelece é a presidenta, a partir da lei de crime”, acrescentou.
Ontem, a ministra do Meio Ambiente se reuniu por quase duas horas com a presidenta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, que apresentou, entre outras demandas, a preocupação dos produtores rurais sobre as futuras regulamentações a serem feitas para viabilizar o Código Florestal.
De acordo com a presidenta da CNA, o temor dos grandes agricultores e pecuaristas é que as normas não venham a ser elaboradas pelo Ministério do Meio Ambiente ou pela própria Presidência da República.
“Uma das nossas preocupações é que isso (as futuras regulamentações) fugisse à alçada do Executivo e pudesse ser deslocado para um Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Tivemos a garantia de que seria feito pelo Executivo, ouvidos todos os setores”, disse Kátia Abreu.

Fonte: Agência Brasil (http://agenciabrasil.ebc.com.br/)

Em defesa da Amazônia

Os resultados da cooperação do Brasil com a Noruega no combate à degradação da Floresta Amazônica foram divulgados, na manhã desta quinta-feira (25/10), em Brasília. A apresentação ocorreu durante o seminário de encerramento do projeto Planos Estaduais de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Brasileira e Cadastramento Ambiental Rural (CAR) Municipal.
Assinada em 2008, a parceria utilizou 4,3 milhões de dólares, doados pela Noruega, e envolve o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Entre as principais iniciativas, foi realizado projeto piloto de mapeamento e cadastramento das propriedades rurais de seis municípios da Amazônia Legal, primeiro passo para a regularização dos terrenos.

Inscrição
O CAR realizado de forma pioneira nos seis municípios gerou resultados significativos. No Pará, 83% das propriedades de Ulianópolis e 87% das terras de Dom Eliseu foram inscritos no sistema estadual de monitoramento. No Mato Grosso, o processo ainda está em andamento em Marcelândia e já soma 78,5% dos terrenos rurais incluídos no sistema. No Acre, os municípios de Senador Guiomard, Acrelândia e Plácido de Castro somaram 50% de parcelas inseridas no sistema.
Ao todo, o processo custou R$ 2,69 milhões. Para o diretor de Políticas para o Combate ao Desmatamento do MMA, Francisco Oliveira, a conclusão representa uma vitória. “O projeto trouxe uma série de desafios, inclusive o de trazer a inovação”, afirmou. “Foi um trabalho bastante concreto, especialmente no que diz respeito ao CAR, e ocasionou resultados extremamente positivos.”

Fonte: Instituto Carbono Brasil (http://www.institutocarbonobrasil.org.br)

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Mar Morto tem redução histórica em consequência de exploração industrial

O Mar Morto está encolhendo em taxas recordes, em consequência dos trabalhos de exploração feitos pela indústria de fertilizantes. A redução chegou a 1,5 metro nos últimos 12 meses, caracterizando a situação como o maior declínio já registrado desde 1950.
Duas empresas do ramo de fertilizantes são apontadas como as principais culpadas pelo problema: Israel Chemical Ltda. (ICL) e Jordan’s Arab Potash Co. (APOT), de acordo com Gidon Bromberg, diretor da ONG israelense Amigos da Terra do Oriente Médio.
Os fabricantes de potássio, uma das matérias-primas utilizadas em fertilizantes, competem pelas águas com a indústria do turismo há anos. O Mar Morto é um dos destinos mais procurados por quem visita o oriente médio, atraindo em 2011, 857 mil turistas. A agricultura local também depende das águas do mar mais salgado do mundo.
Para se defender das acusações, a Israel Chemicals informou que não aumentou a quantidade de água bombeada do mar e atribuiu a redução aos bombeamentos históricos, feito ao longo de milhões de anos. A empresa utiliza de 150 a 170 milhões de metros cúbicos de água proveniente do Mar Morto todos os anos.
O Ministério da Jordânia informa que a preservação do mar é fator essencial. “Estamos empenhado em fazer tudo o possível para preservar o Mar Morto, que está encolhendo anualmente”, declarou o porta-voz do Ministério, Issa Shboul à Bloomberg.
Segundo ele, as empresas são incentivadas a adotarem tecnologias mais recentes e que causem menos impactos à natureza. Bromberg, diretor da ONG Amigos da Terra do Oriente Médio, explicou que o déficit anual do Mar Morte é de 700 milhões de metros cúbicos de água. Com informações da Bloomberg.

Fonte: Ciclo Vivo (http://www.ciclovivo.com.br/)

Buraco na camada de ozônio é o 2º menor em duas décadas na Antártica

A área média do buraco na camada de ozônio sobre a Antártica, no polo sul do planeta, recuou em 2012 ao segundo menor tamanho registrado em duas décadas, segundo informações da agência espacial americana (Nasa) e da Administração Nacional dos Oceanos e da Atmosfera nos Estados Unidos (NOAA).
A camada de ozônio funciona como uma proteção natural da Terra contra a radiação ultravioleta, um dos agentes causadores do câncer de pele, de acordo com a Nasa. O tamanho médio do furo em 2012 foi de 17,9 milhões de km², 27,5% menor que o buraco ocorrido no ano passado, que atingiu 24,7 milhões de km², o equivalente ao território do Brasil, do Canadá e dos EUA somados.
Cientistas da Nasa e do NOAA atribuem o fenômeno a flutuações naturais no padrão do clima da região, que elevaram as temperaturas na estratosfera sobre a Antártica neste ano.
O menor buraco na camada de ozônio nos últimos 20 anos foi registrado em 2002, com 12 milhões de km², de acordo com a agência espacial americana. Já o maior ocorreu em 2006, quando chegou a 26,6 milhões de km², tamanho 32,7% maior do que o ocorrido neste ano.
O buraco na camada de ozônio começou a ser constatado por cientistas na década de 1980. A agência americana prevê que o ozônio não voltará ao seu estado anterior a esta década antes do ano 2065.
Imagem mostra buraco na camada de ozônio, em lilás, no dia de maior pico do orifício neste ano (Foto: Divulgação/Nasa)
Imagem mostra, em lilás, o buraco na camada de ozônio na Antártica, segundo registro do dia de pico no tamanho do orifício, em 22 de setembro deste ano (Foto: Divulgação/Nasa)

Mais quente- O tamanho menor neste ano ocorreu devido a temperaturas mais altas na estratosfera da Antártica, mais do que pela redução de poluentes lançados no ar, ponderou o cientista atmosférico Paul Newman, da Nasa, para o site da agência.
"O orifício é causado principalmente por produtos químicos lançados na atmosfera pelos seres humanos, e estes produtos ainda podem ser medidos na estratosfera da Antártica", disse Newman. O buraco é uma região com concentração baixíssima de ozônio situada na estratosfera da Antártica, fenômeno que acontece todos os anos na primavera, entre agosto e outubro, de acordo com a Nasa.
"Aconteceu de estar mais quente neste ano na atmosfera sobre a Antártica, e nós não enxergamos mais tanta destruição do ozônio quanto ocorreu no ano passado, quando estava mais frio", disse o cientista Jim Butler, da NOAA. Ele não descarta que a redução na emissão de poluentes esteja ajudando a preservar o ozônio.
Há 25 anos, um acordo internacional conhecido como Protocolo de Montreal foi assinado por vários países para controlar a emissão de gases que atacam a camada de ozônio, como os CFC (clorofluorcarbono).

Ajuste no sistema atrasa cadastro determinado pelo Código Florestal

O Cadastro Ambiental da Rural (CAR) é uma das obrigações do Código Florestal que entrou em vigor com várias mudanças e novas regras para o agricultor. Apesar do procedimento ter prazo estipulado em lei, a regulamentação ainda está em discussão no Ministério do Meio Ambiente.
O registro eletrônico, com informações ambientais da propriedade como áreas de preservação permanente e reserva legal, servirá para o monitoramento dos órgãos ambientais e combate ao desmatamento no país. O prazo para o produtor fazer esse cadastro é de um ano. Mas, na prática, o período ainda não começou a contar. O decreto que criou o cadastro, publicado na quinta-feira (18) no Diário Oficial da União, diz que o dia certo será estabelecido através de ato do Ministério do Meio Ambiente.
O CAR poderá ser feito no site do Ministério do Meio Ambiente. Mas, por enquanto, o agricultor que acessar a página do programa encontrará o aviso: ‘o sistema informatizado ainda está sendo adequado ao novo Código Florestal pelos técnicos do ministério e do Ibam; o produtor só poderá concluir o cadastramento depois da regulamentação da nova lei’.
Na prática, o produtor não precisa se preocupar agora em fazer o cadastramento já que os ajustes no sistema eletrônico estão sendo realizados pelo governo. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, não há prazo definido para que seja feita a regulamentação.
Ambientalistas ligados a organizações não governamentais e representantes de movimentos sociais querem participar da regulamentação do Código Florestal. O pedido foi feito na terça-feira (23) à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. A Frente Parlamentar da Agropecuária também fez o mesmo pedido ao governo.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Toyota planeja venda de carro híbrido no Brasil para janeiro de 2013

A Toyota anunciou, nesta segunda-feira (22), que no início do próximo ano seu carro híbrido Prius começará a ser comercializado no Brasil. A previsão é de que o modelo custe cerca de R$ 120 mil.
O anúncio foi feito, durante o 27º Salão Internacional do Automóvel, pelo vice-presidente sênior da montadora para o Mercosul, Luiz Carlos Andrade Jr. "Assim como o Etios, o Prius deve aproximar a Toyota de um público mais jovem", afirmou ao G1.
Etios é um modelo compacto que foi recentemente lançado no Brasil. Segundo o presidente da Toyota Mercosul, Shunichi Nakanishi, a produção deste automóvel, realizada em Sorocaba (SP), já está quase toda vendida. Por conta disso, a produção será aumentada para cem mil unidades até o fim de 2013.
O automóvel, que será importado do Japão, combina um motor a combustão e outro elétrico. A pretensão é vender mil unidades anualmente. "Temos estudos que nos dizem que é possível chegar a esse número. Não sabemos se a concorrência quer só marcar presença, com um carro de imagem, ou se a intenção é vender. A nossa é vender", disse Andrade Jr.
O híbrido foi lançado no Japão em 2009 e foi apresentado no Salão de Tóquio em dezembro do ano passado. O Toyota Prius passou por algumas mudanças até chegar ao modelo atual, com 1.8 de 73 kW e 138 cavalos.
A Toyota foi eleita a marca mais verde do mundo pelo segundo ano consecutivo, de acordo com o último relatório Best Global Green Brands (Melhor Marca Verde do Mundo). A montadora conquistou o primeiro lugar em um ranking de 50 empresas que demonstram consciência ambiental em suas atividades.

 O automóvel, que será importado do Japão, combina um motor a combustão e outro elétrico. l Foto: Divulgação/Toyota
Foto: Divulgação Toyota

Fonte: Ciclo Vivo (http://www.ciclovivo.com.br)



União Europeia precisa rapidamente de acordo para reforma do mercado de carbono

O crescimento acelerado da oferta de créditos de carbono na União Europeia deve diminuir a partir de 2014, mas para lidar com a fartura em curto prazo os países membros precisam decidir antes do final do ano sobre reformas no sistema, mostrou um documento da Comissão Europeia.
Visto pela Reuters, o documento também conclama os países a discutir e explorar opções de mudanças mais duradouras para recuperar um mercado que já alcançou baixas histórias durante este ano.
A minuta do relatório da comissão sobre o estado do mercado de carbono pediu que o Comitê de Mudanças Climáticas “decida sobre a proposta de emenda para a regulamentação dos leilões antes do final ano, visando fornecer certezas para os participantes do mercado”.
O comitê reúne representantes dos países membros e faz parte de um processo legislativo mais rápido.
O documento da comissão conclama o parlamento europeu e o conselho dos países membros a adotarem uma “mini emenda” para a lei que rege o esquema de comércio de emissões, visando embasar a legalidade das reformas.

Traduzido por Fernanda B. Muller, Instituto CarbonoBrasil


Fonte: Istituto Carbono Brasil ( http://www.institutocarbonobrasil.org.br/)



Energia solar no Brasil será competitiva antes de 2020, diz EPE

A energia solar deve se tornar competitiva no Brasil antes de 2020 e ser inserida na matriz elétrica brasileira, segundo o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim.
O presidente afirmou a jornalistas que a energia solar vai ter um papel importante na matriz mundial no futuro, mas alertou que o país não precisa ter pressa ainda.
“Um leilão de energia solar para o ano que vem não está sendo considerado agora”, disse. “O Brasil não tem razão para acelerar esse processo e fazer o consumidor pagar mais caro [pela energia solar]. A gente pode esperar dois, três ou quatro anos até a fonte ficar mais competitiva”, adicionou.
Tolmasquim ainda se mostrou contra a posição de empresários do setor e do ONS (Operador Nacional do Sistema), que defendem a realização de leilões regionais de energia.
Ele frisou que, com menos competidores na disputa, a tendência é que o preço da energia fique mais caro em um eventual leilão regional. “Ninguém até agora me provou que vai ser vantajoso ao consumidor”, declarou.

Fonte: Ambiente Brasil (http://noticias.ambientebrasil.com.br/ )

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Conheça cinco edifícios sustentáveis no Brasil

O Brasil já ocupa a quarta posição no ranking mundial de construções sustentáveis, de acordo com o órgão internacional Green Building Council (Conselho de Construções Verdes).
O primeiro prédio sustentável brasileiro foi erguido em 2004 e, de 2007 até abril de 2012, o país já registrou um total de 526 empreendimentos sustentáveis, sendo 52 certificados e 474 em processo de certificação no GBC.
O EcoD selecionou cinco prédios que já possuem a certificação, são eles:

Complexo Comercial Rochaverá - São Paulo
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Foto: Divulgação
O Rochaverá foi um dos primeiros empreendimentos do Brasil a reunir vários dos conceitos de Green Building e a conquistar a certificação LEED, categoria Gold. Isso porque todo o projeto foi concebido dentro de quatro premissas: redução do consumo de energia e dos custos operacionais e de manutenção; diminuição do uso de recursos ambientais não renováveis; melhoria da qualidade interna do ar; e ganhos de qualidade de vida e da saúde dos usuários.
Um dos destaques da construção está no sistema próprio de co-geração de energia elétrica, capaz de atender a 100% da carga de todo o complexo, de forma ininterrupta.

Eldorado Business Tower – São Paulo
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Foto: Reprodução
O Eldorado Business Tower, edifício de arquitetura marcante e imponente na Av. das Nações Unidas, região da Marginal Pinheiros da capital de São Paulo, obteve o LEED® C&S – Platinum, certificação Greenbuilding pelo USGBC (United States Greenbuilding Council). Segundo o Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), os principais resultados que demonstram a alta performance ambiental do Eldorado Business Tower são:
  • 33% de economia no consumo de água potável, comparado ao padrão norte-americano.
  • 100% de economia de água potável para irrigação
  • 18% de economia no consumo de energia
  • 74% de todo resíduo gerado na obra foi desviado de aterros
  • 30% de todo material empregado é de origem reciclada
  • 50% de todo material adquirido é de origem local
  • 95% de toda madeira é certificada pelo FSC (Forest Stewardship Council);
  • 25% de redução da vazão e volume de água lançada na rede pública durante as chuvas.
Torre Vargas 914 – Rio de Janeiro
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Foto: Reprodução
A Torre Vargas, localizada na região central da capital carioca, na Avenida Presidente Vargas, possui 6.315,18 metros quadrados de área útil e teve consultoria ambiental da Cushman & Wakefield para adequar o projeto aos padrões de certificação Leed.
Entre as mudanças no prédio, estão: novo sistema de iluminação de periferia, através de sensores de fachada; instalação de motores elétricos de alto rendimento; uso de medidor de consumo energético individual, possibilitando a rápida identificação de eventuais desvios de consumo (com agilidade); e inclusão de sanitários equipados com metais de pressão para evitar desperdício e esquecimento de torneiras abertas, vasos sanitários com duplo acionamento (3 e 6 litros) e mictórios com sensor de presença.

Ventura Corporate Towers – Rio de Janeiro
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Foto: Arco Web
Composto por duas torres, o empreendimento comercial atualmente é ocupado pela Petrobras e pelo BNDES. Localizado na Cidade Nova, o empreendimento contou com diferentes diretrizes que reduzem o impacto sobre o meio ambiente tanto na obra como no dia a dia. Juntas, suas duas torres, com 36 andares cada uma, totalizam 170 mil metros quadrados de área construída, sendo 106 mil metros quadrados de área locável. 
O prédio, inteligente, permite que a intensidade da luz seja avaliada através de sistemas de computador. Em dias nublados, por exemplo, a luz artificial é intensificada nos ambientes. Já em dias ensolarados, o computador reduz a intensidade luminosa. Vidros especiais também foram instalados para garantir a iluminação natural e o conforto térmico no interior do empreendimento. Além disso, há sistema de controle de descarte de entulho e reciclagem de lixo.

Edifício Cidade Nova – Rio de janeiro
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Foto: Arco Web
O Edifício Cidade Nova, localizado na Rua Ulisses Guimarães, 565, Cidade Nova, no Rio de Janeiro, foi construído pela Bracor, com arquitetura assinada pelo escritório Ruy Resende. A categoria Core&Shell indica que as partes interna e externa do edifício são sustentáveis. O prédio possui seis fachadas compostas por grandes planos de vidro isotérmicos que barram a radiação solar.
Com consultoria ambiental da Cushman & Wakefield, a construção segue normas que diminuem o impacto sobre o meio ambiente, como captação e reúso de água, concepção de paisagismo e área verde proporcionais à edificação, redução de consumo de energia, menos emissão de CO2, controle de ar condicionado individual e disponibilização de vagas especiais para veículos de baixa emissão de poluentes. O Edifício Cidade Nova abriga a Universidade Petrobras.

Subprodutos da produção de bioenergia geram materiais recicláveis para a indústria

 Pesquisa em cooperação entre as empresas Plasmacro, do Brasil, e Casco, do Canadá, investiga processos inovadores para a reciclagem dos resíduos da produção de biodiesel e seu uso na indústria de material elétrico e outras aplicações. As investigações estão sendo realizadas com apoio obtido por meio do acordo firmado entre a FAPESP e a International Science and Technology Partnerships Canada Inc (ISTPCanada).
Alguns resultados do projeto em andamento foram apresentados e discutidos com uma plateia de pesquisadores brasileiros e canadenses presentes ao primeiro simpósio da FAPESP Week 2012, em Toronto, Canadá, em 17 de outubro.
Os objetivos principais do projeto apoiado pelo acordo binacional são desenvolver processos para recuperação de resíduos da produção de biodiesel, usar o glicerol bruto – um desses resíduos – como um plastificante na indústria de papel e obter compostos de amidos termoplásticos com PVC reciclado para moldagem, por injeção, de material elétrico e também bioplásticos para fabricação de embalagens descartáveis de alimentos.
De acordo com Carlos Correa, da Plasmacro, o crescimento da produção de biodiesel – que passou de 404 mil metros cúbicos (m3) em 2007 para 2,7 milhões m3 em 2011 – ampliou a quantidade de glicerol obtida e as perspectivas de sua utilização na indústria.
Além das aplicações tradicionais em embalagens de medicamentos, amaciantes de fibras têxteis, fabricação de nitroglicerina, há novas aplicações possíveis, como a produção de ração animal, propeno para plásticos, aditivos anticongelantes para uso em radiadores de automóveis e outros.
Os objetivos da Casco são desenvolver tecnologias para obtenção de amido biomodificado. Segundo o gerente sênior, Andre Leclerc, a empresa procura desenvolver um novo nicho de mercado na área de biotecnologia para diversificar sua produção.
“Para isso, a Casco quer conseguir compostos com as proporções ideais de subprodutos do biodiesel e outros componentes para obter produtos finais com boa aparência, homogeneidade, boa absorção de umidade e deformação, estabilidade física e custo final competitivo”, disse Leclerc.
Outro desafio para o projeto é ampliar ao máximo o uso de glicerol bruto em compostos com PVC e outros termoplásticos. A atual capacidade global instalada para a produção de PVC está em torno de 47,5 milhões de toneladas métricas por ano e deve crescer para 59,1 milhões de toneladas métricas em 2020, segundo Correa.
“Apenas a Braskem está produzindo mais de 1 milhão de toneladas de resina de PVC por ano no Brasil e o setor da construção consome atualmente 75% da produção de todo o PVC no país. Esse índice vem crescendo diante de grandes incentivos existentes no Brasil”, disse.
Entre as aplicações estão muitos dos dispositivos elétricos exigidos pela nova regulamentação brasileira para o setor.
Por Fernando Cunha
Fonte: Agência FAPESP (http://agencia.fapesp.br).

Aquecimento provocou extinção

WASHINGTON, EUA - Um surto de efeito estufa há 250 milhões de anos foi uma das principais causas do evento de extinção mais catastrófico da história do planeta, sugere um novo estudo.
Analisando o peso atômico do oxigênio contido em fósseis da época, cientistas calcularam que a temperatura média anual de águas equatoriais chegou a um pico de 40ºC, tornando a vida impraticável na maior parte das áreas tropicais.
O trabalho, publicado na última edição da revista Science, traz pela primeira vez evidências de que o calor contribuiu diretamente para a extinção -em vez de ter sido um coadjuvante de outros fatores, como a falta de oxigênio ou a deterioração da camada de ozônio.
Todos esses problemas geológicos estão ligados a um período intenso de atividade vulcânica na Sibéria. Em um primeiro momento, a poeira de vulcões faz a Terra resfriar. Mas, no longo prazo, o gás carbônico das erupções faz o planeta se aquecer.
É o que foi verificado na transição do período Permiano para o Triássico, estudada pelos pesquisadores, quando o planeta perdeu cerca de 90% de suas espécies.
Quando se olha para a extinção em si, ela está ligada a atividades vulcânicas. Mas, depois do início da extinção, o aquecimento começou a dominar a tendência, diz Paul Wignall, da Universidade de Leeds (Reino Unido), um dos autores do trabalho.
A temperatura terrestre pode ter chegado a 60ºC em algumas regiões. Segundo o estudo, de 252 milhões a 247 milhões de anos antes do presente, não havia quase nenhum vertebrado terrestre numa faixa de latitude que vai do Uruguai aos EUA.
A seleção natural acabou favorecendo animais menores, mais adaptados às temperaturas altas. Segundo o pesquisador, todas essas são coisas que devem ocorrer com o aquecimento global atual, em grau menor. Estamos mostrando o quanto um aquecimento global pode ser ruim, diz Wignall.
Mas não acho que veremos algo assim em nosso futuro próximo; certamente não nos próximos cem anos. As temperaturas do fim do Permiano subiram em algumas poucas centenas de milhares de anos, o que é rápido em termos geológicos. O que vemos acontecer hoje equivale a uma subida de temperatura instantânea.

Foto da Science, a partir de imagem, feita com microscópio eletrônico, de conodonte, animal marinho parecido com enguia, usado na resconstituição

Por Rafael Garcia (Folhapress).
Fonte: Blog Ciência e Meio Ambiente ( http://jc3.uol.com.br/blogs/blogcma/canais/noticias/index.php)

Comissão francesa rejeita estudo que vincula milho transgênico a câncer

De acordo com estudo, 200 ratos alimentados com milhos transgênicos tiveram maior incidência de câncer
Uma comissão científica francesa rejeitou nesta segunda-feira (22) o polêmico estudo coordenado por pesquisadores do país segundo o qual ratos alimentados com milho transgênico sofrem câncer e morrem antes, e pediu um estudo “independente”.
O Alto Conselho de Biotecnologia (ACB) afirmou que não encontrou uma relação de causa entre os tumores dos ratos e o consumo do milho transgênico, como assegurava o estudo publicado em setembro por cientistas da Universidade de Caen.
Os métodos utilizados no estudo, que concluiu que os ratos alimentados com milho transgênico sofrem tumores cancerígenos e morrem antes, são “inadequados”, destacou o ACB, que examinou a pesquisa a pedido do governo francês.
O estudo publicado em setembro pela da equipe do professor de biologia molecular Gilles-Eric Seralini, da Universidade de Caen, reativou a polêmica sobre os riscos para a saúde dos organismos geneticamente modificados.
A equipe analisou durante dois anos os efeitos em 200 ratos do milho transgênico NK603 e do herbicida Roundup, o mais utilizado no mundo – dois produtos da empresa Monsanto -, e suas conclusões provocaram uma tempestade entre o governo, cientistas e defensores do meio ambiente.
O ACB recomendou um “estudo a longo prazo, independente e transparente” sob a autoridade do poder público a respeito da segurança para a saúde do milho transgênico NK603.
“Para responder às perguntas da sociedade sobre a toxicidade ou inocuidade do milho transgênico, o estudo deve levar em consideração visões contraditórias”, ressaltou o comitê econômico, ético e social do ACB.
As conclusões do estudo da Universidade de Caen de que nos ratos alimentados com transgênicos aparecem tumores até 600 dias antes que nos ratos ‘indicador’ (não alimentados com transgênicos), enquanto no caso das fêmeas aparecem na média 94 dias antes, advertiam sobre os riscos para os seres humanos dos alimentos geneticamente modificados.
Após a publicação do estudo, o governo da França pediu um procedimento rápido, de algumas semanas, para verificar a validade científica do mesmo.
O governo destacou que se fosse confirmado que os transgênicos agrícolas são perigosos para a saúde, solicitaria a proibição a nível europeu.
A França apresentou o tema à Agência de Segurança de Saúde. A Comissão Europeia pediu a sua agência responsável pela segurança dos alimentos que examinasse os resultados do estudo para “tirar conclusões”.
O estudo dos cientistas franceses provocou muitos pedidos de suspensão da autorização do cultivo destes produtos.
Ao anunciar nesta segunda-feira os resultados que invalidam o estudo dos cientistas da Universidade de Caen, o ACB ressaltou que a nova pesquisa independente deve oferecer respostas às dúvidas da sociedade sobre os transgênicos.
“A meta do novo estudo é tranquilizar a opinião pública, que não sabe mais em que acreditar”, disse Christine Noiville, presidente do comitê econômico, ético e social do Conselho.

Fonte: Ambiente Brasil (http://noticias.ambientebrasil.com.br/).

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