segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Brasil deve subir ao 3º lugar no ranking dos maiores produtores de celulose do mundo

Os investimentos anunciados cujas fábricas já estão em construção pelas empresas produtoras de celulose devem adicionar 3 milhões de toneladas de capacidade produtiva às plantas existentes no Brasil até o início de 2014.
Hoje o país produz 14 milhões de toneladas por ano, devendo chegar a 17 milhões até 2014 segundo informações da Bracelpa. A capacidade dos projetos greenfield é de 1,5 milhão, equivalente a fábricas de escala mundial.
Isso tem levado os investimentos a lugares diferentes das tradicionais Região Sudeste, Sul e no estado da Bahia, para regiões onde há disponibilidade de terras para o plantio de eucalipto, como o Centro-Oeste e o Mapito (Maranhão, Piauí e Tocantis).
Já foram anunciados outros investimentos que devem elevar a capacidade em mais 8,3 milhões de toneladas, levando a capacidade total a 25 milhões em 2017. O que esses investimentos adicionais esperam, no entanto, é a recuperação internacional para a retomada das exportações.
A Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel)  também estima investimentos de R$ 40 bilhões para os próximos dez anos na ampliação de área de florestas plantadas, devendo passar dos atuais 2,2 milhões de hectares para 3,2 milhões de hectares, o que dará suporte à expansão da produção de celulose.
Segundo o Departamento de Estudos e Pesquisas do Bradesco, “o principal determinante para a realização dos investimentos no setor é a competitividade das florestas plantadas no Brasil, comparada aos demais players globais.”
A entidade informa que no Brasil, o rendimento de um hectare com eucalipto plantado é de 44 m³ por ano, bem acima do concorrente mais próximo, o Chile, cujo rendimento é de 25 m³. A vantagem brasileira está no solo e clima favoráveis. “Além disso, no Brasil o eucalipto cresce e atinge o nível de corte em 7 anos, sendo que a média é de 10 a 12 anos nos demais países. Outro fator destacado é que “as indústrias do setor investiram em avanços genéticos das plantas, uso de biotecnologia e melhora de manejo florestal, o que permitiu o incremento de produtividade nos últimos anos.”
Os investimentos atuais devem levar o Brasil a subir no ranking global de produção de celulose, hoje no 4º lugar, podendo ultrapassar o Canadá, que ocupa a 3ª posição. Em 1993 o Brasil passou do 8º para o 7º lugar, em 2006 para o 6º lugar e desde 2008 assumiu a atual posição no 4º lugar.
 
Fonte: Painel Florestal (http://painelflorestal.com.br).

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