terça-feira, 30 de novembro de 2010

Animais- Bugio-Ruivo



Os animais da fauna nativa, na sua maioria, são pouco conhecidos e os visitantes do Parque Zoológico, via de regra, têm o hábito de procurar a girafa, o elefante, os tigres ou leões. Divulgar as espécies nativas é, pois, muito importante, já que conhecendo melhor as espécies, as pessoas terão mais consciência para protegê-las. A HORA do BICHO é um projeto desenvolvido pelo Centro de Educação Ambiental do Zôo, que visa proporcionar o conhecimento das espécies nativas ameaçadas de extinção.O projeto será desenvolvido de maio de 2004 a abril de 2005, divulgando, a cada mês, uma das espécies da fauna nativa ameaçada.



Este projeto estará apoiando a campanha de coleta seletiva de lixo "Cada macaco no seu galho, cada lixo no seu cesto", através da distribuição de sacolas, bótons e folhetos explicativos

Na Natureza 
No Rio Grande do Sul ocorrem duas espécies de bugios: o bugio-ruivo (Alouatta guariba), que ocorre nas matas de enconsta de morro e restingas da Mata Atlântica e nas matas com Araucária e o bugio-preto (Alouatta caraya), que ocorre nas matas ciliares da região oeste do Estado. Vivem em grupos de seis a oito indivíduos, sendo um macho adulto, duas a três fêmeas e seus filhotes. Alimentam-se de folhas, frutos e flores e auxiliam na dispersão das sementes pelas matas, favorecendo a diversidade vegetal. 


No Zôo 

Animal símbolo do Parque, o bugio ocupa um recinto amplo, com bastante vegetação, o que, aliado à boa alimentação, já proporcionou o nascimento de filhotes. 



A Extinção 

Encontram-se ameaçados de extinção devido à caça, destruição das matas e pela proximidade com a população humana (atropelamentos, ataques de cachorros e choques em fios elétricos). Segundo o Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Rio Grande do Sul (2003), o bugio - ruivo consta na categoria ameaçada vulnerável.


Fonte:
Coordenadoria de Comunicação Social
Fundação Zoobotânica do RS

TURVO - Santuário que esconde a onça e a anta.

Santuário que esconde a onça e a anta

O Rio Grande do Sul é um dos estados onde ocorreu a maior devastação das matas nativas, em todo o país. Praticamente não existem mais florestas virgens no Estado. Mas, se existir alguma área, ela certamente se localizará no Parque Florestal Estadual do Turvo, no município de Derrubadas (clique aqui para ver como chegar lá). Trata-se de um dos mais importantes paraísos ecológicos gaúchos, último reduto de animais raros como a onça pintada e a anta (veja, na foto acima, uma onça na principal via de acesso ao Salto do Yucumã (veja fotos), no que poderíamos considerar o fundo do parque, na fronteira com a Argentina).

Nesse parque, com 17.491,40 hectares, estão algumas das matas mais altas do Estado, com árvores de até 30 a 40 metros, últimos exemplares da densa floresta do Alto Uruguai, uma formação com características semelhantes às do Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná.

São muito comuns espécies de grande porte como a grápia, canafístula, cedro e angico, entre outras que se encontram num equilíbrio quase perfeito com a vegetação secundária e rasteira.

Essa mata é uma das mais ricas em espécies vegetais, tendo sido contadas 727 num levantamento de pesquisadores do Departamento de Botânica da UFRGS. Falta agora complementar estudos acerca da interdependência que há entre elas, para que possa se saber como é que opera um ecossistema desse porte.
alto da página


Recursos internacionais apoiaram estudos
Informações importantes surgiram de um estudo conduzido pelo Departamento de Recursos Naturais Renováveis da Secretaria de Agricultura do Estado. Em apenas um hectare foram encontradas 88 espécies florestais, entre árvores e arbustos, com 566 "indivíduos arbóreos", segundo a definição dos técnicos.

Outro estudo importante realizado nos últimos anos no Parque Estadual do Turvo contou com o apoio da World Wildlife Fundation, dos Estados Unidos, e apresentou informações importantes acerca da cadeia alimentar dos animais. De acordo com o que se verificou, de um modo geral os animais mais apreciados pelas onças são vegetarianos. É o caso da cutia, que come frutos e raízes; da capivara, que se alimenta da grama boiadeira e de outros vegetais aquáticos; do veado, que come plantas diversas; e do porco-do-mato, que come tudo o que cai no chão, de larvas a sementes e frutos.

Embora seja uma floresta densa, no Turvo também existem os chamados campestres, banhados, lagoas (são cerca de 15) e, nos três quilômetros de rio Uruguai na divisa com Santa Catarina (o parque fica no extremo noroeste do Rio Grande, abrangendo áreas da divisa com Santa Catarina e da fronteira com a Argentina) e nos outros 42 quilômetros da fronteira com a Argentina, há até mesmo cinco corredeiras.

A grande atração, porém, é o Salto de Yucumã (veja detalhes e uma foto), uma queda d'água no sentido longitudinal, com quase três quilômetros de extensão, que ocorre no ponto onde o rio é desviado por uma fenda e se precipita de uma altura superior a dez metros.
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Primeiro parque do Estado
O Parque Florestal Estadual do Turvo é administrado pela Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul. Foi o primeiro parque criado no Rio Grande do Sul, em março de 1947, e também está entre os mais estudados por diversas universidades do Estado.

O jaguar, chamado na região de onça e até de pantera, é um de seus personagens mais raros. Alimenta-se de animais menores, mudando-os de acordo com a sua ocorrência. Quando um escasseia, passa a predar o outro. Gosta muito do porco do mato, mas também tem uma certa preferência pelo tapeti, parecido com uma lebre.

Num Estado onde restaram muito poucas matas, parece impossível que tenham sobrado jaguares, livres para caçarem seus porcos do mato ou tapetis, mas ainda ficaram alguns exemplares, talvez até dez ou um pouco mais, protegidos graças à vasta área do parque.

Com a suçuarana (um puma) e a anta, esses jaguares (foto no alto da página) detêm uma marca lamentada pelos defensores do meio ambiente: não existem em nenhum outro lugar do Estado, na quantidade necessária para assegurar-se a sua preservação.

Capivaras, veados de diversas classificações, lontras, gatos do mato, jaguatiricas, graxains, bugios, entre outros animais, estão entre os mamíferos, enquanto alguns tipos de tucanos, periquitos, macucos, o urubu-rei, a jacutinga, a arara maracanã, destacam-se entre as aves.



Fonte:http://www.riogrande.com.br

Estudo: cientistas descrevem como seria o mundo 4°C mais quente


À convite da Real Sociedade Britânica, cientistas de universidades e instituto de pesquisas realizaram estudo no qual descrevem como o mundo seria caso ficasse 4°C mais quente, já que previsões apontam que o mundo realmente passará por esta mudança até 2060. As informações são do site da revista New Scientist.
A mudança climática, estudos anteriores já apontavam, devastaria a maior parte da Amazônia e desregularia o ciclo de monções, mas a nova pesquisa indica que a falta de água seria mais severa. O aumento das temperaturas depende das ações humanas - se o aumento estagnar em 2°C, projeções apontam que os suprimentos de água já seriam baixos, graças à demanda da população. Porém, com aumento de 4°C, a falta de água tomaria proporções nunca antes vistas.
A maior parte da África Subsaariana veria sua agricultura ruir, com períodos de plantação em sua menor marca na história. A produção de milho diminuiria em 19% e a de feijão em 47%, em comparação às médias atuais.
Calor extremo, aumento do nível do mar e falta de água fariam muitas pessoas migrarem - porém, os mais pobres ficariam impossibilitados de sair de suas localidades; os cientistas, então, apontam que facilitações para mudança de país deveriam ser realizadas.
Fonte: terra.com.br

Mortes por causas climáticas mais do que dobram em 2010, diz ONG


Pelo menos 21 mil pessoas morreram nos primeiros nove meses deste ano devido a desastres climáticos no mundo, o que representa mais do que o dobro do que em 2009, disse a organização humanitária britânica Oxfam na segunda-feira.
O relatório, lançado no dia em que começou a conferência climática da ONU em Cancún, cita inundações no Paquistão, incêndios e ondas de calor na Rússia e elevação do nível dos mares em Tuvalu (Oceania) como exemplos das consequências funestas da mudança climática.
Não há expectativa de que a conferência de Cancún resulte em um novo tratado climático de cumprimento obrigatório para todos os países. O mais provável é que haja avanços em questões como a liberação de verbas para a mitigação à mudança climática, e que seja formalizada a meta, adotada na conferência de Copenhague-2009, de limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.
A Oxfam disse que os dados divulgados mostram que é urgente uma ação rápida. "Os países devem identificar novas formas de arrecadar bilhões de dólares necessários, como impondo tarifas sobre as emissões não-reguladas da aviação e da navegação internacionais, e aceitando uma Taxa de Transações Financeiras sobre os bancos", disse Tim Gore, autor do relatório, em nota.
O relatório completo está disponível (em inglês) no endereço http://www.oxfam.org/en/pressroom/pressrelease/2010-11-29/climate-change-talks-following-record-year-extreme-weather. Há versões também em espanhol e francês.

Fonte: terra.com.br

Começa a Conferência do Clima da ONU no México


Dennis Barbosa
Do G1, em Cancun
Teve início na manhã desta segunda-feira (29) - já à tarde, pelo horário de Brasília - a  16ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 16), que deve  reunir 20 mil representantes de mais de 190 países nas próximas duas semanas em Cancun, no sul do México.
O objetivo da conferência é avançar nas negociações sobre a redução de emissão de gases causadores do efeito estufa, bem como as formas de reduzir ou enfrentar os efeitos das mudanças climáticas.
CalderónO presidente mexicano pediu que políticas climáticas incluam a redução da pobreza.  (Foto: Dennis Barbosa/G1)








As expectativas para a  COP este ano são bem mais modestas que as depositadas sobre a última edição, realizada em 2009, na Dinamarca. Ainda assim, a abertura teve tom esperançoso.
"Estou convencida de que em 20 anos admiraremos a tapeçaria de políticas que tecemos juntos", disse no evento de abertura a costarriquenha Christiana Figueres, que substitui Yvo de Boer na secretaria–executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (UNFCCC), ao comparar a reunião ao artesanato indígena.
Clima e pobreza
O presidente anfitrião, Felipe Calderón, cobrou que o desenho das políticas climáticas internacionais leve em conta também a redução da exclusão social. "É possivel fazer desenvolvimento sustentável e diminuir a pobreza ao mesmo tempo", defendeu.
"As mudanças climáticas começaram a nos cobrar pelos erros fatais que viemos cometendo contra o meio ambiente", lembrou  Calderón, pedindo em seguida aos negociadores presentes que não só pensem nos países que representam: "Lembremos que aqui somos responsáveis por bilhões de humanos no futuro".
Expectativas reduzidas
Majoritariamente falado em espanhol - e não em inglês, como havia sido em Copenhague - o evento de abertura foi uma amostra de que esta COP deverá ser menor em todos os aspectos. Não se espera que em Cancun um amplo acordo global de redução de emissões de gases causadores de efeito estufa seja aprovado, muito menos que seja vinculante (de cumprimento obrigatório por seus signatários).
Entre 20 a 30 chefes de estado sinalizaram ter interesse da participar da parte final da conferência, chamada de "alto nível" ( a primeira parte, que acontece esta semana, é mais técnica e  envolve diplomatas, não altos membros dos governos dos países).
A COP 15, em Copenhague,  resultou em um tratado sem compromissos muito específicos por parte dos países ricos, principais responsáveis pela emissão dos gases estufa. O objetivo agora é que as “boas intenções” expressas no vago documento formulado na Dinamarca sejam aprofundadas. Espera-se, por exemplo, que se defina como os países ricos abrirão suas carteiras para materializar o prometido fundo climático de US$ 30 bilhões a curto prazo e US$ 100 bilhões a longo prazo, voltado a financiar projetos de redução das emissões em países pobres.redução das expectativas pode ser a chave para avanços nos processos encaminhados na COP 15. Tome-se como exemplo a conferência sobre biodiversidade realizada em outubro (COP 10), no Japão, da qual também se esperava pouco, e onde foi surpreendentemente aprovado um pacote de medidas para frear a destruição da biodiversidade, incluindo um protocolo internacional de regras sobre o uso de recursos genéticos.
Protocolo de Kyoto
Outro grande tema em Cancun será a renovação das metas assumidas pelos países ricos (os EUA aí não incluídos) dentro do Protocolo de Kyoto, com o qual se comprometeram a reduzir até 2012 as emissões de gases causadores do efeito estufa em 5% em relação ao que emitiam em 1990. O acordo expira em 2012 e, por enquanto, não há nada para substituí-lo. Como informa o Itamaraty, o tema é fundamental para países em desenvolvimento, que encaram o Protocolo como um modelo que deve ser mantido. Há consenso entre essas nações, que defendem em bloco a permanência desse acordo.
Os Estados Unidos, que não ratificaram Kyoto, mais uma vez não devem assumir metas perante a comunidade internacional. E, com a composição mais conservadora do Congresso americano formada na eleição legislativa deste ano, a expectativa é de que nos próximos anos aquele país não avance na aprovação de medidas de redução de emissões.
Para o Brasil, que detém a maior floresta tropical do planeta, interessa que avance a discussão sobre a redução de emissões por desmatamento e degradação (o chamado REDD). Esse sistema permitirá que os países ricos compensem suas emissões de gases-estufa pagando aos em desenvolvimento para que conservem suas matas.
A ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, que assumirá o comando da delegação brasileira no segmento de alto nível da COP 16, defendeu recentemente que o país tenha um papel de ''facilitador e agregador'' na conferência. ''O Brasil está fazendo o dever de casa. Isso nos dá condições políticas de cobrar [dos demais países] resultados e credenciamento político para recepcionarmos as divergências e estimularmos uma convergência'', disse a jornalistas na última sexta (26).
Como trunfo para fortalecer a posição do Brasil na conferência, o país deve apresentar o novo índice de desmatamento da Amazônia, o menor últimos 21 anos, no decorrer do evento.
Fonte: G1

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

RIO GRANDE DO SUL É REFERÊNCIA BRASILEIRA EM GESTÃO DE IMPACTO LOCAL

A criação pelo Governo do Estado, no ano passado, do Programa de Incentivo à Adesão ao Sistema Integrado de Gestão Ambiental (Siga-RS), possibilitou ao Rio Grande do Sul ocupar, atualmente, posição de destaque no país uma vez que 70% das cidades brasileiras que fazem licenciamento de impacto local são gaúchas. Com o ingresso dos municípios de Chiapetta, Entre Rios do Sul, Coqueiros do Sul, Getúlio Vargas e Mariano Moro no Siga-RS, em novembro, o Estado conta agora com 272 municípios habilitados pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) para a realização deste tipo de licenciamento. 

Impacto ambiental pode ser definido como a alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam as condições de vida das pessoas, inclusive, para as futuras gerações. Pode-se afirmar, então, que o impacto ambiental local é aquele em que essas alterações se restringem aos limites do município. 

O Programa de Incentivo à Adesão ao Siga-RS, repassa uma verba para os municípios darem início aos requisitos estabelecidos para a habilitação ao Consema, entre eles o Plano Ambiental, o Fundo Municipal de Meio Ambiente e a implantação e funcionamento do Conselho Municipal de Meio Ambiente. 

Os municípios devem expedir os licenciamentos ambientais somente após a homologação da qualificação pelo Consema e publicação da decisão no Diário Oficial do Estado (DOE). Após a qualificação, os municípios devem disponibilizar, anualmente, listagem dos licenciamentos concedidos, com a qualificação do licenciado, o nome e a formação dos profissionais que participaram da análise do processo de licenciamento ambiental, diferenciando as licenças por atividade, porte e grau de poluição. 

Na mais recente reunião do Consema, seus integrantes também aprovaram a prorrogação do prazo, que se encerraria em dezembro próximo, para os municípios apresentarem seus planos de trabalho para a qualificação. A partir de agora, as cidades que ainda não foram aprovadas pelo órgão devem atenderam as exigências e buscar a qualificação.

Meio Ambiente lança edital com 200 vagas

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA
O SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, tendo em vista o disposto no Decreto nº 5.111, de 21 de junho de 2004, na Lei nº 5.645, de 10 de dezembro de 1970, no Decreto nº 71.236, de 11 de outubro de 1972, na Portaria nº 83, de 17 de abril de 2001, na Portaria nº 295, de 18 de setembro de 2008, e na Lei nº 10.410, de 11 de janeiro de 2002, torna pública a realização de concurso público para provimento de 200 vagas no cargo de Analista Ambiental da carreira de Especialista em Meio Ambiente – CEMA, mediante as condições estabelecidas neste edital.
Cargo
Analista Ambiental – Especialista em Meio Ambiente
Vagas
Área de Concentração I - 40 vagas
Área de Concentração II - 40 vagas
Área de Concentração III - 40 vagas
Área de Concentração IV - 40 vagas
Área de Concentração V - 40 vagas
Remuneração
R$ 5.577,64
Inscrições
Taxa:R$ 65,00
Horário:Será admitida a inscrição somente via Internet solicitada no período entre 10 horas do dia 6 de dezembro de 2010 e 23 horas e 59 minutos do dia 27 de dezembro de 2010, observado o horário oficial de Brasília/DF.



Maiores informações no site da fonte.
Fonte: http://www.cespe.unb.br/concursos/mma_2010/

PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO DE MICROAÇUDES - 1ª ETAPA

O programa é válido somente para açudes escavados existentes, que acumulem águas pluviais e cuja altura do nível normal da água (lâmina de água) seja igual ou menor a 1,50m e o volume de água armazenado seja igual ou menor a 500 mil m³. Os municípios poderão solicitar a outorga conjunta dos açudes localizados em seu território.
O Departamento de Recursos Hídricos (DRH) da Sema instituiu o Programa de Regularização de Microaçudes - 1ª Etapa.
Neste primeiro momento, o programa é válido somente para açudes escavados existentes, que acumulem águas pluviais e cuja altura do nível normal da água (lâmina de água) seja igual ou menor a 1,50m e o volume de água armazenado seja igual ou menor a 500 mil m³.
A medida beneficiará os produtores, que, legalizados, poderão acessar linhas de crédito, buscando financiamento para as atividades que envolvem a açudagem. O programa também permitirá que o DRH faça um levantamento hídrico da armazenagem de água nesse tipo de microaçude em todas as regiões.
Os municípios poderão solicitar a outorga conjunta dos açudes localizados em seu território. Após o cadastramento dos açudes, as prefeituras entregarão os requerimentos nos Balcões de Licenciamento Ambiental Unificado no Alegrete, Santa Cruz do Sul, Tramandaí, Santa Maria, Santa Rosa ou em Porto Alegre. Nas regiões que não possuem os balcões, os cadastros podem ser enviados às associações de municípios.

Fonte: http://www.sema.rs.gov.br/

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

COP-16: Com impasse em acordo vinculante soluções de geoengenharia voltam a ser consideradas

Projetos de geoengenharia voltam a ser cogitados para coibir aquecimento global

Espelhos gigantes no espaço rebatem parte dos raios de volta para o Sol. Nuvens artificialmente cheias de água do mar reforçam a barreira antirradiação. Oceanos com proliferação intensa de fitoplâncton após a adição de ferro na água capturam carbono da atmosfera. Caríssimas e mirabolantes, as tecnologias de intervenção humana no planeta com o fim de mitigar os efeitos do aquecimento global mais parecem roteiros de ficção científica saídos de Hollywood.
Apesar disso, algumas dessas técnicas, batizadas de geoengenharia, já são realidade, como a captura e enterro de carbono debaixo da terra e do mar. Outras são objeto de pesquisa financiada por grandes instituições como a Nasa, a Royal Society, o Parlamento Britânico e o American Enterprise Institute (AEI) – e alvo de controvérsia por causa dos efeitos colaterais para o planeta. Reportagem especial de Gustavo Bonfiglioli, em O Estado de S.Paulo.
Em outubro, na última Convenção da ONU sobre Biodiversidade (COP-10), em Nagoya, no Japão, após pressão intensa de ambientalistas que temem o passivo ambiental decorrente dos projetos, foi definida uma moratória para a aplicação da geoengenharia. A proibição não abrange as pesquisas, que também são criticadas por conta das verbas altas destinadas a essas invenções.
Os custos da geoengenharia são altos. Variam de US$ 27 bilhões, no caso da fertilização dos oceanos, a US$ 5 trilhões para projetos espaciais como o dos espelhos gigantes– valor maior que o do PIB do Brasil no ano passado, de R$ 3,143 trilhões. Mas o custo ambiental é o maior entrave para a aplicação e até para a continuidade das pesquisas.
Estudos
O oceanógrafo John Shepherd, da Royal Society, escreveu um relatório sobre geoengenharia e é defensor ferrenho das pesquisas na área. Mesmo assim, ele não descarta o risco de dano ambiental: “É aceitável a preocupação de que algo pode dar errado, mas eu não acredito que a geoengenharia seja tão prejudicial para o meio ambiente como o efeito estufa está sendo para o mundo. Nós ainda sabemos muito pouco sobre os possíveis impactos, e é por isso que fazemos as pesquisas.”
Opositores e defensores da geoengenharia parecem concordar que o conhecimento sobre seus possíveis efeitos no planeta é pequeno. “É um buraco negro. É mexer com algo que você não conhece, ou conhece pouco”, afirma Arnaldo Alves Cardoso, doutor em Química pela Universidade de São Paulo.
Alguns críticos consideram que os projetos de alta tecnologia são mais um expediente usado por governos e empresas para deixar de tomar medidas que de fato cortem as emissões de carbono.“É outra tentativa velada para achar uma alternativa que evite a redução de emissões”, diz o físico da USP Paulo Artaxo.
Artaxo afirma que algumas das alternativas estudadas pelas empresas são arriscadas demais para o planeta. “Semear nuvens para que elas reflitam radiação prejudica as plantas, que precisam dessa luz para fazer a fotossíntese. Isso pode prejudicar a produção de alimentos.”
Shepherd salienta que as tecnologias de adaptar o mundo ao efeito estufa são parte de um esforço pela redução de emissões. “A visão da Royal Society é a de que a redução de emissões ainda é a principal prioridade. Mas isso não é fácil e nós temos que considerar as adaptações.”
Soluções caseiras
A geoengenharia não contempla apenas megaprojetos de alta tecnologia. Ela prevê também soluções simples, como pintar de branco o teto das construções ou os pavimentos, para aumentar a capacidade de refletir a luz do sol. Um estudo feito pelos cientistas Hashem Akbari e Surabi Menon, do Lawrence Berkeley National Laboratory, da Universidade de Berkeley, na Califórnia, calcula que, se as prefeituras das cem maiores cidades do mundo pintassem os tetos de branco e utilizassem concreto no lugar de asfalto, seria possível compensar a emissão de 44 bilhões de toneladas de gás carbônico.
Porém, a maioria dos projetos não é caseira e propõe transformações radicais no planeta. É o caso, por exemplo, da fertilização dos oceanos com ferro, o que pode modificar o pH dos mares e prejudicar ecossistemas marinhos, segundo estudo da ONG sueca Swedish Society for Nature Conservation.
Na opinião do consultor em energia alternativa Sérgio Trindade, ex-integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, é preciso entender bem como funciona cada tecnologia e analisar suas possíveis consequências negativas. “Alguns políticos e instituições tratam essas alternativas como se fossem produtos em um supermercado”, compara o engenheiro químico, co-laureado com o Nobel da Paz por seu trabalho no IPCC. Para Trindade, é indispensável consultar e respeitar as comunidades que dependem das áreas que possam ser afetadas pelos projetos.
Captura de carbono
Shepherd avalia que a estocagem subterrânea de carbono, empregada em países como Noruega e Canadá, é a alternativa de geoengenharia mais segura à disposição atualmente. A técnica de Captura e Sequestro de Carbono (CCS, na sigla em inglês) não foi incluída no rol da moratória definida na COP em Nagoya, embora exista o risco de vazamento.
O pesquisador é otimista quanto ao possível dano ambiental. “É claro que pode acontecer, mas seria muito em longo prazo. Até lá, espera-se que a tecnologia em energias renováveis já tenha se desenvolvido para diminuir ou cessar a demanda pela CCS.” /COLABOROU KARINA NINNI, ESPECIAL PARA O ESTADO
Fonte: EcoDebate, 26/11/2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Dois Irmãos das Missões, terra da Reserva Biológica Municipal Moreno Fortes.



A Reserva Biológica Municipal Moreno Fortes, com 458,6 hectares, localizada na Linha Progresso, município de Dois Irmãos das Missões, recebe os cuidados definidos no Plano de Manejo lançado em março de 2009. Desde o ano passado são realizadas ações de recuperação de áreas degradadas e a eliminação de espécies exóticas.
Também já iniciou a construção do Centro de Vivência, que terá salas de aula para educação ambiental, sala de som e imagem, além da administração. Já foi efetuada a regularização fundiária de 40 hectares. Igualmente foi desenvolvido um projeto de educação ambiental; procedida a aquisição de equipamentos de combate a incêndios; equipamentos de informática e elétricos.
O prefeito de Dois Irmãos das Missões, Edison de Alencar Hermel disse que a implantação da reserva leva em conta a preservação do meio ambiente e a possibilidade de realizar pesquisas científicas e outras ações na área educacional. “Estamos pensando nas futuras gerações, na preservação das matas, da água, dos pássaros e animais”, observa.
A supervisão dos projetos e as ações que integram o Plano de Manejo são coordenadas pelo diretor do Departamento Municipal do Meio Ambiente (DEMA), de Dois Irmãos das Missões, Jorge Luiz Gomes de Oliveira. Ele também é o gestor da reserva biológica. Oliveira disse que os principais objetivos da unidade são conservar os ambientes naturais e a biodiversidade, realizar atividades na área da educação ambiental e pesquisas científicas.
Na área são aplicados recursos de medidas compensatórias da Ijuí Energia S.A. Estes recursos foram repassados pela secretaria Estadual do Meio Ambiente através de medidas compensatórias do Termo de Compromisso firmado entre o município de Dois Irmãos das Missões e Ijui Energia S.A, FEPAM e secretaria estadual do Meio Ambiente (Sema) oriundos do empreendimento da construção de um usina Hidrelétrica do Município de Cerro Largo. Atualmente o município está concluindo o plano de trabalho de aplicação desses recursos.
O Município de Dois Irmãos das Missões assinou um convênio com a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) para recuperar uma Área Degradada dentro da Reserva Biológica Municipal Moreno Fortes causada pelo impacto da construção das torres de transmissão de energia elétrica que cruzam na unidade de conservação. Atualmente o projeto está em fase de conclusão.
Também já foi assinado convênio entre o município de Dois Irmãos das Missões e a Foz do Chapecó Energia S.A., visando a recuperação de área degradada e eliminação de espécies exóticas dentro da Reserva Biológica Moreno Fortes. Serão plantadas 30 mil mudas de espécies nativas do bioma Mata Atlântica, bem como realizado o monitoramento técnico por um período de três anos. Atualmente a gestão da REBIO Moreno Fortes possui vários projetos para colocar em prática, conforme determina o plano de manejo, junto a órgãos Estaduais e Federais bem como junto a empreendimentos que serão implantados na Bacia Hidrográfica no Rio da Várzea. A Reserva Biológica Municipal Moreno Fortes é uma unidade de conservação de proteção integral, por ser a única no Estado do Rio Grande do Sul que abriga uma importante amostra de área de contato entre duas áreas de formação florestais distintas.

Formação de duas florestas distintas

A Reserva Municipal Moreno Fortes foi criada no dia 19 de abril de 2004, pelo Decreto do Poder Executivo Municipal nº 018/2004. A unidade de Conservação protege uma importante amostra de área de contato entre duas zonas de formação de florestas distintas: floresta de araucárias e floresta estacionária semidecidual.
A reserva faz parte do conjunto de Unidades de Conservação de Proteção Integral, na categoria de Reserva Biológica, tendo como objetivo definido na Lei 9985/2000, a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais.

A importância desta unidade para o município de Dois Irmãos das Missões se justifica por tratar-se de fragmentos de Mata Atlântica, cercada por lavouras, sendo um espaço que preserva uma importante amostra da fauna e da flora, além de possuir uma boa condição hídrica.
Entre as principais espécies catalogadas quando da elaboração do plano de manejo destaca-se o Amazona Aestiva (Papagaio Verdadeiro) e também a Dickisônia (Xaxim) com exemplares de mais de 6 metros de altura.Entre os Animais chama a atenção a presença de bugios o Leão-Baio e Lobo Guará bem como inúmeras espécies de Mico.
A Floresta Estacionaria fundiu-se com a semidecidual onde predomina principalmente a araucária juntamente com exemplares de cedro, louro e Grápia com mais de 30 metros de altura. A Reserva Biológica Municipal Moreno Fortes ainda destaca Bioma Mata Atlântica esta localizada na Bacia Hidrográfica do Rio da várzea. Esta é uma Unidade de conservação administrada pelo DEMA.

Nota: Biota é o conjunto de seres vivos de um ecossistema, o que inclui a flora, a fauna, os fungos e outros grupos organismos.

Hoje o local também tem centro de convivência. 


Fonte: Rádio planete FM 102.7

Zoólogos fazem lista com 100 mamíferos ameaçados mais estranhos

Lista com os 100 mamíferos ameaçados de extinção mais peculiares do mundo inclui o Gálago anão de Rondo. Foto: BBC Brasil
Lista com os 100 mamíferos ameaçados de extinção mais peculiares do mundo inclui o Gálago anão de Rondo
Foto: BBC Brasil
A Sociedade de Zoologia de Londres (ZLS, na sigla em inglês) fez uma lista com os 100 mamíferos ameaçados de extinção mais peculiares do mundo.
A sociedade criou o programa EDGE para tentar proteger as espécies ameaçadas mais distintas em termos de evolução, como o pangolim chinês, o gálago anão de rondo ou a anta malaia.
Segundo os especialistas, como são "patinhos feios" da natureza, animais estranhos acabam não recebendo tantas doações quanto bichos mais bonitos. O EDGE vai contratar uma equipe de conservacionistas para lutar exclusivamente pela preservação dos mamíferos da lista.
Fonte: Terra.com.br

Comissão restringe compra de terras rurais por estrangeiros

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional aprovou, nesta quarta-feira, proposta que limita a compra de terras rurais por estrangeiros. O texto aprovado é o substitutivo  do deputado Claudio Cajado (DEM-BA) ao Projeto de Lei 2289/07, do deputado Beto Faro (PT-PA).
Cajado manteve os principais pontos do projeto original. Pelo texto, pessoas físicas ou jurídicas estrangeiras, inclusive organizações não-governamentais, não poderão comprar ou arrendar mais de 35 módulos fiscais, em área contínua ou descontínua, observado o limite de até 2,5 mil hectares.
Além disso, a soma das áreas rurais pertencentes a pessoas estrangeiras será de no máximo ¼ dos municípios em que se situem, e pessoas de mesma nacionalidade não poderão comprar ou arrendar mais de 40% desse limite, a não ser que sejam casados com brasileiros em comunhão de bens. O objetivo, segundo Cajado, é evitar eventuais fraudes contra os limites estabelecidos na norma.
O Congresso, com o aval do Executivo, poderá autorizar a compra por estrangeiros de imóveis que ultrapassem esses limites, desde que os projetos implantados sejam considerados prioritários para o desenvolvimento do País. A venda ou doação de terras públicas ficará proibida a qualquer título.
Meio ambiente
O projeto define que pessoas ou instituições estrangeiras só poderão arrendar ou comprar terras se os projetos agropecuários, florestais e agroindustriais forem ambientalmente sustentáveis e aprovados pelo Executivo. Se o imóvel estiver naAmazônia Legal, será necessário ainda o consentimento do Conselho de Defesa Nacional. Ficará dispensada a licença para a compra de até quatro módulos fiscais e o arrendamento de até dez módulos.
Outro limite imposto determina que metade da área total dos loteamentos rurais seja ocupada por brasileiros. O relator argumenta que a restrição atende aos movimentos sociais por reforma agrária. “A garantia de um percentual de área de loteamento obrigatoriamente ocupada por brasileiros reduz focos de tensão que poderiam ter reflexos negativos sobre a ordem interna e a paz social”, defende.
Alterações
O substitutivo de Cajado compatibiliza o projeto com outras propostas sobre o tema (PLs 2376/07, 3483/08 e 4240/08), com o objetivo principal de tornar a redação da proposta mais clara. Por exemplo, é alterado o termo “organização não governamental estabelecida no Brasil” para “com atuação no território brasileiro”. A última definição permite limitar uma ONG que atue no País, mas não esteja estabelecida no nosso território.
Norma atual
A lei atual limita a compra de propriedade rural com base em outra unidade de medida, omódulo rural. A Lei 5.709/71 limita em 50 módulos rurais, em área contínua ou descontínua, a compra por estrangeiros. Ligado ao conceito de propriedade familiar, o módulo rural é a área mínima para que um trabalhador rural possa se sustentar com a sua família.
O módulo fiscal, por outro lado, é calculado para o município e leva em consideração o tipo de exploração dominante, a renda dessa atividade e outras explorações no município. É a unidade usada para caracterizar uma área como minifúndio, pequena ou média propriedade. Em Hidrolândia (GO), por exemplo, um módulo rural mede 3 hectares, ao passo que o módulo fiscal tem 12 hectares.
Tramitação
O projeto ainda será analisado em caráter conclusivo  pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – João Pitella Junior




Fonte:camara.gov.br

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