quarta-feira, 14 de março de 2012

Estado lança projeto para 'convencer' que plantar floresta é lucrativo 'quase como soja'

Pouco mais de 30 mil km² da área de cobertura devastada em Mato Grosso é utilizada para a agricultura, segundo aponta os dados coletados pelo projeto Terraclass, lançado na manhã desta terça-feira (13) na Famato. O levantamento foi exposto pelo representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Alexandre Coutinho que destaca a área de análise no estado, em mais de 903.385,50 km².

O Terraclass foi desenvolvido em parceria entre instituições e o governo, para fazer a análise da área da Amazônia Legal que teve cobertura vegetal retirada em um prazo de 20 anos, de 1988 até 2008, através do estudo de dados levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). As áreas pesquisadas pelos técnicos foram divididas em dez classes de uso, entre elas pecuária e agricultura. 

Para Alexandre Coutinho, o projeto traz um grande avanço para o setor florestal por mostrar aos investidores que reflorestamento também pode ser um investimento. “Cada vez mais os produtores rurais estão percebendo que a saída é diversificar. Plantar floresta é quase como plantar soja, cana, milho, é produtivo”, destacou.

A área de cobertura de análise em todo o território que abrange a Amazônia Legal foi feita com a coleta de imagens orbitais das áreas desflorestadas em cada região. No estado, grande parte do território as áreas devastadas são utilizadas também para o chamado “pasto sujo”, que nada mais representa em territórios com desenvolvimento produtivo, mas ainda com predomínio de vegetação. 

Com isso, a preocupação do Governo é justamente captar o desenvolvimento do desflorestamento nessas áreas e suas utilizações na economia, e fazer um acompanhamento do processo evolutivo. Vicente Falcão, secretário de Estado do meio ambiente destaca que para essa análise da utilização das coberturas tem grande apoio no monitoramento proposto pelo projeto. 

Até 2008 essa área correspondia a 719 quilômetros quadrados, que segundo o levantamento, foi usada em sua maior parte, 447 quilômetros quadrados, para pastagem. Já as áreas de agricultura anual, totalizaram 35 mil quilômetros quadrados e as áreas de vegetação secundária, 151 mil quilômetros quadrados. 



Fonte: http://www.olhardireto.com.br

0 comentários:

Postar um comentário

Favorites More