segunda-feira, 5 de março de 2012

Açudes e pequenas barragens terão licenças aceleradas para apressar prevenção à estiagem

Vitrina de grandes máquinas, a Expodireto deste ano marcado pela falta de chuva será aberta nesta segunda no RS com debates focados em irrigação


Tadeu VilaniMais um ano em que os gaúchos tiveram de enfrentar seca e a consequente quebra na safra de grãos teve efeito pedagógico. Será anunciado nos próximos dias, pelo governo do Rio Grande do Sul, um plano que prevê acelerar as licenças para construir açudes e pequenas barragens e reforçar o financiamento para irrigação.
A promessa de simplificar a construção de estrutura decombate a estiagens será um dos principais temas daExpodireto, em Não-Me-Toque. Atualmente, os produtores enfrentam o desafio do alto custo das obras e entraves ambientais.
– A seca impõe a irrigação como grande tema deste ano, pois a diferença de produtividade é imensa – observa Nei Mânica, presidente da Cotrijal, que organiza a Expodireto.
Depois da feira, no dia 14 de março, o governador do RS, Tarso Genro, deve lançar o Programa Estadual de Expansão da Agropecuária Irrigada – Mais Água, Mais Renda. Além de R$ 75 milhões ao ano na irrigação, vai simplificar o licenciamento ambiental emitido pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para construção de açudes de até 10 hectares e áreas irrigadas de até cem hectares.
Novas linhas de financiamento para construção, reforma e ampliação de açudes e aquisição de equipamentos terão subsídios sobre a primeira e a última parcelas de 50% a 100%, de acordo com a renda.
Conforme o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, a estiagem que afetou a atual safra contribuiu para reforçar a importância da irrigação:
– Em todos os cantos do Rio Grande do Sul, produtores falam disso. Hoje todos são conscientes de que se deve produzir com água acumulada – declarou.
Secretário de Obras, Irrigação e Desenvolvimento Urbano, Luiz Carlos Busato ressalta a importância de descentralizar as decisões para acelerar as obras. A diferença dessa medida em relação a ações anteriores, reforça Busato, é que a estiagem será enfrentada como um problema de longo prazo, e não como episódio emergencial:
– Vamos trabalhar de forma planejada. Se atacarmos as zonas mais necessitadas, o trabalho será mais eficaz – afirmou Busato.
A demora na concessão de licenças ambientais é atribuída à falta de pessoal e a problemas de outorga no Departamento de Recursos Hídricos, pelo presidente da Fepam, Carlos Fernando Niedersberg. O problema levou ao acúmulo de oito mil licenças ambientais a serem emitidas.

Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

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