sexta-feira, 10 de maio de 2013

Guepardos são 'melhores amigos' de irmãos sul-africanos; veja foto

Crianças de 1 e 3 anos convivem com felinos em casa, na Cidade do Cabo. Animais foram adotados por pais, que alertaram filhos sobre riscos.




(Foto: Fiona Ayerst/Africa Media/Caters)A amizade peculiar entre dois irmãos sul-africanos e dois irmãos guepardos tem atraído a atenção de moradores da Cidade do Cabo, segundo a agência Caters.



Malan, de 3 anos, e Kayla, de um ano, têm os felinos como “melhores amigos” há um ano, quando os pequenos guepardos foram adotados pela família após nascerem em uma reserva de caça na região da Rota Verde, área turística da África do Sul.





De acordo com Kim e Hein Schoeman, pais das crianças, a adoção ocorreu devido à preocupação com a vulnerabilidade dos filhotes.



Segundo Hein, normalmente uma mãe guepardo pode fornecer alimentação apenas para metade de sua ninhada, o que eleva a taxa de mortalidade entre filhotes nas primeiras 16 semanas de vida.



Batizados de Wakku e Skyla, os guepardos nasceram em uma cria de quatro filhotes. Devido à triste estatística, foram resgatados, cresceram e agora vivem no quintal da casa dos Schoeman.



Apesar da convivência harmoniosa entre animais e homens, o casal tomou precauções com seus filhos ao ensiná-los a brincar de forma segura com os felinos. “As crianças foram ensinadas a não correr perto dos guepardos e não estão autorizadas a virar as costas para eles. Eles são animais selvagens e seus instintos estão lá", explica a mãe das crianças.



Ela afirma ainda que seus filhos já percebem que não podem simplesmente ir na área onde os animais estão para brincar com eles. "Se os guepardos saltarem ou atacarem, eles simplesmente vão empurrá-los para baixo e dirão ‘não, não façam isso’”, explica Kim.



Guepardos podem desaparecer da natureza até 2030, dizem especialistasEstudo diz que mesmo gene define manchas de gatos e guepardosEspécie ameaçada de extinção

Considerado o animal terrestre mais rápido do mundo, esta espécie sobreviveu às transformações do planeta durante quatro milhões de anos, mas em poucas décadas o homem a fez entrar na lista de espécies ameaçadas de extinção, ao reduzir seu espaço vital.



Dos 100 mil indivíduos distribuídos entre África, Oriente Médio, Irã e vários países asiáticos no início do século 20, restam apenas 10 mil na vida selvagem, segundo especialistas.



Organizações ambientais afirmam que se nada for feito para evitar a fragmentação de seu habitat, considerado o principal obstáculo para a sobrevivência da espécie, esses animais podem desaparecer da natureza até 2030.



Este caçador, que pode alcançar os 120 km/h, está em perigo de desaparecer particularmente porque é o único grande felino com dificuldades para se adaptar à vida em um parque natural protegido, onde sofre com a concorrência de outros predadores.



Ao contrário de outras espécies ameaçadas, como elefantes e rinocerontes, o guepardo não é ameaçado por caçadores ilegais, mas está menos preparado para viver em um mundo onde os territórios selvagens diminuem ano após ano.



Ele perde sistematicamente os confrontos com leões ou leopardos, mais pesados e fortes. Na melhor das hipóteses, os outros felinos roubam sua presa antes que ele possa comê-la.





Guepardo que vive em uma reserva localizada na Cidade do Cabo, na África do Sul. Espécie pode desaparecer da vida selvagem até 2030, dizem especialistas (Foto: Christophe Beaudufe/AFP)

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