terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Primeiros laudos indicam perdas elevadas com soja no Sul do Brasil

Florêncio Urbano Filho

No município de Santo Ângelo, 90% dos agricultores já vistoriados não colherão absolutamente nada


As primeiras perícias em lavouras de soja prejudicadas pela seca no noroeste do Rio Grande do Sul indicam um número elevado de propriedades com perda total nas plantações. Em Santo Ângelo, 90% dos agricultores já vistoriados não colherão absolutamente nada.
Os laudos emitidos pela Emater são necessários para que os produtores tenham acesso ao seguro do Proagro. A Emater do município recebeu até agora 52 pedidos de perícia – 10 já tiveram os laudos emitidos, e o restante está em andamento. No entanto, a estimativa é de que o número salte para 400 até o início do mês de abril, quando o período para solicitação se encerra.

– A seca atingiu todas as fases da planta – diz o engenheiro agrônomo da Emater Álvaro Uggeri Rodrigues.
Durante o trabalho dos peritos uma medição da área cultivada é realizada. Em seguida, amostras são colhidas, para dimensionar o volume de perdas e a qualidade dos grãos que foram formados. Além disso, é feito um levantamento fotográfico da lavoura.
O trabalho nas propriedades que fazem parte do escritório regional de Santa Rosa envolve 80 peritos e começou há 10 dias.
– Até agora, tivemos em toda a região 600 pedidos e atendemos 250. Mas o número deve aumentar muito até o final do período. No caso do milho, cujos trabalhos já foram encerrados, fizemos 2,4 mil perícias – diz Gilberto Jaenisch, assistente técnico regional de crédito rural.
As regiões norte e noroeste do Rio Grande do Sul deverão concentrar o maior número de solicitações de Proagro. De acordo com a Emater, mil pedidos de seguro foram contabilizados até agora. O número ainda é considerado baixo.
– O foco principal são as regiões de Passo Fundo, Erechim, Santa Rosa e Ijuí. Sendo que no Noroeste a situação é mais grave neste momento – explica César Ferreira, coordenador de crédito rural da Emater no Estado.

Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

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