quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Pacto é reconhecido como iniciativa modelo de restauração em larga escala nos Estados Unidos

Participantes de encontro ficaram impressionados com a organização do movimento e seu poder de articulação

O professor da Esalq/USP e membro do Grupo de Trabalho Técnico-Científico do “Pacto pela Restauração da Mata Atlântica”, Pedro Henrique Santin Brancalion, participou da 18ª conferência anual sobre restauração, promovida pela International Society of Tropical Foresters e a Yale School of Forestry and Environmental Studies. O evento, denominado “Strategies for Landscpae-Scale Restoration in the Tropics”, aconteceu entre os dias 26 e 28 de janeiro, na Universidade de Yale, em New Haven, Connecticut (EUA), e reuniu reconhecidos profissionais e pesquisadores da academia, representantes de governos e organizações ambientais.
O objetivo do encontro foi discutir formas de implementar iniciativas de restauração em grande escala, tendo em vista o acordo global lançado ano passado por um grupo de líderes governamentais, empresariais e especialistas internacionais. A proposta visa restaurar 150 milhões de hectares de terras degradadas e desflorestadas até 2020. Por isso, entre os temas da conferência, também foi incluído o engajamento do setor do privado na restauração florestal e a viabilidade econômica das iniciativas em grande escala. 
O convite para o Pacto participar deste encontro internacional partiu do Environmental Leadership and Training Initiative (ELTI), um grupo de trabalho formado pelo Tropical Resource Institute da Yale School of Forestry & Environmental Studies e o Center for Tropical Forest Science (CTFS), do Smithsonian Tropical Research Institute. O contato do ELTI com o Pacto se deu por meio de um curso sobre restauração florestal ministrado pelos professores Ricardo R. Rodrigues, Sergius Gandolfi, Pedro H.S. Brancalion e André Nave, na Colômbia, em outubro do ano passado.
Com o título “The Atlantic Forest Restoration Pact – a major effort by Brazilian society to restore and transform its most threstened bioma” (na tradução: Pacto pela Restauração da Mata Atlântica – um grande esforço da sociedade brasileira para restaurar e transformar seu bioma mais ameaçado), Pedro Brancalion apresentou o movimento, sua estrutura, os materiais referenciais na área de restauração elaborados pela equipe do Pacto, o número de membros, as organizações nacionais e internacionais e os resultados obtidos até agora.
Brancalion nos conta que os participantes ficaram impressionados com a organização do movimento e seu poder de articulação. Segundo ele, ficou evidente que a restauração florestal ainda é algo novo no mundo inteiro, por isso o Brasil começa a liderar a implementação dessa iniciativa. “Robin Chazdon, PhD-University of Connecticut, que na minha opinião é a maior pesquisadora em restauração de florestas tropicais do mundo, mostrou nosso mapa de áreas potenciais na fala dela e ainda disse que o Pacto é um modelo a ser seguido no mundo inteiro”, conta entusiasmado. “Tim Romlinson, integrante da The Global Partnership on Forest Landscape Restoration (GPFLR), disse o mesmo no fechamento do evento”, complementa Brancalion.
Além da projeção e da troca de experiências, a participação do Pacto gerou resultados bastante positivos, como o interesse de professores e acadêmicos em desenvolverem estudos e pesquisas na Mata Atlântica. “Para se ter uma idéia, cinco alunos do curso de pós-graduação da Universidade de Yale querem vir para o Brasil fazer a pesquisa de campo deles conosco”, conta Brancalion. “Acho que vamos colher ainda muitos frutos da participação do Pacto nesse evento”, finaliza.

Fonte: http://www.pactomataatlantica.org.br

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