sexta-feira, 24 de junho de 2011

Questões de Saneamento Básico no Rio Grande do Sul

        A universalização dos serviços de saneamento básico é meta dos governos em suas
diferentes esferas e necessidade da sociedade como um todo.  Constitui também,
importante indicador das condições ambientais e da qualidade de vida de uma região.
O lançamento recente em meio digital da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico
(PNSB 2000)¹ e do  Atlas do Saneamento²,  ambos produtos do IBGE, permitiu o
conhecimento mais aprofundado sobre os serviços oferecidos de abastecimento de água;
coleta e tratamento de esgotos; coleta, tratamento e destino final de resíduos sólidos no
     Rio Grande do Sul.A disponibilização destes dados, complementados  pelos dados do Censo 2000,
permitiu também a comparação da situação desses serviços no Estado em relação às
unidades da Federação e ao Brasil, bem como a identificação, para alguns temas
específicos, da situação no conjunto dos 467 municípios do Estado.
Este trabalho tem como objetivo fazer uma avaliação da situação dos serviços de
saneamento básico no Estado do Rio Grande do Sul (RS) em relação ao Brasil e demais
estados, tendo como foco principal o levantamento dos ponto fracos para cada tema
analisado, possibilitando o seu uso como instrumento para identificação de ações de
planejamento na área de saneamento e meio ambiente.
Abastecimento de água
De acordo com o Censo 2000, no Brasil, dos 44.795.101 domicílios, 34.859.393 ou
77,82% encontram-se ligados à rede geral de abastecimento de água e, entre os estados
brasileiros, esses percentuais variam entre 30,75% e 93,50%. O RS apresenta uma taxa
de 79,66%, superior, portanto, à brasileira, ficando entre os dez estados que apresentam
os maiores percentuais de atendimento desse serviço. Da mesma forma, o percentual da
população gaúcha atendida pela rede de abastecimento de água atinge 81,5%, superior à
taxa brasileira, que é de 76,1%, segundo o Atlas do Saneamento. O Estado apresenta a
quinta maior taxa de atendimento entre os estados brasileiros.
Embora os dados sobre abastecimento de água mostrem a posição relativamente
privilegiada do RS no conjunto do país, deve-se considerar que dos 3.042.039 domicílios
existentes em 2000, 618.775 não possuem ligação com a rede geral de abastecimento de
água. E que, entre os 467 municípios do RS, 53 apresentam somente 0% a 20% dos
domicílios ligados à rede;  e, desses, 7 municípios ³ não contam com domicílios ligados à rede. E, ainda, encontram-se abaixo da taxa do Estado, 364 municípios. Dentre as principais soluções alternativas utilizadas na falta de rede de abastecimento de água,
destaca-se o abastecimento por poço particular.
                                                          
¹ IBGE. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000. Rio de Janeiro, 2002. 431p.
 (acompanhado de CD)
²IBGE. Atlas de Saneamento. Rio de janeiro, 2004. (CD)
³Boa Vista das Missões, Cerro Grande, Gentil, Lajeado do Bugre, Maratá, Mormaço e Novo Cabrais.


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