terça-feira, 31 de julho de 2012

Manaus ainda possui árvores nativas na área urbana

Mesmo com pouca arborização, espécies nativas ainda existem na cidade.
Segundo a Semmas, algumas espécies só podem ser vistas em reservas.
Espécies nativas ainda são encontradas na área urbana de Manaus, segundo Semmas (Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)

Espécies nativas ainda são encontradas na área urbana de Manaus, segundo Semmas (Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Manaus é uma das capitais brasileiras menos arborizadas. Porém, mesmo com a condição, a capital do Amazonas ainda possui espécies nativas que, além de impressionar pela beleza, têm uma função ecológica primordial para a cidade. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) faz o fichamento das espécies na área urbana de Manaus e cedeu ao G1 dados sobre as principais espécies que podem ser encontradas na cidade.
Castenheira é muito apreciada pelo seu fruto, consumido como alimento (Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)
Castenheira é muito apreciada pelo seu fruto
(Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)
Castanheira
A castanheira (Bertholletia Excelsa Kunth) tem, em média, 18 metros de altura com um tronco de cerca de 2 metros. Com folhas simples, glabradas, de 25 a 35 cm de comprimento. Destaca-se por ter flores muito perfumadas, grandes e de coloração amarelada.
A madeira da castanheira é indicada para construção interna, podendo-se fazer tábuas para assoalhos, paredes e forros. A castanha, que é a semente da castanheira é muito consumida como alimento, e é internacionalmente conhecida como ‘brazil nuts’, em inglês, ‘nozes brasileiras’, além de possuir alto teor calórico e protéico.
A árvore floresce entre os meses de novembro e fevereiro. Os frutos iniciam a maturação no período de dezembro à março.
Andiroba é muito conhecida por ser usada medicinalmente (Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)
Andiroba é muito conhecida por ser usada
medicinalmente
(Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)
Andiroba
A Andiroba (Carapa guianensis Aubl) destaca-se pelas características ornamentais, podendo ser usada para paisagismo, principalmente em parques e jardins. Na Região Norte, é indicada para plantios em áreas degradadas de várzeas úmidas.
Árvore que tem crescimento rápido, de casca grossa e amarga. Espécie muito valorizada pela abundância e teor oleaginoso de suas sementes e grande variedade de opções para o uso de madeira.
A madeira da Andiroba é muito utilizada na construção de mastros, falcames e bancos de navios, para a construção civil, carpintaria, marcenaria, mobiliário, para a confecção de portas e caixotaria. Suas sementes contém 70% de um óleo insetífugo e medicinal. A árvore lloresce duas vezes ao ano: no período entre agosto e setembro e de janeiro à fevereiro. Os frutos amadurecem de junho à julho e de fevereiro à março.
Sumauma é conhecida como 'Rainha da Floresta' pelo seu tamanho gigantesco (Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)Sumaúma é conhecida como 'Rainha da Floresta'
(Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)
Sumaúma
Conhecida como ‘Rainha da Floresta’, a Sumaúma (Ceiba pentrandra L. Gaerth) tem raízes utilizadas pelos indígenas para comunicação, já que ao ser tocada, a espécie faz ressoar um alto som pela floresta. Destaca-se por florescer após a queda das folhas, o que faz com que a floração seja notada com maior intensidade.
Tem em média 30 metros de altura e 71 cm de diâmetro. A madeira é muito utilizada na construção de embarcações, para miolo de compensados e produção de celulose. A pluma que envolve as sementes é chamada de ‘kapok’ e é usada industrialmente para confecção de bóias e salva-vidas, para enchimento de colchões e travesseiros e, como isolante térmico.
Floresce entre os meses de agosto e setembro e fica quase totalmente despida da folhagem. Os frutos amadurecem no período de outubro à novembro.
Segundo o diretor de arborização da Semmas, Heitor Liberato, é possível encontrar essas espécies e outras como o Angelim Pedra, o Assacú, o Cedro, a Copaíba, o Cumaru, a Faveira, o Ipê, o Jatobá, o Mogno, a Munguba, o Piquiá, a Seringueira, a Sibipiruna, o Flamboyant e o Tento na aérea urbana de Manaus, mas algumas delas somente em reservas. “Tem árvores que não se adaptam às áreas mais urbanizadas e tem espécies que acabam conseguindo sobreviver”, disse ao G1.
Fonte: http://g1.globo.com

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