terça-feira, 31 de julho de 2012

Manaus ainda possui árvores nativas na área urbana

Mesmo com pouca arborização, espécies nativas ainda existem na cidade.
Segundo a Semmas, algumas espécies só podem ser vistas em reservas.
Espécies nativas ainda são encontradas na área urbana de Manaus, segundo Semmas (Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)

Espécies nativas ainda são encontradas na área urbana de Manaus, segundo Semmas (Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Manaus é uma das capitais brasileiras menos arborizadas. Porém, mesmo com a condição, a capital do Amazonas ainda possui espécies nativas que, além de impressionar pela beleza, têm uma função ecológica primordial para a cidade. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) faz o fichamento das espécies na área urbana de Manaus e cedeu ao G1 dados sobre as principais espécies que podem ser encontradas na cidade.
Castenheira é muito apreciada pelo seu fruto, consumido como alimento (Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)
Castenheira é muito apreciada pelo seu fruto
(Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)
Castanheira
A castanheira (Bertholletia Excelsa Kunth) tem, em média, 18 metros de altura com um tronco de cerca de 2 metros. Com folhas simples, glabradas, de 25 a 35 cm de comprimento. Destaca-se por ter flores muito perfumadas, grandes e de coloração amarelada.
A madeira da castanheira é indicada para construção interna, podendo-se fazer tábuas para assoalhos, paredes e forros. A castanha, que é a semente da castanheira é muito consumida como alimento, e é internacionalmente conhecida como ‘brazil nuts’, em inglês, ‘nozes brasileiras’, além de possuir alto teor calórico e protéico.
A árvore floresce entre os meses de novembro e fevereiro. Os frutos iniciam a maturação no período de dezembro à março.
Andiroba é muito conhecida por ser usada medicinalmente (Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)
Andiroba é muito conhecida por ser usada
medicinalmente
(Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)
Andiroba
A Andiroba (Carapa guianensis Aubl) destaca-se pelas características ornamentais, podendo ser usada para paisagismo, principalmente em parques e jardins. Na Região Norte, é indicada para plantios em áreas degradadas de várzeas úmidas.
Árvore que tem crescimento rápido, de casca grossa e amarga. Espécie muito valorizada pela abundância e teor oleaginoso de suas sementes e grande variedade de opções para o uso de madeira.
A madeira da Andiroba é muito utilizada na construção de mastros, falcames e bancos de navios, para a construção civil, carpintaria, marcenaria, mobiliário, para a confecção de portas e caixotaria. Suas sementes contém 70% de um óleo insetífugo e medicinal. A árvore lloresce duas vezes ao ano: no período entre agosto e setembro e de janeiro à fevereiro. Os frutos amadurecem de junho à julho e de fevereiro à março.
Sumauma é conhecida como 'Rainha da Floresta' pelo seu tamanho gigantesco (Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)Sumaúma é conhecida como 'Rainha da Floresta'
(Foto: Mário Bentes / Acervo Ascom Inpa)
Sumaúma
Conhecida como ‘Rainha da Floresta’, a Sumaúma (Ceiba pentrandra L. Gaerth) tem raízes utilizadas pelos indígenas para comunicação, já que ao ser tocada, a espécie faz ressoar um alto som pela floresta. Destaca-se por florescer após a queda das folhas, o que faz com que a floração seja notada com maior intensidade.
Tem em média 30 metros de altura e 71 cm de diâmetro. A madeira é muito utilizada na construção de embarcações, para miolo de compensados e produção de celulose. A pluma que envolve as sementes é chamada de ‘kapok’ e é usada industrialmente para confecção de bóias e salva-vidas, para enchimento de colchões e travesseiros e, como isolante térmico.
Floresce entre os meses de agosto e setembro e fica quase totalmente despida da folhagem. Os frutos amadurecem no período de outubro à novembro.
Segundo o diretor de arborização da Semmas, Heitor Liberato, é possível encontrar essas espécies e outras como o Angelim Pedra, o Assacú, o Cedro, a Copaíba, o Cumaru, a Faveira, o Ipê, o Jatobá, o Mogno, a Munguba, o Piquiá, a Seringueira, a Sibipiruna, o Flamboyant e o Tento na aérea urbana de Manaus, mas algumas delas somente em reservas. “Tem árvores que não se adaptam às áreas mais urbanizadas e tem espécies que acabam conseguindo sobreviver”, disse ao G1.
Fonte: http://g1.globo.com

Pesquisadores brasileiros buscam novas fontes de energia renovável

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Termoverde Salvador, primeira termelétrica a biogás de aterro sanitário do Nordeste Foto:Rafael Martins/Agecom-BA

Por Agência Brasil

Apesar de ter conquistado uma matriz energética equilibrada entre fontes de energia renováveis e tradicionais, o governo brasileiro tem se empenhado para manter essa relação diante de um cenário projetado pelo aumento do consumo de energia. Além de garantir a manutenção de sistemas, como o de produção de energia eólica e solar, os pesquisadores buscam novas fontes que poderiam complementar essa oferta para atender a crescente demanda do setor.
A principal motivação do governo para manter esse equilíbrio de fontes na matriz energética é o cumprimento da meta de redução das emissões de gases de efeito estufa. Durante a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), realizada em Copenhague, o Brasil se comprometeu a reduzir essas emissões entre 36,1% a 38,9% até 2020, em relação ao que emitia em 1990. Entre os setores estratégicos da economia, a energia está sob a mira dos órgãos que se debruçam sobre o problema.
“O setor energético representa a segunda maior preocupação do governo no quesito das emissões de gases de efeito estufa, perdendo apenas para o desmatamento e agropecuária [apontados como os vilões responsáveis por 70% das emissões], explicou Ana Lúcia Doladela , diretora da secretaria de mudanças climáticas e qualidade ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O setor energético, desde a produção até o consumo, responde por cerca de 23% dessas emissões. “Uma das formas de reduzir esse impacto é renovar nossa matriz e aumentar nossa eficiência energética”, acrescentou.
Uma das estratégias adotadas pelo Brasil é a aproximação com especialistas europeus. O interesse nas experiências do Velho Continente explica-se pelos esforços e investimentos em pesquisa e produção de fontes alternativas de energia. Ana Lúcia Doladela ressaltou que os técnicos brasileiros têm absorvido conhecimentos e tecnologias europeias e acredita que essa relação pode resultar em parcerias estratégicas para o desenvolvimento do setor, ainda em crescimento no Brasil.

Investimento em tecnologia

“A energia eólica foi estabelecida de forma competitiva. Mas a fotovoltaica ainda é cara e precisa de incentivos para se estabelecer. O ministério têm acompanhado as pesquisas e o governo vem adotando medidas como o estímulo ao uso da fonte solar térmica para aquecimento de água”, pontuou. A diretora do MMA ainda acrescentou que o país também precisa amadurecer tecnologicamente nas pesquisas sobre energia a partir dos oceanos. “Temos três fontes que são as ondas, mares e correntes marítimas. Ainda precisamos muito investimento em tecnologia”, explicou.

Potencial do biogás

Em relação às fontes renováveis a partir da biomassa, como o etanol e o biodiesel, o Brasil assumiu uma posição de liderança no cenário internacional. Como a tendência é de aumento do consumo de energia no país, pesquisadores brasileiros buscam novas fontes que poderiam complementar essa matriz.
Em Concórdia, Santa Catarina, experimentos com o biogás produzido a partir de resíduos de suínos mostraram, segundo técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o potencial do produto tanto para a geração de energia demandada pelas propriedades rurais quanto como fator de agregação de valor à cadeia produtiva.
“Os dados já mostram que o biogás pode se tornar um dos três grandes combustíveis do Brasil. O importante é termos mais fontes, promover o setor e o uso dos resíduos das cadeias produtivas, o que poderia agregar valor a essas produções e atender a demanda crescente por energia no país”, disse Manoel Teixeira Souza Júnior, chefe-geral da Embrapa Agroenergia.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Reservas florestais apresentam redução na biodiversidade, aponta estudo

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Cerca de 60 reservas foram analisadas. Foto: Marcio Cabral de Moura
Com a falta de proteção adequada, as reservas florestais podem se tornar vulneráveis à ameaças, a exemplo da caça e da superexploração de produtos do meio ambiente. Essas ações podem gerar consequências, talvez, irrevesíveis, como o desaparecimento de espécies locais e, consequentemente, a perda de parte da biodiversidade.
Uma pesquisa, coordenada por um biólogo da Universidade James Cook, na Austrália, analisou dados de 60 reservas dos seguintes continentes: África, Ásia e América e apontou que metade delas apresenta uma redução significativa na quantidade das espécies. O estudo foi publicado na revista Nature.


Os pesquisadores analisaram 31 grupos de espécies entre árvores, borboletas, primatas e grandes predadores e constataram que, em reservas mais vulneráveis a queda é ampla em muitas espécies.Realizado por uma equipe de 200 cientistas, nos último 30 anos, o levantamento indicou que os locais onde a biodiversidade teve maior queda foram:  Kahuzi Biega, na República Democrática do Congo, Reserva Botânica Xishuangbanna, na China, e Parque Nacional Sierra Madre do Norte, nas Filipinas.

"Alguns parques não passam de linhas desenhadas nos mapas. A biodiversidade naqueles mais desprotegidos certamente está indo pior, na média, do que naqueles que contam com melhor proteção", afirmou o coordenador do estudo, o biólogo William Laurance.

Brasil

Quatro reservas brasileiras foram incluídas na pesquisa, três da região da Amazônia e uma em São Paulo (a Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba), esta foi considerada pelos pesquisadores uma das mais críticas do levantamento, inserida nos 10% da pior performance.
"O problema que percebemos lá é a contínua perda de cobertura florestal e o crescimento, ao longo do tempo, de caça ilegal e da ação de madeireiros tanto dentro quanto fora da reserva. O aumento da população fora do parque também está pressionando a área", explicou Laurance.
Um dos pontos destacados pelos cientistas foi a condição física no entorno das reservas. Segundo eles, algumas áreas protegidas se tornam um ilha em meio a um ambiente pressionado e/ou degradado, com a falta de ligação com outros remanescentes florestais, como é o caso da Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba. 
Os pesquisadores acreditam que a criação de zonas de amortecimento, onde haja algum tipo de controle da utilização da terra, pode melhorar a situação.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

"Nós lavamos água": purificador de água solar é desenvolvido pelo Inpa

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Tecnologia é capaz de purificar rios poluídos
Foto: Samchio.

“Nós lavamos água”, anuncia um estande na 20ª EXPOT&C, atividade paralela da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), entre 22 e 27 de julho, em São Luís (MA). A frase inusitada refere-se a uma tecnologia de desinfecção solar de água, apresentada no estande do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI).
Os pesquisadores sistematizaram um método demonstrado pela própria natureza há milênios: a desinfecção por meio de radiação ultravioleta tipo C. Segundo o coordenador de extensão do Inpa, Carlos Roberto Bueno, a inovação elimina os germes sem necessitar substâncias químicas. Isso porque a exposição dos raios ultravioletas presentes na luz solar gera modificações físicas que extermina os micro-organismos da água, desde que o líquido esteja o mais translúcido possível.
O sistema solar de desinfecção de água, desenvolvido pelo pesquisador do Inpa, Roland Vetter, é capaz de tornar águas poluídas de rios e lagos em água potável livre de germes, conforme resultado de testes preliminares em aldeias remotas na região Amazônica.
O equipamento desenvolvido pelo Inpe é compacto e agrupa tudo em uma única caixa movida por energia solar, purifica 400 litros de água por hora e pesa 13 quilos. O custo do aparelho varia entre R$ 1,5 a 10 mil, a depender das condições onde será instalado. Além disso, o dispositivo é portátil, podendo ser transportado facilmente entre comunidades.

Tecnologia

Não é de agora que se estuda a energia solar como uma fonte barata e inesgotável de purificação da água. Em 2009, cientistas irlandeses apresentaram tecnologia semelhante, com a utilização de fotocatalisadores nanoestruturados. Estudos nesse sentido são essenciais para reduzir o custo de purificação do recurso  e garantir que a tecnologia chegue a comunidades remotas. 
A estimativa das Nações Unidas é que até 2015, pelo menos 11% da população mundial, o equivalente a 783 milhões de pessoas, continuarão carentes de água potável. De acordo com os dados, 1,1 bilhão de pessoas continua sem redes de esgoto, e cerca de 4 mil crianças morrem diariamente por doenças diarréicas associadas à falta de qualidade da água.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

Mercado de madeira reflorestada já movimenta R$ 600 milhões por ano no Brasil

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Floresta de eucalipto. Madeira tratada passa por um processo de secagem seguido de um mergulho em substância que torna o produto imune ao ataque de fungos e insetos. Foto: Javier Torres 1976
O mercado de madeira tratada, formado por cortes de pinus e eucaliptos provenientes de reflorestamento - e que passa por um processo de secagem seguido de um mergulho em substância que torna o produto imune ao ataque de fungos e insetos, encontra-se avaliado em R$ 600 milhões por ano, com a produção de 1,5 milhão de metros cúbicos, de acordo com dados da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf).
Apesar do crescimento do setor, tais números ainda são pequenos em comparação ao mercado referente às madeiras de demais origens (de cortes ilegais, inclusive), que comercializa 30 milhões de metros cúbicos por ano. 
A Associação Brasileira dos Preservadores de Madeira (ABPM) lançou, com o apoio do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da USP, um programa de regulamentação com a criação do selo Qualitrat, para tentar motivar um crescimento de 8% a 10% do ramo no ano. "É uma forma de proteger as empresas tratadoras de madeira em uma área que ainda mantém práticas à margem da legislação", explicou ao Valor Econômico Flavio Carlos Geraldo, presidente da Abraf.
Segundo Geraldo, os maiores consumidores de eucalipto e pinus que passam por tratamento são a área rural (de 60% e 65% da produção), que os utilizam basicamente para a instalação de mourões nas propriedades, os setores elétricos (15%), para a instalação de postes, e o ferroviário (15%), com a implantação de dormentes. A construção civil consome apenas entre 5% e 10% do total, embora esteja em expansão.

Retorno em longo prazo

De acordo com a matéria do Valor Econômico, o uso desse material, porém, custa 20% mais - varia de R$ 400 a R$ 1.500 o metro cúbico, conforme a finalidade, e o volume ainda está muito distante do consumo de 12 milhões de metros cúbicos dos Estados Unidos.
Das 45 empresas associadas à ABPM, as duas unidades da CBI Madeiras, localizadas em Minas Gerais e São Paulo, foram as primeiras a receber a certificação da associação, que leva em consideração as gestões ambiental e de qualidade nos processos de tratamento da madeira, entre outros itens. Seus 5 mil hectares de áreas reflorestadas com eucalipto e pinus rendem uma colheita de cerca de 40 mil metros cúbicos por ano.
"São muitas regras a serem cumpridas. Mas no final, é uma segurança para o produtor e para o cliente", destacou Paulo Maciel, presidente da CBI. Ele se refere à proliferação de usinas de tratamento de madeira no país - atualmente são 250 unidades, que nem sempre cumprem as exigências legais. Mas o empresário não perde o otimismo e compartilha com as expectativas de Flávio Geraldo, da ABPM. "O retorno não é do dia para noite. Mas daqui três anos o mercado vai se dar conta dos benefícios".

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Ministério das Cidades abre consulta pública para melhorar saneamento básico no país

saneamento Ministério das Cidades abre consulta pública para melhorar saneamento básico no país
A proposta do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), planejado e coordenado pelo Ministério das Cidades, entra em sua fase final. Através de consulta pública, a população poderá apresentar sugestões para melhorar o sistema de saneamento básico no Brasil. A medida foi divulgada nesta quarta-feira (25) no Diário Oficial da União.
Iniciado em 2008, o plano servirá de instrumento para melhorar o saneamento básico no Brasil nos próximos 20 anos, contendo metas e objetivos de curto, médio e longo prazos. Também deverá conter proposição de ações para atingir esses objetivos e procedimentos de avaliação da eficácia das estratégias. Entre as principais propostas estão a instalação de unidades hidrossanitárias em todo o território nacional até 2030, abastecimento de água potável em áreas urbana e rural das regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste e erradicação dos lixões e vazadouros até 2014.
De acordo com Viviana Simon, diretora do Departamento de Articulação Institucional da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, qualquer pessoa pode participar da consulta pública. “O cidadão pode apresentar suas emendas que serão divididas por temas. Essas emendas deverão ter uma justificativa para que possam ser validadas e, passado o período de apuração, serão avaliadas”, disse.
A diretora avalia que, até o ano de 2030, o abastecimento de água potável chegará a 98% do território nacional, 88% do esgoto passarão a ser tratado e 100% dos resíduos sólidos serão coletados. Segundo o Ministério das Cidades (MCidades), para que essas metas sejam concretizadas será preciso um investimento de cerca de R$ 420 bilhões.
Quem quiser participar da consulta pública deverá se cadastrar no site do MCidades e enviar suas sugestões. O sistema, criado especificamente para a consulta, ficará disponível por 40 dias. Depois disso, técnicos do ministério terão 30 dias para avaliar as propostas enviadas para que uma nova versão do Plansab seja formulada e apreciada pelos Conselhos Nacionais de Recursos Hídricos, Meio Ambiente, Saúde e das Cidades. Após esse período, a proposta será analisada pelo ministro Aguinaldo Ribeiro para que seja sancionada pela presidenta Dilma Rousseff.
Fonte: http://envolverde.com.br

Curso orienta gestores municipais e estaduais na gestão dos resíduos sólidos

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                               Aterro Controlado da Estrutural, em Brasília 
                                  Foto:João Guilherme de Carvalho

Estão abertas as inscrições para a terceira turma do curso de ensino a distância para orientar sobre a elaboração de planos estaduais e municipais de gestão de resíduos sólidos. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Iclei-Brasil – entidade que reúne 1.200 governos e associações compromissados com o desenvolvimento sustentável, com apoio da Embaixada Britânica, ministram o curso para 400 participantes da segunda turma, que teve início no dia 16 de julho. A primeira turma foi considerada piloto e contou com 250 alunos.
A procura foi grande no período de inscrições desta segunda turma. "Tivemos cerca de 800 inscrições e só pudemos oferecer 400 vagas. Por isso priorizamos gestores e técnicos que estão trabalhando diretamente com os planos regionais", explicou o gerente de projetos do MMA, Saburo Takahashi.
Quem não foi contemplado na turma que está em andamento, pode fazer sua inscrição novamente para essa terceira turma, que tem previsão de início no dia 20 de agosto. "Além desta, já temos outras duas turmas previstas: uma para setembro e outra para outubro", destacou o gerente do MMA.
O curso foi traçado com base na estrutura e no conteúdo do Manual de Orientação, disponível no portal do MMA.

Importância dos planos

O diretor de Ambiente Urbano do MMA, Silvano da Costa, explicou que um dos instrumentos mais importantes da Política Nacional de Resíduos Sólidos são os planos. "Esse curso tem a finalidade de apoiar e preparar os gestores para produzirem seus planos e aperfeiçoarem a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos", afirmou.


Os participantes devem se dedicar, em média, dez horas semanais durante um mês. O curso é oferecido por meio de plataforma com acesso restrito aos alunos onde os módulos ficam disponíveis. Cada participante acessa a plataforma e cursa as aulas nos horários que lhe for mais conveniente. Após o início, são 30 dias para finalizar o curso todo.O curso é dividido em módulos, onde são sugeridos textos e vídeos complementares, bem como atividades e fóruns de discussão para que o aluno conheça e se aprofunde nos principais conceitos para elaboração de um qualificado plano de gestão. "O fórum planos e práticas é um dos mais ricos, pois é o espaço onde os participantes estão trocando experiências e dúvidas sobre a elaboração planos", apontou Gabriela Alem, coordenadora de projetos do Iclei-Brasil.


Situação preocupante

Matéria publicada em julho pelo EcoD mostrou que a maior parte dos estados e municípios brasileiros ainda não elaborou seu Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, apesar do prazo para concluir o projeto, que deve indicar como será feito o manejo do lixo em cada localidade, estar próximo do fim.
A partir de 2 de agosto, a cidade que não tiver o planejamento fica impedida de solicitar recursos federais para limpeza urbana. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, até o momento houve apenas 47 pedidos de verba para construção dos planos, entre solicitações de administrações municipais e estaduais.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site: www.eadresiduos.org.br

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

Metade das florestas tropicais protegidas está perdendo biodiversidade, alerta estudo

 

A biodiversidade está declinando em metade das florestas tropicais do mundo. O alerta preocupante é de um estudo publicado na edição desta semana na revista Nature. Um grupo de pesquisadores, sob a coordenação do pesquisador de Havard William Laurance, uma das maiores autoridades científicas em florestas tropicais, analisou um conjunto de dados sobre as mudanças ocorridas ao longo das últimas décadas em 60 reservas tropicais.


Ligação


O estudo constatou uma grande variação no estado dessas reservas, sendo que metade delas vivencia perdas substanciais na variedade de animais e plantas. Os principais fatores do declínio, segundo os pesquisadores, são a perturbação do habitat natural, caça e exploração das florestas, que ocorrem mesmo com a proteção oficial.
As reservas tropicais, refúgio de espécies ameaçadas e processos naturais dos ecossistemas, estão ecologicamente ligadas aos habitats ao redor. Deste modo, o destino dessas florestas é determinado tanto por mudanças ambientais internas quanto externas.
Assim, de acordo com os cientistas, os esforços para manter a biodiversidade não devem se limitar às reservas, mas também se deve tentar reduzir os problemas fora dessas áreas.
Em setembro de 2011, uma outra pesquisa publicada na revista, revelou que mesmo as florestas tropicais com pouca ou nenhuma intervenção humana estão diminuindo devido à conversão e a degradação de atividades antrópicas.  O estudo afirmou que as florestas tropicais primárias, em muitas regiões, têm sido substituídas por plantações, pastos ou florestas secundárias.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

quinta-feira, 26 de julho de 2012

No embalo da soja, preço da canola anima produtores do Rio Grande do Sul

Especialistas estimam que lucro obtido neste ano pode ser 40% superior ao ano passado

Diogo ZanattaProdutores de canola do Rio Grande do Sul vivem a expectativa de ter um dos melhores preços já pagos pelo grão no Estado. Com o valor balizado pelo preço da soja, a oleaginosa de inverno está sendo negociada por R$ 68,00 a saca de 60 quilos.
As lavouras, cultivadas em meio ao final da estiagem do verão, também apresentaram recuperação após a chuva dos últimos dias. Produtor em Passo Fundo (RS), Luiz Carlos Carvalho temeu pela cultura na época de plantio. A terra ainda estava ressecada devido à falta de chuva durante o verão, o que dificultou a germinação. Mas a normalização das precipitações a partir do mês de julho, aliada a temperaturas mais amenas, tem beneficiado as plantas.
– Além da terra seca, tivemos duas geadas fortes na metade do mês de junho, que atrasaram o desenvolvimento das plantas. Agora, estamos com as lavouras mais parelhas. Se o clima continuar assim, deveremos ter boa produtividade – explica o engenheiro agrônomo da Emater regional de Passo Fundo, Claudio Dóro.
O único temor dos produtores é o excesso de chuva na época da maturação, que no caso da canola ocorre de forma esparsa. A chuva em excesso faz com que os grãos se soltem da planta antes da colheita, prejudicando a produtividade. A ressalva, no entanto, não tira o entusiasmo dos produtores, que vêem no preço uma esperança de cobrir parte dos prejuízos obtidos com as culturas de verão, como a soja e o milho.
– Apesar de serem coisas diferentes, a comercialização boa da canola ajuda a cobrir parte das despesas do verão – afirma Carvalho.
O produtor mantém há três anos o plantio da oleaginosa em 40 hectares de terra. A manutenção da área se justifica pelo preço alto e a venda antecipada.
– Por vezes, colhemos bem o trigo, mas na hora da venda temos dificuldade. A canola não. Tudo que cultivei esse ano já está vendido para a indústria de biodiesel – conta.
Para Fábio Benin, engenheiro agrônomo e coordenador do Departamento de Fomento da BSBios, empresa de biodiesel que já garantiu a compra da canola produzida em 12 mil hectares no Estado, o preço pago ao produtor é um dos maiores da história.
– Pela projeção que temos agora, o lucro pode ser até 40% superior à safra do ano passado – opina.
No ritmo da soja
* O bom preço pago pela canola é decorrência do valor histórico que a soja atingiu nos últimos meses — até R$ 73,00 a saca de 60 quilos, segundo a Emater.
* A alta na soja ocorre devido à seca nos Estados Unidos, maior país produtor do grão no mundo, que vive uma expectativa de produção frustrada.
*Os preços da soja e canola são semelhantes devido à utilização da produção, ambas voltadas para o processamento de biodiesel e óleo de cozinha.
Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

Política Nacional de Resíduos Sólidos é debatida por catadores e empresários no Rio

A participação dos catadores de material reciclável na coleta seletiva e o envolvimento da população na separação do lixo estiveram no centro das discussões sobre a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em evento ocorrido hoje (24) na capital fluminense. Catadores e empresários concordaram sobre a importância de se valorizar cada vez mais a coleta seletiva do lixo.

Um dos coordenadores do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) , Custódio da Silva, cobrou, durante os debates, um levantamento que identifique os catadores que trabalham nos 47 lixões ainda em funcionamento na região metropolitana do Rio e a urgência na contratação das cooperativas para a separação do lixo, aproveitando o material reciclável. "Queremos fazer o mesmo serviço que a prefeitura paga para as empresas privadas e que, segundo a lei, seria de nossa responsabilidade", disse.

Ele também falou sobre a atual situação dos catadores de lixões que foram fechados em vários municípios da região metropolitana como Belford Roxo, São Gonçalo, Niterói, Magé e em Campos dos Goytacazes, na região norte. Nesses locais, segundo Silva, os catadores ficaram sem perspectiva de emprego e renda, contrariando o que diz a legislação no caso do fechamento das unidades.

O diretor executivo do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), André Vilhena, defendeu a diminuição de impostos sobre produtos recicláveis. Segundo ele, isso incentivaria o consumo consciente e a aplicação de mais recursos em tecnologia e na logística reversa (recolhimento pela empresa do produto descartado). "Devíamos praticamente zerar impostos federais", disse.

Preocupados com a obrigatoriedade de as empresas recolherem determinados produtos como pilhas e baterias, que não podem ser descartadas no lixo comum (a chamada de logística reversa), as empresas privadas também aproveitaram para destacar o papel dos catadores, que, pela capilaridade da atuação, são fundamentais para ajudar na reciclagem.

Os empresários defenderam a inclusão dos catadores na cadeia do material reciclável. Na avaliação deles, os trabalhadores têm condições de coletar itens de forma mais eficiente que as prefeituras, ajudando a reduzir os gastos com o que é depositado em aterros privados e com a coleta que é feita, muitas vezes, por empresas terceirizadas.

Além de catadores, gestores públicos e representantes do setor industrial, os candidatos à prefeitura carioca nas eleições deste ano também participaram dos debates. Estiveram presentes: Aspásia Camargo (PV), Rodrigo Maia (DEM), Cyro Garcia (PSTU), Fernando Siqueira (PPL), Otavio Leite (PSDB) e Marcelo Freixo (PSOL). Antonil Carlos (PCO) e o prefeito Eduardo Paes (PMDB), candidato à reeleição, não compareceram.



Fonte: http://www.olhardireto.com.br

Soterrada, Área de Mata Atlântica agoniza em São Paulo

pinheirinhodagua2 300x211 Soterrada, Área de Mata Atlântica agoniza em São Paulo
Após andar durante pouco mais de cinco minutos dentro do Pinheirinho D’água, parque do distrito de Jaraguá, na zona oeste de São Paulo, chega-se ao que Ana Sueli Ferreira da Silva, de 45 anos, chama de “lugar favorito no mundo”. “Olha que bonito é aqui. Eu gosto porque é aberto, o vento bate naquelas árvores lá em cima e faz um barulho tão gostoso de ouvir”, diz, justificando a preferência. A cerca de 200 metros dali, a nascente de um córrego foi soterrada junto de 150 árvores com a ajuda de mil caminhões de terra e entulhos, jogados no parque sem qualquer tipo de autorização.
O Pinheirinho D’água é uma das últimas áreas de reserva de Mata Atlântica dentro da capital paulista. Com 250 mil metros quadrados – o equivalente a 60 campos de futebol – , 70% de sua extensão configura Área de Preservação Permanente (APP), o que faz do aterramento nada menos do que um crime ambiental.
Em volta do parque há escolas, prédios da CDHU e Cohabs. Todo o esgoto gerado passa a céu aberto dentro do Pinheirinho D’água. Sueli, que faz parte do Conselho Gestor, conta que há dez anos os moradores do bairro reivindicavam à Subprefeitura de Pirituba – responsável por administrar a região – a implantação de uma rede coletora de esgoto. Em abril ficou acertado que a Sabesp realizaria as obras. “Nós todos ficamos muito felizes com o acordo. Mas o tempo passava e eles não divulgavam o orçamento, nem qual empresa seria responsável pelo trabalho”, relata.
Sem autorização oficial ou registro de licenciamento ambiental, no dia 2 de maio foram iniciados os trabalhos. Para entrar no parque, que é totalmente cercado por grades, um dos portões foi arrebentado. Somente em 21 de junho a autorização da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da prefeitura de São Paulo foi publicada no Diário Oficial do Município.
Encontram-se pedaços de ferro, de cano e concreto entre a terra jogada no local. Com o aterramento, o curso do esgoto foi desviado: se antes passava por debaixo de uma ponte, agora invadiu o espaço de uma trilha feita em meio às árvores. “Essa situação é triste e absurda. Mas isso acontece porque nós estamos em uma região periférica da cidade. Aposto que isso nunca aconteceria em um parque como o Ibirapuera ou o Villa-Lobos”, indigna-se Sueli.
Carlos Eduardo de Jesus, também do Conselho Gestor, afirma que a situação se agrava porque a área soterrada é de brejo, um ambiente sensível que abriga biodiversidade importante para a filtragem de nutrientes e limpeza das águas, além de manter o equilíbrio do ecossistema.
Os moradores questionam a atuação da administração do parque, que nada fez ao perceber que os caminhões entravam no local. O administrador Cristiano Cruz se justifica dizendo ter julgado que o aterramento fazia parte do projeto da Sabesp e que por isso não interferiu.
O Conselho entrou com uma representação no Ministério Público do estado de São Paulo e, na quinta-feira 19, o promotor Washington Luis Lincoln de Assis, da 3ª. Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da Capital, instaurou inquérito civil para investigar o caso. O inquérito também será encaminhado para a Promotoria Criminal para que sejam apuradas as responsabilidades criminais acerca do assunto.
Outro lado
Procurada pela reportagem, a Sabesp informou por meio de sua assessoria de imprensa que nada tem a falar sobre o caso, afirmando que a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente é a única que poderia liberar mais informações.
CartaCapital então procurou a secretaria. Esta enfatizou que jamais deu autorização para que empresa alguma – a não ser a Sabesp – realizasse obras no local. Em nota, também afirmou que a empreiteira responsável já foi identificada e devidamente multada. “O Núcleo de Gestão Descentralizada da Zona Norte,  que pertence à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, aplicou 5 multas à empresa Tercel Terraplenagem, que totalizaram um montante de 3.902,644,60 de reais”. E completou: “Além da aplicação das multas, o  infrator foi intimado a realizar a retirada do material depositado no parque nos próximos dias. Na sequência, ele deverá apresentar um plano de recuperação do dano causado”.
A diretoria da Tercel, por sua vez, não quis se manifestar a respeito do assunto. Apenas informou que o responsável pelo projeto se chama Marco Antônio, sem também divulgar sobrenome.
Ação de lideranças locais
O Parque Pinheirinho D’água é resultado de uma luta dos movimentos sociais de Pirituba e Jaraguá, que reivindicavam a construção de um parque na região. Com o apoio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) e da própria Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, o projeto foi inaugurado em 2001 e desde então recebe uma intensa fiscalização por parte dos moradores.
O projeto foi feito por integrantes da pós-graduação da FAU, com a ajuda de equipes interdisciplinares formadas por profissionais como biólogos e sociólogos. As lideranças sociais locais também jamais deixaram de cuidar, preservar e lutar pelo parque. “O projeto inicial era lindo, mas é claro que nem tudo que estava previsto foi concluído”, lamenta Sueli. Ela conta que a ideia original era que existissem dentro do parque praças temáticas, como a “praça das crianças” ou a  ”praça dos skatistas”.
Dentro da área do Pinheirinho D’água existe uma casa de Educação Ambiental, espécie de escola para ensinar as crianças a lidar com a natureza. “Outro dia um menino perguntou para a gente para que servia o capim. É uma pergunta tão simples que nós queremos responder. Todas as crianças deveriam saber que tudo cumpre uma função dentro do meio ambiente”, diz a conselheira gestora. Baiana, ela mora no bairro há 35 anos e sempre esteve envolvida com reciclagem e com a Associação de Catadores de Lixo.
“Depois de resolver esse problema do aterramento, eu quero lutar por uma programação para esse parque. Eventos e gincanas para ocupar, chamar visitantes”, vislumbra, esperançosa.
Fonte: http://envolverde.com.br

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Dilma sanciona lei que libera recursos a vítimas de desastres naturais

Divulgação

Empresas, cooperativas e produtores rurais de áreas onde foram decretadas situação de emergência ou calamidade pública serão beneficiados

A presidente Dilma Rousseff sancionou com dois vetos o projeto de lei de conversão da Medida Provisória 561, que libera recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas, cooperativas e produtores rurais de áreas atingidas por desastres naturais, onde foram decretadas situação de emergência ou calamidade pública, desde 2010. Foram vetados o dispositivo que ampliava os beneficiários da suspensão de exigência fiscal para direito ao auxílio e o que parcelava as dívidas com o PIS/PASEP vencidas até 31 de dezembro de 2008.
A nova lei assegura a transferência para a mulher da propriedade do imóvel financiado pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, em caso de separação do casal, se o bem foi comprado durante o casamento ou a união estável. A lei sancionada foi publicada nesta quarta, dia 25, no Diário Oficial da União.
Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

Países desenvolvidos defendem plano ambiental para reduzir poluição do ar

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Planos da ONU para combater as mudanças climáticas concentram-se principalmente no dióxido de carbono (CO2)
Foto: johan wieland

Sete países, liderados pelos Estados Unidos (segundo maior poluidor mundial, atrás da China), anunciaram na terça-feira, 24 de julho, adesão à Iniciativa para o Clima e o Ar Limpo, lançada em fevereiro e que passa a contar agora com 20 signatários. A redução da fuligem e de outros poluentes do ar pode ajudar a "ganhar tempo" na luta contra as mudanças climáticas, afirmou uma autoridade norte-americana à Reuters.
Os países que aderiram recentemente ao plano foram: Grã-Bretanha, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Itália e Jordânia.
A poluição atmosférica, proveniente de fontes que vão dos fogões a lenha da África aos carros na Europa pode ser responsável por até 6 milhões de mortes por ano no mundo e ainda contribui para o aquecimento global, alertou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
"Se formos capazes de fazer isso, poderíamos de fato ganhar tempo no contexto do problema global de combater as mudanças climáticas", destacou em Paris o enviado especial adjunto dos EUA para o assunto, Jonathan Pershing, em umbriefing à imprensa por telefone.


EUA tentam atrair mais países

Pershing ressaltou que é preciso"desesperadamente" de tempo para desacelerar o aquecimento global. Diferentemente de outros países desenvolvidos, os EUA deixaram de aprovaram leis para cortar as emissões de gases de efeito estufa, apesar dos cortes propostos pelo presidente Barack Obama.
Pershing adiantou que o governo dos EUA tenta atrair mais países para o projeto sobre poluição atmosférica, incluindo a China e a Índia, que estão respectivamente na posição um e três no ranking de emissões de gases de efeito estufa.
O plano liderado pelos EUA em Paris concentra-se em impor limites à fuligem, ao metano, ao ozônio no nível do solo e aos gases HFC. A fuligem, por exemplo, é capaz de acelerar o derretimento do gelo do Ártico quando cai como um pó escuro que absorve mais calor e derrete o gelo.
Em contraste, os planos da Organização das Nações Unidas (ONU) para combater as mudanças climáticas concentram-se principalmente no dióxido de carbono (CO2), principal gás de efeito estufa liberado pela queima de combustíveis fósseis, ao qual se atribui um aumento na ocorrência de estiagens, inundações, incêndios florestais e a elevação do nível dos oceanos.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

Satélites registram degelo recorde na superfície da Groenlândia

Nasa estima que 97% da camada superior de gelo chegou a derreter.
Índice é tão alto que especialista da agência questionou se era real.


À esquerda, imagem da Nasa mostra a extensa área branca ainda sem degelo no dia 8 de julho. À direita, no dia 12 de julho, ela foi quase totalmente substituída pela cor rosada, que indica degelo da superfície. (Foto: Nasa/Divulgação)À esquerda, imagem da Nasa mostra a extensa área branca ainda sem degelo no dia 8 de julho. À direita, no dia 12 de julho, ela foi quase totalmente substituída pela cor rosada, que indica degelo da superfície. (Foto: Nasa/Divulgação)A cobertura de gelo da superfície da Groenlândia derreteu este mês em uma área superior à detectada em mais de 30 anos de observações de satélite, informou a Nasa esta terça-feira (24).
Segundo medições de três satélites diferentes analisadas por cientistas acadêmicos e da agência espacial americana, calcula-se que 97% da cobertura de gelo derreteram em algum ponto em meados de julho.
"Isto foi tão extraordinário que a princípio questionei o resultado: seria real ou teria sido um erro nos dados?", disse Son Nghiem, da Nasa.
O especialista lembrou ter notado que grande parte da superfície congelada da Groenlândia parecia ter derretido em 12 de julho, ao analisar dados do satélite Oceansat-2, da Organização de Pesquisas Espaciais Indiana.
Resultados de outros satélites confirmaram estas descobertas. Mapas do degelo demonstraram que em 8 de julho cerca de 40% da superfície congelada tinham derretido, uma área que aumentou para 97% quatro dias depois.
A notícia é divulgada dias depois de imagens de satélite da Nasa mostrarem que um enorme iceberg com o dobro do tamanho da ilha de Manhattan se soltou de uma geleira na Groenlândia.
Segundo a Nasa, no verão, cerca da metade da cobertura de gelo da Groenlândia derrete naturalmente. Normalmente, a maior parte desse gelo derretido volta a congelar rapidamente em altitudes mais elevadas, enquanto em áreas costeiras parte dele é retida pela cobertura de gelo, enquanto o resto vai para o oceano.
"Mas este ano, a extensão do derretimento na superfície ou perto dela aumentou dramaticamente", informou a agência.
Cientistas ainda precisam determinar se o degelo, que coincidiu com uma pouco habitual onda de ar quente sobre a Groenlândia, contribuirá com a elevação no nível do mar.
Fonte: http://g1.globo.com

Plantas reduzem poluição até 8 vezes mais do que se pensava

Ninguém discute o papel que os espaços arborizados têm de ajudar a controlar a poluição nas cidades. Mas o quão poderosa é essa contribuição? Segundo um novo estudo desenvolvido pela Universidade de Birmingham, no Reino Unido, ávores, arbustos e outros tipos de vegetação podem reduzir até oito vezes mais do que se pensava os níveis de poluição nos centros urbanos.

De acordo com o estudo, publicado na revista da Sociedade Americana de Química, os espaços verdes atuam principalmente como filtro de dois poluentes extremamente prejudiciais para a saúde humana: o dióxido de nitrogênio (NO2) e o chamado material particulado inalável (PM), partículas microscópicas que resultam da combustão incompleta de combustíveis fósseis utilizados pelos veículos automotores e fábricas.

Pesquisas anteriores já sugeriram que as árvores e outras plantas podem melhorar a qualidade do ar urbano. Contudo, dizem os persquisadores de Birmingham, a melhoria parecia ser pequena, uma redução de menos de 5%. As novas análises mostraram um resultado bem mais animador: um planejamento criterioso para criação de espaços arborizados pode reduzir a concentração de NO2 em até 40% e de material particulado em 60%.

Para turbinar esse efeito, os autores ainda sugerem a construção específica de instalações, como outdoors, cobertas de vegetação para aumentar a quantidade de folhagem nas cidades e melhorar a qualidade do ar.



Fonte: http://www.olhardireto.com.br

terça-feira, 24 de julho de 2012

Estudo revela principais fatores de morte das árvores amazônicas

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Os principais fatores revelados pelo estudo são as tempestades, os fatores biológicos e o estresseFoto: sxc.hu
Conhecer os principais fatores de morte das árvores foi tema de um estudo de mestrado, chamado de Revelando as causas e a distribuição temporal da mortalidade arbórea em uma floresta de terra-firme na Amazônia Central, realizado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) pela estudante Clarissa Gouveia pelo período de um ano. A ideia é entender as vulnerabilidades das árvores diante de eventos catastróficos que vem ocorrendo na Amazônia.
A pesquisa foi feita em dois espaços com uma área de 20x2500 m cada, totalizando 5.808 árvores, sendo catalogadas 67 mortes. Dentre os principais fatores estão às tempestades, os fatores biológicos e o estresse.

Tempestades

De acordo com o estudo, durante o período chuvoso o nível de mortalidade das árvores costuma ficar maior, principalmente, devido à quantidade de tempestades e raios típicos da época. “Na região atingida pelo raio, geralmente encontra-se mais de um individuo morto, representados por mais de uma espécie, além de provocar a morte parcial ou total da regeneração natural do lugar”, esclareceu Clarisse Gouveia ao portal do Inpa.
Grande parte das árvores na Amazônia possui copas assimétricas e as tempestades são capazes de aumentar o peso da copa, provocando a queda das árvores para o seu lado mais pesado. Existem, ainda, registros de tempestades de vento que podem matar milhares de árvores em apenas poucos dias, são os chamados downburst ou roça de ventos.

Fatores biológicos e estresse

Esses dois fatores estão relacionados a competição e supressão entre espécies, déficit hídrico, alagamentos, e ataques patógenos. “No momento que a árvore morre, ela continua a influenciar os organismos ao seu redor, auxiliando no equilíbrio e desenvolvimento de outros organismos. E, também, cooperando na mudança de biomassa, no fornecimento de luz, nutrientes e na umidade da floresta”, explicou Clarissa.
Além das mudanças do tempo, pode-se destacar como influenciadores da mortalidade das árvores as infestações das mesmas por lianas, insetos e fungos. Durante o período da pesquisa, uma espécie foi morta pela hemi-epífita estranguladora Apuí e três outras por fungos patogênicos: duas por Ganoderma sp e uma por Auricularia delicata Fries.

Processo natural

A mortalidade arbórea é considerada um processo natural no ecossistema florestal, pois influencia na estrutura, dinâmica, estoque de carbono e reciclagem de nutrientes. No entanto, quando a mortalidade é maior que a capacidade de resistência da floresta, as consequências em longo prazo podem ser preocupantes. “São observadas mudanças nas taxas de evapotranspiração, temperatura, umidade e na estrutura das espécies”, ressaltou Fontes.
O pioneirismo da pesquisa foi uma contribuição essencial para a comunidade científica, auxiliando na criação de novas perspectivas. “O desejo é que o estudo seja conduzido por mais tempo e em novas áreas para que possamos verificar um possível padrão de comportamento”, almeja Fontes, ressaltando a concepção de um banco de dados maior para a determinação mais exata das variações no clima e a sua relação com a mortalidade arbórea durante determinado período.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

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