sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Mais de 70% das cidades brasileiras carecem de políticas de saneamento, aponta IBGE


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Só 1.569 cidades tinham políticas dessa natureza (28,2%) em 2011. Foto: Otavio de Souza/Pref. Olinda
Um levantamento inédito do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgado na terça-feira, 13 de novembro, revela que 71,8% dos 5.565 municípios brasileiros (3.995 cidades) não possuíam, em 2011, uma política municipal de saneamento básico, o que significa um descumprimento da Lei Nacional de Saneamento Básico, aprovada em 2007.
De acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), 1.569 cidades tinham políticas dessa natureza (28,2%). A Lei 11.445, que dispõe sobre diretrizes nacionais para o saneamento básico, determina que todos os municípios devam elaborar seus respectivos planos municipais.
A maioria (60,5%) não tinha acompanhamento algum quanto às licenças de esgotamento sanitário, além da drenagem e manejo de águas pluviais urbanas e do abastecimento de água. Em quase metade das cidades do país (47,8%), não há órgão de fiscalização da qualidade da água.
O decreto diz ainda que as prefeituras devem estabelecer mecanismos de fiscalização quanto ao abastecimento de água, esgotamento sanitário, entre outros. No entanto, 4.060 municípios (73%) ainda não aprovaram normas neste sentido, para qualquer um dos serviços de saneamento básico.
Entre as cidades que têm gestores públicos responsáveis por ações referentes ao tema, 768 (48,9%) definiram metas e estratégias por meio de planos municipais devidamente aprovados pelo poder legislativo local. Já 759 municípios (48,4%) utilizavam prestação de serviços e/ou realizavam processo licitatório.

Resíduos sólidos
Também segundo a Munic, 2.376 cidades (42,7%) carecem de programa, projeto ou ação de coleta seletiva de resíduos sólidos em atividade - pouco mais de 32% dos municípios no país (1.796) destoam de tal realidade.
Já 3,3% dos municípios possuem projeto piloto de coleta seletiva, mas apenas em áreas restritas. Enquanto isso, 2,5% das cidades chegaram a iniciar programas dessa natureza, porém interromperam por motivos não especificados.
Quando considerado o serviço de limpeza urbana, a região Sul se destaca no estudo sobre o perfil dos municípios brasileiros, com 663 cidades nas quais há coleta seletiva - o que representa 55,8% em relação ao resto do país. O Sudeste, com 41,5% (693 cidades), ocupa o segundo lugar do ranking regional.
Por outro lado, as regiões Norte e Nordeste possuem as maiores proporções de municípios sem programas, 62,8% (282) e 62,3% (1.118), respectivamente. De acordo com o IBGE, a coleta seletiva é mais frequente nas grandes cidades: 68,2% (193) dos municípios com mais de 100 mil declaram possuir programa em atividade.
A obrigatoriedade da coleta seletiva, bem como a extinção dos lixões até 2014, estão previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Fonte: Portal EcoD. (http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2012/novembro/mais-de-70-das-cidades-carecem-de-politicas-de?tag=economia-e-politica#ixzz2DheD0KKd )


ONU vê mais sinais de ação humana na mudança climática

Os indícios de que o aquecimento global seja causado pelo ser humano estão se tornando mais fortes, disse o chefe de uma comissão científica da ONU, em um novo golpe para os céticos que tentam atribuir a mudança climática a variações naturais.
Falando à Reuters durante a conferência climática do Catar, onde 200 nações discutem um novo acordo para limitar as emissões de gases do efeito estufa, Rajendra Pachauri disse que o novo relatório do Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática (IPCC, uma comissão da ONU), a ser divulgado em 2013, deve citar uma probabilidade ainda mais expressiva para a associação entre a atividade humana e a mudança climática.
No relatório anterior do IPCC, em 2007, os cientistas estimaram em “pelo menos 90 por cento” a chance de que o clima esteja sendo afetado pela queima de combustíveis fósseis e outras atividades humanas.
“Certamente temos uma quantidade substancial de informação disponível com a qual esperamos poder estreitar certas lacunas, elevar o grau de certeza das nossas conclusões”, disse.
“Desta vez teremos muito mais informações sobre o degelo da Groenlândia e Antártida. Espero termos um pouco mais de informações sobre o aumento do nível dos mares”, acrescentou.
O último relatório do IPCC previa uma elevação de 18 a 59 centímetros no nível médio dos mares até 2100, por causa do degelo das calotas polares. Essa elevação representa uma grande ameaça para populações de lugares baixos, de Bangladesh a Nova York. A cifra anterior não levava em consideração a possível aceleração do degelo na Antártida e Groenlândia, onde restavam grandes incertezas.
Alguns cientistas e organizações céticos questionam a influência humana no clima, lembrando que há variações naturais na Terra e na atividade solar. Eles também sugerem que o aquecimento pode estar se estabilizando, com base em dados mostrando que 1998, 2005 e 2010 estão empatados como os anos mais quentes desde o início dos registros, em meados do século 19.
Mas um estudo divulgado no Catar ampara as projeções do IPCC de que as temperaturas continuam subindo, e que o nível do mar se eleva com mais rapidez do que em estimativas anteriores.
O principal objetivo da reunião de Doha é aprovar uma prorrogação do Protocolo de Kyoto, que expira no final deste ano.
Esse tratado internacional previa que nações desenvolvidas deveriam, no período de 2008-2012, reduzir suas emissões de gases do efeito estufa em pelo menos 5,2 por cento com relação aos índices de 1990.

Fonte: Portal Terra (www.terra.com.br/)

China é o maior consumidor de madeira do mundo, aponta ONG

Relatório publicado nesta quinta-feira (29) pela Agência de Investigação Ambiental, organização não governamental do Reino Unido, aponta que a China é o pais que mais importa, exporta e consome madeira do mundo, além de ser o principal responsável pela destruição das florestas tropicais.

De acordo com o documento, enquanto na última década os Estados Unidos e a União Europeia tomaram medidas contra o desmatamento ilegal, a China passou a comprar quantidades crescentes de madeira de origem duvidosa.
“Entre 80% e 90% das árvores derrubadas em Moçambique (na África) têm como destino final a China”, afirmou Julian Newman, diretora da ONG britânica. Ela disse ainda que 44% do volume importado é destinado para empresas públicas. Segundo o relatório, a demanda interna do país é o principal fator de alta das importações de madeira.
Além disso, a ONG aponta que atividades ilegais de extração madeireira estão se movendo para diversas regiões do mundo, como Madagascar, Serra Leoa, Tanzânia, Gabão, Guiné Equatorial e Congo. Mais da metade das importações chinesas são provenientes de países como Birmânia, Papua Nova Guiné e Moçambique.

Imagem aérea de desmatamento divulgada pelo Pnuma. (Foto: Divulgação/iStockphoto/Gyi/Pnuma)
Imagem aérea de desmatamento divulgada pelo Pnuma (Foto: Divulgação/iStockphoto/Gyi/Pnuma)
 
Em setembro deste ano, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em parceria com a Interpol divulgaram que até 90% da exploração madeireira realizada nas florestas tropicais do planeta são feitas pelo crime organizado.
As organizações afirmam que grupos criminosos estariam utilizando táticas para movimentar a cadeia madeireira e descrevem 30 formas engenhosas aplicadas para aquisição e "lavagem" de madeira ilegal.
Métodos primários incluem falsificação de licenças de corte, subornos para obter licenças, além de invasão ilegal de sites do governo para obter registro de concessões ou alterar licenças ambientais.

Por conta disto, foi criado um projeto piloto, financiado pelo governo da Noruega, para desenvolver um sistema internacional de combate ao crime organizado. São vários objetivos, mas entre os principais estão o fortalecimento das investigações nacionais e a centralização da concessão de licenças ambientais, o que facilitaria a transparência.

Além disso, haveria a classificação das regiões geográficas consideradas críticas, com o intuito de restringir o fluxo de madeira e outros produtos, além de incentivar investigações de fraude fiscal, com foco em plantações e usinas.

Fonte: Globo Natureza (http://g1.globo.com/natureza/)

Levantamento inédito aponta perda de gelo na Antártica e na Groenlândia

Um time de 47 especialistas de 26 laboratórios internacionais reuniu dados de dez missões de satélites para medir a perda de gelo das calotas de gelo da Antártica e da Groenlândia, e o reflexo disso no aumento do nível do mar.
A conclusão deles é que, desde 1992, o derretimento nessas regiões elevou os oceanos em cerca de 11,1 milímetros. Segundo os autores, dois terços da água vieram da Groenlândia, e o restante, da Antártica.
A pesquisa será publicada na próxima edição da revista “Science”, nesta sexta-feira (30). Os dados se enquadram na da previsão do relatório do o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), de 2007, mas esta era tão ampla que sequer permitia saber com certeza se a Antártica estava perdendo ou ganhando gelo.
Segundo os autores, o novo levantamento é duas vezes mais preciso do que a informação de que se dispunha antes. “Nossas estimativas de perda de geleiras são as mais confiáveis até agora. Elas encerram 20 anos de incerteza em relação às mudanças na massa das camadas de gelo da Antártica e da Groenlândia, e sua intenção é virarem os dados de referência para os cientistas do clima a partir de agora”, afirmou a jornalistas o professor da Universidade de Leeds, na Inglaterra, Andrew Shepherd.
O estudo ainda aponta que a taxa combinada de derretimento da camada de gelo aumentou com o tempo e, juntas, Groenlândia e Antártica agora perdem mais de três vezes a quantidade de gelo que perdiam na década de 1990.
O professor Erik Ivins, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), um dos coordenadores do levantamento, aponta que “a taxa de perda de gelo na Groenlândia aumentou quase cinco vezes desde meados dos anos 1990. Em contraste, enquanto as mudanças regionais no gelo antártico ao longo do tempo são surpreendentes, o balanço geral permaneceu relativamente constante – ao menos dentro da certeza proporcionada pelas medidas de satélite que temos à mão”.

Imagem divulgada por um dos pesquisadores mostra corredeira no meio de calota polar na Groenlândia em 4 de julho deste ano (Foto: Ian Joughin/AP)
Imagem divulgada por um dos pesquisadores mostra corredeira no meio de calota polar na Groenlândia em 4 de julho deste ano (Foto: Ian Joughin/AP)

Padronização
De acordo como glaciologista brasileiro Jefferson Simões, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera, que não participou do trabalho, mas acompanha as pesquisas na área, a metodologia desenvolvida pelos cientistas ajuda a reestruturar e padronizar as medidas referentes ao degelo global.

“Nós temos claramente sinais de degelo acelerado no sul da Groenlândia, norte da Península antártica e nas montanhas pelo mundo. O serviço de monitoramento das geleiras funciona há 160 anos e percebemos um processo de derretimento acelerado nos últimos 20 anos”, explica.

Segundo ele, a grande questão a partir de agora é descobrir se o limite máximo de elevação do nível do mar até 2100 é mesmo de um metro, conforme previsão feita pelo IPCC, ou se pode superar essa medida.

Desde a última segunda-feira (26), representantes de mais de 190 países estão reunidos no Qatar para a Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP 18), para discutir como será possível reduzir as emissões de gases-estufa que elevam as temperaturas do planeta.

Fonte: Globo Natureza (http://g1.globo.com/)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Campinas inaugura maior usina de energia solar do Brasil

Tanquinho é a primeira usina fotovoltaica instalada em São Paulo e tem capacidade para produzir 1,6 GWh por ano, o suficiente para abastecer 657 residências. | Foto: Divulgação
 
Na última terça-feira (27), a CPFL Energia inaugurou a Usina Tanquinho, primeira a usar painéis solares fotovoltaicos em São Paulo. Instalada em Campinas, a maior usina fotovoltaica do Brasil tem capacidade para abastecer 657 residências.
Começou a funcionar em Campinas a maior usina de energia solar do Brasil. Instalada em um espaço de 13.700 m², a Usina Tanquinho foi inaugurada pela CPFL Renováveis, subsidiária da concessionária de energia elétrica que atua no interior paulista.
A usina, que também é a primeira fotovoltaica instalada no estado de São Paulo, tem capacidade para produzir 1,6 GWh por ano, o suficiente para abastecer 657 residências com consumo médio de 200 KWh por mês. Segundo a CPFL Energia, Tanquinho poderá iluminar, pelo menos, 70% das residências de Campinas.
Os gastos totais da obra chegaram a R$ 13,8 milhões, investidos em pesquisa e desenvolvimento. A fase de estudos levou oito meses para ser concluída, enquanto o período de obras durou apenas quatro meses. O projeto, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foi desenvolvido pela CPFL Renováveis em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e empresas parceiras da instituição de ensino.
A energia produzida pela Usina Tanquinho só poderá ser utilizada a partir do ano que vem. Entretanto, as pesquisas de geração ainda não estão concluídas, já que, em 2015, a CPFL vai fazer os ajustes necessários com a Aneel para a participação da geração solar na matriz energética brasileira.
Atualmente, o Brasil possui duas usinas de geração solar – a recém-inaugurada Tanquinho e a Usina MPX Tauá, localizada no sertão cearense. Desenvolvida pela EBX, do empresário Eike Batista, a usina cearense iniciou suas operações em agosto do ano passado. Com informações do Terra.

Fonte: Ciclo Vivo (http://www.ciclovivo.com.br)

Onze estados aderem ao Cadastro Ambiental Rural

A reserva de R$ 3,5 milhões que seria investida, a partir do final do ano, para mapear propriedades rurais gaúchas serão remanejadas para outras ações de regularização fundiária e zoneamento florestal no estado. O dinheiro é parte de um convênio entre o governo do Rio Grande do Sul e o Banco Mundial para organizar a ocupação das zonas rurais no estado. Como o governo gaúcho assinou na quarta-feira (28) o acordo de cooperação com o governo federal para implantar o Cadastro Ambiental Rural (CAR), as imagens de satélites com alta resolução vão ser disponibilizadas gratuitamente.
“Vamos investir esse dinheiro em outras ações agora e vamos conseguir encurtar o cronograma porque as imagens que iríamos contratar só chegariam no final do ano que vem”, explicou o secretário estadual do Meio Ambiente, Helio Corbellini. Segundo ele, com essas imagens, o cadastro gaúcho vai reunir informações detalhadas de cerca de 20 mil propriedades rurais, onde as principais atividades desenvolvidas são a pecuária e a produção de soja.
Além do Rio Grande do Sul, mais dez estados aderiram ao acordo com o governo federal para a implantação do CAR. A expectativa é que, com a adesão, a partir do ano que vem, Amazonas, Acre, Rondônia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Paraná, Sergipe, Ceará e Espírito Santo já comecem a receber os cursos de capacitação de técnicos para montar o cadastro e os dados e as imagens que foram contratadas pelo Ministério do Meio Ambiente.
O Rio de Janeiro já tinha aderido à implantação do CAR. Seis estados, que têm seus próprios cadastros, como Mato Grosso do Sul e o Pará, terão apenas que fazer ajustes para integrar os dados com o banco de informações nacional.
A expectativa do governo federal é que, até o final do ano, Maranhão, Distrito Federal, Paraíba e Alagoas também assinem o acordo. Uma mudança nas cláusulas do acordo atrasou a adesão de alguns estados. Há poucos dias, o ministério incluiu uma cláusula que obriga os estados a informar todas as autorizações de supressão de vegetação estadual.
Com a novidade, o presidente do Instituto de Meio Ambiente de Alagoas, Adriano Augusto de Araújo Jorge, explicou que terá que ajustar o documento, mas assegurou que o estado vai cumprir a exigência. Segundo ele, a maioria das pequenas propriedades no estado não tem um documento oficial de posse. Calcula-se que o estado abrigue cerca de 90 mil imóveis rurais com menos de 50 hectares.
“Com essas imagens [que serão disponibilizadas pelo governo federal], que tem resolução de 1 metro para 5 metros, vamos conseguir ver até os animais nessas propriedades. Vamos conseguir enxergar as cercas. Essa qualidade é fantástica para que possamos fazer a regularização fundiária em Alagoas”, explicou.
“O acordo é importante para que todos estejam no CAR”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Segundo ela, a partir desse cadastro será possível identificar os déficits ambientais no campo, as formas possíveis de recuperação em cada região e as situações mais críticas. “A partir daí, vamos poder propor, para cada situação, um programa de regularização ambiental.”
Os estados terão as imagens de um satélite alemão que foi contrato pelo governo federal e mapeou as áreas rurais do território brasileiro durante todo o ano passado. A expectativa é que com esse material seja possível identificar, com precisão, a situação nos 5,2 milhões de imóveis rurais que existem no país e localizar áreas de preservação permanente (APPs) e de reservas legais em cada propriedade.
Além da adesão dos estados, o governo tem procurado parcerias com entidades representativas. Segundo Izabella Teixeira, esta semana foi acertado com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar uma parceria para que a entidade estimule a adesão dos produtores. “Eles podem fazer o cadastro nos órgãos ambientais dos estados ou no Ibama [Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]”, explicou.
A ministra ainda acrescentou que o governo mantém o mesmo diálogo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), que tem 1,5 milhão de filiados. E a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que tem tem 2 milhões de cadastrados.

 Por: Carolina Gonçalves
Fonte:Agência Brasil (www.agenciabrasil.ebc.com.br)

 

Nível do mar sobe 60% mais rápido do que estimou o IPCC, diz estudo

A elevação do nível do mar provocada pelo aumento da temperatura do planeta estaria mais acelerada que o estimado em 2007 pelo grupo de climatologistas da ONU, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), revelaram cientistas em um estudo publicado nesta quarta-feira (28) no periódico científico "Environmental Research Letters".
Segundo a investigação feita por cientistas da Alemanha, França e Estados Unidos, atualmente o nível dos oceanos subiu 3,2 mm ao ano, 60% mais rápido que a projeção "mais confiável" do IPCC, em 2007. O relatório dos cientistas, baseado em dados de 2003, previa uma elevação de 2 mm ao ano.
A nova cifra condiz com a ideia amplamente difundida de que o mundo se encaminha para uma elevação das águas do mar em até um metro até o fim do século, disse Grant Foster, da empresa americana Tempo Analytics, um dos autores do estudo. "Eu diria que um metro de elevação do nível do mar até o fim do século é provavelmente próximo do que se encontraria se você consultasse as pessoas mais informadas a respeito", explica Foster.
"Em terras baixas, onde você tem um grande número de pessoas vivendo no limite de um metro do nível do mar, como Bangladesh, isto significa o desaparecimento da terra que sustenta suas vidas, e você terá centenas de milhões de refugiados climáticos. Isto pode levar a guerras por recursos e todo tipo de conflitos", acrescentou.
Ainda segundo o pesquisador, em grandes cidades costeiras, como Nova York, o principal efeito seria parecido com o que aconteceu após a passagem do furacão Sandy, que atingiu a região no fim de outubro.
 Ondas causadas pela passagem da tempestade Sandy atingem farol às margens do Lago Erie perto de Cleveland (Foto: Tony Dejak/AP) Ondas causadas pela passagem da tempestade Sandy atingem farol às margens do Lago Erie perto de Cleveland, nos EUA. Elevação dos oceanos pode afetar regiões costeiras (Foto: Tony Dejak/AP)

Apesar da pesquisa, incerteza técnica persiste
O estudo, chefiado por Stefan Rahmstorf, do Instituto Postdam para a Pesquisa do Impacto Climático (PIK), na Alemanha, mensurou a precisão dos modelos de simulação que o IPCC utilizou em seu Quarto Relatório de Avaliação, publicado em 2007.
Este relatório alertou os governos a colocarem a mudança climática no topo de suas agendas, culminando com a fracassada Cúpula de Copenhague, em 2009. No entanto, ajudou o IPCC a conquistar o prêmio Nobel da Paz em 2008.
A nova pesquisa estabeleceu marcos mais elevados para a previsão do documento sobre temperatura global, destacando que havia "um consenso muito bom" do que está se observando hoje, uma tendência de aquecimento generalizada de 0,16 ºC por década. Mas destacou que a projeção do IPCC para os níveis dos mares estava muito abaixo do que os fatos têm demonstrado.
A previsão do painel para o futuro - uma elevação de até 59 cm até 2100 - "pode também estar tendenciosamente baixa", alertou, uma cautela compartilhada por outros estudos publicados nos últimos anos. Foster afirma que a elevação maior do que a projetada poderia ser atribuída ao derretimento de gelo terrestre, algo que era bem desconhecido quando o IPCC publicou seu relatório e permanece obscuro até hoje.
Outro fator seria a incerteza técnica. A projeção do IPCC tinha se baseado em informações existentes entre 1999 e 2003. Desde então não há mais dados, o que tem ajudado a provar a precisão de radares de satélites que medem os níveis dos mares ao fazer saltar as ondas de radar sobre a superfície do mar. O quinto relatório de avaliação do IPCC será publicado em três volumes, em setembro de 2013, março e abril de 2014.

Fonte: Globo Natureza (http://g1.globo.com/natureza)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Após 20 anos de preservação, número de micos-leões-dourados aumenta 8 vezes

Há cerca de 20 anos, só existiam 200 micos-leões-dourados no Brasil. Hoje, o número subiu para 1.700. Foto: Tambako/Flickr
 
O número de micos-leões-dourados aumentou oito vezes no Brasil, segundo levantamento realizado pelos especialistas. No último registro, foram contabilizados 1.700 exemplares da espécie nas matas do Rio de Janeiro, seu habitat natural.
Há cerca de 20 anos, a população de micos-leões-dourados era reduzida a apenas 200 indivíduos. Na época, a espécie habitava os únicos 2% remanescentes da Mata Atlântica no litoral fluminense, e, por isso, o levantamento da União Internacional pela Conservação da Natureza considerou a espécie como “criticamente ameaçada de extinção”. Em 2003, o número de micos nestas áreas chegou a cerca de mil exemplares, sendo considerada apenas como “ameaçada”, pelo mesmo levantamento.
O resgate dos micos aconteceu devido à mobilização da união das comunidades locais e das comunidades científicas, que adotaram medidas para a restauração da espécie: todos os dias, um grupo de voluntários entra na mata e verifica a rotina dos animais, desde a alimentação até a reprodução dos exemplares. Alguns micos são realocados em seu habitat natural, que cresceu com o programa de restauração da espécie: aumentou em 140% a área adequada para os bichos viverem. Hoje, há cerca de 10 mil hectares de áreas florestais na Mata Atlântica que oferecem as condições ideais para a vida dos micos.
No entanto, o maior desafio para a preservação do mico-leão-dourado é o habitat ocupado pela espécie, que prefere regiões quentes e baixas, ao nível do mar. Sendo assim, é inegável que o animal sofra com a ação do homem, justamente pela proximidade com a zona urbana.
O programa de restauração da espécie é coordenado pela Associação Mico-Leão-Dourado, que estabeleceu um acordo com moradores e proprietários de terra das regiões onde o animal vive. O esforço fez com que os habitantes concordassem em não desmatar a área e transformassem suas terras em Reservas Particulares do Patrimônio Nacional (RPPNs).                         
Os exemplares contabilizados pelos pesquisadores foram encontrados em oito municípios do Rio de Janeiro: Araruama, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Rio Bonito, Rio das Ostras, Saquarema e Silva Jardim. Com informações do Estadão.

Fonte: CicloVivo (http://www.ciclovivo.com.br)

Derretimento do gelo do Ártico pode liberar toneladas de CO2 na atmosfera, alerta ONU

O derretimento dos subsolos árticos congelados, o chamado permafrost, ameaça elevar consideravelmente o aquecimento global e deve ser levado em conta nos modelos climáticos, recomendou nesta terça-feira (27) o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) durante a COP 18, a cúpula do Clima em Doha, no Catar.
Devido ao rápido aumento das temperaturas nas regiões árticas, o permafrost já está derretendo, enfatizou Kevin Schaefer, pesquisador da Universidade do Colorado e principal autor de um relatório sobre o tema para o Pnuma.
“O permafrost é uma das chaves do futuro de nosso planeta. Seu impacto potencial no clima, nos ecossistemas e nas infraestruturas foi descuidado durante muito tempo”, declarou Achim Steiner, diretor-geral do Pnuma, em comunicado.
Essa área representa, mais ou menos, um quarto da superfície da Terra no hemisfério Norte. Em nível mundial, encerra 1,7 trilhão de toneladas de carbono, mais ou menos o dobro de CO2 presente na atmosfera, recordou Schaefer.
Se esta matéria orgânica congelada se derreter, libertará lentamente todo o carbono que acumulou e “neutralizou” com a passagem do séculos. “Uma vez que começa a derreter, o processo é irreversível. Não há nenhuma forma para voltar a capturar o carbono liberado. E este processo continua durante séculos, já que a matéria orgânica é muito fria e se decompõe lentamente”, advertiu o cientista.

Toneladas de CO2 – O problema é que este excesso de CO2 liberado na atmosfera jamais foi incluído nas projeções sobre o aquecimento climático que são objeto de negociações mundiais. E é ainda mais preocupante se for considerado que a temperatura das zonas árticas e alpinas deveriam aumentar duas vezes mais rápido que no conjunto do globo, insiste o relatório do Pnuma.
Uma alta de 3 graus Celsius em média se traduziria em um aumento de 6 graus Celsius no Ártico, o que provocaria o desaparecimento de 30% a 85% do permafrost próximo da superfície.
O derretimento do permafrost produziria o equivalente entre 43 bilhões de toneladas e 135 bilhões de toneladas de CO2 adicional para 2020, o que representa 39% das emissões totais até a data de hoje.
Em consequência, o Pnuma recomenda ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) que leve em conta especificamente o impacto crescente do permafrost no aquecimento global.
Mais de 190 países se reuniram na segunda-feira, em Doha, na grande conferência anual sobre a mudança climática que deverá decidir o futuro do Protocolo de Kyoto e esboçar as bases de um grande acordo previsto para 2015, no qual devem participar todos os grandes países poluidores do planeta. A conferência prossegue até 7 de dezembro.
Em 4 de dezembro, os negociadores contarão com a participação de mais de 100 ministros de Meio Ambiente para concluir o tratado climático, em uma nova etapa do trabalhoso processo de negociações lançado em 1995.

Desmatamento na Amazônia Legal é o menor já registrado, diz governo

Desmatamento Amazônia 2012 (Foto:  )
 
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, divulgou nesta terça-feira (27), que a Amazônia Legal (área que engloba os estados que possuem vegetação amazônica - todos os da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão) registrou o menor índice de desmatamento desde que foram iniciadas as medições, em 1988, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

De acordo com dados do sistema conhecido como Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), entre agosto de 2011 e julho de 2012 houve o desmatamento de 4.656 km² de floresta, área equivalente a mais de três vezes o tamanho da cidade São Paulo.
O índice é 27% menor que o total registrado no período entre agosto de 2010 e julho de 2011 (6.418 km²). Foi a menor taxa desde que o instituto começou a fazer a medição, em 1988. “Arrisco a dizer que foi a única notícia ambiental positiva que o planeta teve esse ano”, disse a ministra.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante coletiva realizada nesta terça-feira em Brasília (Foto: Brenda Brandão/G1)
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante entrevista nesta terça-feira, em Brasília (Foto: Brenda Brandão/G1)

Segundo o governo, a margem de erro da estimativa é de 10% e os dados finais do levantamento devem ser divulgados no próximo ano.
Os dados do Prodes consolidam informações coletadas ao longo de um ano por satélites capazes de detectar regiões desmatadas a partir de 6,25 hectares. São computadas apenas áreas onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal – característica denominada corte raso.
Desmatamento por estados
Dados do Inpe apontam que, no período avaliado, o Pará foi o estado que mais desmatou a Amazônia. Em um ano, foi responsável por devastar mais de um terço da área desmatada registrada pelo sistema Prodes (1.699 km²).
Apesar de o Pará ainda liderar o desmate do bioma, Izabella Teixeira afirmou que houve uma queda significativa na degradação registrada na região. “O desmatamento caiu 44% em relação ao ano passado, o que nos deixa muito feliz. E a tendência é cair ainda mais".
Mato Grosso foi o segundo estado que mais devastou a floresta (777 km²), seguido de Rondônia (761 km²), Amazonas (646 km²), Acre (308 km²) e Maranhão (267 km²). Completam a lista Roraima (114 km²), Tocantins (53 km²) e Amapá (31 km²).

Ações de combate
De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), entre agosto de 2011 e julho de 2012 foram registrados 3.456 autos de infração na região da Amazônia Legal.
A ministra argumentou que o governo tem realizado ações, o que teria contribuído para a queda na taxa de devastação da Amazônia. "Há um equívoco em dizer que a União não vai intervir contra as práticas do desmatamento. Vamos pegar [as irregularidades] sim, de todo mundo" disse Izabella.
Ela disse ainda que ações ilegais na florestas têm sido realizadas com o uso de táticas de camuflagem. Segundo a ministra, tratores têm sido pintados de verde para que possam ser confundidos com a vegetação, impossibilitando que agentes encontrem os materiais.

Fiscalização eletrônica
O Ministério do Meio Ambiente informou que vai usar um sistema eletrônico para autos de infração, que será ligado a um banco de dados central. Segundo a ministra, a fiscalização, que deverá ser feita pelo Ibama, vai ser usada em todo o Brasil.
O sistema poderá ser utilizado para controle ambiental, combate a incêndios, licenciamento ambiental, além do Cadastro Ambiental Rural (CAR), criado a partir do novo Código Florestal, e que concentra dados de todos os imóveis rurais do país, a partir de imagens de satélite.
O objetivo do novo sistema é evitar erros, que anulavam processos de infrações. Ele custará R$ 15,7 milhões e passará a ser utilizado a partir de janeiro de 2013. "Esperamos assim, coibir o crime ambiental de uma vez por todas", disse a ministra.
As informações foram divulgadas em coletiva realizada em Brasília, que contou ainda com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e o diretor do Inpe, Leonel Pedondi.

Imagem aérea mostra desmatamento na Amazônia. Perda da cobertura vegetal no bioma pode acarretar na extinção de diversas espécies de animais. (Foto: Divulgação/Toby Gardner/Science)
Imagem aérea mostra desmatamento na Amazônia. Em um ano, perda da cobertura vegetal totalizou 4.656 km², segundo Inpe. (Foto: Divulgação/Toby Gardner/Science)

Fonte: Globo Natureza (http://g1.globo.com/natureza/)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Ministério da Agricultura deve investir R$ 1,75 milhão em projetos de irrigação no RS

Projetos fazem parte do programa de regionalização do órgão

Reprodução/Canal Rural
O Ministério da Agricultura informou nesta segunda, dia 26, que serão desenvolvidos sete projetos de irrigação no Rio Grande do Sul, a serem apresentados ao produtor como modelo. Chamados de vitrines, os projetos terão R$ 1,75 milhão no primeiro ano, e fazem parte do programa de regionalização do Ministério, lançado no final de agosto, que prevê uma política agrícola diferenciada para cada região, do Sul ao Norte do país.

As quatro unidades da Embrapa no Rio Grande do Sul - Pelotas, Bagé, Passo Fundo e Bento Gonçalves -, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a Universidade Estadual de Santa Cruz do Sul (UESC) e a Associação dos Usuários do Perímetro de Irrigação do Arroio Duro (AUD), na região de Camaquã, receberão R$ 250 mil cada, para implementação dos projetos apresentados. Segundo o assessor especial do Ministério, José Carlos Pires, os recursos serão liberados até o final do ano e devem ser executados em um ano.

O chefe de assessoria de Gestão Estratégica do Ministério, Derli Dossa, explicou que, além da irrigação, o Rio Grande do Sul é o ponto de partida desse projeto de regionalização porque é onde o sistema de sanidade animal, o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi Poa), "está melhor estruturado".


Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Guaraná Antarctica lança primeira PET 100% reciclada

O lançamento da primeira embalagem totalmente reciclada está previsto para este mês (Novembro). A tecnologia empregada na fabricação da garrafa permite que qualquer outra PET, independente de cor, formato ou fabricante, se transforme em uma garrafa da marca.
Para o gerente de marketing de Guaraná Antarctica, Thiago Guedes Hackradt, a marca investiu exatamente nesse formato para um projeto de sustentabilidade focado em reciclagem porque acredita que o melhor destino para uma garrafa PET é se transformar em uma nova garrafa PET.  “Além de 100% reciclada, a nova garrafa é feita com embalagens de origens distintas, característica presente no DNA do povo brasileiro, que é fruto de uma miscigenação de culturas e origens. Essa decisão reforça ainda mais a brasilidade da marca”, completa o gerente.
Esta iniciativa está alinhada ao Ambev Recicla, que reúne um conjunto de iniciativas para promover o aumento da reciclagem do país, a redução de uso de matéria prima e a educação dos consumidores. Estas ações beneficiam toda a cadeia de produção – consumidores, cooperativas, sociedade e meio ambiente – e estão apoiadas em cinco eixos: educação ambiental, apoio a cooperativas, pontos de coletas seletivas, fomento ao movimento de reciclagem e desenvolvimento de embalagens sustentáveis.
O plano é expandir a iniciativa, chegando a 20% de embalagens de 2 litros de Guaraná Antarctica até o final de 2013. Hoje, ela já está presente em 12% delas, o equivalente a mais de 28 milhões de garrafas ou 56 milhões de litros da bebida. Até o final de 2012, esse número deve subir para 40 milhões de garrafas.
Impacto Ambiental
Produzida nas fábricas da Ambev localizadas em Nova Rio (RJ), Curitibana (PR) e Sapucaia (RS), a embalagem PET 100% reciclada deve consumir 70% menos energia elétrica em relação à produção do material virgem, além de diminuir 20% o consumo de água (dados informados pela Brasil Pet). Outras contribuições do projeto são a economia de petróleo utilizada nesse processo e uma redução anual de material de embalagem em 1,3 milhão de quilos.
Segundo o 8º Censo da reciclagem do PET no Brasil, realizado pela ABIPET (Associação Brasileira da Indústria do PET) são recicladas, atualmente, 294 toneladas de material PET, o equivalente a 57,1% de todo o material virgem produzido. Desse total, apenas 18% são utilizados em embalagens recicladas. Só em 2012, Guaraná Antarctica deve retirar mais de 60 milhões de embalagens das ruas, número que deve crescer nos próximos anos.
“Essa nova aplicação do PET 100% reciclado pós-consumo representara um importante impulso para a reciclagem no país”, destaca Ricardo Rolim, diretor de relações socioambientais da Ambev. “A iniciativa tem potencial considerável para aumentar o índice de reaproveitamento de garrafas PET, impactando toda a cadeia de reciclagem no Brasil. A necessidade de matéria-prima estimula as cooperativas de catadores gerando, assim, um incentivo natural da sociedade para o descarte correto do material”, reforça o diretor.
As novas embalagens de Guaraná Antarctica estarão disponíveis nos principais pontos de vendas da região Sul e nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, com expansão prevista para todo o país até o final de 2014. Mais informações podem ser obtidas pelo site oficial da marca (www.guaranaantarctica.com).
Nos últimos anos Guaraná Antarctica tem investido cada vez mais em ações sustentáveis. Um exemplo é o projeto de redução de consumo de plástico PET das garrafas e das tampas e o desenvolvimento de um design ecológico para suas embalagens - em 2003, o portfólio de refrigerantes da companhia passou a ser “acinturado”, contribuindo para a redução do uso de PET.
A marca também relançou a embalagem de 1 litro retornável, que é uma opção mais econômica e limpa. A inovação representa uma redução de impacto ambiental, pois para cada embalagem de 1 litro retornável, deixam de ser consumidas e descartas no meio-ambiente pelo menos três latas de alumínio. Além disso, o vidro é 100% reciclável e pode ser reutilizado inúmeras vezes.

Fonte: Ciclo Vivo (http://www.ciclovivo.com.br)

Meta de redução de emissão de gases de efeito estufa para 2020 não será cumprida

Ainda que todos os países do mundo decidam agora ser mais ambiciosos nas metas voluntárias e obrigatórias de redução de emissões de gases de efeito estufa, não será mais possível atingir o compromisso firmado em 2010, de evitar que a temperatura no mundo suba mais que dois graus Celsius (°C) até 2020.
A terceira edição do Relatório sobre Emissões de Gases de Efeito Estufa, divulgada na última quarta-feira (21), pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), mostrou, em um novo cálculo, que a concentração de gases do aquecimento global pode ficar até 14 gigatones (medida utilizada pelos cientistas para medir as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono) acima do nível definido como meta para 2020, que seria de 44 gigatones.
Em 1990, o volume de emissões era de 37 gigatones. Atualmente, este índice chegou a 49 gigatones. Segundo o estudo, ao invés de diminuir, a presença de gases como o dióxido de carbono na atmosfera aumentou cerca de 20%, desde o ano 2000. Por isso, especialistas projetam que, caso os países se debrucem sobre medidas mais audaciosas, as emissões chegariam, na melhor das hipóteses, a 52 gigatones.
De acordo com o levantamento, a distância entre a atual situação, o que os pesquisadores projetam como cenário para 2020 e o que os cientistas consideram como índices ideais, é cada vez maior.
Há dois anos, representantes de mais de 190 países se comprometeram, na África do Sul, com ações para conter o aumento da temperatura no mundo. Ao reconhecerem a necessidade de mudanças globais para minimizar problemas decorrentes das mudanças climáticas – como grandes enchentes e secas extremas, as economias concordaram em definir metas até 2015, que deverão ser colocadas em prática por todos os países signatários a partir de 2020.
Esse conjunto de metas foi chamado de Plataforma Durban e deve substituir o Protocolo de Kyoto em oito anos. O acordo global, porém, segue ainda na teoria, sob ameaça de resistência ou dificuldade de países como Estados Unidos e China em modificar padrões como o da queima de combustíveis fósseis (responsável por mais de 60% das emissões dos países mais desenvolvidos). Além disso,  muitas economias europeias ainda travam a definição de questões complexas, como a transferência de tecnologia e financiamento para que países mais pobres e em desenvolvimento consigam acompanhar as mudanças globais.
Diante dos alertas pessimistas, negociadores de mais de 190 países que participarão da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Doha, no Catar, a partir da próxima semana, sabem que as pressões por mudanças vão continuar e vão recair tanto sobre os setores produtivos quanto sobre os governos, para a implantação de medidas de controle das emissões.

 
Ao invés de diminuir, a presença de gases como o dióxido de carbono na atmosfera aumentou cerca de 20%, desde o ano 2000. | Foto: Guilherme Cecílio/Flickr

Especialistas dizem que Nordeste tem água, mas falta distribuição

A  fome, sede e as perdas agrícolas enfrentadas, anualmente, por quase 20 milhões de brasileiros que vivem no Semiárido nordestino, poderiam ser evitadas se existisse um programa de abastecimento de água para a região nos mesmos moldes do Programa Luz para Todos.
O defensor da proposta, João Abner Guimarães Júnior, especialista em recursos hídricos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), garante que o novo sistema solucionaria, inclusive, os impactos agravados em anos com estiagem mais prolongada como o atual.
As cidades nordestinas estão enfrentando desde o último mês de janeiro uma das maiores secas dos últimos 30 anos. As previsões meteorológicas indicam que as chuvas só devem cair no Semiárido a partir do ano que vem.
“Tem água para consumo humano e animal, tem água sobrando. Tem estoques de água suficiente para atender plenamente, mesmo nesta época como agora. São 10 bilhões de metros cúbicos armazenados na região acima do Rio São Francisco, em grandes reservatórios”, detalhou Abner. Segundo ele, um sistema adutor com capilaridade seria suficiente para atender a toda a demanda local, comprometendo menos de 20% da disponibilidade hídrica dos reservatórios.
Ao apresentar dados de armazenagem de água no Nordeste, durante audiência pública da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados sobre o problema da seca na região, o pesquisador destacou que o Semiárido brasileiro é um dos sistemas ambientais mais chuvosos do mundo, mas o acesso à água não está democratizado.
“Os cerca de 60 mil açudes que têm hoje no Nordeste ficam lá, sendo reservados para consumo humano. Enquanto isso, 95% da água se perde em evaporação. Na hora que tiver um sistema integrado que traga água [das grandes barragens] para o abastecimento humano, você libera os pequenos açudes para a produção de feno”, disse, ao criticar a falência do sistema de abastecimento da região.
“A solução para o período de vacas magras tem que passar pelo aproveitamento do período de vacas gordas. Seria o [programa] água para todos, que representaria uma revolução também para a agricultura. Isso custaria cerca de R$ 20 por ano, por habitante. É um custo menor do que o custo do carro-pipa. É um terço do valor da transposição do Rio São Francisco”, afirmou.
A situação do Semiárido nordestino, segundo os especialistas, reflete falhas do cenário nacional. O Brasil concentra a maior parte da água escoada no mundo, mas enfrenta problemas de má distribuição: 72% estão na Região Amazônica; 19% no Centro-Oeste; 6% no Sul e Sudeste; e apenas 3% no Nordeste.
João Suassuna, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, lembrou que em períodos de estiagem mais intensas, metade da população local sofre com a seca e fome. “Oitenta por cento das secas do Nordeste ocorrem no miolão da região. E a seca não é por falta de água, mas pela má distribuição dessa água”, criticou.
Segundo ele, a solução para o problema da seca deve ser baseada em medidas de convívio com as condições climáticas características da região. Para Suassuna não serão grandes obras que apontarão o fim do sofrimento da população afetada. As barragens instaladas na região Nordeste têm potencial de armazenagem de 37 bilhões de metros cúbicos.
“Mas não tem uma política para captar essa água e levar para quem precisa”, criticou. “Há 18 anos sou contra a transposição [da Bacia do Rio São Francisco] porque vai chegar onde já é abundante. Vai abastecer represas nas quais as populações no entorno estão passando sede. Esta população vai continuar sofrendo com a seca e sendo abastecida por caminhões-pipa, mesmo depois da transposição”.
No Ceará, por exemplo, as 8 mil represas poderiam armazenar 18 bilhões de metros cúbicos, segundo Suassuna. Pelas contas do pesquisador, apenas o Açude Castanhão, a maior barragem do Nordeste, seria capaz de atender a todas as cidades cearenses. A capacidade de aproveitamento do recurso também está acima das expectativas nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.

Fonte: Agência Brasil (http://agenciabrasil.ebc.com.br/)

Países voltam a debater compromissos contra efeitos das mudanças climáticas

A partir da próxima semana, negociadores de mais de 190 países voltam a discutir as responsabilidades para conter os impactos das mudanças climáticas. Durante a 18ª Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP18), que ocorrerá de 26 de novembro a 7 de dezembro, em Doha, capital do Catar, técnicos, especialistas e autoridades governamentais devem estabelecer uma nova agenda e reforçar compromissos já assumidos para minimizar os efeitos provocados pelas alterações do clima, que afetam milhares de pessoas em várias regiões do planeta com secas extremas e enchentes, por exemplo.
A conferência será aberta sem grandes expectativas por parte dos governos. Os negociadores sabem, por exemplo, que o debate sobre o Fundo Verde, um mecanismo de financiamento para os países menos desenvolvidos estabilizarem as emissões de gases de efeito estufa (GEE), não deve evoluir. Nos encontros internacionais mais recentes, os representantes das economias mais desenvolvidas, que deveriam repassar o dinheiro, têm reforçado que os efeitos da crise econômica  minam qualquer tipo de comprometimento financeiro.
O fundo poderia ser usado para ajudar a estancar o desmatamento em países com menos condições de investir na redução de emissões de gases de efeito estufa. No caso brasileiro, o governo tem destacado os resultados positivos obtidos com a queda do desmatamento ilegal. De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, a derrubada ilegal de árvores nas florestas nacionais caiu de 29 mil quilômetros quadrados (km²) em 2004, para 6,4 mil km² em 2012.
Mesmo sem previsão de definições sobre o tema e o debate sobre o Redd (sigla de Redução das Emissões Geradas com Desmatamento e Degradação Florestal nos Países em Desenvolvimento), negociadores dos países emergentes e nações mais pobres esperam que os assuntos, ao menos, estejam incluídos na pauta da COP18.
A maior aposta dos negociadores em relação à conferência é a conclusão da segunda rodada de compromissos do Protocolo de Quioto. Assinado por mais de 180 países, o tratado passou a valer em fevereiro de 2005, com um conjunto de metas e limites de emissão de gases para os países desenvolvidos. O prazo do acordo termina no final de dezembro e, para evitar uma lacuna dessas medidas, os negociadores devem se esforçar para definir quais serão os próximos passos a serem assumidos.
Mais do que expectativa, a definição dos novos compromissos de Quioto é apontada como ponto indispensável para que a conferência no Catar seja considerada produtiva, principalmente, porque o novo acordo será o ponto de partida para outras discussões mais complexas, como o próprio debate sobre o financiamento de medidas verdes. Ainda sim, existem barreiras polêmicas, como o prazo de validade desses novos compromissos.
Alguns países defendem que o segundo período de 2013 tenha validade de cinco anos, como ocorreu até agora. Mas, outros países, como o Brasil, acreditam que isso geraria problemas porque, ao final de 2017, as metas dos países inscritos no protocolo acabariam e um novo acordo só entraria em vigor em 2020, que seria a Plataforma Global, acertada em dezembro do ano passado, em Durban, na África.
A plataforma propõe um acordo que envolva todos os integrantes das Nações Unidas em torno das metas de redução de emissões dos gases de efeito estufa. A ideia é que as regras sejam concluídas até 2015, mas que apenas em 2020 substituam o Protocolo de Quioto.

Fonte: Agencia Brasil (http://agenciabrasil.ebc.com.br/)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Estudo analisa a cobertura vegetal e uso do solo na Bacia do Alto Paraguai

Estudo realizado por um grupo de ONGs que atuam no Pantanal, entre elas o WWF-Brasil, faz uma radiografia da  dinâmica de uso e ocupação do solo e as alterações na cobertura vegetal da Bacia do Alto Paraguai (BAP). O diagnóstico, que está na sua segunda edição, foi lançado nesta terça-feira, em Campo Grande (MS) e entregue à vice-governadora do Estado, Simone Tebet. . Os dados vão ajudar no monitoramento dessa bacia hidrográfica que abriga o Pantanal, a maior planície alagável de planeta e berço de uma rica biodiversidade.
 
 O estudo revela que a planície alagável, onde está o Pantanal, ainda está bem preservada, com 86,2% de sua vegetação original. No entanto, no planalto da BAP, formado por áreas de Cerrado e onde está a maior parte das nascentes que abastecem o Pantanal, este índice é de apenas 40,7%. De 2008 a 2010, período em que o monitoramento foi feito, a conversão de áreas naturais para uso antrópico (ação humana) foi de 0,80% na planície e de 1,56% no planalto da bacia hidrográfica. O total de conversão de áreas naturais na planície é de 13,8% e de 58,2% no planalto (dados de 2010).

O monitoramento mostra também que a pecuária continua sendo o segmento com uso antrópico mais representativo na BAP, tendo sido registrado um pequeno aumento na conversão de áreas para esse uso em relação ao levantamento de 2008. Na planície, a conversão de habitats para uso de pastagens passou de 11,1% para 11,3% e, no planalto, aumentou de 43,5% para 43,9%. A agricultura manteve o mesmo índice de conversão na planície (0,3%), mas aumentou de 9% para 10% no planalto.

O trabalho foi realizado pelas ONGs Conservação Internacional, Fundação Avina, Instituto SOS Pantanal, WWF-Brasil e pela Embrapa Pantanal. Também teve o apoio da SOS Mata Atlântica e da Ecoa-Ecologia e Ação, e execução técnica da Arc Plan. O objetivo foi ter uma ferramenta periódica de monitoramento das alterações da cobertura vegetal e de uso do solo da região A intenção das instituições parceiras é que os dados sejam usados para subsidiar políticas públicas ambientais e ações que contribuam para conservação da BAP e, consequentemente, do Pantanal .

Por isso, antes do lançamento do estudo, os representantes das instituições parceiras entregaram os resultados do monitoramento à vice-governadora do Mato Grosso do Sul, Simone Tebet.

Durante a reunião, a vice-governadora disse que o estudo representa uma contribuição importante para o Estado. Ela destacou que Mato Grosso do Sul tem um terço de sua área formada pelo Pantanal e que os dados do monitoramento irão ajudar no estabelecimento de políticas voltadas para a preservação ambiental e também para outras áreas de atuação do governo. “O estudo abre portas para a busca de novas alternativas socioeconômicas que valorizem a cultura pantaneira e a preservação desse importante patrimônio natural", disse a vice-governadora

.A Bacia do Alto Paraguai é transfronteiriça e possui uma área total de aproximadamente 620 mil quilômetros quadrados. Deste total, 60% encontram-se em território brasileiro e o restante na Bolívia e no Paraguai. O monitoramento, no entanto, é limitado ao lado brasileiro. Embora o Pantanal seja conhecido pela planície alagável, a maior parte das suas nascentes está no planalto da BAP. Por isso, o estudo analisa das duas regiões. E o estudo revela que é no planalto onde houve maior conversão de áreas naturais.

O superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Michael Becker, ressaltou que esse diagnóstico é uma ferramenta de monitoramento que ajuda a olhar a região como um todo. “Não só o Pantanal, de forma isolada, mas toda a bacia hidrográfica que o alimenta. No entanto, segundo Becker, o estudo pode ser ampliado com informações de outras análises que ajudem a ver aspectos que não foram analisados neste monitoramento. “O estudo permite que a gente qualifique e complemente essas informações com base em dados de outros trabalhos que cada instituição vem realizando na região”, destacou.

Conforme Becker, o desafio das instituições e dos governos é garantir a conservação desse patrimônio natural, o Pantanal, valorizando iniciativas que tenham menor impacto na região. “ “O WWF-Brasil vem atuando sob essa perspectiva com o apoio a projetos sustentáveis na região como a pecuária orgânica certificada e práticas produtivas sustentáveis”, exemplificou.

Para a vice-presidente da SOS Pantanal, Lusiane Fredrich, os dados do estudo serão muito úteis para os trabalhos a instituição vem desenvolvendo no Estado. No ano passado, a ONG realizou uma expedição pelo Pantanal e fez um levantamento de iniciativas sustentáveis no Pantanal. “O cruzamento dos dados do estudo com as informações que colhemos no campo irá ampliar essa análise”, avaliou.

De acordo com a chefe-geral da Embrapa Pantanal, Emiko Kawakame de Resende, o estudo traz uma excelente contribuição para o Pantanal, com dados importantes disponibilizados a governos e instituições. “Informação é fundamental para a tomada de decisão. Por isso, é muito positivo que um grupo de ONGs tenha se unido para produzir esse diagnóstico do qual a Embrapa Pantanal também parceira”, salientou

.Este é o segundo monitoramento realizado pelas instituições na BAP e a intenção que é que ele seja realizado a cada dois anos. O primeiro,, lançado em 2010 analisou o período de 2002 a 2008. A nova edição refere-se ao período de 2008 a 2010 e tem como base os dados do estudo anterior.

Os dados da primeira edição do monitoramento foram utilizados por 72 instituições de pesquisa, universidades, governos e organizações não-governamentais. “Ficamos surpresos com o interesse que ele despertou", destacou Michael Becker.

Fonte: Instituto Carbono Brasil (http://www.institutocarbonobrasil.org.br/)

Programa tenta evitar extinção de espécies 'feias' ameaçadas

Animais que costumam alcançar fama mundial por estar sob ameaça, como pandas, gorilas, tigres e elefantes, tendem a ser esteticamente agradáveis, e até mesmo provocar suspiros. Eles acabam sendo privilegiados na alocação de verbas de programas para garantir a manutenção de suas espécies evitando a extinção.
Mas os cientistas que estudam os animais mais raros do planeta dizem que muitas das criaturas preciosas e ameaçadas têm características físicas que, embora talvez não sejam tão adoráveis, os fazem ser únicos.
Pesquisadores do programa de Espécies de Evolução Distinta e Globalmente Ameaçadas (Edge, na sigla em inglês) da Sociedade Zoológica de Londres pretendem aumentar a conscientização sobre esses animais que também correm risco de extinção.

Sunda pangolin (Foto: ZSL/BBC)
Sunda pangolin (Foto: ZSL/BBC)
Pangolin (Foto: BBC)
Pangolin (Foto: BBC)
Equidna (Foto: Stephen Richards/Conservation International/BBC)
Equidna (Foto: Stephen Richards/Conservation International/BBC)
Golfinho do rio Ganges (Foto: ZSL/BBC)
Golfinho do rio Ganges (Foto: ZSL/BBC)
Salamandra gigante (Foto: ZSL/BBC)
Salamandra gigante (Foto: ZSL/BBC)
Sapo parteiro de Maiorca (Foto: Jaime Bosch/BBC)
Sapo parteiro de Maiorca (Foto: Jaime Bosch/BBC)

Fonte: G1 (http://g1.globo.com/)

Países emergentes voltam a pedir que ricos cortem emissões de gases

As negociações da semana que vem acerca de um novo tratado climático global não irão avançar enquanto os países ricos não prometerem cortes mais ambiciosos nas suas emissões de gases do efeito estufa, disseram quatro grandes nações emergentes.Brasil, China, Índia e África do Sul, que atuam nas negociações climáticas como um bloco conhecido como "Basic", divulgaram nota ministerial conjunta na terça-feira (20) dizendo que a responsabilidade pela reunião climática de Doha, no Qatar, cabe aos países ricos.
O principal objetivo da reunião do Qatar é buscar uma prorrogação do Protocolo de Kyoto, tratado climático global que expira ao final do ano. Esse documento exige cortes nas emissões das nações industrializadas, mas poupa os países emergentes de qualquer compromisso.
"Os ministros reafirmaram que o Protocolo de Kyoto continua sendo um importante componente do regime climático internacional, e que o seu segundo período de compromisso é a principal possibilidade para Doha, e a base essencial para a ambição dentro do regime", disse a nota.
Os ministros acrescentaram que os países ricos precisariam aceitar metas mais ambiciosas para a redução de emissões, que estão aquém daquilo que os cientistas dizem que seria necessário para evitar uma disparada da mudança climática.
Cerca de 30 nações europeias mais a Austrália sinalizaram sua disposição de adotar novas metas. Mas grandes emissores, como Canadá, Japão, Rússia e EUA, não vão participar, alegando que o pacto da ONU só trará resultados quando impuser metas semelhantes a grandes nações em desenvolvimento, incluindo China e Índia, que são respectivamente o maior e terceiro maior emissores globais.
Um relatório divulgado nesta semana pelo Instituto de Recursos Mundiais, dos EUA, mostrou que dois terços das usinas termoelétricas a carvão planejadas no mundo serão construídas na China e na Índia, o que significa que suas emissões de carbono continuarão crescendo.
Os países em desenvolvimento dizem estar abertos a negociações que imponham limites para as emissões de todos os países. As nações em desenvolvimento dizem que restringir suas emissões impediria um esforço econômico necessário para tirar centenas de milhões de pessoas da pobreza.
Na última reunião climática da ONU, realizada no ano passado em Durban, na África do Sul, negociadores concordaram em definir um novo acordo até, no máximo, 2015, para que ele entre em vigor em 2020. Os países do Basic dizem que mesmo esse novo tratado deve manter os princípios da atual convenção climática, com diferenciações entre países ricos e pobres.

Fonte: Globo Natureza (http://g1.globo.com/natureza/)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Aquecimento global pode transformar Nova York em Veneza da América


 Gôndolas podem substituir os táxis amarelos na megalópole norte-americana. | Foto: Divulgação
Gôndolas podem substituir os táxis amarelos na megalópole norte-americana. | Foto: Divulgação
 
Representadas não só nos filmes de ficção, mas também na vida real, as catástrofes que atingem Nova York são cada vez mais comuns devido aos efeitos do aquecimento global. Pesquisadores estimam que, em 2100, Manhattan pode ser a Veneza da América.
Em menos de cem anos, gôndolas podem substituir os táxis amarelos na megalópole norte-americana. Desde a passagem do furacão Katrina, estudos vêm sendo desenvolvidos e comprovando que as mudanças climáticas podem causar inundações permanentes em Manhattan. Depois da passagem do furacão Sandy, pesquisadores da usina de ideias Climate Central estimam que, até o final do século, a parte baixa de Manhattan pode ficar debaixo d’água.
As autoridades americanas, que já consideram “inevitáveis” os efeitos do aquecimento global, buscam soluções para enfrentar as próximas catástrofes e reduzir os prejuízos causados por elas. Muitos especialistas acreditam que a construção de barragens pode evitar inundações devastadoras sem alterar a rotina da cidade. O sistema permite o fluxo de embarcações no porto da cidade e impede o alagamento das ruas e do metrô.  
A válvula de escape foi baseada nas barragens instaladas na Holanda e na Inglaterra, e sua construção vai acabar saindo cara para a cidade. Para viabilizar as soluções, há três anos, as autoridades de Nova York contrataram um pesquisador da Universidade de Amsterdã, que estimou que os gastos da obra pudessem chegar até 17 bilhões de dólares.
Ao longo do último século, a água cobriu dez centímetros da parte baixa de Manhattan. Com a passagem do furacão Sandy no final de outubro, o rio Hudson ficou aproximadamente quatro metros mais alto, deixando inundadas as ruas, os estabelecimentos e o metrô da Big Apple.
Desde 1900, a cidade de Veneza afundou 13 centímetros. Estudos comprovam que, a cada ano, a água sobe 0,4 milímetros. No início deste mês, as chuvas na Itália fizeram com que o nível da água na cidade italiana subisse para 1,49 metros, o sexto mais alto registrado desde 1872, quando iniciaram-se as medições de submersão.


 Carros submersos durante a passagem do furacão Sandy em Nova Iorque. | Foto: Divulgação
Carros submersos durante a passagem do furacão Sandy em Nova Iorque. | Foto: Divulgação

Fonte: CicloVivo

Volume de gases estufa na atmosfera bate novo recorde, diz órgão da ONU

O volume de gases estufa – gases responsáveis pela retenção de calor no planeta – na atmosfera bateu um novo recorde em 2011, segundo um relatório apresentado nesta terça-feira (20) pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM), ligada às Nações Unidas.
A quantidade de dióxido de carbono – ou CO2, o gás estufa mais emitido pelas atividades humanas – cresceu em uma taxa semelhante à da década passada e atingiu 390,9 partes por milhão (ppm), um volume 40% maior do que a atmosfera tinha antes da Revolução Industrial. Nos últimos dez anos, o aumento médio foi de 2 ppm por ano.
Desde 1750, cerca de 375 bilhões de toneladas de carbono já foram emitidos para a atmosfera. Segundo o relatório, a queima de combustíveis fósseis foi responsável pela maior parte desse volume.
Chaminé de indústria na China (Foto: JF Creative / Image Source / AFP)
Chaminé de indústria na China (Foto: JF Creative / Image Source / AFP)
 
O metano, outro gás estufa, voltou a crescer nos últimos três anos, após sete anos de estabilidade. O óxido nitroso, que tem maior impacto de longo prazo maior que o do CO2, embora seja menos abundante, também cresceu em ritmo acelerado em 2011.
A OMM apontou que, juntos, os três gases intensificaram o efeito estufa em 30%, entre 1990 e 2011. Michel Jarraud, secretário-geral da entidade, afirmou ainda que o excesso de carbono deve permanecer na atmosfera por séculos, provocando um aquecimento ainda maior do planeta.
“Já vimos que os oceanos estão mais ácidos em consequência da absorção de carbono, com potenciais efeitos sobre a cadeia alimentar submarinha e os recifes de corais”, argumentou o dirigente em nota.

Fonte: Globo Natureza (http://g1.globo.com/natureza/)

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