terça-feira, 30 de abril de 2013

Consumidor brasileiro valoriza mais a sustentabilidade que o consumismo

O Instituto Akatu lançou na última quinta-feira (25/04) a Pesquisa Akatu 2012: Rumo à Sociedade do Bem-Estar. Trata-se da oitava edição da série de publicações sobre Responsabilidade Social Empresarial – Percepção pelo consumidor brasileiro, realizada desde 2000. O levantamento retrata um consumidor brasileiro que, mesmo em um clima econômico de mais consumo, mantém inalterados seus comportamentos cotidianos de consumo consciente, tem mais interesse e maior conhecimento sobre sustentabilidade e sobre Responsabilidade Social Empresarial e está mais crítico e exigente sobre as práticas das empresas nestas áreas. A pesquisa, que contou com patrocínio do Grupo Pão de Açúcar, Natura, Nestlé e Unilever, entrevistou 800 pessoas com mais de 16 anos, de todas as classes sociais e de 12 capitais e/ou regiões metropolitanas de todo o País.

Apesar de o levantamento indicar uma estabilidade do número de consumidores classificados como “Conscientes” – em torno de 5% da população – houve crescimento na adesão a práticas de consumo consciente, ainda que, nesse momento, apenas de maneira eventual e não contínua. De 11 comportamentos considerados indicativos de consumo consciente, quando se adiciona aos consumidores que aderem “sempre” a esses comportamentos aqueles que aderem “às vezes”, oito comportamentos apresentaram aumento em relação a 2010, entre eles: planejar a compra de alimentos e roupas, desligar lâmpadas, fechar torneiras, usar o verso do papel, e ler rótulos de produtos.

Esta tendência é reforçada por outro importante resultado da pesquisa: solicitados a priorizar seus desejos, os entrevistados optaram, em uma significativa maioria, por soluções mais sustentáveis. Em cinco dos oito temas propostos (afetividade, alimentos, água, mobilidade, durabilidade, energia, resíduos e saúde), eles deram preferência a alternativas mais ligadas ao “caminho da sustentabilidade” do que as relacionadas ao “do consumismo”. Um exemplo é o tema da afetividade, que possui a maior diferença entre os consumidores que preferem o cenário mais sustentável (passar tempo com amigos e família – com índice de prioridade de 8,3 em uma escala de 0 a 10) ao invés do consumista (comprar presentes – com índice de 2,6). Vale destacar que apreferência pelo “caminho da sustentabilidade” ocorre em todas as classes sociais, faixas etárias e em todos os segmentos socioeconômicos e geográficos.

Para os brasileiros, o conceito de felicidade está relacionado à preferência pelos caminhos mais sustentáveis. Quando questionados sobre o que consideram ser felicidade, dois terços dos entrevistados indicaram que estar saudável e/ou ter sua família saudável é um fator essencial. Para 60% do público que respondeu à pesquisa, conviver bem com a família e os amigos também os aproxima mais da felicidade. Apenas três em cada 10 brasileiros indicaram a tranquilidade financeira em suas respostas sobre “o que é felicidade para você?”. “O estudo mostra que grande parte da sociedade brasileira já compartilha, mesmo que de forma difusa e pouco consciente, a noção de que, uma vez satisfeitas as necessidades básicas, a busca da felicidade implica em tomar o caminho da sustentabilidade e não o do consumismo”, afirma Helio Mattar, Diretor-presidente do Instituto Akatu.

DECISÃO DE COMPRA

Ao valorizar mais o consumo consciente e as opções mais sustentáveis, o consumidor brasileiro também passou a ser mais exigente em relação à atuação das empresas. O levantamento do Akatu revela que o comportamento das empresas impacta diretamente na decisão de compra dos consumidores, que destacam cinco aspectos como motivadores de preferência ou admiração por determinadas empresas: “Não maltratar animais” (52%), “Ter boas relações com a comunidade” (46%), “Ter selos de proteção ambiental” (46%), “Ajudar na redução do consumo de energia” (44%) e “Ter selo de garantia de boas condições de trabalho” (43%). As duas práticas que mais negativamente impactam a disposição do consumidor para comprar produtos de uma empresa ou falar bem dela continuam as mesmas de 2010 e de anos anteriores: “Ter produtos que podem causar danos à integridade física dos seus consumidores” (72%) e “Fazer propaganda enganosa” (71%).

“Saber que o potencial de adesão ao consumo consciente e à sustentabilidade já se expressa nos desejos dos consumidores é um sinal de alerta para empresas e lideranças em geral, que deveriam avaliar mais profundamente suas estratégias de explorar mais ainda um modelo esgotado, insustentável e conflitante com as aspirações dos consumidores e com suas concepções de felicidade”, indica Mattar. “Sustentabilidade e responsabilidade social são e continuarão a ser pilares fundamentais para apoiar a transição civilizatória em que estamos todos envolvidos. Por isso mesmo, estes pilares devem ser incorporados às práticas reais das empresas”, complementa.

Por outro lado, a pesquisa indica que houve um aumento do ceticismo dos brasileiros com relação às empresas: o percentual de consumidores, já baixo em 2010, que acreditava incondicionalmente no que as empresas divulgam sobre suas práticas de Responsabilidade Social Empresarial caiu de 13% para 8%.

O aumento do ceticismo se relaciona possivelmente com o crescimento da compreensão sobre sustentabilidade e do interesse por informações. O contingente de brasileiros que “ouviram falar” do termo sustentabilidade aumentou de 44% para 60% em dois anos, bem como o interesse de buscar informações sobre o tema (de 14% para 24%). Quando comparado a diversos outros, os dois únicos temas que tiveram expressivo crescimento no nível de interesse do consumidor foram justamente o da Responsabilidade Social Empresarial e o da Sustentabilidade: em 2010, ambos estavam em um patamar inferior a todos os demais e, em 2012, 24% apontaram seu interesse no tema Sustentabilidade e 25% em Responsabilidade Social Empresarial, praticamente ao mesmo nível de temas tradicionais, como Empresas/Negócios (26%) e Política (30%).

Refletindo sobre o papel das empresas, Mattar apontou que “certamente há papéis fundamentais a serem desempenhados por todos os atores sociais. Mas, também é certo que as empresas têm um papel fundamental no processo, fomentando e dando concretude ao trajeto rumo a uma sociedade mais sustentável, de forma a incluir os bilhões de seres humanos ainda privados das condições básicas para a promoção de seu bem-estar e segurança material, respeitados os limites do planeta”.

PARA DOWNLOAD:

Relatório completo da Pesquisa Akatu 2012: http://bit.ly/Pesquisa2012

Sumário de conclusões da Pesquisa Akatu 2012: http://bit.ly/SUM2012

Fonte: Instituto Carbono Brasil

Grupos de Trabalho acompanharão efetivação do Código Florestal


Visando verificar a implementação do novo conjunto de leis e a adesão dos produtores rurais ao Cadastro Ambiental Rural e ao Programa de Regularização Ambiental, órgãos lançam grupos de trabalho em vários estados do Brasil


A aprovação do novo Código Florestal vem gerando controvérsias e dúvidas há muito tempo, principalmente entre o agrobusiness e entidades ambientais. Por isso, a Frente Parlamentar Ambientalista, a Fundação SOS Mata Atlântica e a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA) estão criando grupos de trabalho para vistoriar esse processo por todo o Brasil.
Nesta quinta-feira (25), foi a vez de o estado de Santa Catarina sediar o lançamento de seu GT. O evento, que reuniu políticos, especialistas e membros de organizações não governamentais e da sociedade civil, ocorreu na Assembleia Legislativa do estado (ALESC) e contou com o apoio da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Casa.
“O Código Florestal trouxe mudanças significativas na legislação ambiental e está ainda em fase de compreensão pela sociedade”, colocou o deputado Neodi Saretta, presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente.
“Ter um GT para acompanhar a aplicação do código é importante, pois colabora no esclarecimento de dúvidas a respeito da legislação. Posteriormente, Santa Catarina também vai fazer a adaptação do seu Código Ambiental ao Código Florestal brasileiro”, acrescentou o deputado.
A criação dos grupos de trabalho é parte da Campanha Nacional de Acompanhamento da Implementação do Código Florestal, que visa sensibilizar e mobilizar a sociedade para que esta fique atenta ao cumprimento do novo Código Florestal e para que participe do monitoramento de sua implementação, apoiando e estimulando ações ambientais da sociedade civil organizada, de órgãos públicos e da iniciativa privada.
No evento, chamou-se a atenção para a falta de discussão com os municípios sobre a implantação da nova legislação e a importância da integração entre ONGS, municípios e governos estadual e federal para desenvolver esse debate.
De acordo com os participantes da mesa, os municípios ficam de fora das decisões, e é preciso que eles estejam estruturados para contribuírem para uma melhor implementação do código.
Os participantes declararam também que algumas indefinições presentes no código geram uma enorme insegurança jurídica, principalmente em relação à anistia aos desmatadores. “Se deram [anistia] agora, o que impede de daqui a uns anos darem de novo?”, criticaram.
Entretanto, eles defenderam que, caso as lacunas deixadas pelas novas leis sejam definidas, é possível criar uma legislação que consiga desenvolver uma proteção ambiental. “É possível colocar regras ainda mais restritivas do que o código anterior, mas é preciso que haja vontade”, comentaram.
Um dos temas que mais recebeu destaque no lançamento foi o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA), ferramentas que pretendem tornar o processo de regularização ambiental dos imóveis rurais mais simples e ágil, e que estão previstas como mecanismos do Código Florestal aprovado.
No lançamento, destacou-se atuação da Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (AMAVI) como um dos órgãos que está oferecendo boas alternativas para efetivação do Código Florestal, como a criação de um cadastro totalmente online, que está facilitando a adesão ao CAR.
A Secretaria de Desenvolvimento Sustentável de Santa Catarina afirmou que pretende adotar o modelo da AMAVI e aplicá-lo em todo o estado, visando com isso cadastrar seus agricultores e produtores rurais ao CAR com sucesso. Em todo o Brasil, o objetivo é cadastrar 200 mil propriedades rurais em dois anos.
Nos últimos meses, a Frente Parlamentar Ambientalista, a Fundação SOS Mata Atlântica e a ANAMMA também lançaram os grupos de trabalho em outros estados, como Rio Grande do Sul, Pernambuco e Salvador. Ao todo, já foram criados GTs em cinco estados, e Santa Catarina é o sexto a iniciar debates sobre o novo código.
“A exemplo do que fizemos com a Lei da Mata Atlântica, queremos levar essas discussões para os estados, evitando que as decisões e debates aconteçam apenas em Brasília”, explicou Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica.
“A ideia é estimular a cidadania e o acompanhamento da Lei em um processo descentralizado e participativo, e também reforçar o papel das Frentes Parlamentares Estaduais. Não queremos que aconteça com esse código o que aconteceu com o outro, que ninguém cumpria e ninguém conhecia”, concluiu Mantovani.
Crédito Imagem: Fábio Queiroz / ALESC

Fonte: Instituto Carbono Brasil

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Nova rodada de negociações climáticas começa na próxima semana


Representantes das 195 partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) e de organizações não governamentais se encontrarão na próxima semana em Bonn, na Alemanha, para debater o pacto climático global para 2015. O tratado deve entrar em vigor em 2020, e deve ser aplicável a todos os signatários da UNFCCC.
Em Bonn, os governos devem aprofundar as discussões sobre a visão global para o acordo de 2015, sobre as possíveis forma e estrutura do pacto e sobre como os princípios da UNFCCC serão aplicados. Isso inclui a compreensão de como os compromissos serão definidos e como as diferentes circunstâncias nacionais serão levadas em consideração.
“É importante começar a identificar os elementos do conjunto mais amplo em torno do tratado de 2015 que garantirão sua aceitação por todos e poderão ser implementados a partir de 2020”, colocou Harald Dovland, co-presidente do Grupo de Trabalho Ad Hoc para a Ação Aprimorada (ADP) sobre a Plataforma de Durban.
“Neste ano, os governos devem passar de uma fase conceitual para uma fase de formação de conteúdo em preparação para um estágio de ‘criação de documento em 2014”, acrescentou Dovland.
Outro foco da reunião deve ser como as ações climáticas podem ser melhoradas antes de 2020 para que o mundo possa manter um aumento de temperaturas inferior a dois graus Celsius.
“A Plataforma de Durban reflete a percepção de que não fazer nada não é mais suficiente, que a comunidade internacional precisa desenvolver um nível de ambição e que as exigências da ciência devem ser tratadas com urgência”, explicou Jayant Moreshver Mauskar, outro co-presidente do ADP.
Além disso, haverá oficinas e mesas-redondas que servirão como fóruns de debate e troca de experiências. Nas oficinas, especialistas farão palestras sobre vários tópicos, como exemplos de sucesso de legislações climáticas nacionais e opções de energia renovável. Organizações que não estiverem presentes poderão participar do encontro através de transmissões via internet.
Ao longo do ano, acontecerão em Bonn e em outras cidades pelo mundo outras reuniões para discutir outras questões importantes, como determinar o nível de apoio necessário para os países em desenvolvimento e como esse auxílio pode ser mobilizado. A medição, reporte e verificação das ações climáticas, o Fundo Climático Verde, entre outros também entrarão na pauta.
“As discussões em Bonn e [outras] ao longo desse ano são cruciais para preparar o próximo acordo de 2015 e para aumentar a ambição, usando a implementação dos atuais acordos sob a UNFCCC como base”, observou Christiana Figueres, secretária-executiva da UNFCCC.

Fonte: Instituto Carbono Brasil

Parque mexicano entra no Guinness por recorde na produção de araras

arara 300x216 Parque mexicano entra no Guinness por recorde na produção de araras
O parque mexicano Xcaret, localizado em Cancun, entrou pela segunda vez no Guinness. Em 2009 a instituição bateu o recorde de produção de araras e o feito foi repetido em 2012. Durante todo o ano, o parque registrou o nascimento de 132 araras vermelhas.
Em declaração à imprensa local, o presidente do Xcaret, Miguel Quintana, explicou que essa é a concretização de um sonho que se iniciou há 25 anos de retirar as araras vermelhas da lista dos animais ameaçados de extinção.
Durante seu discurso, Quintana lembrou que o trabalho foi iniciado com apenas um casal de araras e que a meta era chegar ao número cem. Em 1994 nasceram as primeiras seis aves e cinco anos depois, com uma técnica mais aperfeiçoada, nasceram 20 araras em um ano.
O trabalho tem sido tão bem sucedido, que a proposta é aprimorar a reprodução, mas não manter os animais em cativeiro. A pequena quantidade de araras vermelhas no México e América Central – menor que 400 exemplares, incentivou o trabalho de procriação para a espécie que a espécie volte ao seu habitat natural.
As aves começaram a ser devolvidas à natureza na última semana, com a introdução de 20 exemplares na selva de Palenque. Em três meses os responsáveis pelo trabalho pretendem ter mais 28 no programa de introdução.
A quantidade de aves alcançada pelo projeto permitiu que os mexicanos passassem a sonhar mais alto. O objetivo para o próximo ano é conseguir gerar 500 novas araras.
* Com informações do La Crónica.
** Publicado originalmente no site CicloVivo.
Fonte: Envolverde

Greenpeace invade navio carregado de carvão sobre a Grande Barreira de Corais


Em sua campanha para acabar com a expansão da maior fonte de gases do efeito estufa da Austrália, a exploração do carvão, seis ativistas do Greenpeace subiram em um navio que carrega o mineral para a Ásia através da Grande Barreira de Corais.
O país, maior emissor per capita do mundo devido à matriz energética fortemente baseada em combustíveis fósseis, tem planos de dobrar o volume de carvão exportado, algo que entra em choque com “o compromisso da Austrália de agir para limitar o aquecimento global em 2°C”, coloca o Greenpeace.

A ONG denuncia que, no momento, não há solução política para o problema, pois todos os principais partidos se comprometeram em dobrar e até triplicar as exportações de carvão.
“Na ausência de ações sendo tomadas pelos líderes políticos, o Greenpeace está convocando todos os australianos a se juntarem à organização e fisicamente barrar a expansão do carvão através da desobediência civil pacífica”.
Os ativistas, não apenas australianos, estão ocupando o navio pacificamente desde a manhã desta quarta-feira (acompanhe através do Twitter), representando uma campanha regional para acabar com a “era do carvão”.
A ONG alega ter usado todos os meios legítimos para barrar as exportações do estado de Queensland sobre a Grande Barreira de Corais, porém, sem resultados.
“É muito bem sabido que grande parte dos recifes de coral ao redor do mundo não devem sobreviver com um aquecimento de 1,5°C: agora, o planeta está caminhando decisivamente para quatro graus de aquecimento. Como Australianos, nossa contribuição para salvar os recifes desse problema global é barrar o aumento da nossa maior fonte de emissões”, explica o Greenpeace Austrália.
Em meados de 2013, a UNESCO deve decidir se classifica a Grande Barreira de Corais como Patrimônio da Humanidade visando proteger esse ambiente frágil.

Fonte: Carbono Brasil

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Planta sorgo sacarino pode ser alternativa na produção de etanol

sorgo 300x225 Planta sorgo sacarino pode ser alternativa na produção de etanol
Em Capivari, interior de São Paulo, uma empresa está testando a eficiência do cultivo de sorgo sacarino para a produção do etanol. A intenção é que a planta seja usada como alternativa nos meses de entressafra.
De acordo com Cristiano Peraceli, gerente de produção agrícola da Raizen, o trabalho, que ainda é experimental, apresenta vantagens. “É uma planta que acumula açúcar no terço final, mas também ao longo de toda a haste, existem açúcares que são aproveitados pela indústria”, afirmou ao Globo Rural.
No ano passado, a usina testou o sorgo em um espaço de mil hectares, já neste ano a área ocupada foi de 650 hectares. Apesar da redução, a expectativa é produzir o dobro de álcool, uma vez que diversas falhas foram corrigidas.
Um das mudanças no manejo do sorgo sacarino refere-se à forma como a planta é aproveitada. Nas primeiras experiências, uma parte das sementes era descartada por conter muito amido, fato que interferia no processo de fermentação. Agora, eles já utilizam uma tecnologia em que é possível fazer proveito da haste inteira, consequentemente, aumentando a produtividade.
A empresa espera que ao fim do ciclo de produção todos os custos possam compensar financeiramente. O gerente de produção se diz confiante na forma alternativa de produzir álcool. “O potencial do sorgo é grande na produção do etanol e vai depender de cada unidade produtora entender a planta como alternativa e fazer o resultado aparecer”. Entretanto, ele ressalta que a intenção não é substituir a cana na produção do etanol, mas sim utilizar o sorgo como um complemento.

Fonte: Ciclo Vivo

Cidades sustentáveis são essenciais para eficiência de recursos


Transformar a infraestrutura urbana, tornando-a mais limpa, eficiente e sustentável, pode estimular o crescimento econômico verde e ajudar a erradicar a pobreza, diz relatório da ONU apresentado nesta quinta-feira.
Atualmente, cerca de 75% dos recursos naturais do mundo são consumidos em áreas urbanas, e a proporção da população global que vive em cidades deve subir para 70% até 2050. Além disso, essas regiões são responsáveis por grande parte da degradação e poluição gerada no planeta, tornando sua relação com os recursos e ecossistemas nada sustentável.
banner1 Cidades sustentáveis são essenciais para eficiência de recursosPara mudar essa situação, um documento publicado pelas Nações Unidas nesta quinta-feira em Nairóbi, no Quênia, afirma que é necessário investir em infraestruturas sustentáveis e tecnologias eficientes em recursos nas cidades, a fim de incentivar um crescimento econômico com menor degradação ambiental, redução da pobreza, cortes nas emissões de gases do efeito estufa e melhoria do bem-estar.
O relatório, intitulado ‘City-Level Decoupling: Urban Resource Flows and the Governance of Infrastructure Transitions’ (algo como Dissociação em nível urbano: fluxos de recursos urbanos e a governança de transições de infraestrutura), declara que, para atingir a sustentabilidade para todos, é necessário dissociar as taxas de crescimento econômico das cidades do consumo insustentável dos recursos naturais finitos, que até agora caracteriza a maior parte do desenvolvimento urbano ocorrido.
“Até agora, a tendência para a urbanização tem sido acompanhada pela crescente pressão sobre o meio ambiente e o aumento dos números da pobreza urbana”, colocou Achim Steiner, diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), no lançamento do estudo.
Segundo o texto, para ocorrer essa transformação deve haver mais esforço por parte de governantes, empresas e sociedade, pois à medida que o preço dos recursos naturais continua a aumentar, fica cada vez mais difícil manter um padrão de desenvolvimento sustentável. Caso isso não aconteça, poderá haver sérias implicações econômicas e ambientais para as futuras gerações.
Isso porque, de acordo com a pesquisa, muito da infraestrutura que será futuramente necessária nas cidades, incluindo 60% das edificações exigidas para atingir as necessidades da população urbana mundial até 2050, ainda precisam ser construídas.
Para chegar a essas exigências, as cidades precisariam de um investimento calculado em US$ 40 trilhões entre 2000 e 2030 para a criação de novas infraestruturas urbanas – principalmente nos países em desenvolvimento – e para a adaptação das instalações existentes.
“Cidades mais antigas podem ter que adaptar e substituir infraestruturas ineficientes com as quais estiveram presas por décadas para atingir essa dissociação, mas cidades mais novas e em crescimento têm a vantagem da flexibilidade. Elas podem ‘acertar’ de primeira”, explicou Joan Clos, diretora executiva do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-Habitat).
Mas ao mesmo tempo em que o relatório aponta os atuais e potenciais problemas desse desenvolvimento urbano insustentável, reconhece que essa situação oferece grandes oportunidades de canalizar fundos para infraestruturas mais sustentáveis que reduzam as emissões de carbono, melhorem a produtividade de recursos e criem novas estratégias de desenvolvimento urbano.
Felizmente, há cidades que já estão aproveitando essas oportunidades, como é o caso de Lagos, na Nigéria. A cidade introduziu o sistema Veículo leve sobre pneus (Bus Rapid Transit – BRT) para resolver problemas crônicos de congestionamento e poluição.
O sistema, apoiado pelo Banco Mundial e investidores privados, contribuiu para uma queda de 13% nas emissões de carbono do transporte urbano, e a rota de cerca de 25% dos passageiros que utilizam o serviço foi reduzida em até 50%.
Outro exemplo é a área central de Singapura, que está implementando um plano para reduzir o consumo nacional de água em cerca de 10% até 2030. Tecnologias avançadas são usadas para tratar as águas residuais e os esgotos, que se tornam seguros para beber e podem ser reutilizados pela indústria.
As águas residuais tratadas podem chegar a 30% das necessidades hídricas de Singapura até 2030, e investimentos em usinas de dessalinização, consertos em vazamentos de tubulações e outros esforços podem ajudar o país a atingir sua meta de 10%.
O documento também mostra casos aqui no Brasil, como o do programa Lixo que não é Lixo, de Curitiba. O projeto incentiva a separação de resíduos em recicláveis e não recicláveis através, por exemplo, da troca de lixo reciclável por passagens de ônibus ou por produtos alimentícios para comunidades carentes.
A iniciativa estendeu o tempo de vida dos aterros sanitários da cidade, evitando o despejo de 2.400 m3 de resíduos recicláveis a cada dia, o que representa cerca de 25% da produção diária de lixo. Outro exemplo brasileiro é a cidade do Rio de Janeiro, que tem investido em reflorestamento para restabelecer os aquíferos necessários para o abastecimento hídrico da cidade.
Por fim, o estudo faz algumas recomendações para que o desenvolvimento de infraestruturas mais sustentáveis seja potencializado: investimentos governamentais na criação de estratégias sustentáveis , infraestruturas de baixo carbono e desenvolvimento urbano eficiente em recursos; investimento em pesquisas sobre o uso de recursos; especificação de metas para uso eficiente de recursos; estímulo a atividades , tecnologias, bens e serviços de baixo carbono, eficientes e verdes; e envolvimento do setor privado em investimento e compartilhamento de experiências.
“Existem oportunidades únicas para as cidades liderarem a ecologização da economia global através do aumento da produtividade e inovação de recursos, enquanto atingem grandes economias financeiras e enfrentam desafios ambientais. Embora muitas cidades estejam aproveitando essas oportunidades, uma visão holística para os centros urbanos do futuro ainda está faltando”, concluiu Steiner.
“Quando olhamos para os crescentes gastos em infraestrutura urbana pelo mundo, precisamos nos perguntar: que tipo de cidades do futuro estão previstas pelos projetistas e construtores dessas novas infraestruturas? Essas infraestruturas estão preparando cidades [...] para futuros mais justos e eficientes em recursos? Ou estão apenas fixando concreto [...] com um modo de planejamento urbano do século XIX que precisará ser desmantelado daqui a 10 ou 20 anos?”, questionou Mark Swilling, um dos coautores da pesquisa.
Fonte: CarbonoBrasil

Investimento em renováveis deve aumentar 230% até 2030.

n315 Investimento em renováveis deve aumentar 230% até 2030
Melhorias no custo e na competitividade das fontes limpas farão com que setor contribua com entre 69% e 74% da nova capacidade instalada até 2030, apesar das atuais dificuldades da indústria de energias renováveis.
Se o desenvolvimento de energias limpas significa uma esperança de limitação das emissões de gases do efeito estufa, o novo relatório da consultoria Bloomberg New Energy Finance (BNEF) traz boas notícias para a mitigação das mudanças climáticas. O documento, publicado nesta segunda-feira (22), afirma que os investimentos em renováveis podem crescer 230% nas próximas duas décadas, chegando a US$ 630 bilhões anuais até 2030.
Segundo a consultoria, as energias renováveis podem ser responsáveis por entre 69% e 74% da nova capacidade instalada até 2030 no cenário mais provável, considerado ‘o novo normal’. Nesse caso, as energias eólica e solar corresponderiam às maiores participações na nova capacidade de geração de energia, contribuindo 30% e 24%, respectivamente. O carvão, o gás natural e o petróleo contribuiriam com 25%, e o restante seria nuclear.
De acordo com a BNEF, esse desenvolvimento das renováveis seria devido principalmente à redução de custos nos setores de energia eólica e solar, bem como ao crescimento de fontes não intermitentes de energia limpa, como a hidrelétrica, a geotérmica e a de biomassa.
Em termos do total de energia produzida, a participação das renováveis aumentaria de 22% em 2012 para 37% em 2030. A projeção para o total de capacidade de energia renovável instalada até 2030 é 25% maior do que a estimativa anterior, de 3500 GW.
Uma estimativa mais pessimista, considerada pela Bloomberg como ‘tradicional’, sugere um investimento de US$ 470 bilhões por ano. Já no panorama mais otimista, classificado pela BNEF como ‘eliminando as barreiras’, as exigências de capital para as energias renováveis podem chegar a US$ 880 bilhões anuais até 2030, o que significaria um aumento de 22% nos investimentos em infraestrutura, sistemas de transmissão, smart grids, armazenamento etc.
As previsões foram retiradas do Modelo Global de Energia e Emissões da BNEF, que analisa os principais fatores que influenciarão o futuro do mercado de energia. Para Guy Turner, diretor de economia e commodities da consultoria, as energias renováveis devem se tornar protagonistas no setor energético.
“Essa é a primeira vez que produzimos uma análise tão detalhada do futuro sistema de energia mundial sob diferentes cenários. Isso ressalta que, apesar das notícias recentes que mostram uma desaceleração no investimento em energias limpas desde 2011, as tecnologias renováveis formarão a âncora de novos acréscimos na capacidade de geração, mesmo sob uma visão menos otimista da economia mundial e de escolhas políticas”, colocou Turner.
“O principal fator para o futuro crescimento do setor renovável ao longo desse período é uma mudança do apoio político para a queda nos custos e a demanda natural”, acrescentou o diretor de economia e commodities da Bloomberg.
O relatório e mais informações podem ser adquiridos pelo site da BNEF.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Cerca de 13 milhões de hectares de florestas são destruídos por ano

Mais de um bilhão de pessoas no mundo dependem de florestas para abrigo, trabalho, alimentos, água, medicina e segurança. As florestas também absorvem o carbono, estabilizam o clima, regulam os ciclos de água e fornecem habitats para a biodiversidade.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), investir em uma floresta saudável não é só vital para o bem-estar humano e ambiental, mas também crucial na transição para uma economia verde. O alerta foi feito devido a um dado alarmante: a mata está sendo destruída em um ritmo acelerado – são cerca de 13 milhões de hectares por ano. Para a organização, investir na gestão florestal e nas atividades de reflorestamento poderia contribuir significativamente na transição para uma economia verde – de baixa produção de carbono, com eficiência de recursos e socialmente inclusiva.

“Uma economia verde é aquela no qual o aumento da renda e de empregos é impulsionado por investimentos públicos e privados que reduzem as emissões de carbono e da poluição, aumentam a eficiência energética e dos recursos e impedem a perda da biodiversidade e dos ecossistemas”, conceitua o Pnuma.

Valor
O programa colaborativo das Nações Unidas sobre Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (em inglês, Redd+) busca criar um valor financeiro para o carbono armazenado nas florestas, oferecendo incentivos para os países em desenvolvimento para reduzir as emissões e investir em tecnologias de baixa emissão de carbono para o desenvolvimento sustentável.

“O objetivo é incentivar os países em desenvolvimento a reduzir o desmatamento de modo que as florestas possam capturar mais carbono, suavizando as mudanças climáticas, para ajudar na adaptação desses países às mudanças climáticas e fazer uma contribuição para as suas economias nacionais”, afirmou o chefe do escritório do Pnuma que lida com as florestas e as mudanças climáticas, Tim Christophersen, durante o Fórum das Nações Unidas sobre Florestas (UNFF10), em Istambul, Turquia, finalizado o dia 19 de abril.

Concentração de CO2 na atmosfera pode ultrapassar 400ppm em maio

A concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera poderá ficar acima das 400 partes por milhão (ppm) em boa parte do Hemisfério Norte já em maio deste ano. Será a primeira vez em mais de três milhões de anos que a barreira dos 400ppm será ultrapassada. 

A informação vem da Scripps Institution of Oceanography, da Universidade de San Diego, que está monitorando a estação de Mauna Loa, no Havaí, uma das mais importantes do mundo. A estação fica propositalmente distante de qualquer grande ocupação humana para evitar a deturpação de seus dados.
A medição mais recente, do dia 22 de abril, mostra uma concentração de CO2 de 398.36 ppm. A tendência é que no mês que vem a barreira de 400ppm seja ultrapassada. Mesmo se isso não acontecer, os pesquisadores dão como certo que em 2014 já estaremos vivendo em um planeta acima dos 400ppm.
“Eu gostaria que isso não fosse verdade, mas parece que o mundo vai estourar a barreira dos 400ppm sem o menor esforço. Nesse ritmo, chegaremos a 450ppm em poucas décadas”, afirmou o geofísico Ralph Keeling, filho de uma das maiores autoridades mundiais sobre gases do efeito estufa, Charles David (Dave) Keeling.
Pesquisadores acreditam que a última vez que a concentração de CO2 esteve acima da marca dos 400ppm foi entre 3,2 milhões e cinco milhões de anos atrás, quando o planeta era muito mais quente que hoje.

Antes da Revolução Industrial a presença de CO2 estava em torno de 280ppm e em 1958, quando Keeling começou suas medições, estava em 316ppm.

Segundo a Scripps Institution of Oceanography, a taxa de aumento da concentração de CO2 na atmosfera é sem precedentes, não existindo nenhum outro período conhecido com um crescimento tão acelerado. Para a entidade, não existe dúvida de que isso é uma consequência da queima de combustíveis fósseis.

“A marca de 400ppm deveria ser um alerta para que todos passem a apoiar tecnologias de energia limpa e a redução das emissões de gases do efeito estufa antes que seja muito tarde para nossos filhos e netos”, afirmou Tim Lueker, oceanográfico do Scripps.

A contribuição de Dave Keeling para a ciência atmosférica foi tão relevante que a curva que mede a concentração de CO2 recebeu seu nome. O acompanhamento diário dela pode ser feito por um portal online ou pelo Twitter @keeling_curve.

Conscientização sobre a biodiversidade é crescente, aponta pesquisa da UEBT


União pelo Biocomércio Ético aponta uma crescente conscientização mundial com relação ao meio ambiente, sendo que no Brasil o índice de pessoas que já ouviram falar em biodiversidade chegaria a 96%.
Já faz algum tempo que empresas estão percebendo que a fatia de consumidores que levam em conta questões ambientais quando fazem suas compras está ficando significante. Certificações, padrões de qualidade e garantia de origem de matéria-prima, tudo isso está passando a ter uma maior importância para o mundo dos negócios. Confirmando essa tendência, o Barômetro da Biodiversidade 2013, divulgado nesta semana, apresenta um crescimento da conscientização ambiental em 11 países.
n610 192x300  Conscientização sobre a biodiversidade é crescente, aponta pesquisa da UEBTO Barômetro foi criado em 2009 pela União pelo Biocomércio Ético (UEBT), uma associação sem fins lucrativos formada por diversas empresas e entidades, entre elas o IMAFLORA e a Natura. Em 2013, a pesquisa entrevistou mil pessoas do Brasil, China, Alemanha, França, Peru, Suíça, Reino Unido, Japão, Índia, Coreia do Sul e Estados Unidos, e apontou que 75% dos consumidores já ouviram falar sobre biodiversidade, enquanto 48% deram uma definição correta dela.
“O Barômetro da Biodiversidade é uma importante fonte de dados sobre as tendências globais de informação sobre a biodiversidade. Os resultados não só mostram uma crescente conscientização, mas também que o respeito à biodiversidade gera grandes oportunidades de negócios”, afirmou Bráulio Ferreira de Souza Dias, Secretário Executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU (CBD).
No Brasil, 96% dos entrevistados já tinham ouvido falar de biodiversidade, o maior índice entre os países pesquisados. Desse total, 51% deram a definição correta e 25%, uma definição parcial. Os brasileiros disseram que aprendem sobre a biodiversidade em documentários, na escola e pela publicidade.
A China também aparece com destaque, com um índice de conscientização de 94%, sendo que 64% dos consumidores chineses definiram corretamente o que biodiversidade significa.
“Os resultados não são surpresa. Nos últimos anos, o governo e as organizações da sociedade civil na China realizaram diversas ações para informar sobre questões ligadas à biodiversidade”, relata Zhang Wenguo, Ministro da Proteção Ambiental da China.
No geral, os jovens são os mais inteirados sobre biodiversidade (80% estão familiarizados), assim como as pessoas de maior renda e maior escolaridade. A mídia tradicional segue como principal fonte de informações: 51% dos respondentes afirmaram que aprenderam sobre biodiversidade com a televisão; e 33%, nos jornais e revistas.
Considerando os cinco anos de existência do Barômetro, 67% dos 11 mil consumidores entrevistados já ouviram falar em biodiversidade. Além disso, 80% dizem querer saber mais sobre como as companhias adquirem seus ingredientes.
Nesse período, a pesquisa também acompanhou o aumento dos relatórios empresariais sobre biodiversidade. Entre as 100 maiores companhias de cosméticos, apenas 13% mencionavam o tema em seus documentos em 2009; hoje são 32%.
“Atualmente 32 das 100 empresas líderes mundiais no setor de beleza incluem a biodiversidade nas suas ferramentas de comunicação corporativa como sites e relatórios de sustentabilidade. O índice é consideravelmente maior do que era em 2009, mas ainda bem abaixo do que encontramos entre as 100 maiores companhias do ramo de alimentação”, afirma Rik Kutscg Lojenga, Diretor Executivo da UEBT.
Entre as companhias de alimentação, 91% mencionam o desenvolvimento sustentável em seus relatórios anuais, sendo que 53% se referem à biodiversidade e 31% abordam os impactos ambientais da cadeia de fornecedores.
A pesquisa também perguntou aos entrevistados quais as três marcas que eles associam mais ao respeito à biodiversidade. No Brasil, as empresas mais citadas foram: Natura, Avon e O Boticário.
O Barômetro da Biodiversidade 2013 pode ser conseguido pelo site da União pelo Biocomércio Ético.

Fonte: CarbonoBrasil 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Projeto inclui Brasil na Convenção sobre a Conservação das Espécies Migratórias

A Câmara analisa a adesão do Brasil à Convenção sobre a Conservação das Espécies Migratórias de Animais Silvestres (CMS), assinada em Bonn, na Alemanha, em 1979. O instrumento entrou em vigor em 1983 e hoje tem 116 países signatários. A proposta está no Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 808/12, da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.

Entre as espécies migratórias ameaçadas, estão tartarugas marinhas, tubarões, albatrozes, baleias, gorilas e elefantes.

Pelo acordo, os países deverão dar proteção imediata às espécies migratórias em extinção, além de promover pesquisas sobre elas. Também deverão conservar e restaurar os habitats que sejam importantes para evitar a extinção; prevenir ou minimizar os efeitos adversos das atividades que dificultam a migração; e controlar os fatores que ameacem as espécies, inclusive efetuando controle rigoroso sobre a introdução de espécies exóticas.

Apesar de ainda não ser parte da Convenção, o Brasil é signatário de dois acordos firmados ao seu abrigo: o Acordo para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP), e o Memorando de Entendimento sobre a Conservação de Aves Campestres do Sul da América do Sul e de seus Habitats.

Tramitação

A matéria será analisada em regime de urgência pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Constituição e Justiça e de Cidadania; e também pelo Plenário.

Fonte: Instituto Carbono Brasil

Curso vai orientar construtoras que buscam madeira legal

O WWF-Brasil, em conjunto com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo, o SindusCon-SP, e a Rede Amigos da Amazônia, promove na próxima semana, em São Paulo (SP), o cursoAquisição Sustentável de Madeira na Construção Civil. O evento ocorre dia 24, na sede do SindusCon–SP, em Santa Cecília, no centro da capital paulista.

Esta é a segunda turma da capacitação, que tem como objetivo orientar construtoras, incorporadoras, projetistas e profissionais liberais no cumprimento da legislação ambiental em relação à compra deste produto. Outro objetivo do curso é criar mecanismos que evitem a compra de madeira de origem ilegal; e gradativamente substituir a madeira ilegal pela madeira certificada.

O curso é desenvolvido em módulos. Neste primeiro momento, serão mostrados aos participantes o conceito do que é madeira legal, como identificá-la, quais categorias ambientais de madeira existem hoje, como fazer um processo de certificação,  e qual é a situação deste mercado no Brasil. Também serão dadas orientações de como elaborar um plano de ação para que a empresa seja capaz de fazer, corretamente, a aquisição de madeira. 

Os próximos módulos estão marcados para os meses de junho, agosto e outubro e vão abordar, entre outros assuntos, o papel do governo na cadeia produtiva da madeira; o Documento de Origem Florestal (DOF), que atesta a origem do recurso; e as diretrizes ambientais do Estado de São Paulo, que buscam coibir a entrada de madeira ilegal naquele mercado. 

A capacitação é aberta ao público, que pode obter mais informações sobre o assunto na Central de Relacionamento do SindusCon-SP, por meio do telefone (11) 3334-5600 ou pelo e-mail sindusconsp@sindusconsp.com.br. 

Apoio e suporte

De acordo com o analista ambiental do WWF-Brasil Ricardo Russo, a ideia é iniciar o trabalho pelas empresas compradoras de madeira, de modo que elas possam, posteriormente, “pressionar” seus fornecedores a adotar o recurso com origem legal.

“De modo geral, hoje o setor da construção civil compra madeira ilegal ou de origem duvidosa. Nosso intuito é fazer com que as empresas substituam essa madeira por um recurso de origem legal e certificada. Por isso, vamos montar juntos com as empresas um plano de ação para cinco anos e nós, do WWF-Brasil, vamos dar todo o apoio e suporte para que essa substituição ocorra”, disse o especialista.    

Mercado importante

A coordenadora técnica do Comitê de Meio Ambiente do SindusCon-SP, Lilian Sarrouf, afirmou que o Estado de São Paulo, hoje, é tido como o maior consumidor de madeira do País. Por isso a importância de discutir o tema neste mercado. Além disso, contou a especialista, existe um movimento muito forte, na Secretaria de Estado de Meio Ambiente de São Paulo, de fiscalização e combate à madeira ilegal. 

“Como o SindusCon-SP tem como princípio o combate à informalidade e à ilegalidade, entendemos que ações nesse sentido, de buscar a madeira legalizada, devam ser abraçadas e impulsionadas”, explicou.

Lilian disse também que o curso é o desdobramento de ações que tiveram início no Sinduscon-SP em 2003, e que, em 2010 e 2011, deram origem à primeira turma do Aquisição Sustentável de Madeira na Construção Civil. “Queremos abrir caminhos para que as empresas construtoras possam ter acesso à informação e metodologias adequadas, que lhes permitam comprar madeira certificada”, declarou.

Projeto e parcerias

O curso Aquisição Sustentável de Madeira na Construção Civil faz parte de um projeto mais amplo desenvolvido pelo WWF-Brasil, em parceria com a Rede Amigos da Amazônia e a Comunidade Europeia. 

Este projeto é intitulado Governança Florestal e Comércio Sustentável da Madeira Amazônica e tem como objetivo contribuir para que o manejo florestal e o comércio da madeira ocorram de forma sustentável até o ano de 2020. 

Para isso, o projeto busca implementar, juntos aos órgãos públicos responsáveis, políticas e procedimentos que regulem a produção e comércio de madeira, tentando, com isso, auxiliar na conservação da floresta amazônica. 

Serviço:
Curso Aquisição de Madeira Sustentável
Quando? 24 de abril de 2013
Onde? Na sede do Sinduscon-SP, na rua Veridiana, 55, Santa Cecília, São Paulo
Inscrição: R$ 780 para associados e estudantes; R$ 860 para organizações parceiras; e R$ 1.380 para não associados do SindusCon-SP. Os pagamentos podem ser feitos por meio de boleto bancário ou cartão de crédito, com possibilidade de parcelamento
Mais informações: (11) 3334-5600 ou sindusconsp@sindusconsp.com.br

Fonte: WWF Brasil

Mudanças nas zonas climáticas colocam espécies em risco

n215 287x300 Mudanças nas zonas climáticas colocam espécies em risco

O planeta Terra possui mais de 30 diferentes zonas climáticas, como a tundra polar ou as florestas equatoriais úmidas, e cada uma delas apresenta fatores que favorecem determinadas espécies; são animais e plantas que estão adaptados a condições específicas de precipitação e temperatura. Apesar de boa parte dos seres vivos ser capaz de se adaptar a mudanças em seu habitat, a velocidade na qual eles fazem isso tem um limite.
Um novo estudo publicado nesta semana na revista Nature pela Universidade do Colorado em parceria com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos alerta justamente para o perigo de que as mudanças nas zonas climáticas estejam ficando cada vez mais velozes.
“Quanto mais quente fica o clima, mais rápido as zonas estão se alterando. Isso pode fazer com que fique difícil para plantas e animais se adaptarem”, afirmou Irina Mahlstein, líder do estudo e membro do Laboratório de Pesquisas de Sistemas Terrestres da NOAA.
Esse é um dos primeiros trabalhos a detalhar como a taxa de mudanças nas zonas climáticas está se acelerando. “Avaliar esse tipo de alteração é provavelmente uma melhor medida da ‘realidade’ dos impactos das mudanças climáticas para os seres vivos do que calcular o aumento nas temperaturas em graus ou da precipitação em centímetros”, explicou Mahlstein.
Os pesquisadores usaram modelos climáticos para analisar as alterações nas zonas em um período de 200 anos, entre 1900 a 2098.
O que eles descobriram é que para um aumento inicial de aproximadamente 1,66oC nas temperaturas (3,6oF), cerca de 5% da área terrestre muda de zona climática. Essa porcentagem sobe para 10% para os próximos 1,6oC de aquecimento.
Assim, os autores afirmam que até o ano de 2098 cerca de 20% da superfície do planeta terá alterado de zona climática se for confirmado o cenário de aquecimento global mais pessimista (RCP8,5) segundo o Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC) (veja o vídeo).

O estudo aponta que certas regiões do globo, como as altas latitudes, se transformarão mais drasticamente do que outras áreas. Na região tropical, a altitude tem um papel importante, com montanhas sofrendo alterações mais rapidamente do que as planícies.
No século por vir, a pesquisa sugere que as áreas ocupadas por zonas mais frias diminuirão consideravelmente. Além disso, no geral, regiões secas devem aumentar e uma grande parte da superfície terrestre passará a ter verões mais quentes.
Já há algum tempo estudos têm alertado para o risco de extinções causadas pelas mudanças climáticas.
Em 2011, um trabalho publicado no Proceeding of the National Academy of Science revelou que em torno do ano de 2100 mais de 11% das espécies do mundo estariam ameaças devido ao aquecimento global.
Outra pesquisa, divulgada em janeiro de 2012, alertava que as atuais modelagens não levam em conta aspectos essenciais para a compreensão dos efeitos das mudanças climáticas sobre os animais, como interações entre espécies e variações interespecíficas na sua dispersão. Assim, na realidade, uma extinção em massa é muito mais provável do que se pensa.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil) 

terça-feira, 23 de abril de 2013

Clima altera vegetação global


Mudanças climáticas são responsáveis por mais da metade das mudanças detectadas na vegetação mundial, dizem pesquisadores, e as atividades humanas por apenas cerca de um terço


A quantidade de vegetação no mundo, e a forma como ela se espalha pelo planeta, mudaram significativamente nas últimas três décadas, afirmam pesquisadores.
Eles atribuem mais da metade das mudanças que detectaram aos efeitos do aquecimento do clima, com a população sendo responsável por apenas cerca de um terço das mudanças. Surpreendentemente, ainda falta a eles poder atribuir cerca de 10% das mudanças inequivocamente ao clima ou ao ser humano.
Eles declaram que seu trabalho representa um avanço científico, porque só recentemente passou a ser possível quantificar o quanto a variabilidade climática, a atividade humana ou uma combinação das duas são responsáveis pelo que está acontecendo.
Enquanto os pesquisadores, geógrafos da Universidade de Zurique, Suíça, e seus colegas da Holanda dizem que os últimos 30 anos tiveram mudanças substanciais, satélites durante esse tempo registraram como a vegetação se alterou.
Em um desenvolvimento impressionante e talvez inesperado, o grupo descobriu que enquanto a vegetação diminuiu ao sul do Equador, ela aumentou no Hemisfério Norte.
O clima é o que rege a atividade sazonal da vegetação. Nas latitudes médias úmidas, a temperatura é o fator que mais influencia o crescimento das plantas.
Em áreas majoritariamente secas, entretanto, é a disponibilidade de água, e, em latitudes altas, a quantidade de radiação solar que é a chave. E em qualquer lugar os humanos influenciam a vegetação de inúmeras formas – e são influenciados por ela.
Há evidências de que as extensões áridas do deserto do Saara já foram úmidas o suficiente para ter uma vegetação tão exuberante que o Saara era conhecido como o celeiro do norte da África.
Um processo inverso está ocorrendo na Groenlândia, onde o rápido aquecimento do Ártico significa que em algumas partes do sul da ilha, que já foi delimitada por gelo, vegetais agora crescerão.

O desaparecimento de florestas
A influência humana difundida em muitas partes do mundo é a pressão da crescente população humana e sua demanda por madeira para combustível e construção e por material vegetal para alimentação e forragem.
Os pesquisadores desenvolveram um modelo que pode mostrar as influências da atividade humana e da variabilidade climática na vegetação separadamente. Usando dados de satélite sobre o aumento ou declínio nos últimos 30 anos, medições climáticas e modelos, e dados sobre o tipo de cobertura de terra, eles concluíram que cerca de 54% das mudanças na vegetação global podem ser atribuídas à variabilidade climática.
Um dos relatórios, Relação espacial entre climatologias e mudanças na atividade da vegetação global, foi publicado no periódico Global Change Biology. O outro, Mudanças nas Tendências de Atividade da Vegetação Global, apareceu no Remote Sensing.
O principal declínio que eles detectaram tem acontecido no sul de Sahel, em países como Tanzânia, Zimbábue e outras partes da África Central.
“Supomos que isso foi causado pelo corte raso, pela transformação da floresta tropical em plantações ou por mudanças na agricultura em geral”, disse Rogier de Jong, estudante de pós-doutorado do Laboratório de Sensoriamento Remoto (RSL) da Universidade de Zurique.
Mas mesmo após identificar a diferença entre os hemisférios e as prováveis razões para isso, ainda há os 10% de mudança que o grupo não pôde explicar completamente tanto pela climatologia quanto pela atividade humana.
“Suspeitamos que isso é devido a efeitos inexplicáveis das interações entre humanos e o clima”, afirmou o diretor do RSL, Michael Schaepman.
Ele e seu grupo continuarão a trabalhar em um programa de investigação prioritária recém-criado em Zurique, o Global Change and Biodiversity, na tentativa de encontrar uma explicação para o que está acontecendo.
Traduzido por Jéssica Lipinski
Leia o original no Climate News Network (inglês)

Fonte: Carbono Brasil

Brasileiros descobrem peixe transparente na Amazônia

n312 300x225 Brasileiros descobrem peixe transparente na Amazônia
Pesquisadores brasileiros anunciaram a descoberta de uma nova espécie de peixe de pequeno porte na região amazônica. A expedição que culminou na descoberta foi realizada em 2011 e o peixe transparente foi batizado de Cyanogaster noctivaga.
A equipe de cientistas, formada por três brasileiros e um alemão, Ralf Britz – do Museu de História Natural de Londres, trabalhou durante 15 dias no município de Santa Isabel (AM), analisando as espécies aquáticas presentes no Rio Negro.
Em meio à busca, o grupo se deparou com um peixe de hábitos singulares e que nunca havia sido registrado cientificamente. Conforme informado pela bióloga Manoela Marinho, em declaração ao G1, a espécie só foi encontrada durante as expedições noturnas uma das justificativas para o seu nome, noctivaga.
Além disso, o pequeno animal de apenas dois centímetros tem o corpo parcialmente transparente, com somente o estômago azul, outra referência utilizada no nome, já que Cyanogaster significa estômago azul.
Em entrevista ao G1, os pesquisadores falaram sobre as dificuldades em registrar as amostras da espécie devido à sua fragilidade. Mas, após algumas tentativas, a equipe conseguiu preparar descrições detalhadas sobre o novo peixe, que servirão de base para outros cientistas.
Lúcia Helena Rapp PyDaniel, coordenadora do Departamento de Coleção de Peixes do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, exaltou a importância deste trabalho de pesquisa para que seja possível conhecer melhor a biodiversidade Amazônia. Ela também explicou que o peixe transparente é uma espécie nova e que, certamente, exerce um papel ainda não totalmente identificado no ambiente em que vive.
Fonte: Envolverde

Últimas três décadas teriam sido as mais quentes em 1400 anos

pages2 300x198 Últimas três décadas teriam sido as mais quentes em 1400 anos
Grupo formado por 78 pesquisadores de 24 países reconstrói as temperaturas globais dos últimos dois milênios e afirma que um aquecimento começou no século XIX causado pelas atividades humanas.
Depois da época do Império Romano, nosso planeta teria entrado em um processo de resfriamento global, com as temperaturas caindo pouco a pouco devido a diversos fatores naturais, que ainda estão presentes atualmente. Porém, algo aconteceu durante o século XIX que fez essa tendência de resfriamento ser alterada e as temperaturas começarem a subir. Esse “algo” teria sido a Revolução Industrial, afirma um novo estudo publicado nesta semana no periódico Nature Geoscience.
“Todas as forças naturais responsáveis pelo resfriamento do planeta ainda estão atuando, mas desde o século XIX uma nova e mais potente força entrou em ação: as atividades humanas. Não podemos entender os registros de temperatura sem levar em conta esse novo fator”, explicou Paul Filmer, da Fundação Nacional para a Ciência dos Estados Unidos.
O novo estudo, realizado por 78 pesquisadores de 24 países e coordenado pelo projeto Past Global Changes (PAGES), analisou registros de corais, sedimentos marinhos, cavernas e núcleos de gelo de mais de 500 locais para chegar às suas conclusões.
“Um aspecto importante desse consórcio de pesquisas é que contamos com especialistas regionais que estão familiarizados com as evidências das mudanças climáticas em suas localidades”, disse Darrell Kaufman, da Universidade do Arizona.
Os pesquisadores apontam que o planeta durante boa parte dos últimos dois milênios esteve resfriando, muito por causa da fraca atividade solar, mudanças na órbita da Terra e do grande número de erupções vulcânicas. Todas essas condições ainda são encontradas atualmente.
A queda nas temperaturas médias acabou subitamente por volta da metade do século XIX, sem nenhuma outra explicação, até o momento, que não seja a ação da humanidade através da Revolução Industrial.
O novo aquecimento que teve início apresenta velocidades diferentes entre as regiões. O Hemisfério Norte estaria aquecendo em uma taxa duas vezes mais rápida do que o Sul. A Antártica, em especial, estaria mostrando poucos sinais de aumento das temperaturas. Isso seria por causa dos oceanos que ocupam uma porção muito maior no sul e que demoram mais a reagir às mudanças de temperaturas.
pages3 224x300 Últimas três décadas teriam sido as mais quentes em 1400 anos
Imagens: Pesquisadores analisaram núcleos de gelo e sedimentos para traçar um histórico para as temperaturas / PAGES / T. Bauska / D. Kaufman
De qualquer maneira, o estudo aponta que o período entre 1971 e 2000 teria sido o mais quente em 1400 anos.
“Períodos distintos, como o aquecimento medieval e a pequena era do gelo, aconteceram. Mas eles não representam um padrão para todo o globo”, afirmou Heinz Wanner, da Universidade de Bern.
Os pesquisadores do PAGES esperam agora que suas informações, que levaram quatro anos para serem reunidas, sirvam para novos trabalhos sobre a tendência climática do planeta.
Esse não foi o primeiro estudo a afirmar que após a Revolução Industrial as temperaturas começaram a subir. Em março, uma pesquisa publicada na revista Science já apontava que o globo estava em uma tendência de resfriamento até as primeiras décadas do século XX, quando, numa taxa nunca antes vista, começou uma curva ascendente das temperaturas.
De acordo com climatologistas, as temperaturas já teriam se elevado pelo menos 0,8 graus Celsius nos últimos 100 anos, sendo que entidades como a NASA, o Met Office e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos reconhecem que a década entre 2000 e 2010 foi a mais quente da história.

Fonte: Envolverde

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