sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Projeto de lei estimula medidas sustentáveis nas cidades


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Autor da proposta, o deputado Bohn Gass acredita que a sanção da lei vai evitar as costumeiras enchentes
Foto: Alexandra Martins/Ag. Câmara


O Projeto de Lei 4095/12, do deputado Bohn Gass (PT-RS), prevê medidas para estimular a adoção de mecanismos que tornem as cidades mais sustentáveis. Pelo texto, os planos diretores das cidades deverão obrigar projetos de urbanização e edificação a adotar medidas de conservação e uso racional da água e de energia e de permeabilização do solo.
Para isso, os projetos deverão instituir, por exemplo, mecanismos de captação e reutilização de águas de chuva nas edificações. Imóveis urbanos que contribuam para a promoção do equilíbrio ambiental e da cidade sustentável terão direito a tarifas diferenciadas no pagamento de serviços públicos urbanos e na concessão de crédito por instituições estatais. Atualmente, o Estatuto das Cidades (Lei 10.257/01) concede tais benefícios tributários apenas a imóveis de interesse social.

Plano

Pelo estatuto, todas as cidades com mais de 20 mil habitantes inseridas em regiões metropolitanas ou em áreas de interesse turístico são obrigadas a elaborar plano diretor. Pelo projeto, as novas medidas terão de ser adotadas à época da renovação dessas leis. Segundo Bohn Grass, um dos objetivos da proposta é “melhorar a drenagem e evitar enchentes e desmoronamentos de solo”.
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Desenvolvimento Urbano; Finanças e Tributação e Constituição e Justiça e de Cidadania.





Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

Crime organizado lidera exploração em florestas tropicais, afirma ONU


Imagem aérea de desmatamento divulgada pelo Pnuma. No mundo, até comércio ilegal arrecada até US$ 100 bilhões ao ano
Imagem aérea de desmatamento divulgada pelo Pnuma. No mundo, até comércio ilegal arrecada até US$ 100 bilhões ao ano
Até 90% da exploração madeireira realizada nas florestas tropicais do planeta são feitas pelo crime organizado, de acordo com relatório das Nações Unidas em parceria com a Interpol. Os dados abrangem a Bacia Amazônica, que inclui o Brasil, a África Central e o Sudeste da Ásia.
O documento divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Pnuma, agência da ONU para o meio ambiente, e pela Polícia Internacional, aponta ainda que a extração ilegal de madeira já responde entre 15% e 30% do comércio global e movimenta até US$ 100 bilhões ao ano.
Com o título “Carbono verde: Negócio sujo”, o objetivo das instituições é cobrar iniciativas rápidas de governos para combater crimes associados à violência, assassinatos e atrocidades contra indígenas que habitam as florestas tropicais.
O Pnuma e a Interpol afirmam que grupos criminosos estariam utilizando táticas para movimentar a cadeia madeireira e descrevem 30 formas engenhosas para aquisição e lavagem de madeira ilegal.
Métodos primários incluem falsificação de licenças de corte, subornos para obter licenças, além de invasão ilegal de sites do governo para obter registro de concessões e alterar licenças ambientais.

Relatório cita exemplos de ilegalidade no Brasil

Eles citam, por exemplo, que no Brasil, em 2008, cartéis ilegais do estado do Pará tiveram acesso ao sistema de transporte e licenças de corte, o que permitiu o roubo de cerca de 1,7 milhão de m³ de madeira. Na época, segundo o documento, um procurador local acusou 107 empresas e 230 pessoas de envolvimento e processou as empresas em US$ 1,1 bilhão.
De acordo com o estudo, entre os principais importadores de madeira ilegal do Brasil são os Estados Unidos, a União Europeia e a China.
A agência da ONU e a Interpol afirmam ainda métodos ilegais de exploração no país estariam relacionados à expansão agrícola de pequenos agricultores na região do Amazonas e ainda à expansão da soja e da pecuária no Mato Grosso. Segundo o Pnuma, a criação de gado é responsável por até 70% da perda de cobertura vegetal na Amazônia brasileira.
Em agosto, segundo dados do Instituto de Pesquisas Espaciais da Amazônia, a Amazônia Legal perdeu uma área de 522 km² de floresta devido ao desmatamento, número que é 220% maior que a devastação ocorrida no mesmo período do ano passado.
É como se a floresta perdesse em apenas 31 dias uma área equivalente a 29 vezes o tamanho da ilha de Fernando de Noronha, principal faixa de terra que integra o arquipélago existente na costa de Pernambuco.
O Ministério do Meio Ambiente informou que o pico de desmatamento "se deve a fatores como a quebra da safra de milho nos Estados Unidos, que levou à abertura de novas áreas para o plantio de soja no Brasil, a alta da cotação do ouro no mercado internacional, que está provocando o incremento da atividade garimpeira ilegal e, principalmente, o aumento das queimadas".

Sistema internacional de combate ao crime ambiental

Por conta disto, foi criado um projeto piloto, financiado pelo governo da Noruega, para desenvolver um sistema internacional de combate ao crime organizado.
São vários objetivos, mas entre os principais estão o fortalecimento das investigações nacionais e a centralização da da concessão de licenças ambientais, o que facilitaria a transparência.
Além disso, haveria a classificação das regiões geográficas consideradas críticas, com o intuito de restringir o fluxo de madeira e outros produtos, além de incentivar investigações de fraude fiscal, com foco em plantações e usinas.
Fonte: http://www.olhardireto.com.br

Unidades de conservação: abrir para preservar


área de conservação 300x224 Unidades de conservação: abrir para preservar
A abertura para a visitação e a ampliação do uso público são, segundo o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)Roberto Ricardo Vizentin, importantes ferramentas para que a população compreenda o valor das unidades de conservação.
“Aproximar a população é o caminho para uma maior e melhor preservação das unidades de conservação existentes no Brasil”. A afirmação é de Roberto Ricardo Vizentin, presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), entidade que possui o desafio de gerir 312 unidades de conservação federais, distribuídas nos seis biomas brasileiros (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal) e nas zonas costeira e marinha. Estas áreas, segundo ele disse em sua fala durante o VII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), que acontece em Natal (RN), de 24 a 27 de setembro, “precisam ser reposicionadas perante a sociedade”.
De acordo com Vizentin, entre 2003 e 2009, o Brasil foi o responsável pela criação de 74% de todas as unidades de conservação estabelecidas no planeta, porém, o valor dessas áreas não é percebido pela população.
Ele aponta que um novo senso comum, com um entendimento do papel das unidades de conservação, é algo que deve ser construído a muitas mãos. “A força política ambiental como um todo precisa estabelecer um novo pacto, um novo contrato entre a sociedade e a natureza”. Ele destaca que, quando utiliza o termo política ambiental, se refere não só à classe política propriamente dita, como também às organizações não governamentais (ONGs), empresas e todos o que estão dedicados a este objetivo comum. “Precisamos construir, elaborar e comunicar uma nova narrativa sobre o papel destas áreas”, complementa.
O modelo brasileiro de gestão das unidades de conservação é definido por Vizentin como único, porque tem uma lei específica que criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), que é multifuncional, multiespacial, participativo e com controle social, mas que, conforme ele destaca, precisa ser consolidado. “O SNUC hoje nos dá as ferramentas que precisamos para fazer com que a sociedade abrace as unidades de conservação. Isto só depende da nossa capacidade de trazer a sociedade para dentro destas áreas, estabelecendo uma relação de uso, mas com cuidado e planejamento necessários”, enfatiza.
O presidente do ICMBio explica que existem várias maneiras de estabelecer essa relação. “As reservas extrativistas, por exemplo, abrigam entre 60 e 70 mil famílias. O projeto Brasil Sem Miséria incluiu um benefício, chamado bolsa verde, que essas famílias recebem, na forma de algo semelhante ao pagamento por serviços ambientais, ao se comprometerem a continuar mantendo a área preservada. Esta é uma maneira de valorizar a presença delas”, relata.
A abertura para a visitação também é vista com bons olhos por Vizentin. “Fica difícil explicar qual é a importância de um parque se nem a população do entorno puder perceber quais são os benefícios”, comenta.
Ele finaliza ressaltando que a questão do uso público desses espaços precisa ganhar novas e maiores proporções. “O uso público tem que ser elevado a outra escala, senão nós vamos cada vez mais nos restringir ao interior dessas unidades, imaginando que estamos fazendo o melhor para protegê-las, quando na verdade o caminho seria abrir”. 

Fonte: http://envolverde.com.br

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Mudanças climáticas podem reduzir economia mundial em 3,2% até 2030, alerta relatório


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As perdas para a agricultura e a pesca sozinhas podem chegar a mais de US$ 500 bilhões por ano até 2030.Foto: leetucker

Caso o mundo fracasse no combate às mudanças climáticas, mais de 100 milhões de pessoas vão morrer e o crescimento econômico global será reduzido em 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2030, alerta um relatório encomendado por 20 governos divulgado na quarta-feira, 26 de setembro. As informações são da agência Reuters.
À medida que as temperaturas médias globais sobem devido às emissões dos gases de efeito estufa (GEE), as consequências sobre o planeta, tais como derretimento de calotas de gelo, condições meteorológicas extremas, secas e elevação dos mares, vão ameaçar populações e meios de subsistência, destaca o relatório conduzido pela organização humanitária Dara.
O órgão calculou que 5 milhões de mortes ocorrem a cada ano devido à poluição do ar, fome e doenças como resultado das mudanças climáticas e das economias com uso intenso de carbono, e esse número provavelmente vai subir para 6 milhões por ano até 2030 se os atuais padrões de uso de combustíveis fósseis continuar.
"Uma crise combinada carbono-climática deve custar 100 milhões de vidas entre agora e o final da próxima década", estima o relatório. O documento afirma ainda que os efeitos das mudanças climáticas tinham reduzido a produção global em 1,6% do PIB mundial, ou US$ 1,2 trilhão por ano.Mais de 90% dessas mortes ocorrerão nos países em desenvolvimento, aponta o relatório, que calculou o impacto humano e econômico das mudanças climáticas em 184 países em 2010 e 2030. O documento foi encomendado pelo Fórum Clima Vulnerável, uma parceria de 20 nações emergentes ameaçadas pelas alterações bruscas do clima.
As perdas poderiam dobrar para 3,2% do PIB mundial até 2030 se for permitido que as temperaturas globais subam, ultrapassando 10% antes de 2100. O custo de mudar o mundo para uma economia de baixo uso de carbono é estimado em cerca de 0,5% do PIB nesta década.

Conta do prejuízo

Em resposta ao relatório, a Oxfam Internacional ressaltou que os custos de uma falta de ação política sobre o clima são "surpreendentes". "As perdas para a agricultura e a pesca sozinhas podem chegar a mais de US$ 500 bilhões por ano até 2030, fortemente concentradas nos países mais pobres, onde milhões dependem desses setores para ganhar a vida", acrescentou o diretor-executivo Jeremy Hobbs.

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Degelo no Ártico registra nível recorde.
Foto: baine

As temperaturas já subiram cerca de 0,8 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais. Quase 200 nações concordaram em 2010 em limitar o aumento da temperatura média global a menos de 2 graus Celsius para evitar os impactos perigosos das mudanças climáticas. Mas cientistas do clima alertam que a chance de limitar o aumento para menos de 2 graus está ficando menor à medida que as emissões globais dos GEE aumentam devido à queima de combustíveis fósseis.
"Um grau Celsius de aumento da temperatura está associado com perda de 10% da produtividade na agricultura. Para nós, isso significa perder cerca de 4 milhões de toneladas de grãos de alimentos, representando em torno de US$ 2,5 bilhões. Isso é cerca de 2% do nosso PIB", exemplificou o primeiro-ministro de Bangladesh, xeique Hasina, em resposta ao relatório.As nações mais pobres são as mais vulneráveis, pois enfrentam maior risco de seca, escassez de água, quebra de safra, pobreza e doenças. Em média, elas podem ver uma perda de 11% do PIB até 2030 devido às alterações climáticas, afirmou a Dara.
Entre o final de novembro e o início de dezembro, representantes de mais de 190 países estarão reunidos em Doha (Catar) para a 18ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COP-18). Um dos principais temas a serem debatidos na cúpula será a prorrogação do Protocolo de Kyoto, uma vez que a primeira fase do tratado expira no último dia de 2012. O problema é que além dos Estados Unidos, que nunca o ratificaram, outros governos desenvolvidos têm deixado o acordo de lado nos últimos meses, como Canadá, Rússia e Japão.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Senado aprova MP do Código Florestal e texto segue para sanção ou veto de Dilma


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O presidente do Senado, José Sarney, durante votação do projeto de lei de conversão referente à Medida Provisória do Código Florestal. O texto original enviado pelo Poder Executivo recebeu quase 700 emendas na comissão especial mista que analisou a matéria.
Foto:José Cruz/ABr

Primeira pauta do esforço concentrado do Senado, a medida provisória que altera o novo Código Florestal foi aprovada em plenário na tarde de terça-feira, 25 de setembro, por meio de votação simbólica, e agora será encaminhada para sanção ou veto da presidenta da República, Dilma Rousseff. 
O texto original enviado pelo Poder Executivo recebeu quase 700 emendas na comissão especial mista que analisou a matéria. Nela, após muita polêmica, um acordo entre congressistas ruralistas e ambientalistas resultou no texto aprovado pela Câmara dos Deputados e, agora, pelo Senado.
Tal como ocorreu na Câmara, a medida que alterou trechos da nova legislação foi aprovada com a manutenção do texto definido pela comissão especial que analisou a proposta. A matéria precisava ser aprovada até o dia 8 de outubro, sob pena de perder a validade. A MP preenche lacunas deixadas pelos vetos de Dilma ao novo Código, aprovado no primeiro semestre.

Pontos em destaque

A versão aprovada pela comissão especial (e depois pelo plenário da Câmara) prevê que, nas propriedades de 4 a 15 módulos fiscais com cursos de água de até 10 metros de largura, a recomposição de mata ciliar será de 15 metros. A redação original da medida provisória enviada pelo governo era mais rígida e determinava recomposição de 20 metros em propriedades de 4 a 10 módulos.
Entre as alterações inseridas no projeto pela comissão especial, as principais são referentes às áreas de preservação permanentes (APPs) em margens de rios e de nascentes. Os parlamentares da comissão modificaram a chamada “escadinha” proposta pelo governo federal, que estabelecia quanto das margens de rios desmatadas deveriam ser replantadas de acordo com o tamanho da propriedade.
Para que a recomposição seja feita, será criado um Programa de Regularização Ambiental (PRA) que regulamentará a permissão para que os produtores possam converter as multas ambientais em investimentos no reflorestamento de suas reservas legais e APPs.Já os parlamentares ambientalistas se deram por satisfeitos ao conseguirem impor no texto que as nascentes e olhos d’água deverão ter APPs ao seu redor de, no mínimo, 15 metros, a serem recompostos em caso de desmatamento pelos donos das propriedades. Além disso, o projeto também prevê a manutenção de 50 metros de APPs no entorno das veredas e áreas encharcadas.
Relator da medida na comissão especial, o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) foi o primeiro a defender o texto da medida. “Com esta metodologia, o Brasil passa a ter normas gerais protetoras, duramente protetoras do patrimônio florestal brasileiro”, afirmou ao portal G1.

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Integrantes da ONG Floresta Faz a Diferença promovem manifesto após aprovação no Senado e cobram veto de Dilma.
Foto: Reprodução/Facebook

O senador Jorge Viana (PT-AC), que foi vice-presidente da comissão especial, acredita que a presidenta Dilma Rousseff não vá vetar a medida aprovada pelo Congresso. "A proposta do parecer aprovado na comissão é a melhor para o meio ambiente. Defendo que ela seja mantida [...] O argumento é que o entendimento qjue foi construído aqui leva em conta a realidade das bacias hidrográficas. O parecer que sai daqui resolve o passivo ambiental brasileiro", argumentou.
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, lembrou a polêmica em torno da discussão da medida. No final de agosto, quando o texto foi fechado na comissão especial, Dilma enviou bilhete às ministras Ideli Salvatti e Izabella Teixeira questionando sobre o acordo, que desagrada ao governo.
No começo da terceira semana de setembro, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, garantiu que o governo mantém a posição de defender a exigência aos médios produtores de uma recomposição maior de áreas desmatadas, conforme previsto no texto original da medida provisória do Código Florestal. “O governo poderia ter acompanhado com mais atenção desde o começo da discussão”, criticou o senador Rollemberg.

"Veta Dilma 2"

Em 18 de setembro, você viu aqui no EcoD, as duras críticas de alguns parlamentares e organizações ambientalistas acerca da aprovação da MP na Câmara. "Entendemos que essa é a pior proposta já produzida por essa Casa. A presidenta já disse que não aceita esse texto e, para cumprir com suas promessas de campanha, ela será obrigada a vetar. Vamos entrar com a campanha Veta Dilma2 – a missão”, anunciou o deputado Sarney Filho (PV-MA).
Poucos minutos depois da aprovação no Senado, a Organização Não Governamental Floresta Faz a Diferença postou em sua página na rede social Facebook: "Medida Provisória que BENEFICIA DESMATADORES é aprovada hoje no Senado. Agora o texto segue para sanção da presidente Dilma. Pessoal, #ojogonaoacabou. Só nos resta agora o #VetaDilma 2!."


Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

Comissão aprova criação de PIB Verde para avaliar patrimônio ecológico

e72 Comissão aprova criação de PIB Verde para avaliar patrimônio ecológico
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou na quarta-feira (19) o Projeto de Lei 2900/11, do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), que estabelece o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) Verde para avaliar o patrimônio ecológico nacional.
Pelo projeto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo do PIB, divulgará também o PIB Verde, em cujo cálculo será considerado o patrimônio ecológico, além dos critérios e dados econômicos e sociais tradicionalmente utilizados.
A relatora da proposta na comissão, deputada Rebecca Garcia (PP-AM), mudou o texto que sugeria a divulgação anual do PIB Verde, argumentando que, como a metodologia será nova, talvez não seja possível essa periodicidade. Ela sugeriu ainda que os critérios sejam discutidos com a sociedade e com o Congresso para criar um índice em sintonia com as preocupações ambientais.
“Se algum tipo de índice de desenvolvimento sustentável conseguisse obter ampla aceitação e aplicação, poderia constituir valiosa ferramenta para a mudança de comportamento da sociedade, em face dos desafios socioambientais que este novo milênio apresenta”, defendeu.
Rebecca Garcia também incluiu no texto da proposta o Índice de Riqueza Inclusiva (IRI), elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU), como outro levantamento de riqueza a ser levado em conta no desenvolvimento de uma metodologia para o PIB Verde.
Origem
O PIB Verde é um indicador de crescimento econômico que leva em conta as consequências ambientais do crescimento econômico medido pelo PIB padrão, ou seja, os custos ambientais. Em 2004, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, anunciou o uso do PIB Verde como um indicador econômico para seu país. O primeiro relatório foi publicado em 2006.
Pelo indicador, os países devem atribuir o valor econômico a serviços ambientais prestados pelos ecossistemas, de modo que esses valores possam ser incorporados à contabilidade do setor produtivo, sendo também utilizados para a nova metodologia de cálculo do PIB, que passaria a ser um indicador conjunto dos processos econômicos, da sustentabilidade ambiental e do bem-estar da sociedade.
Tramitação
A matéria tramita em caráter conclusivo e será examinada pela Comissão e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: http://envolverde.com.br

Dia de Campo na TV mostra alternativa para o saneamento básico na área rural


Divulgação
Foto: Divulgação / Funasa
O jardim filtrante é uma tecnologia complementar ao saneamento básico na zona rural
O Dia de Campo na TV inédito que vai ao ar nesta sexta, dia 28, às 9h, no Canal Rural, destaca uma iniciativa da Embrapa Instrumentação para promover o saneamento básico na área rural e a destinação correta dos resíduos sólidos, de origem domiciliar: o jardim filtrante.
O jardim filtrante é uma tecnologia complementar ao saneamento básico na zona rural, que inclui fossa séptica biodigestora e o clorador Embrapa. A proposta é evitar as chamadas fossas negras, transformar o esgoto doméstico da área rural em adubo orgânico, promover o saneamento básico e proteger o meio ambiente.
Como a fossa séptica trata apenas o esgoto humano, o jardim filtrante surgiu como uma alternativa para dar um destino adequado à água cinza da residência, constituída de efluentes provenientes de pias, tanques, chuveiros e o efluente tratado da fossa. Apesar do seu poder contaminante ser bem menor que a água negra, a água cinza merece também uma atenção, já que vem impregnada de sabões e detergentes, bem como restos de alimentos e gorduras.
A fossa séptica biodigestora é um sistema que o próprio produtor rural pode fazer. O esgoto doméstico é desviado do vaso sanitário por meio de uma tubulação que vai até caixas de fibra de vidro praticamente enterradas no chão. Para uma família de cinco pessoas, a sugestão é instalar de três a quatros caixas de fibra de vidro. O adubo orgânico gerado pela fossa séptica biodigestora deve ser aplicado somente no solo, em pomares e outras plantas onde o biofertilizante não entre em contato direto com alimentos que sejam ingeridos crus.
O primeiro passo para a instalação do jardim filtrante é a escolha do local, depois abre-se uma cova com dez metros quadrados. Esse tamanho é ideal para uma família de cinco pessoas. A cova terá o fundo impermeabilizado com uma geomembrana de polietileno de alta densidade ou equivalente, preferencialmente protegida por mantas de bidim – manta geotextil de drenagem utilizada na construção civil. 
Antes da entrada do jardim filtrante, o esgoto passa por uma caixa de retenção de sólidos e uma caixa de gordura. A saída do líquido tratado ocorre por uma tubulação em forma de caximbo (conhecido popularmente como monge), que também regula o nível da água no jardim. A entrada e a saída serão instaladas em pontos opostos da caixa. O local do jardim filtrante será preenchido com brita e areia grossa.
O próximo passo é fazer uma pequena curva de nível em torno do jardim, sob a geomembrana e o bidim, isso impede que a enxurrada entre no sistema. O penúltimo passo é colocar a água. O jardim filtrante deve ficar saturado com água, mas deve-se evitar a formação de lâmina d'água, para não permitir a procriação de mosquitos. 
O próximo passo é inserir plantas macrófitas aquáticas que, durante o seu desenvolvimento, vão retirar nutrientes da água para depurá-la e ter um ambiente visualmente agradável. Podem ser colocadas flores que suportem um meio saturado com água, como copo de leite e lírio do brejo e ornamentado com pedras.
Saiba mais sobre esse processo no programa desta sexta, a partir das 9h.

Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Desmatamento na Amazônia aumentou 220% em agosto


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Focos de desmatamento na Amazônia Legal
Imagens: InfoAmazônia

Apesar de registrar uma redução de 17% no desmatamento na Amazônia Legal entre 1º de janeiro e 15 de agosto de 2012, no acumulado do mês de agosto o desmate na região teve um aumento expressivo de 220% em relação a 2011. Somente em setembro, 522 quilômetros quadrados de floresta sumiram do mapa na Amazônia, em detrimento de 163,3 km² no mesmo período do ano passado.
O alerta foi emitido pelo sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (DETER), gerenciado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e repercutiu internacionalmente, no blog da revista científica Nature. Os dados tendem a ser bem próximos do número real de desflorestamento, uma vez que a cobertura de nuvens foi irrisória nos dois períodos comparados.
O grande campeão do desmate na região foi o Pará, responsável por 43% das árvores derrubadas, seguido da líder histórico, o Mato Grosso (40%). O principal ponto de destruição foi o eixo da rodovia BR 163, a Cuiabá-Santarém, como mostra o mapa. Outro local problemático é Altamira, cidade paraense onde está sendo construída a Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

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Os novos indicadores fizeram o Ibama de deflagrar a operação Soberania Nacional, uma fiscalização nos pontos mais críticos do Pará e Mato Grosso para autuar desmatadores e apreender máquinas. O Ministério do Meio Ambiente afirmou que a operação conta com 300 agentes em campo.
O MMA declarou que o aumento do desmate neste período ocorreu devido a uma antecipação dos meses de maior derrubada, entre agosto e outubro, meses de seca na região. Os principais fatores para tal fato foi a quebra da safra de milho nos EUA e a alta do ouro no mercado. Segundo o órgão, o sistema já começou a registrar uma redução do desmate neste mês de setembro.


Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Brasil deverá colher 82 milhões de toneladas de soja na safra 2012/2013


Produção/Canal Rural

Área de plantio da oleaginosa é a maior já cultivada no país

A safra brasileira de soja 2012/2013 deve entrar para a história. Os recordes de preços associados a um prognóstico positivo para o clima poderão levar o país a colher 82 milhões de toneladas da oleaginosa.
A área de plantio é a maior já cultivada no país. De acordo com a agência Safras & Mercado serão 26,498 milhões de hectares, o que representa 8,4% a mais que o semeado na safra 20112012.
– O que motivou isso foi a quebra da safra americana, novamente, mais forte do que a passada. Os estoques foram muito baixos, praticamente faltando produto no mercado. O preço, em função disso, subiu muito. Houve ganho expressivo para quem plantou soja – explica o analista de mercado Farias Toigo.
Quem se prepara para plantar está confiando na previsão da meteorologia que promete uma safra com condições climáticas favoráveis a soja.
Se os prognósticos se confirmarem, a safra brasileira poderá chegar a 82,295 milhões de toneladas . Em Mato Grosso, maior Estado produtor de soja do país, o clima também  é  de euforia. O produtor Elso Pozzobon vai ampliar a área de soja na sua propriedade no município de Vera,  de 3,1 mil hectares para 3,420 mil hectares . Para não perder o momento de alta de preços da soja, antecipou a venda de 70% da safra que vai começar a plantar nos próximos dias, quando a chuva retornar ao Estado.
A comercialização antecipada tem sido uma tendência no mercado. Analistas acreditam que, nessa safra, as negociações estão ainda mais aceleradas. De acordo com Safras & Mercado, 43% da produção de 2012/2013 já foi vendida. No ano passado, nessa mesma época, o volume de negócios com preços pré-fixados era de 22%. Para quem acompanha diariamente a volatilidade dos preços da soja, é preciso ficar atento às oportunidades.
– Em março, abril e maio, os preços poderão ceder um pouco. Mesmo assim, esses preços serão bons para os produtores. Por isso, a gente recomenda travar seus custos, vender um pouco, aproveitar esses preços muito altos. Foram preços nunca vistos até agora – aconselha o analista de mercado Farias Toigo.
Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

Madeira plástica evita derrubada de árvores para fabricar móveis


a31 300x225 Madeira plástica evita derrubada de árvores para fabricar móveis
Para cada 700 quilos de madeira plástica, uma árvore é preservada e 180 mil sacolas plásticas são retiradas da natureza. Os Estados Unidos utilizam o material há aproximadamente 20 anos.
Começa a crescer no Brasil o uso de um material que permite evitar a derrubada de árvores para fabricar móveis: é a madeira plástica.
Madeira é um produto em alta no mercado internacional e quanto maior a procura, maior a área de florestas derrubadas, mas hoje já possível obter madeira sem precisar derrubar uma árvore sequer e o melhor, a partir dos plásticos que a gente descarta como lixo.
O ponto de partida para a produção de madeira plástica, numa fábrica no Rio de Janeiro, é o Polietileno de Alta Densidade (PAD). “Esse tipo de plástico é encontrado nos frascos de detergente, amaciante, água sanitária, xampu e todos os frascos de óleo do seu carro e outros que estão por aí”, fala o diretor da Cogumelo, Daniel Pilz.
Depois de triturado, e transformado em grãos, o plástico já está pronto para virar madeira. Acompanhamos a linha de montagem dos produtos de madeira plástica da empresa, uma das maiores do país.
O plástico moído é sugado por uma tubulação até o misturador. Ele recebe pigmento e um produto químico que dá aderência de madeira. Isso vira uma massa aquecida a 180 graus para ser rapidamente resfriada em água gelada, para condensar, a aproximadamente dez graus centígrados. É assim que nasce a madeira plástica.
A madeira plástica é resistente ao sol e ao frio. Tem vida útil longa: dura em média 50 anos. É impermeável, fácil de limpar e manusear, e mais: cupins não gostam de plástico e se alguém colar chiclete ou pichar é simples de retirar.
Em termos de preço, a madeira plástica ainda é, em média, 30% mais cara que a natural, mas os fabricantes dizem que basta a produção aumentar para o preço cair.
A lista de produtos feitos com madeira plástica já não é só de móveis. A empresa fabrica dormentes para ferrovias e tampas de bueiros, 30% mais leves que as feitas de ferro fundido.
São mil unidades por mês, principalmente para prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro, que viram uma forma de inibir a ação de quadrilhas que roubam as tampas para vender o ferro.
Também da fábrica saíram 40 bancos e três pontes que hoje estão no Parque Nacional de Itatiaia, e os bancos que enfeitam a praça de um shopping do Rio. O resultado é um produto que, de bater o olho, passa fácil por madeira.
Não há números oficiais sobre produção de madeira plástica no Brasil. O que se sabe é que o número de fábricas é muito reduzido e a madeira convencional lidera com folga a preferência dos consumidores.
Bem diferente da situação nos Estados Unidos. No país, a madeira plástica chegou com força. É um mercado que já existe há aproximadamente 20 anos e a madeira plástica é usada em boa parte dos ambientes externos.
Os americanos gostam porque requer menos manutenção, resiste a mofo, não apodrece e o desgaste com sol, maresia, umidade é menor – 35% das varandas e pátios dos Estados Unidos são feitos com madeira plástica. São árvores sendo poupadas.
Um deck de cem metros quadrados equivale a duas árvores de ipê. Existem pelo menos quatro tipos do que se pode chamar de madeira plástica. Eles variam de acordo com a porcentagem de madeira, PVC e polietileno usados na mistura.
O Mike Danzilio é um empresário que trabalha com isso há 25 anos e acompanhou o aparecimento da madeira plástica no país. Ele conta que adaptou o próprio negócio ao produto porque é isso que as pessoas querem. “Os americanos aprovam a madeira plástica, mas não porque é um produto verde”, explica Mike. Segundo ele, o que pesa na decisão da classe média americana é o bolso. “É uma decisão de manutenção e econômica”.
Uma varanda feita de madeira plástica custa cerca de três vezes mais na hora da compra, mas a madeira natural exige manutenção, e isso é caro no país.
Fazendo as contas, com o passar dos anos, se gasta menos com o material alternativo e menos trabalho e mais economia é justamente o que os americanos mais gostam.
No Brasil, apenas numa fábrica, são produzidas 200 toneladas de madeira plástica por mês. Em seis anos de produção, evitou-se o corte de 180 mil árvores, o equivalente a 400 campos de futebol cobertos de florestas. Diante disso, fica a pergunta: o Brasil precisa mesmo desmatar para produzir madeira?

Fonte: http://envolverde.com.br

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Temperaturas elevadas podem aumentar risco de morte precoce



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Brisbane tem verões quentes e úmidos. Foto: scsmith4

Um estudo realizado pela Universidade de Tecnologia de Queensland, na costa leste da Austrália, constatou que as altas temperaturas podem desencadear problemas cardíacos. Infarto e derrame são duas consequências que a exposição ao sol podem trazer. Além disso, o calor extremo pode alterar a pressão arterial, a espessura do sangue, as taxas de colesterol e a frequência cardíaca.
A pesquisa, que foi publicada na revista Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes, da Associação Americana do Coração, foi a primeira a comparar a temperatura média diária com os anos "perdidos" de uma pessoa. Segundo o estudo, a cada um milhão de habitantes, cerca de 72 anos foram perdidos em decorrência de morte cardiovascular prematura.
Um dos pesquisadores responsáveis pelo trabalho, Cunrui Huang, sinalizou a importância dessas descobertas, devido ao momento vivido pelo planeta, com mudanças climáticas e índices de obesidade e diabetes.
Para o professor e coautor do estudo, Adrian Barnett, se as pessoas passassem cerca de duas horas em um ambiente de clima temperado haveria possibilidade de reduzir mortes por doenças do coração e do sistema circulatório.

Estudo

Foram coletados dados diários da temperatura da capital de Queensland, Brisbane, entre os anos de 1996 e 2004. Após a análise, os pesquisadores compararam as mortes relacionadas a doenças cardiovasculares nesse mesmo intervalo. De acordo com eles, o problema pode acontecer em períodos de calor e frio. Porém, o número de mortes foi maior durante as temperaturas elevadas.
Brisbane tem verões quentes e úmidos, e invernos amenos e secos. Foram registrados, como temperatura média diária, 20,5°C, com ondas de calor em 1% dos dias e de frio em outro 1%. Os termômetros marcaram um pico de 29,2°C e um mínimo de 11,7°C.


Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

Embalagens sustentáveis vão além da capacidade de reciclar


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Uma ideia do Unplug Design, no qual a embalagem vira uma bola
Foto: Divulgação

Apesar de pouco importantes para muita gente, as embalagens são grandes vilãs da natureza. A produção, utilização e descarte delas implicam em impactos ambientais, visto que a embalagem, ao final de seu processo de consumo, inevitavelmente acaba como lixo urbano.  A questão é: existem maneiras possíveis de torná-la sustentavelmente bem sucedida, seja pelo uso de materiais, seja pelo processo de fabricação ou pelo seu consumo consciente?
Segundo a designer Babi Tubelo, os materiais, a logística e a reciclabilidade estão entre as principais ferramentas a caminho de um design de embalagem visando a ecologia ambiental, imprescindível no mundo moderno. Quanto mais diversidade de material em uma mesma embalagem, mais será seu impacto para o meio ambiente. Já o uso de apenas um material facilita sua reciclagem.
A embalagem sustentável deve atender pelo menos a três dimensões:
  • Garantir a proteção ao produto;
  • Escolher aquela que implica menos impactos ambientais, medidos segundo a Análise do Ciclo de Vida (ACV) do produto;
  • Saber como os materiais de embalagens são destinados no fim de vida útil, seja por compostagem, aterro sanitário, reciclagem química, reciclagem mecânica ou reciclagem energética.
Segundo especialistas, o ato de projetar produtos em prol da sustentabilidade é tecnicamente possível. Para que isso ocorra são necessárias mudanças de comportamento e alterações nos padrões da sociedade, a fim de que alternativas inovadoras de design sejam, de fato, bem aceitas.

Economia em material e logística
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Embalagens de ovos utiliza menos material e pode ser melhor empilhada
Foto: Divulgação

Economizar no material e facilitar a logística são aspectos essenciais para uma embalagem ser considerada sustentável. E muitas vezes não se dá muita importância a esses dois pontos. Mas, não é assim que pensa a designer húngara e estudante de graduação Otília Andrea Erdelyi. Ela redesenhou a embalagem de ovos, tornando-a ainda mais minimalista, materialmente eficiente e visualmente atraente.
Além de economizar matéria-prima, a caixa de ovos, chamada de Erdelyi, foi projetada para ser empilhada facilmente. Os ovos são colocados em forma de elipse e para o consumidor retirar os ovos da embalagem basta inclinar uma das laterais.

Embalagens recicláveis

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Para transformar a embalagem em cúpula de abajur, basta desdobrar a caixa, vira-la ao contrário e instalar a lâmpada
Foto: Divulgação

Outro ponto mais conhecido e também essencial, para se alcançar uma embalagem sustentável, está no seu poder de reciclabilidade, ou seja, a capacidade que ela tem de ser aproveitada depois de utilizada.
Atualmente, com a grande preocupação ambiental, muitas indústrias estão inovando os seus produtos, fabricando embalagens que podem ser recicladas após serem utilizadas.
Um exemplo está na lâmpada de última geração Lemnis Lighting, já mostrada aqui no EcoD, que desenvolveu uma embalagem capaz de se transformar em uma luminária para acomodá-la.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Câmara dos Deputados aprova Medida Provisória do Código Florestal


Agência Brasil
Texto aprovado é o parecer da Comissão Mista que analisou matéria

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça, dia 18, a Medida Provisória (MP) do Código Florestal. Depois de superar obstrução de partidos da oposição, os deputados da base aliada, com apoio de parte da Frente Parlamentar da Agropecuária, votaram a MP.

texto aprovado é o parecer da comissão mista que analisou a matéria. O texto também retoma pontos considerados prioritários pelo governo que foram excluídos na votação do projeto do Código Florestal na Câmara, como a proteção de apicuns e salgados.

De acordo com a matéria, entretanto, a recomposição de APP onde existir atividade consolidada anterior a 22 de julho de 2008 será menor para imóveis maiores, em relação ao previsto na MP original. O replantio também poderá ser feito com árvores frutíferas, tanto na APP quanto na reserva legal.

Em vez de 20 metros, a APP em torno de rios com até 10 metros de largura poderá ser de 15 metros. A exigência menor abrange imóveis de até 15 módulos fiscais. Na MP original, o limite dessa faixa era de 10 módulos.

Nos casos de tamanho maior da propriedade ou do rio, o mínimo exigido de faixa de proteção passou de 30 para 20 metros e deverá atender a determinação do Programa de Regularização Ambiental (PRA), conduzido pelos Estados.

MP do Código Florestal pode ter limites de proteção vetados

Para o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), vice-líder do DEM, o eventual veto presidencial das mudanças feitas na comissão significa “um verdadeiro estelionato legislativo aplicado na comissão mista”.

Imóveis menores

A chamada “escadinha” não teve mudanças para as pequenas propriedades (até quatro módulos). Independentemente da largura dos rios, imóveis com até um módulo fiscal devem recompor a APP com cinco metros em torno do curso d’água.

Se maior que um módulo e até dois módulos, a recomposição deverá ser de oito metros. Acima de dois e até quatro módulos, a APP deverá ter um mínimo de 15 metros.

Para nascentes e olhos d’água, a exigência de recuperação da APP aumentou no caso de imóveis até dois módulos fiscais. Enquanto na MP original a vegetação deveria ocupar cinco metros (até um módulo) ou oito metros (maior que um e até dois módulos), o texto aprovado exige 15 metros de todas as propriedades.

Outra mudança incluída na lei é a permissão de recompor cinco metros em torno de rios intermitentes com até dois metros de largura para qualquer tamanho de propriedade.

Todas as metragens serão contadas a partir da borda da calha do leito regular, e o plantio de espécies exóticas e frutíferas não precisará de autorização prévia do órgão ambiental.

Lagos e veredas

O texto original da MP permanece o mesmo para áreas consolidadas em torno de lagos naturais e veredas (terreno brejoso com palmeiras):

Lagos e lagoas naturais:

– até um módulo fiscal: 5 metros de APP;
– maior que um e até dois módulos: oito metros de APP;
– maior que dois e até quatro módulos: 15 metros de APP;
– maior que quatro módulos: 30 metros de APP.
Veredas:
– até quatro módulos fiscais: 30 metros de APP;
– maior que quatro módulos: 50 metros.

Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Energia eólica: um setor que caminha com as próprias pernas


economia 300x221 Energia eólica: um setor que caminha com as próprias pernas
Para a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo, o quadro positivo que se desenha para o setor no país é impulsionado pela competitividade da energia dos ventos e não por incentivos do governo.
Hélices gigantes, instaladas sobre torres de até cem metros de altura, que giram impulsionadas pelo vento e produzem energia elétrica que chega a tomadas em todo o país. Assim funciona a energia eólica. A presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo, afirma: “o setor caminha sozinho e não precisa de incentivos do governo”.
Segundo a Abeeólica, a energia dos ventos é hoje responsável pela geração de dois gigawatts (GW), o que equivale a 1,5% dos mais de 110 GW produzidos no país. A energia hidrelétrica é, de acordo com dados do Ministério de Minas e Energia, responsável por quase 80% deste total. Porém, o crescimento do setor eólico tem se acentuado nos últimos anos, ultrapassando as expectativas do governo e das próprias indústrias. Atualmente são 71 parques eólicos, instalados em nove Estados, e 94 empresas cadastradas na associação.
A Abeeólica estima que em 2020, os ventos brasileiros gerem 20 GW de energia, um número positivo, mas ainda distante do potencial de 300 GW de capacidade instalada que o país possui.
Nesta entrevista concedida à jornalista da Envolverde, Alice Marcondes, Elbia Melo fala dos investimentos em energia eólica no Brasil, do crescimento desta indústria e das perspectivas de futuro.

O Brasil está entre os quatro países do mundo que mais cresceram nos últimos anos no setor eólico. Que fatores impulsionam este crescimento?
O fator central que impulsiona o mercado de eólica no Brasil é o grande potencial de geração que o país tem. São 300 GW de potencial estimado. Além disso, o país sempre investiu em fontes renováveis, principalmente com as hidrelétricas, e a fonte eólica se tornou muito competitiva nos últimos três anos, porque o custo de sua produção caiu e ela se tornou uma fonte barata.
O que puxou esse custo para baixo? Houve incentivo do governo?
Não houve nenhum tipo de incentivo por parte do governo. A fonte eólica, desde 2009, quando realmente se tornou importante na matriz energética do país, ganhou espaço por competitividade. O que baixou mais ainda os custos de produção foi o avanço tecnológico. A tecnologia de geração de energia pelos ventos evoluiu muito, principalmente nos últimos dez anos. Esta evolução fez com que o custo de produção caísse e ela se tornasse mais competitiva no Brasil.
As pesquisas que proporcionaram essa evolução tecnológica são brasileiras?
Não. Vêm de fora. O Brasil não investiu em tecnologia de eólica justamente porque é uma tecnologia cara e o país não precisava, porque já tem fontes renováveis o suficiente. Quem investiu em tecnologia eólica foram os que realmente precisam, os países da Europa e os Estados Unidos. O Brasil está apenas colhendo os benefícios dessa evolução. O único investimento que o governo brasileiro fez foi em 2004, quando houve um programa de incentivo na contratação de 1.400 megawatts (MW) apenas. Desde então houve um grande ganho de tecnologia e a eólica não precisou mais de incentivo do governo. Em 2009, ela entrou no processo de leilão, foram vendidos 1.800 MW, o que é muito superior aos 1.400 do passado, e já foi de forma competitiva. De 2009 a 2011, já foram vendidos 6,7 GW de eólica a preço competitivo.
O crescimento do setor eólico está dentro das expectativas da Abeeólica?
O crescimento é muito superior à nossa expectativa. Ninguém esperava que a fonte eólica fosse crescer dessa maneira tão rápida. Este crescimento surpreendeu até os investidores da fonte eólica. Agora, já passamos da fase da surpresa e estamos colhendo os benefícios. Então os investidores têm expectativas e estão fazendo investimentos de longo prazo. Acreditamos que decididamente a fonte eólica já faz parte da matriz elétrica brasileira, veio para ficar e é uma importante fonte para o país.
O potencial da eólica é superior ao potencial da hidrelétrica?
Sim. O potencial hidrelétrico hoje é de mais ou menos 250 GW. Deste total já foram aproveitados cerca de 30%, o que equivale a 75 GW. Assim, ainda resta algo em torno de 180 GW de potencial. Porém, este potencial restante está em regiões mais difíceis, mais distantes, como a região amazônica. Isto traz muita dificuldade em termos de licenciamento. Então além do potencial da hidrelétrica ser menor, já que a eólica tem potencial de 300 GW, ela ainda tem estes entraves.
Nestes 300 GW está incluso o potencial de energia eólica offshore (torres instaladas nos mares e oceanos)?
Não. Ainda conseguimos estimar esse potencial. Não começamos a pensar nisso ainda.
As torres e as turbinas utilizadas nos parques eólicos brasileiros são produzidas aqui?
A gente produz cerca de 60%, que é uma obrigatoriedade que o país estabelece para qualquer indústria.
Quais as vantagens socioambientais da energia eólica?
São muitas. Primeiro ela não emite CO2 na geração. Segundo, a fonte eólica convive com as demais atividades econômicas. Quando ela chega a uma determinada região, onde já existe, por exemplo, agricultura ou pecuária, ela convive com essa atividade. Você não precisa deixar de plantar soja ou arroz para montar o parque eólico. Isto é muito importante do ponto de vista ambiental e do ponto de vista socioeconômico, porque ela leva mais renda para as regiões. Outra característica interessante é que o maior potencial de ventos está justamente em regiões improdutivas, que não tinham atividade econômica, como é o semiárido. Então a eólica se torna uma fonte de renda para regiões que eram muito pobres.
Uma usina de energia eólica gera uma quantidade de empregos equivalente a uma usina hidrelétrica?
Não, até porque a complexidade da eólica é bem menor. Montar uma aerogerador é muito parecido como montar um lego. Não precisa de tanto concreto, de cimento, nem de todo aquele aparato para fazer a construção. Porém, mesmo assim, ela gera muitos empregos nas regiões. Atualmente são 12 milhões de empregos na indústria e até o final de 2020, com todos os investimentos que estão sendo feitos, serão 280 mil empregos.
O governo poderia fazer algo para incentivar ainda mais esse crescimento?
O processo de leilões, que é bem competitivo, já é suficiente. O governo deve incentivar aqueles setores que realmente precisam e a eólica não está precisando. O que é importante para a indústria eólica é uma perspectiva de longo prazo, de que ela vai participar da matriz. Incentivo à indústria eólica não tem e não precisa. (Envolverde)
Nota
- Um gigawatt (GW) equivale a um bilhão de watts (W) ou a mil megawatts (MW).

Fonte: http://envolverde.com.br

Sobre a briga do impacto ambiental contra o desenvolvimento econômico


ec2 300x228 Sobre a briga do impacto ambiental contra o desenvolvimento econômico
A grande maioria de nossos leitores provavelmente desconhece a malha jurídico-administrativa que preside o processo de concessão de licenças para qualquer obra que implique impacto socioambiental. Assim, pode ser induzida a supor que governos e empresas, quando iniciam novos empreendimentos – dos quais, diga-se logo, o país não pode abrir mão – estão sempre, insensivelmente, ameaçando o meio ambiente ou deslocando de seus habitats (em regra miseráveis) comunidades, índios ou quilombolas.

Não é assim. O desenvolvimento do país – sem o qual nada conseguiremos, a começar pela conservação da biodiversidade – não é inimigo do conservacionismo, nem este pode ser arguido para impedir a melhoria das condições de vida das populações, a produção de alimentos, geração de emprego e renda, o crescimento econômico e a riqueza. Pois a questão é esta: criar riqueza, sem o que estaremos obrigados a socializar pobreza, sonho de muitos fundamentalistas, para os quais, ao invés do desenvolvimento de todos os nossos povos, devemos construir parques antropológicos e neles confinar as populações marginalizadas da civilização, para servirem de universo de pesquisa para dissertações de mestrado, ou bolsas de estudo-vilegiaturas em Paris, Londres ou Nova York. Ora, desde que o mundo é mundo, o homem transforma a natureza em seu benefício. E assim devemos fazê-lo, tirando proveito da tecnologia para mitigar impactos ambientais.
A questão fundamental  é mesmo esta: para uns (normalmente ambientalistas e conservacionistas moradores dos grandes centros urbanos), se o desenvolvimento é inevitável, devemos, pelo menos, manter na miséria as populações depredadas pela empresa colonial e esquecidas pela civilização.
Entre o planejamento e o início de obras que lhe darão corpo, qualquer projeto percorre, a passo de cágado, um processo de anos no qual interferem centenas de técnicos e funcionários, vários ministérios e um sem número de repartições, como o Ibama e o Incra, os Ministérios Públicos (os estaduais e o federal), os Tribunais de Contas (os estaduais e o da União) e o Judiciário. São longas e arrastadas as discussões sobre a competência da autoridade licenciadora (organismos municipais, estaduais e a União), pois a legislação é concorrente, penosa e autorização para pesquisa de campo (fauna, flora e solo) necessária para instruir os pedidos de licença (e várias são as licenças), as autorizações para supressão vegetal, ora na órbita federal, ora na órbita estadual, ora em ambas, às vezes passam das dezenas as audiências públicas a comunidades direta ou indiretamente atingidas, mobilizando entre outros órgãos, ora a Funai, quando há a presença ou a suspeita da presença de comunidades indígenas, ora, quando o impacto é sobre áreas ditas de descendentes de quilombolas, ONGs as mais diversas e das mais diversas nacionalidades, além da Fundação Palmares.
Isso não é tudo, porém, pois há o que chamaremos de “questões processuais”, caso das exigências relativas ao licenciamento ambiental, como os Estudos de Impacto Ambiental, os EIA, e os Relatórios de Impacto Ambiental (Rima),  reuniões técnicas, contratação de empresas especializadas e credenciadas (e, competentes ou não, muito caras) para preparar projetos ambientais e socioeconômicos e atender às demandas, até chegar ao licenciamento, sempre carregado de condicionantes de ordem a mais vária, desde alterações técnicas do projeto original e limitações de sua abrangência, até melhorias sociais e intervenções econômicas, tudo compartilhado entre o Ibama e as autoridades estaduais, no que se constitui o Sisnama (Sistema Nacional do Meio Ambiente), sob o controle do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), e suas resoluções.
Aí se instala, regente, um emaranhado de leis, decretos, resoluções, portarias, despachos interlocutórios, exigências cabidas e descabidas, estas simplesmente protelatórias, e mais isso e mais aquilo, segundo o talante do tecnoburocrata de plantão, em regra sem compromisso com os projetos estratégicos do país, sem compromisso com os custos derivados da dilação dos prazos das obras, fazendo explodir os orçamentos, sem compromisso com nada, enfim. Para esse funcionário público, o calhamaço que repousa em sua mesa não tem nome nem representa um projeto concreto de melhoria econômica ou social, uma razão, um objetivo a colimar. Trata-se, simplesmente, de um número, uma papelada que atrapalha sua vida. Seu significado intrínseco é irrelevante, e irrelevante para a sociedade e o país sua concretização. E sem responder pelas consequências econômicas de seus atos ou de sua inação, pois, temeroso de amanhã ser processado pelo MP ou pelo TCU, é mais fácil que o funcionário público (e haveremos de concordar que, nas circunstâncias, isto é explicável) tender a adiar ou mesmo evitar qualquer despacho que implique decisão: nada fazendo, por nada pode ser responsabilizado. E assim se imuniza contra qualquer ação de qualquer auditoria ou de qualquer procurador em ócio remunerado.
Ilustro como exemplo do qual tive de viver diretamente. Nos termos de Tratado firmado pelo Brasil e a Ucrânia, e homologado pelos Congressos de ambos os países, foi constituída em 2007 uma empresa binacional, a Alcântara Cyclone Space (ACS) – da qual fui seu primeiro diretor-geral brasileiro –, com a incumbência de construir o sítio de lançamentos do foguete Cyclone-4 em Alcântara, no Maranhão, o qual, associado ao Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), da Aeronáutica, constituiria a base de um grande complexo espacial, atraindo investimentos em ciência e tecnologia, projeto da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Para examinar o primeiro pedido de licença, o Ibama determina à ACS (que para isso contratou empresa especializada e obteve licença das autoridades ambientais maranhenses) a pesquisa de fauna, flora e solo da área onde se pretendia erguer o empreendimento, área essa, esclareça-se, já desapropriada pela União e seus proprietários conhecidos já indenizados, embora permanecessem nas mesmas moradias. Procedimentos pré-pré-preliminares, como se vê. Os técnicos de campo, porém, já no primeiro dia foram impedidos de proceder aos levantamentos exigidos. O juiz federal titular da 5ª Vara (Seção Judiciária do Maranhão), atendendo à “Ação Cautelar Inominada” interposta pelo Ministério Público, condenou a ACS a retirar-se dos povoados ditos de descendentes de quilombolas, com seus técnicos e equipamentos, sob pena de multa (R$ 100 mil diários). Juiz e Ministério Público basearam-se em parecer de antropólogo no qual se afirma que no povoado de Mamuna, em Alcântara, os trabalhos da ACS haviam avançado sobre “áreas nas quais residiriam os que chamam de encantados, seres sobrenaturais (…) que contribuem, em muitos casos para a sustentabilidade dos ecossistemas”, os quais, moradores em rochas na praia, “por (…) terem sido perturbados, teriam se afastado dali” (fls.61/82 do Processo nº 2008.37.00.003691-5).
Resumindo a opereta bufa: a obra ficou parada um ano e quatro meses, carreando um prejuízo de milhões de dólares. Sem mais poder fazer, a ACS e a União se viram obrigadas a aceitar acordo em Assentada, de 5/11/2008 renunciando à área cedida, por força do Tratado, indo o projeto do sítio de lançamentos do Cyclone-4 abrigar-se nos limites do Centro de Lançamentos da Aeronáutica (graças ao empenho pessoal do então ministro da Defesa, Nelson Jobim). A empresa, todavia, teve de retomar todo o processo de licenciamento, para, dois anos  passados obter a Licença Prévia (LP), em 5/4/2010. Mas o tempo perdido não foi recuperado e o projeto sofre atrasos que nos desmoralizam diante de nossos sócios e da comunidade internacional e podem comprometer sua viabilidade comercial.
O projeto de construir em Alcântara, um dos mais miseráveis municípios do Maranhão, um dos mais pobres estados da Federação, um centro de pesquisa, produção e aplicação científica e tecnológica no nível dos mais avançados do mundo, esboroou-se, reduzido a um sítio de lançamentos de foguetes.
Quem responde pelo atraso de nosso projeto de autonomia de lançamento de satélites, fundamental para nossa segurança, para nossas comunicações, para nossa agricultura?
Quem é responsável por manter as comunidades miseráveis na miséria?
Fonte: http://envolverde.com.br

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