quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Dia de Campo na TV mostra alternativa para o saneamento básico na área rural


Divulgação
Foto: Divulgação / Funasa
O jardim filtrante é uma tecnologia complementar ao saneamento básico na zona rural
O Dia de Campo na TV inédito que vai ao ar nesta sexta, dia 28, às 9h, no Canal Rural, destaca uma iniciativa da Embrapa Instrumentação para promover o saneamento básico na área rural e a destinação correta dos resíduos sólidos, de origem domiciliar: o jardim filtrante.
O jardim filtrante é uma tecnologia complementar ao saneamento básico na zona rural, que inclui fossa séptica biodigestora e o clorador Embrapa. A proposta é evitar as chamadas fossas negras, transformar o esgoto doméstico da área rural em adubo orgânico, promover o saneamento básico e proteger o meio ambiente.
Como a fossa séptica trata apenas o esgoto humano, o jardim filtrante surgiu como uma alternativa para dar um destino adequado à água cinza da residência, constituída de efluentes provenientes de pias, tanques, chuveiros e o efluente tratado da fossa. Apesar do seu poder contaminante ser bem menor que a água negra, a água cinza merece também uma atenção, já que vem impregnada de sabões e detergentes, bem como restos de alimentos e gorduras.
A fossa séptica biodigestora é um sistema que o próprio produtor rural pode fazer. O esgoto doméstico é desviado do vaso sanitário por meio de uma tubulação que vai até caixas de fibra de vidro praticamente enterradas no chão. Para uma família de cinco pessoas, a sugestão é instalar de três a quatros caixas de fibra de vidro. O adubo orgânico gerado pela fossa séptica biodigestora deve ser aplicado somente no solo, em pomares e outras plantas onde o biofertilizante não entre em contato direto com alimentos que sejam ingeridos crus.
O primeiro passo para a instalação do jardim filtrante é a escolha do local, depois abre-se uma cova com dez metros quadrados. Esse tamanho é ideal para uma família de cinco pessoas. A cova terá o fundo impermeabilizado com uma geomembrana de polietileno de alta densidade ou equivalente, preferencialmente protegida por mantas de bidim – manta geotextil de drenagem utilizada na construção civil. 
Antes da entrada do jardim filtrante, o esgoto passa por uma caixa de retenção de sólidos e uma caixa de gordura. A saída do líquido tratado ocorre por uma tubulação em forma de caximbo (conhecido popularmente como monge), que também regula o nível da água no jardim. A entrada e a saída serão instaladas em pontos opostos da caixa. O local do jardim filtrante será preenchido com brita e areia grossa.
O próximo passo é fazer uma pequena curva de nível em torno do jardim, sob a geomembrana e o bidim, isso impede que a enxurrada entre no sistema. O penúltimo passo é colocar a água. O jardim filtrante deve ficar saturado com água, mas deve-se evitar a formação de lâmina d'água, para não permitir a procriação de mosquitos. 
O próximo passo é inserir plantas macrófitas aquáticas que, durante o seu desenvolvimento, vão retirar nutrientes da água para depurá-la e ter um ambiente visualmente agradável. Podem ser colocadas flores que suportem um meio saturado com água, como copo de leite e lírio do brejo e ornamentado com pedras.
Saiba mais sobre esse processo no programa desta sexta, a partir das 9h.

Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

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