sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Produto biológico pode abreviar primeiro corte de eucalipto

 
Experimento científico desenvolvido no mestrado em Agronomia da Unoeste – Universidade do Oeste Paulista, consegue selecionar na região de Presidente Prudente cinco bactérias que podem ser utilizadas como inoculante na produção de mudas de eucalipto. Produto biológico que pode abreviar o primeiro corte, diante da constatação de ganho no crescimento da planta, com maior altura, mais massa de folhas e maior resistência às doenças.
A pesquisa foi realizada pela bióloga Ana Lígia de Lima Moreira e resultou na dissertação “Bioprospecção de Bacillus spp Promotores de Crescimento de Mudas de Eucalipto”. O trabalho ocorreu com 125 bactérias diferentes, com quatro repetições para ter certeza da análise estatística. A coleta foi feita em dez municípios.
Os experimentos foram desenvolvidos entre o início de 2011 e início de 2012, no laboratório de Microbiologia e no Viveiro de Crescimento de Plantas da Universidade. As mudas atingiram 50 centímetros de altura após o ciclo completo de produção. Um bom tamanho, considerando que agricultores plantam no campo, mudas de 30 a 40 centímetros.

 
Para o orientador, doutor Fábio Fernando de Araújo – coordenador do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu(mestrado e doutorado) em Agronomia – além da pesquisa em si, um fator relevante é o caráter regional. “As bactérias utilizadas como inoculante foram coletadas na região. O inoculante é todo produto biológico que contém microrganismo que promova algum benefício à planta”, explicou.
Também compuseram a banca a pesquisadora da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), doutora Andreia Cristina Sila Hirata, e o coordenador da graduação em Agronomia da Unoeste, doutor Carlos Sérgio Tiritan, que elogiaram a pesquisa e a defesa de dissertação. Houve a orientação para publicação de artigo em revista científica. “Foi um dos melhores trabalhos que já orientei”, disse Araújo.
O experimento foi desenvolvido em três fases: 1 – o isolamento de rizobactérias em municípios do oeste paulista, 2 – testes bioquímicos em laboratórios da Unoeste e 3 – seleção das bactérias. Ana Lígia bacharelou-se em Ciências Biológicas pela Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente (Faclepp) e já lecionou em escola da rede pública. Pela dedicação à pesquisa durante o mestrado, Araújo sugeriu que continue atuando no segmento da ciência, que produza outros experimentos.
Lembrando que este estudo com eucaliptos representa um avanço no setor de pesquisas do seguimento florestal. E é de grande importância.

Fonte: Painel Florestal (http://www.painelflorestal.com.br/)
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste
Créditos: Unoeste - Universidade do Oeste Paulista. FOTOS: João Paulo Barbosa.

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