terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Governo federal apresenta proposta que altera regras da pulverização aérea nas lavouras


Tadeu Vilani

Aplicações serão flexibilizadas de acordo com o ciclo de cada região do país e permitida no período após a floração das culturas


Em reunião nesta segunda, dia 17, em Brasília, representantes do governo federal apresentaram proposta de regulação para as aplicações aéreas de produtos agrotóxicos que contêm Imidacloprido, tiametoxam, clotianidina e fipronil para as culturas de algodão e de soja. Segundo a proposta, as aplicações serão flexibilizadas de acordo com o ciclo de cada região do país e permitida no período após a floração das culturas, quando não há mais visitação por abelhas.
A proposta foi construída pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em parceria com produtores. A regulamentação deverá ser publicada no Diário a Oficial da União (DOU) nos próximos dias.
— Com essa mudança, agora os produtores podem aplicar. Não existe mais aquela janela com datas específicas. O que ficou fixado é que quando realmente aparecerem as vagens, os produtores vão poder aplicar, normalmente, seguindo a bula do produto — explica o diretor-executivo da Aprosoja, Fabrício Rosa.
A aplicação só será proibida para o momento de florada da soja. Sem os defensivos, o risco de infestação por percevejos seria grande.
— Qual é o dano do percevejo?  Ele pica as vagens, danifica o grão, prejudica a qualidade, diminui o peso e abre para micro-organismos que depois acabam infectando a soja — diz Rosa.
Nas plantações de algodão haveria o risco de ataques do bicudo.
— O algodão seria a cultura mais atingida com isso, porque eles fazem três aplicações. A infestação é muito mais intensa no caso do bicudo. Causa um prejuízo muito pior — alerta o representante da Aprosoja.
O uso dos defensivos está liberado até que o governo apresente alternativas.
— O Ministério da Agricultura, a Embrapa, o próprio Ibama vão procurar com urgência no mercado internacional quais os principais produtos que possam substituir os produtos que nós temos aqui no Brasil. Vão procurar agilizar também os processos de registro que existam. Essa é a lição de casa da Anvisa, do Ibama e do Ministério da Agricultura —  afirma o deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP-RS).
O governo também promete realizar estudos para avaliar o risco desses produtos para as abelhas.



Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

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