quarta-feira, 29 de agosto de 2012

90% do lixo reciclável de SP vai para aterros sanitários


lixo 90% do lixo reciclável de SP vai para aterros sanitáriosA cidade de São Paulo produz dez mil toneladas de lixo diariamente. Deste total, pelo menos 1.786 toneladas, que poderiam ser reaproveitadas, são destinadas aos aterros sanitários.
O número demonstra a falta de interesse e respeito aos moradores da cidade que separam seu lixo reciclável e, mesmo assim, não têm garantias de que o material será realmente tratado.
A estimativa é de que 90% do lixo reciclável são destinados às áreas de descarte de lixo comum, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Serviços. Entre os materiais estão garrafas PET, caixas de alumínio e de papel.
O descaso é atribuído, pela Secretaria Municipal de Serviços, à própria população que não separa os resíduos. Já o diretor-executivo da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), Carlos Silva Filho, apesar de concordar com a secretaria, aponta outros fatores para o baixo percentual de reciclagem. Ele afirma que de um lado faltam ações de incentivo à separação e de outro é necessário que São Paulo crie um programa de expansão da coleta seletiva.
A prefeitura, por sua vez, defende-se afirmando que a são realizadas ações educativas e que o material reciclável aumentou 20 toneladas por dia, em 2003, para 214 toneladas neste ano.
Entretanto, a reportagem do Metro ressaltou que o fato de separar e destinar corretamente o resíduo sólido para centrais de triagem não garante o tratamento do material. Neste ano, o mesmo veículo mostrou que as 21 cooperativas conveniadas com a prefeitura trabalham acima da sua capacidade e que 50% do lixo que seria reciclado em tais centrais destina-se, infelizmente, aos aterros sanitários.
A Secretaria de Serviços afirma que implantará mais quatro centrais de triagem e desapropriará áreas para a construção de mais sete. A capital de São Paulo possui atualmente 21 pontos de reciclagem de resíduos.
A cidade deve se apressar, pois de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, até 2014 todos os lixões devem ser extintos, novos aterros devem ser implantados e precisar ocorrer a universalização da coleta seletiva.
Um dos prazos para o cumprimento de tais metas terminou neste mês. Trata-se dos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos, que deveriam ser desenvolvidos pelos municípios. Como lembrou o editorial da Folha desta segunda-feira (27), os que não cumprirem seus compromissos também não receberão recursos do governo federal para projetos de limpeza pública. Com informações do Metro.
Fonte: http://envolverde.com.br

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