segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Quioto 2: Austrália assinará, Nova Zelândia não

Em dezembro de 2011, durante a última Conferência do Clima (COP17), em Durban, na África do Sul, os países concordaram em estender o Protocolo de Quioto, o único tratado climático internacional, para até 2017 ou 2020.
Batizado de Quioto 2, o documento está mais enfraquecido do que o original por ter perdido importantes signatários, como Japão, Rússia e Canadá. Soma-se a esse grupo agora a Nova Zelândia.
“Nosso país respeitará as metas assumidas no primeiro Protocolo, porém, a partir de agora, se alinhará aos Estados Unidos, China e demais nações que acreditam que o tempo de Quioto passou e é hora de prepararmos um novo tratado climático para 2020”, afirmou nesta sexta-feira (9) Tim Groser, ministro de Mudanças Climáticas neozelandês.
Na última semana, a Nova Zelândia já havia
suspendido por tempo indeterminado seu mercado de carbono devido à queda de mais de 90% dos preços em 18 meses.  
A oposição ao governo está afirmando que o país está fugindo de suas responsabilidades e que arrisca perder apoio da União Europeia na política internacional.
Felizmente para o Protocolo de Quioto, um dos maiores emissores de gases do efeito estufa do planeta, a Austrália, finalmente resolveu anunciar que assinará a extensão do tratado.
“Apesar de acreditarmos que Quioto não é o suficiente para lidar com as mudanças climáticas, estamos nos comprometendo com o segundo período do acordo”, declarou Greg Combet, ministro australiano de Mudanças Climáticas.
“Porém, vamos continuar cobrando um maior engajamento dos demais países. Esperamos que até 2020 todas as nações, incluindo Estados Unidos e China, adotem metas obrigatórias de redução de emissões”, completou.
A Austrália se junta à União Europeia como um dos principais signatários de Quioto entre as nações do Anexo I, aquelas que precisam cortar emissões.
Mas ainda existem
muitas dúvidas sobre os detalhes do tratado: Quais seriam suas metas? Qual seu prazo? Que mudanças serão feitas no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)?
Espera-se que a próxima Conferência do Clima (COP18), que começa ainda neste mês no Catar, possa responder estas questões.

Autor: Fabiano Ávila  

Fonte: Instituto Carbono Brasil

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