A produção de alimentos é uma das grandes causas que cooperam para o aumento do efeito estufa. De acordo com o estudo publicado pelo centro de pesquisas CGIAR, o setor agropecuário é responsável por 29% das emissões humanas.
Os dados recém-divulgados mostram um cenário pior do que o apresentado pela Organização das Nações unidas, que apontava para uma parcela de culpa em 14% das emissões, provenientes da produção alimentar. De acordo com o estudo “Mudança Climática e Sistemas Alimentares”, a justificativa para a discrepância nos dados, é o fato de que a ONU considerou apenas as emissões da agricultura em sua análise. Enquanto o novo relatório considera também o desmatamento, o transporte e também a produção de fertilizantes agrícolas.
Além do benefício ambiental, proporcionado por sistemas mais eficientes, os países que atentassem às melhorias na produção, também poderiam obter melhoras econômicas, conforme informado no estudo e reiterado pelo diretor do programa de pesquisas da CGIAR, Bruce Campbell.
Entre as recomendações propostas está a priorização do vegetarianismo, já que a manutenção das lavouras que produzem alimento para consumo humano é menos impactante que a produção para alimentar animais, direcionados ao abate.
O órgão de pesquisa ainda fez análises sobre os impactos das mudanças climáticas no setor produtivo. No estudo “Recalibrando a Produção Alimentar no Mundo em Desenvolvimento” é feito um alerta sobre a perda na produtividade de milho, arroz e trigo, em consequência das mudanças climáticas. Assim, os países, principalmente os que estão em desenvolvimento, teriam que se adequar, substituindo-os por outros elementos. O grande desafio será produzir alimento para abastecer toda a população mundial, cuja estimativa é de nove a dez bilhões de pessoas, até 2050. Com informações do Estadão.
Fonte: CicloVivo (http://www.ciclovivo.com.br)
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