As sacolas plásticas que tantos males causam ao meio ambiente NUNCA
foram distribuídas gratuitamente. O valor sempre esteve embutido nos
preços dos produtos, apesar do consumidor desconhecer ou não querer
reconhecer. A lei aprovada em Belo Horizonte e, brevemente, em São
Paulo, na verdade não proíbe a sua distribuição, apenas explicita o
preço a ser pago. Elas continuam à disposição. O principal argumento
contrário à lei é que as sacolas “doadas” são usadas para o descarte do
lixo, e a partir de então, o consumidor terá que comprar sacos
plásticos. Nestes locais, elas estão sendo vendidas a R$ 0,19 (preço que
sempre foi pago sem conhecimento do consumidor). Os sacos para lixo
custam, em média, R$ 0,15, portanto sai elas por elas. O pensamento de
que é uma “gentileza” do estabelecimento fornecer sacolas para as
compras fez com que o consumidor levasse para casa uma quantidade maior
do que a necessária para reutilização. Este tipo de lei é uma forma de
incentivar o consumo sustentável, pois no instante em que um serviço é
pago refletimos o seu custo e, buscamos reduzi-lo. Isso acontece com a
luz e a água, por exemplo, pois o pagamento é proporcional ao consumo. E
por que esta lógica não pode valer para as sacolas plásticas e outros
tipos de embalagens? Além disso, as sacolas plásticas disponíveis, por
força da lei, devem ser biodegradáveis, produzidas a partir de amido.
Diferente das oxibiodegradáveis, que na verdade são apenas
oxidegradáveis. De bio não tem nada, pois possuem na sua composição
metais pesados que aceleram a reação de degradação, portanto a única
contribuição é sumirem dos nossos olhos em 4 meses, em vez de em 400
anos. Além disso, estes metais são incorporados ao meio ambiente
trazendo inúmeras consequências negativas, como, o provável aumento da
incidência de câncer. O caminho do lixo não se encerra quando colocamos o
saco na calçada para a coleta, ao contrário, em relação ao ambiente,
ele recém está começando porque nas áreas de disposição iniciam-se
inúmeras reações químicas que comprometem a qualidade do solo, da água e
do ar e, podem levar centenas de anos para ser concluídas. Acima de
pensar na reciclagem é preciso pensar na NÃO GERAÇÃO. O meio ambiente
exige que nos despojemos do pensar individual e passemos ao pensar
coletivo, pois a sobrevivência do Planeta depende das ações sustentáveis
e responsáveis de cada um.
Fonte: http://marta.tocchetto.com/blog
sexta-feira, 19 de abril de 2013
O CUSTO AMBIENTAL DAS SACOLAS PLÁSTICAS.
Postado Por Luciano Pazuch as 08:50
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