sexta-feira, 19 de abril de 2013

O CUSTO AMBIENTAL DAS SACOLAS PLÁSTICAS.

As sacolas plásticas que tantos males causam ao meio ambiente NUNCA foram distribuídas gratuitamente. O valor sempre esteve embutido nos preços dos produtos, apesar do consumidor desconhecer ou não querer reconhecer. A lei aprovada em Belo Horizonte e, brevemente, em São Paulo, na verdade não proíbe a sua distribuição, apenas explicita o preço a ser pago. Elas continuam à disposição. O principal argumento contrário à lei é que as sacolas “doadas” são usadas para o descarte do lixo, e a partir de então, o consumidor terá que comprar sacos plásticos. Nestes locais, elas estão sendo vendidas a R$ 0,19 (preço que sempre foi pago sem conhecimento do consumidor). Os sacos para lixo custam, em média, R$ 0,15, portanto sai elas por elas. O pensamento de que é uma “gentileza” do estabelecimento fornecer sacolas para as compras fez com que o consumidor levasse para casa uma quantidade maior do que a necessária para reutilização.  Este tipo de lei é uma forma de incentivar o consumo sustentável, pois no instante em que um serviço é pago refletimos o seu custo e, buscamos reduzi-lo. Isso acontece com a luz e a água, por exemplo, pois o pagamento é proporcional ao consumo. E por que esta lógica não pode valer para as sacolas plásticas e outros tipos de embalagens?  Além disso, as sacolas plásticas disponíveis, por força da lei, devem ser biodegradáveis, produzidas a partir de amido. Diferente das oxibiodegradáveis, que na verdade são apenas oxidegradáveis. De bio não tem nada, pois possuem na sua composição metais pesados que aceleram a reação de degradação, portanto a única contribuição é sumirem dos nossos olhos em 4 meses, em vez de em 400 anos. Além disso, estes metais são incorporados ao meio ambiente trazendo inúmeras consequências negativas, como, o provável aumento da incidência de câncer. O caminho do lixo não se encerra quando colocamos o saco na calçada para a coleta, ao contrário, em relação ao ambiente, ele recém está começando porque nas áreas de disposição iniciam-se inúmeras reações químicas que comprometem a qualidade do solo, da água e do ar e, podem levar centenas de anos para ser concluídas. Acima de pensar na reciclagem é preciso pensar na NÃO GERAÇÃO. O meio ambiente exige que nos despojemos do pensar individual e passemos ao pensar coletivo, pois a sobrevivência do Planeta depende das ações sustentáveis e responsáveis de cada um.

Fonte: http://marta.tocchetto.com/blog

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