quinta-feira, 31 de maio de 2012

Extrato de planta brasileira combate bactéria responsável por infecções hospitalares

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A planta Kielmeyera Aureovinosa era desconhecida/Foto: Mario Gomes (Extracta)

O extrato da planta Kielmeyera Aureovinosa, recém descoberta na flora brasileira, animou os pesquisadores da empresa Extracta Moléculas Naturais. A substância, nomeada Aureociclina é capaz de combater a bactéria Staphylococcus Aureus, principal causa de infecções hospitalares com alto índice de mortalidade.
A Extracta, responsável pela descoberta, vai desenvolver um antibiótico com o objetivo de solucionar o problema. Segundo o fundador da empresa e docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Antônio Paes de Carvalho, inicialmente, o remédio será criado em forma de creme para prevenir ou tratar a infecção em lesões cutâneas, conhecidas como feridas na pele. Indiretamente, o tratamento evitará que a bactéria se instale no organismo.
Embora não cause sintomas aparentes, ao penetrar no corpo, a Staphylococcus Aureus pode atingir a corrente sanguínea. A ação pode provocar infecções mais graves em órgãos e sistemas, e levar à morte.
As formas mais comuns de contaminação é por meio de sondas, cateteres mal instalados e pelo contato de médicos e enfermeiros com o paciente. Porém, Carvalho afirmou ao portal Ciência Hoje que o microorganismo já ultrapassou os limites do ambiente hospitalar. "Na comunidade, ele se manifesta, por exemplo, em clubes de luta e escolas, lugares onde normalmente há muitos machucados e as pessoas se tocam muito", destacou.

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A bactéria é resistente a meticilina/Foto: Carl Zeiss Microscopy

Descoberta

Os estudiosos, que descobriram a Kielmeyera Aureovinosa na Mata Atlântica, utilizaram etanol para extrair moléculas de 49 espécies, no total. Ao ser colocado em contato com a Staphylococcus Aureus, durante 24 horas, a planta eliminou todas bactérias.
Foi constatado que o extrato da planta é mais eficaz que a Mupirocina, antibiótico sintético utilizado, atualmente, para combater a mesma bactéria.

Extracta

A empresa, criada em 1998, realiza pesquisas para descobrir moléculas ativas contra alvos biológicos determinados e a otimização dessas moléculas para fins terapêuticos especificados.
A extracta possui uma vasta coleção brasileira de extratos e compostos derivados obtidos da flora do país, que ampara as atividades de descoberta e de desenvolvimento de novos princípios ativos, aplicáveis a industrias de saúde, agricultura, manejo ambiental, alimentos, cosméticos e fragrâncias.


Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br

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