Campo de sorgo. Grão é considerado o quinto mais importante do mundo. É utilizado como alimento, mas também passará a gerar energia/Foto: Pedro Angeles
A empresa Energias Renováveis do Brasil (ERB), especializada na geração de energia a partir da biomassa, fechou recentemente uma parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), com o objetivo de desenvolver o ligno-sorno no Brasil. Juntas, as empresas irão integrar esforços para a execução de trabalhos de avaliação agroindustrial de sorgo lignocelulósico, planta da família das gramíneas que apresenta colmos (tipo de caule) maiores para a produção de energia.
Além de buscar a produção de bioeletricidade, a parceria também irá colocar em prática um sistema que tem como meta ampliar o período de produção de biomassas da ERB, complementando sua matriz energética atual. “A cultura do sorgo tem tudo para se tornar um modelo energético interessante ao mercado, pois se adapta bem ao processo industrial e apresenta curto período de crescimento. Em no máximo 120 dias é possível plantá-lo e colhê-lo”, explicou Emílio Rietmann, diretor executivo da ERB.
Uma das metas é adequar o sistema de produção agrícola, além de obter um material adaptado com alta produtividade e poder calorífico. Com vigência de 36 meses, a parceria técnica também conta com a participação da Faped (Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento).
O sorgo (Sorghum bicolor L. Moench ou Sorghum vulgare Pers.), também chamado milho-zaburro e mapira, em Moçambique (África), é considerado por muitos especialistas como o quinto cereal mais importante no mundo, antecedido pelo trigo, o arroz, o milho e a cevada.
No Brasil, o sorgo sempre foi muito utilizado para alimentar o gado. No entanto, nos últimos anos, com o mundo cada vez mais voraz por fontes de energia renováveis, um outro tipo de sorgo voltou a despertar a atenção dos pesquisadores, o sorgo sacarino que assim como a cana serve para fazer etanol.
Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br
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