segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Agricultura irrigada: governo incentiva técnica para amenizar efeitos da estiagem

Irrigação pode ser usada em pequenas, médias e grandes propriedades agrícolas

Para amenizar os efeitos da estiagem , que já afeta dezenas de municípios do Rio Grande do Sul, o Ministério da Agricultura recomenda o uso da agricultura irrigada, que promove o uso racional da água destinada à irrigação e ajuda na preservação do meio ambiente.


Por meio de políticas de fomento à técnica, já conhecida por agricultores, e linhas de crédito específicas, como o Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra), o governo incentiva o uso da irrigação nas pequenas, médias e grandes propriedades agrícolas.

Na atual safra, o Moderinfra oferta aos produtores R$ 1 bilhão em recursos para adesão ao programa. O financiamento, com juros anuais de 6,75%, permite pagamento em até 12 anos. Com o incentivo, produtores podem se preparar para enfrentar os fenômenos climáticos que vêm afetando o setor, não apenas no semi-árido, mas em outras regiões do país, onde a irrigação é necessária.

Como complemento à prática, também deve ser incluída a drenagem agrícola nos projetos de irrigação, devido à importância no controle do excesso de água e na redução do processo de salinização das terras sob irrigação.

Irrigação como alternativa sustentável

Produtores rurais de Cristalina, no sudeste de Goiás, estão investindo no aproveitamento de recursos hídricos para aumentar a produtividade, com a preservação do meio ambiente. Hoje, o município dispõe de 45 mil hectares de lavouras irrigadas. O uso de água de forma sustentável pelos agricultores locais é considerado exemplo no Brasil e na América Latina.

— Queremos conscientizar os produtores da região sobre o uso da água das chuvas em barragens — diz o produtor rural Luiz Figueiredo, que utiliza a técnica.

A terra úmida e fértil da região favorece o cultivo de produtos como café, feijão, milho, batata, cebola, alho, tomate, trigo, soja, cevada, abóbora, ervilha e algodão. Hoje, o município produz 2,7 milhões de toneladas de alimentos por ano.

O produtor Verni Wehrmann também investiu nos sistemas de irrigação dos 2,3 mil ha da propriedade, localizada no interior de Goiás, para a produção de alho, batata, cenoura e cebola. Com mais de dois mil empregados na fazenda, ele ressalta que o sistema de irrigação permite melhor controle de pragas e doenças, resultando no menor uso de agrotóxicos e em maior qualidade nos alimentos. 

– Os produtores daqui têm a consciência de que a sustentabilidade também vem da irrigação. Armazenamos água na época das chuvas e usamos para irrigação nos períodos de seca – afirma.

Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br

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