O Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, movimento coletivo de organizações de diversos setores engajados em iniciativas de restauração no bioma, realizou nos dias 14 e 15 de março, em Campinas-SP, a 2a Oficina sobre Protocolo de Monitoramento de Programas e Projetos de Restauração, que teve como objetivo o aperfeiçoamento do Protocolo de Monitoramento elaborado pelo PACTO em fevereiro de 2011. Para a coordenação dos trabalhos, o encontro contou com os Grupos de Trabalho Técnico-Científico e de Economia da Restauração, liderados por Ricardo Rodrigues e Bernardo Strassburg, respectivamente.
Nesse ano, o encontro reuniu representantes de 27 organizações membros do PACTO e outros convidados que aplicaram o Protocolo do PACTO em campo nos últimos dois anos. Foi a oportunidade para apresentarem as experiências de aplicação do Protocolo de Monitoramento do PACTO e expor as dificuldades e vantagens do mesmo para o sucesso das suas estratégias de restauração.
Além de aperfeiçoar o documento de referencia para ações de monitoramento das iniciativas de restauração, a reunião também tratou de definir indicadores que sirvam para cálculo inicial de estimativas de biomassa e de carbono estocado em áreas de restauração. Para isso, foi realizado um encontro preparatório no dia 12 de março, que contou com a Coordenação do GT Técnico-Científico do PACTO, além de especialistas em projetos de carbono florestal, para a discussão e definição de uma estratégia que seja útil para os membros do PACTO e para subsidiar políticas públicas que orientem o desenvolvimento de um mercado de serviços associado ao sequestro de carbono via projetos de recuperação.
De modo geral, durante os 2 dias os grupos trabalharam no aperfeiçoamento do Protocolo tendo em vista, basicamente três premissas:
- O documento deve ser simplificado para facilitar a adoção do mesmo por um numero cada vez maior de instituições;
- Deve servir tanto para monitorar / orientar as ações de manejo das áreas em recuperação como para o monitoramento do sucesso da restauração em seus projetos;
- A utilização do Protocolo de Monitoramento deve propiciar ao usuário a possibilidade de orientar correções / ajustes desde a fase inicial do projeto, de forma a aumentar as chances de sucesso e reduzir seus custos.
Como resultado, deverá ser elaborado um documento bem mais aplicável em campo e útil para as organizações que o adotarem em seus projetos, uma vez que permitirá mostrar aos executores as ações corretivas capazes de aumentar o sucesso de seu projeto em função de indicadores simples e de fácil verificação e coleta. Além disso, permitirá também gerar estimativas sobre carbono (não comercializável) armazenável a partir de projetos de restauração florestal.
Os próximos passos são realizar as adaptações e revisões do novo documento e preparar o seu lançamento e divulgação para os membros do PACTO e para toda a sociedade.
Esta iniciativa foi uma realização do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e teve o apoio do Projeto Proteção da Mata Atlântica II (Ministério do Meio Ambiente, GIZ, KfW - por intermédio do Funbio) e também da Veracel Celulose e The Nature Conservancy.
Instituições participantes: Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, Ministério do Meio Ambiente, Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologias Espaciais – FUNCATE, , Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Instituto de Estadual de Meio Ambiente do Estado do Espírito Santo – IEMA-ES, Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – IPEA, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal – LERF/ESALQ-USP, Laboratório de Silvicultura Tropical - LASTROP / ESALQ-USP, Laboratório de Reprodução e Genética de Espécies Arbóreas LARGEA/ESALQ-USP, Universidade Federal do Paraná - UFPR, Universidade Federal de São Carlos – UFSCar-Araras, Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste - CEPAN, Conservação Internacional – CI-BRASIL,– ONG Natureza Bela, Associação Ambientalista Copaíba, , Instituto Floresta Viva, Organização Patrimonial Turística Ambiental, Instituto Internacional para a Sustentabilidade, Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto de Pesquisas Ecológicas – IPE, Associação de Programas e Tecnologias Alternativas, The Nature Conservany e, Empresa Arcplan, Empresa Veracel, Empresa Fibria, Empresa Bioflora.
Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br
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