segunda-feira, 25 de março de 2013

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo ultrapassa 100 Programas de Atividades registrados

Na busca de agilizar o registro de projetos, o comitê executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) criou em 2007 a figura dos POAs, ou Programas de Atividades, que permitem que novas iniciativas sejam identificadas com projetos similares já registrados, tornando assim muito mais rápida sua aprovação. Além disso, projetos que seriam muito pequenos para serem viáveis, podem se unir sob a mesmo POA e dividir os custos da entrada no mecanismo. 
Nesta semana foram registradas novos POAs, que agora chegam ao número de 116 em 42 países, sendo que outras 250 estão no chamado pipeline esperando serem aceitas.
Os três principais tipos de POAs são: eficiência energética (20%), projetos solares de 
pequena escala (19%) e projetos de redução de metano (18%). Mais de 25% de todas as POAs estão na África.
“Para a maioria dos países mais pobres, especialmente na África, projetos simples são normalmente muito pequenos para serem viáveis. O recente crescimento no número de POAs demonstra que elas são capazes de ultrapassar essa barreira e servem para estender os benefícios do MDL para regiões que antes não tinham acesso ao mecanismo”, afirmou Peer Stiansen presidente do comitê executivo.
Entre as novos POAs estão pequenos projetos hidroelétricos na China e no Brasil e fogões sustentáveis no México e em oito países africanos. 
“POAs promovem tecnologias com benefícios significantes para as comunidades locais. Esses projetos ajudam as pessoas a ganhar acesso a uma grande gama de vantagens, de energia renovável a água potável limpa”, concluiu Stiansen.
Sob o MDL, desenvolvedores de projetos recebem as Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) que podem ser vendidas para empresas e nações que precisem alcançar metas de redução de emissão de gases do efeito estufa.
No momento o mecanismo vive uma crise, com as RCEs sendo negociadas a um valor muito baixo, na faixa dos € 0,30/t, o que desestimula a multiplicação de projetos. 
Não há previsão para a melhora dessa situação, que está intimamente relacionada com o problema de excesso de créditos de carbono no Esquema Europeu de Comércio de Emissões (EU ETS).



Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br

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