domingo, 22 de agosto de 2010

Reserva Biológica Moreno Fortes em Dois Irmãos das Missões recebeu autoridades ambientais do Estado e região durante lançamento de Plano de Menejo da unidade de conservação

Um presente da natureza para a sociedade está assegurado para o futuro. O município de Dois Irmãos das Missões vive um momento importante em sua história. Na última quinta-feira (19) aconteceu o lançamento do Plano de Manejo da Reserva Municipal Moreno Fortes na Câmara de Vereadores de Dois Irmãos das Missões, na região do Médio Alto Uruguai, durante a comemoração de seu 17º aniversário de emancipação política administrativa. O Plano de Manejo é peça fundamental para a implantação da ReservaBiológica.

Criada em 19 de abril de 2004 (Decreto 018/2004) a Reserva Biológica MunicipalMoreno Fortes, dá segmento ao projeto de tornar a área uma Unidade de Conservação de Proteção Integral. Pertencente a região fisiográfica do Rio Grande do Sul denominada de Alto Uruguai, com altitudes que varia entre 400 e 600 metros, a reserva está localizada na Linha Progresso, distando 5,5 km da sede do município, e fica a 420 km de Porto Alegre. Conforme o Gestor Ambiental e Chefe do Departamento do Meio Ambiente do município, Jorge Luís Gomes de Oliveira, a área protegida municipal está cadastrada no Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC). Em seu discurso ele destacou que pelo Plano de Manejo haverá o monitoramento, cercamento e construção da sede da Unidade de Conservação. Jorge fala emocionado da sua luta incansável e de suas muitas idas à capital do estado para que essa área ambiental fosse reconhecida e legalmente implantada.
Segundo o prefeito Édison de Alencar Hermel a Reserva Biológica Moreno Forteseleva o município no cenário regional e estadual, porque será um espaço de investigação científica e educação ambiental.
- Diante da importância que significa esta Unidade de Conservação para o estado do Rio Grande do Sul, esta Reserva Biológica merece uma especial atenção por parte dos poderes públicos – afirmou Hermel.
Com relação aos recursos que demandam para a Unidade de Conservação o prefeito colocou que o município foi contemplado com R$ 617 mil da Ijuí Energia S/A, oriundos de compensação ambiental, valor que vem devido às empresas que licenciam usinas terem que pagar um valor sobre taxas para o estado, esse valor é destinado para unidades de preservação estaduais e municipais, explica o prefeito.
Segundo Secretário Estadual Adjunto do Meio Ambiente, Francisco Simões Pires, a importância da reserva é que ela abre um espaço significativo de pesquisa que está sendo preservado pelo município e será um cenário a ser investigado e trabalhado pelas universidades como a Universidade Federal de Santa Maria, Uri, Unijuí entre outras. Ele destacou que o município se deu conta que era um espaço de necessária conservação da biodiversidade. Francisco coloca que o Plano de Manejo vai determinar os usos da área com um caráter científico e vai desenvolver uma estrutura que possa permitir que a comunidade também participe dessa visibilidade, podendo ter em seu entorno posadas, para exibição e desenvolvimento da cultura.
Conforme o diretor do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap) da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Rafael Silveira, um Plano de Manejo determina o uso, ocupação e atividades possíveis. Ele disciplina de modo minucioso o que pode ou não ser realizado naquele espaço em toda sua forma de preservação, proteção e desenvolvimento. É um Plano dentro da Unidade. Ele é eclético.
De acordo com o Biólogo responsável pelo inventário da fauna e da flora da Unidade, Claudir Cardoso, o município de Dois Irmãos das Missões abriga uma área de real importância por ela ser um berçário de vegetação nativa muito grande. Segundo Claudir é um bioma da mata atlântica e abriga espécimes da fauna não encontrada em outras regiões, que são características da Região Noroeste do estado. Claudir salienta a importância da área para a pesquisa científica e educação ambiental, e o respeito para com a natureza quando de uma área de preservação.
O biólogo destaca a formação da reserva, colocando que, a Reserva Biológica tem importância Ecológica representativa para a região e o estado. A vegetação da área é caracterizada pela formação de florestas de araucárias, pinheiro brasileiro com florestas subtropical e por seu denso sub-bosque, constituídos principalmente pelas lauráceas, onde predominam as diversas variedades da canelas, mirtáceas como os guamirins, cambuis, araçaseiros, murtas entre outras, de equifoláceas como a erva mate e a caúna, de sapindáceas como o camboatã branco e o camboatã vermelho, de podocarpáceas como o pinheiro bravo e leguminosas como a bracatinga, além de diversas outras ervas ou arbustos como carqueja e vassourinha, samambaias das taperas entre outras tantas.
Também há um grande número de xaxins adultos medindo em média mais de um metro. Além da predominância de araucárias, angico vermelho e branco, grápias, ariticunzeiros, cedros, louros, canjarana, camboatã, pessegueiro bravo, timbós, timbaúvas, tarumã, além de exemplares de jaboticaba, guabirova, sete capotes, pitanga, taquara criciúma, taquara lixa, topete de cardeal, além de jerivás.
Em relação à fauna foi detectado a presença de veados, tatus, guarás, bem como das espécies ameaçadas como jaguatirica, lobo-guará, gato do mato e tucanos de espécies raras. Também inúmeros exemplares de pássaros como gavião, beija-flores, sabiás, papagaios, caturritas, além de ser comentado pelos moradores do entorno que comentam da passagem de um exemplar de leão-baio por aquele local, assim como é constante a presença de poças e virás neste mesmo local.
Durante o lançamento do Plano de Manejo na Câmara de Vereadores o secretário Adjunto do Meio Ambiente, Francisco Luis da Rocha Simões Pires e o diretor do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap) da Sema, Rafael Ferreira Engenheiro Civil receberam o Título de Cidadão Emérito Doisirmãozense pelo empenho para que a Reserva Biológica Moreno Fortes se concretizasse
- Foi um prêmio pelo trabalho que eles prestaram para a nossa comunidade destacou o prefeito Édison Hermel
- Ficamos comprometidos, felizes e emocionados com a homenagem, pois nós tornamos filhos desta terra agora - afirmou o secretário adjunto.
Na parte da tarde todos os convidados foram conhecer a Reserva Municipal MorenoFortes, visitando seu interior, observando a flora, a fauna e a cachoeira. O lançamento do Plano de Manejo da Unidade contou com a presença do prefeito de Dois Irmãos, Édison de Alencar Hermel, prefeitos e vereadores da região e autoridades da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), como do Secretário Estadual Adjunto do Meio Ambiente, Francisco Luis da Rocha Simões Pires, do diretor do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap) da Sema, Rafael Ferreira, e do chefe da Divisão de Unidades de Conservação (DUC) do Defap, Luiz Alberto Mendonça, além de inúmeras pessoas ligadas à área do Meio Ambiente, Engenheiros Agrônomos, Florestais, Civis, Biólogos, Comandante da Polícia Ambiental (Patram), Acadêmicos. Foi significativa a presença da imprensa e de público local e regional.


Saiba mais 
Plano de manejo é um projeto que determina o zoneamento de uma unidade de conservação, caracterizando cada uma de suas zonas e propondo seu desenvolvimento, estabelecendo diretrizes para o manejo da Unidade de Conservação.
Reserva biológica é uma das modalidades de Unidades de Conservação constituídas pela Lei N.º 9.985, de 18 de julho de 2000 (conhecida como lei do “SNUC” – Sistema Nacional de Unidades de Conservação)

Segundo o Artigo 10 da Lei do SNUC reserva biológica é uma área que tem como objetivo a preservação “integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade cultural e os processos ecológicos naturais.”



Jogelci do Carmo e Pricila Piccini / Da Hora 
Fonte: http://200.18.45.42:8080/dahora/geral/regiao-ganha-nova-reserva-biologica/

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Geada forte


Três cidades de Santa Catarina e outras 12 do Rio Grande do Sul registraram geada nesta terça-feira (27), segundo boletim divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A geada ocorreu nos municípios gaúcTrês cidades de Santa Catarina e outras 12 do Rio Grande do Sul registraram geada nesta terça-feira (27), segundo boletim divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A geada ocorreu nos municípios gaúchos de Passo Fundo, Lagoa Vermelha, Bom Jesus, Uruguaiana, Ibiruba, Santa Maria, Caxias do Sul, Cambará do Sul, Santana do Livramento, Campo Bom, Encruzilhada do Sul e Teutonia. Em Santa Catarina, ocorreu geada em Campos Novos, Lages e São Joaquim.
A temperatura mais baixa em Santa Catarina foi registrada em Lages (SC), onde os termômetros marcaram -3ºC.
No Rio Grande do Sul, a mínima ocorreu em Vacaria, com -2,5ºC. Temperaturas negativas foram registradas também em Cambará do Sul (RS), com -1,1ºC, e em Bom Jesus (RS), com -2,2ºC.
Em Caxias do Sul, os termômetros marcaram 5ºC. A mínima em Porto Alegre foi de 5,3ºC. (Fonte: G1)hos de Passo Fundo, Lagoa Vermelha, Bom Jesus, Uruguaiana, Ibiruba, Santa Maria, Caxias do Sul, Cambará do Sul, Santana do Livramento, Campo Bom, Encruzilhada do Sul e Teutonia. Em Santa Catarina, ocorreu geada em Campos Novos, Lages e São Joaquim.

A temperatura mais baixa em Santa Catarina foi registrada em Lages (SC), onde os termômetros marcaram -3ºC.
No Rio Grande do Sul, a mínima ocorreu em Vacaria, com -2,5ºC. Temperaturas negativas foram registradas também em Cambará do Sul (RS), com -1,1ºC, e em Bom Jesus (RS), com -2,2ºC.
Em Caxias do Sul, os termômetros marcaram 5ºC. A mínima em Porto Alegre foi de 5,3ºC. (Fonte: G1)

Aquecimento das águas é uma das causas de doenças em corais da costa brasileira


O aumento da temperatura da água do mar é apontado como um dos causadores do branqueamento e surgimento de doenças em espécies de corais na costa brasileira. Segundo o pesquisador do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Ruy Kikuchi, integrante de grupo de pesquisa Recifes Globais e Mudanças Globais, as primeiras colônias de corais branqueadas – perda da coloração por morte ou perda das algas – relacionadas aquecimento dos oceanos foram registradas na década de 90.
Desde então, os cientistas perceberam que os recifes de corais mais próximos da costa – menos de 5 quilômetros – são os que sofrem branqueamento mais intenso. “Eles ficam mais expostos ao que acontece na zona costeira”, afirmou ontem (26) o pesquisador, durante palestra na reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
O branqueamento não é provocado apenas pela alteração térmica e nem significa a extinção do coral em todos os casos – depende do tempo da descoloração –, mas deixa os corais enfraquecidos. Ruy Kikuchi relatou que algumas espécies, por exemplo, retomaram a cor depois da normalização da temperatura da água.
No entanto, o surgimento de uma necrose em corais em Abrolhos, em 2005, provocado por um tipo de bactéria colocou os cientistas em alerta sobre o efeitos do aquecimento global nos recifes. Antes desse período, não havia registro de alteração nos corais da Bahia. “Estamos analisando se a bactéria [também] se prolifera com o aumento da temperatura”, disse.
O coral é um cnidário e forma colônias coloridas graças às algas pigmentadas. (Fonte: Carolina Pimentel/ Agência Brasil)

Interesse em energia solar encarece terra em deserto na Índia


A sede da Índia por energia solar transformou as terras inóspitas do deserto Thar em uma tomada elétrica em potencial, com grandes promessas para empresas do setor e para um país às voltas com cortes regulares de eletricidade.
“Vou abrir meu próprio hotel”, disse Vijay Singh, um homem que acaba de ganhar US$ 60 mil após vender parte de sua fazenda, um pedaço de terra seco e empoeirado.
O deserto Thar ocupa um território de 200.000 quilômetros quadrados na região noroeste da Índia.
E como explica o especialista PC Pnda, do Central Arid Zone Research Institute, no Estado do Rajastão, sol é algo que não falta no local.
“Aqui na região temos radiação solar em abundância. Mais de 300 dias de sol por ano, nove horas por dia”.
Recentemente, o governo indiano lançou sua Missão Solar Nacional, um plano de US$ 19 bilhões cuja meta é gerar 20.000 megawatts de eletricidade solar por volta de 2022.
No momento, a energia solar contribui com uma pequena fração disso – menos de 1%.
Abundância – Segundo um vendedor de imóveis da região, Multan Parihar, a terra local pode ser usada para produzir energia solar.Mas não é apenas o sol que está atraindo o governo e investidores ao Rajastão. A área também possui o que grandes projetos energéticos precisam: terra.
“Nessa área, tem muita terra do governo disponível e terra privada também”, disse Parihar.
Segundo ele, nos últimos tempos, o Rajastão se tornou um bom lugar para se fazer negócios imobiliários. Preços em algumas regiões triplicaram nos últimos seis meses.
“As pessoas não usam a terra para agricultura, o lugar é desolado. Mas pode ser usado para produzir energia solar”.
A revolução solar no deserto Thar deve ter início em breve, quando uma das maiores empresas de energia da Índia, a Reliance Industries, ativar sua usina solar de cinco megawatts na cidade vizinha, Khimsar.
Demanda - Projetos envolvendo energia são prioritários se a nação quiser manter seu grande crescimento econômico, segundo grandes empresários indianos.
“A indústria de manufatura está diretamente associada à energia”, disse Hari Bhartia, um dos mais bem-sucedidos empresários do país, dono de um império que envolve produtos farmacêuticos, energia e varejo.
“Não acho que você pode construir uma indústria manufatureira a menos que tenha um suprimento estável de energia. Energia faz parte do crescimento econômico”.
Mas apesar de estar envolvido na operação de campos de petróleo e gás na Índia, Bhartia não pretende investir no deserto.
“Hoje, esses projetos solares são movidos principalmente por subsídios governamentais. A longo prazo, essas tecnologias precisam ficar auto-suficientes”.
Apesar da cautela de alguns, o fazendeiro Singh está confiante de que cidades barulhentas vão surgir na terra solitária que um dia foi sua. E um número constante de técnicos em energia solar vai querer se hospedar em seu hotel. (Fonte: Folha.com)

Projeto apóia a criação de unidades de conservação na Mata Atlântica


Com apenas 7,5% da área original conservada em fragmentos florestais, a Mata Atlântica ganhou mais um incentivo para a criação e ampliação de unidades de conservação. O Ministério do Meio Ambiente lançou chamada para apresentação, até 27 de agosto, de projetos cujo objetivo seja contribuir para a proteção, o manejo sustentável e a recuperação da Mata Atlântica, considerada um sumidouro de carbono de importância global para o clima e com relevante biodiversidade.
Base cartográfica, situação fundiária, uso do solo, situação socioeconômica de municípios são alguns dos estudos técnicos necessários à criação ou ampliação de unidades de conservação, assim como consultas públicas. Tais estudos serão apoiados pelo edital, que vai disponibilizar R$ 1,45 milhão. Cada instituição proponente poderá receber um máximo de R$ 260 mil, sendo R$ 80 mil para projeto de UC estadual e R$ 50 mil para cada área de UC municipal a ser criada. Os valores da contrapartida devem ser de, no mínimo, 20% e serão contempladas categorias de UCs previstas no SNUC (Lei nº 9.985/2000 e Decreto nº 4.340/2002), com exceção de áreas de proteção ambiental e florestas estaduais ou municipais.
Os recursos são do projeto “Proteção da Mata Atlântica II”, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, que se insere na Iniciativa Internacional de Proteção ao Clima (IKI) do Ministério Federal do Meio Ambiente, da Proteção à Natureza e da Segurança dos Reatores Nucleares da Alemanha (BMU), com apoio técnico da Agência Alemã de Cooperação Técnica (GTZ) e apoio financeiro do Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KfW). Os recursos serão geridos pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).
A Mata Atlântica, considerada um dos biomas com maior biodiversidade no mundo, abarca em
cerca de 15% do território do Brasil 3.200 municípios, 17 estados e as maiores cidades do Brasil, onde vivem cerca de 120 milhões de brasileiros e são gerados aproximadamente 70% do PIB brasileiro. (Fonte: Ana Flora Caminha/ MMA)

Aquecimento pode obrigar cidades a repor areia das praias, diz cientista


As cidades litorâneas do Brasil precisam se preparar para comprar areia. Muita areia. Segundo o pesquisador Dieter Muehe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a elevação do nível dos mares pelo aquecimento global pode obrigar os municípios a reporem as praias “engolidas” pelo oceano.
De acordo com Muehe, esse tipo de intervenção – comum em locais em que o mar causa muita erosão – pode se tornar cada vez mais necessária nas praias urbanas, pois nelas a areia não pode recuar em direção ao continente com a subida do nível do mar, já que na maior parte dos casos há muros ou ruas na beira da água.
O pesquisador, autor do estudo “Erosão e Progradação do Litoral Brasileiro”, publicado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2007, é considerado um dos maiores especialistas brasileiros no estudo do litoral.
Edifícios – Segundo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), da ONU, a elevação da temperatura do planeta pode causar um aumento entre 18 e 59 cm no nível do mar até 2100. A previsão, apesar já ser preocupante, é considerada modesta por muitos especialistas.
Além de garantir de volta a área usada pelos banhistas, preencher novamente as praias poderia proteger as construções litorâneas, segundo o pesquisador da UFRJ. “Se não for feito o aterramento, os muros que cercam as praias vão junto com a erosão e o mar vai começar a atingir os prédios”, explicou o especialista durante a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre nesta semana em natal.
Boa qualidade – Devolver a areia às praias, contudo, não será tarefa simples. “É necessário avaliar de onde tirar areia, já que a que vai ser colocada tem que ser parecida com a original”, avisa Muehe. A matéria-prima usada na construção, por exemplo, seria muito grossa, além de cara.
Uma possível fonte de areia de boa qualidade é a que fica próxima às praias, no fundo do mar, explica o pesquisador. “Uma área em que a areia pode ser retirada é a plataforma continental, mas não pode ser em profundidades maiores do que 10 metros, pois ficaria muito próximo à costa, e também não pode ficar muito longe, pois aí a areia começa a juntar com lama, com carbonato.”
Outro problema, explica o especialista, é que a obra teria que ser refeita de tempos em tempos, já que as ondas tenderão a levar a areia de volta para o mar.
Ventos – Muehe conta que não é apenas o aumento do nível do mar que pode interferir no desaparecimento de algumas praias. Com o aquecimento global, pode haver mudança de direção dos ventos, quebrando o equilíbrio natural de transporte de sedimentos no mar.
Outro fator que pode diminuir a areia nas praias é a construção de barragens nos rios, já que elas impedem as grandes enchentes, responsáveis por levar terra para o mar.
Em situações específicas, de acordo com Muehe, a elevação dos oceanos pode causar o aumento da faixa de areia. É o que pode acontecer se as ondas atingirem falésias – penhascos à beira mar, mais comuns no Nordeste Brasileiro. Nesse caso, a erosão poderá desgastar as rochas e aumentar a disponibilidade de areia. Isso só ocorreria, contudo, em locais onde não houvesse barreiras artificiais em volta da praia. (Fonte: Iberê Thenório/ G1)

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