segunda-feira, 13 de maio de 2013

Nova classificação de ecossistemas ameaçados será modelada com base na lista vermelha para espécies

A IUCN lançou a primeira versão da Lista Vermelha dos Ecossistemas, um ranking dos habitats ao redor do mundo.




A classificação foi modelada com base na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN, que agora serve como padrão global para avaliar o risco de extinção de plantas e animais. Assim como o sistema de ranking das espécies, a lista ecossistêmica visa identificar se um ecossistema está vulnerável, ameaçado ou criticamente ameaçado.



A lista se aplica a ecossistemas terrestres, de água doce, e marinhos, tendo o potencial de ajudar os governos a priorizar esforços de conservação, explicou David Keith, principal autor do estudo publicado no PLoS ONE que determina os critérios para a iniciativa.



“Sabendo quais ecossistemas estão se saindo bem e quais estão com problemas, os governos, industriais e comunidades locais estarão melhor posicionados para tomar decisões de investimento mais inteligentes para a gestão ambiental sustentável”, disse Keith.



O critério para a lista inclui quatro “sintomas” de risco para os ecossistemas: a. taxa de declínio na distribuição do ecossistema; b. distribuição restrita com declínio contínuo ou ameaças; c. taxa de degradação ambiental (abiótica); e d. taxa de distúrbio de processos bióticos. Um quinto critério é o risco de colapso do ecossistema.



O artigo inclui uma reunião de 20 estudos de caso. Entre os ecossistemas mais ameaçados está o Mar de Aral na Ásia Central, que tem sofrido uma redução severa da sua superfície e salinização, levando à extinção de espécies nativas e invasão de exóticas.



Citação: Keith DA, Rodríguez JP, Rodríguez-Clark KM, Nicholson E, Aapala K, et al. (2013) Scientific Foundations for an IUCN Red List of Ecosystems. PLoS ONE 8(5): e62111. doi:10.1371/journal.pone.0062111


Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias6/noticia=733974

Concentração de CO2 na atmosfera ultrapassou a marca dos 400ppm na quinta-feira

De acordo com as medições do Scripps Institution of Oceanography, da Universidade de San Diego, que está monitorando a estação de Mauna Loa, no Havaí, a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera chegou a 400,03 partes por milhão (ppm) nesta quinta-feira (9).




“É muito simbólico. Este é um ponto em que devemos parar e pensar sobre onde estamos e o que estamos fazendo. É uma marca que nos alerta sobre o que já vinha se construindo na nossa frente há algum tempo”, afirmou Ralph Keeling, responsável pela estação de Mauna Loa, ao jornal britânico The Guardian.



“A ultrapassagem dessa marca é uma lembrança significante do quão rápido – e do quão extenso – está sendo o aumento da concentração de gases do efeito estufa na atmosfera. No começo da industrialização, a concentração de CO2 era de apenas 280ppm. Esperamos que essa marca ajude a trazer uma maior conscientização sobre a realidade científica das mudanças climáticas”, declarou Rajendra Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).



Pesquisadores acreditam que a última vez que a concentração de CO2 esteve acima da marca dos 400ppm foi entre 3,2 milhões e cinco milhões de anos atrás, quando o planeta era muito mais quente do que hoje.



Segundo o IPCC, seria preciso manter a concentração em 350ppm para que as temperaturas globais não subam além de 2oC, o limite de segurança para evitar as piores consequências das mudanças climáticas.


Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/mudancas_climaticas1/noticia=733981

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Ministros reconhecem que mais ações climáticas são necessárias

Declaração final dos Diálogos Climáticos de Petersberg afirma que os esforços existentes não são suficientes para lidar com o aquecimento global e defende iniciativas de REDD+ e eficiência energética






“Os ministros percebem com grande preocupação que as ações atualmente planejadas não são o bastante para limitar o aumento das temperaturas em 2ºC. Para alcançar esse objetivo, todos os países precisam inspirar e possibilitar urgentemente mais ações climáticas, coletivamente e individualmente, com os países desenvolvidos assumindo a dianteira.”



Esse é um dos parágrafos do documento final dos Diálogos Climáticos de Petersberg, evento que reuniu os representantes dos Ministérios de Meio Ambiente de 35 países, incluindo Brasil, Índia, China e Estados Unidos, em Berlim, na Alemanha.



A declaração começa destacando os ganhos relacionados a uma transformação no nosso modo de vida.



“Múltiplas oportunidades econômicas estão associadas à transição para as baixas emissões de gases do efeito estufa e para a economia verde, como a criação de empregos e benefícios para a saúde pública e inovação. Essas mudanças não devem acontecer apenas no que diz respeito à produção, mas também nos padrões de consumo.”



Nesse sentido, os ministros apontam que é necessário o engajamento e o apoio de toda a sociedade nas soluções climáticas. Qualquer ação para mitigar o aquecimento global seria desperdiçada se sua implementação não for completa.



“Elevar a conscientização é fundamental. Uma comunicação proativa com o público é, portanto, essencial”.



Sobre o futuro acordo climático, que deve estar pronto em 2015 para substituir o Protocolo de Quioto em 2020, a declaração afirma que buscar o mínimo denominador comum para o consenso não será o suficiente.



“O novo acordo deve conter fortes incentivos para medidas ambiciosas e para maneiras inovadoras de gerar ações climáticas [...] O tratado deve respeitar o princípio de responsabilidades comuns, porém diferenciadas, levando em conta assim a natureza dinâmica das mudanças climáticas e das responsabilidades, capacidades e circunstâncias nacionais.”



Durante a reunião, a maioria dos ministros destacou a importância da transparência de todas as ações. Mas houve divisão sobre qual deverá ser o primeiro passo, muitos desejam que as nações assumam metas obrigatórias de redução das emissões de gases do efeito estufa, enquanto outros defendem que antes seria necessário estabelecer compromissos nacionais internos.



Iniciativas como o REDD+, o corte no uso de poluentes climáticos de vida curta, como o metano, a busca pela eficiência energética e os investimentos em fontes renováveis de energia foram reconhecidas como uma parte importante da mitigação do aquecimento global e os ministros sugeriram que sejam mais apreciadas dentro das negociação climáticas.



Sobre as negociações em si, o documento final de Petersberg identifica que a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC) é o fórum apropriado para os debates.



A próxima Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 19) será realizada em Varsóvia, na Polônia, em novembro, e o foco dela também foi discutido pelos ministros.



“Será em Varsóvia que as fundações para o novo acordo climático serão construídas [...] A COP 19 deverá avançar nas definições sobre a estrutura e natureza do acordo de 2015, que deve ser ambicioso, justo e transparente.”

Búfalos 'viram o jogo' e fazem leão bater em retirada após ataque

Cena foi registrada no Parque Nacional Kruger, na África do Sul. Gerente de projetos celebrava com mulher em passeio quando fez o flagra.

Um sul-africano flagrou uma cena impressionante durante um passeio no Parque Nacional de Kruger, na África do Sul. O gerente de projetos Dave Woollacott, de Joanesburgo, comemorava os 33 anos de casamento em um passeio com a mulher quando flagrou o momento em que um leão executa um ataque frustrado a um grupo de búfalos, e acaba sendo afugentado em disparada.


O grupo de búfalos-africanos que o felino pretendia atacar se uniu para perseguir e afugentar o leão, que por pouco não saiu ferido.






Cena inusitada: de predador, leão acabou quase virando a presa de búfalos em um parque nacional da África do Sul (Foto: Dave Woollacott/Caters News)Os búfalos-africanos chegam a pesar 1 tonelada e têm chifres poderosos, que chegam a resistir a tiros de rifle. O gerente de projetos que fez o flagra contou como foi.


"Estava escurecendo e bastante nublado quando começávamos a deixar o parque pelo Portão Phabeni. De repente, passamos por um grupo de búfalos em uma beira de rio com baixo nível de água. Vimos quando o leão tentou atacar pelo lado esquerdo, mas os búfalos estavam em maior número e espantaram o leão para longe, atravessando o rio e adentrando o matagal", relatou Woollacott.


Imagem aproximada mostra o leão batendo em retirada com um dos búfalos em seu encalço (Foto: Dave Woollacott/Caters News)


Guepardos são 'melhores amigos' de irmãos sul-africanos; veja foto

Crianças de 1 e 3 anos convivem com felinos em casa, na Cidade do Cabo. Animais foram adotados por pais, que alertaram filhos sobre riscos.




(Foto: Fiona Ayerst/Africa Media/Caters)A amizade peculiar entre dois irmãos sul-africanos e dois irmãos guepardos tem atraído a atenção de moradores da Cidade do Cabo, segundo a agência Caters.



Malan, de 3 anos, e Kayla, de um ano, têm os felinos como “melhores amigos” há um ano, quando os pequenos guepardos foram adotados pela família após nascerem em uma reserva de caça na região da Rota Verde, área turística da África do Sul.





De acordo com Kim e Hein Schoeman, pais das crianças, a adoção ocorreu devido à preocupação com a vulnerabilidade dos filhotes.



Segundo Hein, normalmente uma mãe guepardo pode fornecer alimentação apenas para metade de sua ninhada, o que eleva a taxa de mortalidade entre filhotes nas primeiras 16 semanas de vida.



Batizados de Wakku e Skyla, os guepardos nasceram em uma cria de quatro filhotes. Devido à triste estatística, foram resgatados, cresceram e agora vivem no quintal da casa dos Schoeman.



Apesar da convivência harmoniosa entre animais e homens, o casal tomou precauções com seus filhos ao ensiná-los a brincar de forma segura com os felinos. “As crianças foram ensinadas a não correr perto dos guepardos e não estão autorizadas a virar as costas para eles. Eles são animais selvagens e seus instintos estão lá", explica a mãe das crianças.



Ela afirma ainda que seus filhos já percebem que não podem simplesmente ir na área onde os animais estão para brincar com eles. "Se os guepardos saltarem ou atacarem, eles simplesmente vão empurrá-los para baixo e dirão ‘não, não façam isso’”, explica Kim.



Guepardos podem desaparecer da natureza até 2030, dizem especialistasEstudo diz que mesmo gene define manchas de gatos e guepardosEspécie ameaçada de extinção

Considerado o animal terrestre mais rápido do mundo, esta espécie sobreviveu às transformações do planeta durante quatro milhões de anos, mas em poucas décadas o homem a fez entrar na lista de espécies ameaçadas de extinção, ao reduzir seu espaço vital.



Dos 100 mil indivíduos distribuídos entre África, Oriente Médio, Irã e vários países asiáticos no início do século 20, restam apenas 10 mil na vida selvagem, segundo especialistas.



Organizações ambientais afirmam que se nada for feito para evitar a fragmentação de seu habitat, considerado o principal obstáculo para a sobrevivência da espécie, esses animais podem desaparecer da natureza até 2030.



Este caçador, que pode alcançar os 120 km/h, está em perigo de desaparecer particularmente porque é o único grande felino com dificuldades para se adaptar à vida em um parque natural protegido, onde sofre com a concorrência de outros predadores.



Ao contrário de outras espécies ameaçadas, como elefantes e rinocerontes, o guepardo não é ameaçado por caçadores ilegais, mas está menos preparado para viver em um mundo onde os territórios selvagens diminuem ano após ano.



Ele perde sistematicamente os confrontos com leões ou leopardos, mais pesados e fortes. Na melhor das hipóteses, os outros felinos roubam sua presa antes que ele possa comê-la.





Guepardo que vive em uma reserva localizada na Cidade do Cabo, na África do Sul. Espécie pode desaparecer da vida selvagem até 2030, dizem especialistas (Foto: Christophe Beaudufe/AFP)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Planalto rejeita negociação enquanto canteiro de Belo Monte estiver ocupado por indígenas

Desde a última quinta-feira (02), cerca de 150 indígenas de oito povos atingidos pela construção de hidrelétricas nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires ocupam o principal canteiro da barragem de Belo Monte.




Eles reivindicam a regulamentação da consulta prévia e a suspensão imediata de todas as obras e estudos relacionados às barragens nos rios. Além disso, os indígenas demandam uma negociação direta com um representante da Secretaria-Geral da Presidência da República , negando uma a proposta do governo que uma comissão definida pelo indígenas se reunisse em Altamira (PA) com um grupo interministerial.



Por sua vez, a Secretaria-Geral da Presidência da República divulgou uma nota nesta segunda-feira (6) questionando a legitimidade das lideranças e mesmo acusando alguns indígenas da etnia Munduruku de ligação com o garimpo ilegal de ouro no Tapajós e afluentes.



"Tal reivindicação causa estranheza. Em sua relação com o governo federal essas pretensas lideranças Munduruku têm feito propostas contraditórias e se conduzido sem a honestidade necessária a qualquer negociação", alega a secretaria.



Segundo a mesma, a suspensão dos estudos é impossível, pois a consulta prévia exige a realização anterior de estudos técnicos qualificados.



"Só após a retirada dos invasores dos canteiros de Belo Monte iniciaremos um diálogo para estabelecer condições mútuas de negociação, com o acompanhamento do Ministério Público, da imprensa e da sociedade", conclui.



Em resposta à nota da Secretaria Geral da Presidência da República sobre a ocupação do canteiro de obras de Belo Monte, indígenas lançaram nesta terça-feira uma carta.



"O governo está ficando mais violento", afirma a carta. Segundo informações do Conselho Indigenista Missionário - CIMI, a área da ocupação foi militarizada, com presença em tempo integral de tropas armadas.



Desde a sexta-feira, a imprensa também está sendo impedida de realizar a cobertura jornalística da ocupação do canteiro de obras. Três jornalistas - o fotógrafo da Reuters, Lunaé Parracho, o jornalista do Conselho Indigenista Missionário, Ruy Sposati e o correspondente da Radio France Internationale (RFI) no Brasil, François Cardona – que têm realizado cobertura diária dos acontecimentos foram expulsos da área de conflito.

  Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/energias1/noticia=733936

Parque Nacional Marinho dos Abrolhos comemora 30 anos de luta pela conservação

Em 2013, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos – o primeiro parque nacional marinho do Brasil e um dos principais pontos de biodiversidade do planeta – comemora 30 anos de existência. Três décadas marcadas por lutas e discussões em prol da conservação e de um incansável trabalho de proteção a um arquipélago de cinco ilhas e mais de 90.000 hectares do mais importante banco de corais do Atlântico Sul. Tanto esforço garantiu ao Parque o título de Sítio Ramsar e de Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.




“Comemorar os 30 anos do Parque nos faz refletir sobre o histórico de muitas conquistas neste período, a destacar a participação da sociedade, muito presente. Por ter sido o primeiro Parque Nacional Marinho criado no Brasil, ele se tornou um ícone para a conservação do bioma marinho no País.” As palavras são do Chefe do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, Ricardo Jerozolimski.



Ele conta ainda que o Parque protege parte do mais rico ambiente marinho do Brasil, que é o Banco dos Abrolhos, e seu objetivo está baseado na conciliação da proteção do ambiente natural com a realização de atividades de recreação, pesquisa e educação ambiental. Assim, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade desenvolve atividades de fiscalização, promove a visitação e apoia a realização de pesquisas e monitoramentos da biodiversidade.



Para falar um pouco mais sobre a atuação do Parque, Jerozolimski, completa: “no ano passado recebemos cerca de 4.000 visitantes, foram autorizadas 17 pesquisas científicas, e realizamos oito atividades de educação ambiental com crianças, jovens e adultos”.



Para o diretor de Pesquisa do Instituto Baleia Jubarte, Milton Marcondes, que há 11 anos trabalha com baleias na região do Banco dos Abrolhos, conhecida por receber cerca de 90% dos indivíduos da espécie que chegam ao Brasil para se reproduzir, Abrolhos é um ecossistema único que não cansa de nos surpreender. Uma biodiversidade enorme de corais, peixes, algas, invertebrados e outros animais marinhos. “Até quatro ou cinco anos atrás, conhecíamos seis espécies de cetáceos que frequentavam as águas de Abrolhos, hoje em dia este número subiu para 14. Isso corresponde a quase 1/3 de todas as espécies de baleias e golfinhos registrados no Brasil e é provável que este número ainda venha a aumentar com mais estudos. Nossa geração tem a obrigação de preservar esta diversidade biológica para que nossos descendentes possam conhecê-la e se admirar”, finaliza.




Eduardo Camargo, da Conservação Internacional (CI), conta que desde 2002 faz parte das discussões referentes ao Parque, acompanhando a implantação do Conselho e, com propriedade, diz que a Parque Nacional Marinho dos Abrolhos vem sendo um catalisador para diversas lutas de conservação na região. “Muitas outras Unidades de Conservação foram surgindo após o Parque, que ainda demanda do governo e da sociedade uma atenção muito grande pela riqueza da biodiversidade”, diz. Ele completa dizendo que o Parque tem o mérito de aproximar a comunidade das questões ambientais, promovendo fóruns de discussões e funcionando como celeiro de pesquisas que já revelaram muito.


Estados insulares já sofrem com as mudanças climáticas

Ilhas Salomão, Kiribati, Granada e outras nações mostram sinais claros dos impactos do aquecimento global e cobram investimentos internacionais para minimizar problemas como o aumento do nível do mar






O que você faria se praticamente todos os seus meios de subsistência, alimentação e até mesmo o local onde vive estivessem ameaçados de desaparecer por completo? Pois esse cenário, embora pareça catastrófico, é a realidade de muitos habitantes dos estados insulares de todo o mundo, e a principal causa, as mudanças climáticas.



Para as milhões de pessoas que vivem nas pequenas ilhas do Caribe, Oceano Pacífico e outros arquipélagos similares considerados paradisíacos, a vida muitas vezes está sendo um verdadeiro inferno: os impactos das mudanças climáticas estão deixando os moradores sem opções de trabalho e habitação, e não são raros os casos em que é necessário promover migrações em massa, como nas ilhas Carterets ou em Kiribati.





O caso mais recente está ocorrendo em Granada, no Caribe, onde centenas de pescadores que moram nas regiões costeiras das ilhas que formam o país observam o nível do mar aumentar e prejudicar suas moradias. Esses pescadores estão sendo realocados para novos apartamentos construídos em colinas, o que garante a eles novas habitações mas prejudica seu sustento, já que agora terão que viver muito mais longe da localidade onde trabalham.



Mas as mudanças climáticas não afetam apenas o local de moradia dos habitantes dos estados insulares e suas rotinas de trabalho, mas muitas vezes também a matéria-prima do qual dependem.



De volta a Kiribati, cujo produto interno bruto (PIB) depende 40% da pesca, e às Ilhas Marshall, onde a pesca representa um quarto da renda do país, pode-se perceber que as consequências das mudanças climáticas podem quebrar a economia de uma nação. Nessas ilhas, onde se pesca anualmente cerca de um milhão de toneladas de atum, os estoques de peixe estão sendo particularmente afetados.



“O aumento da temperatura das águas superficiais, que é maior na parte oeste da bacia oceânica, encorajará o atum a migrar para o leste em direção à Polinésia”, colocou Johann Bell, autor de um estudo do Secretariado da Comunidade do Pacífico (SPC) sobre os efeitos das mudanças climáticas na segurança alimentar dessas ilhas.



Segundo Bell, os países da região da Melanésia, como Papua Nova Guiné (PNG) e as Ilhas Salomão, são os que mais sofrerão.



“PNG tem uma grande indústria de conserva, mas em poucas décadas terá que importar atum para mantê-la funcionando. Felizmente pode contar com acordos internacionais favoráveis para comprar [peixe] onde quiser, com baixas taxas.” Outras nações com economias mais incipientes, como Kiribati ou Tuvalu, entretanto, terão perdas financeiras maiores.



A perda desses estoques de peixe está ligada aos impactos das mudanças climáticas nos recifes de corais, que funcionam como grandes viveiros e fonte de alimentos para diversas espécies de criaturas marinhas. Com o aquecimento das águas, muitas espécies migram para águas mais frias, e a maior concentração de CO2 na água prejudica o desenvolvimento tanto dos corais quanto dos animais que os habitam.



De acordo com a pesquisa, a densidade populacional dos recifes deve cair dos atuais 40% para 10% ou 20% até 2050. Em se tratando dos estoques de peixes de rio, a queda está relacionada à alta taxa de crescimento populacional nas ilhas.



Infelizmente, a pesca não é a única fonte de alimentação que está ameaçada pela elevação do nível do mar causada pelas mudanças climáticas. A agricultura também está sendo seriamente afetada, tanto devido ao avanço do mar em locais cultiváveis quanto ao sal da água marinha, que prejudica os vegetais. Os habitantes estão tendo que cultivar espécies de plantas que são mais resistentes às novas condições, como mandioca, inhame, batata-doce e banana.



“As mudanças climáticas trazem novas restrições para colheitas, que estão sujeitas a pressões ecológicas imprevisíveis como secas, concentrações de sal mais altas, temperaturas extremas e erosão”, explicou um representante do Centro para Colheitas e Árvores do Pacífico.



Apesar de todas as evidências, ainda há quem ache que tais consequências não estão trazendo prejuízos para as ilhas e seus habitantes, e veem até vantagens no fenômeno. Peter De Savary, empresário britânico e promotor imobiliário em Grand Anse Beach, afirma que a disponibilidade de capital, custos de energia e a saúde da economia global são preocupações mais urgentes do que o aumento do nível do mar.



Para ele, já que muitos dos atuais hotéis e resorts terão que ser construídos de qualquer maneira nas próximas décadas devido a desgastes naturais, os efeitos das mudanças climáticas não exigem muita atenção.



“Se o nível do mar sobe 30 ou 60 centímetros realmente não faz diferença aqui em Granada, porque temos praias que têm quedas razoavelmente agressivas. Se a água fica alguns graus mais quente, bem, é para isso que as pessoas vêm para o Caribe, água morna, então isso não é um problema”, comentou.



Nesse aspecto, Ramón Bueno, analista que há anos estuda sobre os impactos econômicos das mudanças climáticas, diz que o fenômeno atingirá muito mais as pessoas de baixa renda do que as de alta, das quais fazem parte muitos dos turistas que visitam os estados insulares.



“Uma família de baixa renda que vive no litoral, com acesso limitado a água doce limpa e que ganha a vida do turismo, pesca ou agricultura é vulnerável de uma forma que um profissional de renda média ou alta que vive em uma boa casa com ar-condicionado em uma elevação mais alta no interior não é”, declarou.



Além da falta de conscientização, a falta de financiamento para possíveis soluções para esse problema também é um desafio a ser superado. No último ano, o Branco de Investimento Europeu anunciou que daria US$ 65 milhões em empréstimos para ajudar 18 países caribenhos a se adaptarem, mas isso, infelizmente, não é o suficiente.



Em alguns casos, é ainda pior: a falta de investimento em programas de adaptação faz com que os mecanismos internacionais de financiamento sejam voltados para países médios ou grandes, o que faz com que os estados insulares do Pacífico, por exemplo, sejam considerados pequenos demais para se qualificarem.



“Não nos conseguimos fazer ouvir na arena internacional. É vital para nós agirmos como uma região”, observou Henry Puna, primeiro-ministro das Ilhas Cook. “As ilhas do Pacífico são as vítimas de países industriais incapazes de controlar suas emissões de dióxido de carbono. A verdade da questão é que não temos opção a não ser aceitar isso e nos adaptarmos”, concluiu Jimmie Rodgers, diretor do SPC.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Geólogos acham possível continente submerso a 1.500 km do RJ

Amostras de granito foram encontradas nas profundezas do Atlântico. Cientistas já apelidaram área de 'Atlântida brasileira'.





747 comentáriosGeólogos brasileiros anunciaram nesta segunda-feira (6) que foram encontrados, a 1.500 km da costa do Rio de Janeiro, indícios de que estaria ali um pedaço de continente que submergiu durante a separação da África e da América do Sul, época em que surgiu o Oceano Atlântico.



De acordo com Roberto Ventura Santos, diretor de geologia de recursos minerais do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), há dois anos, durante um serviço de dragagem (retirada de solo oceânico para análise) na região da Elevação do Rio Grande -- uma cordilheira marítima em águas brasileiras e internacionais -- foram encontradas amostras de granito, rocha considerada continental.



Ele explica que, inicialmente, levantou-se a hipótese de que o recolhimento de tais amostras fora engano ou acidente. No entanto, no último mês, uma expedição com cientistas do Brasil e Japão, a bordo do equipamento submersível Shinkai 6.500, observou a formação geológica que está em frente à costa brasileira e, a partir de uma análise, passou a considerar que a região pode conter um pedaço de continente que ficou perdido no mar por milhões de anos.



“Pode ser a 'Atlântida' do Brasil. Estamos perto de ter certeza, mas precisamos fortalecer essa hipótese. A certificação final deve ocorrer ainda este ano, quando vamos fazer perfurações na região para encontrar mais amostras”, explicou Ventura ao G1.



O diretor do CPRM não especificou a idade dessas rochas, no entanto, contou que os pedaços de crosta continental que foram encontrados são mais antigos que as rochas encontradas no assoalho oceânico, nome dado à superfície da Terra que fica abaixo do nível das águas do mar.



De acordo com Ventura, o próximo passo será enviar ao governo brasileiro uma solicitação para que o país reclame a área, que está em águas internacionais, junto à Autoridade Internacional de Fundos Marítimos (ISBA, na sigla em inglês), organismo ligado à Organização das Nações Unidas, para que seja realizada no local prospecção de recursos minerais e estudos relacionados ao meio ambiente.





Rochas encontradas durante expedição geológica à Elevação do Rio Grande, na costa brasileira (Foto: Divulgação/CPRM)









Pesquisador segura rocha com minério de ferro encontrada durante dragagem feita no ano passado, na região da Elevação do Rio Grande, na costa brasileira (Foto: Divulgação/CPRM)



Oceano Ártico sofre rápido processo de acidificação, diz estudo

Excesso de CO2 na atmosfera faz água do mar absorver gás e ficar ácida. Segundo cientistas, fenômeno prejudica ecossistemas.




Ano de 2012 foi o nono mais quente desde 1850, aponta agência da ONUExcesso de CO2 na água afetaria sistema nervoso de peixes, diz estudoEmissão de CO2 aumenta acidez do oceano e prejudica corais, diz estudoO Oceano Ártico sofre com um rápido processo de acidificação devido às emissões de CO2, um fenômeno que ameaça os frágeis ecossistemas da região, alertaram cientistas do Programa de Monitoramento e Avaliação do Ártico (Amap, na sigla em inglês), que reúne estudiosos de vários países.



As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (6) em uma conferência internacional sobre a acidificação dos oceanos, que acontece na Noruega.



Segundo a investigação, a acidez das águas nesta parte do planeta aumentou 30% desde o início da era industrial. O Ártico é o mais vulnerável dos oceanos porque suas águas frias absorvem mais CO2 e recebem a água doce vinda dos rios e do degelo. Tais fatos reduzem a capacidade do oceano de neutralizar quimicamente o ácido proveniente do CO2.



Além disso, o crescente degelo das calotas durante o verão deixou descobertas superfícies marinhas cada vez maiores, que contribuem para maior absorção do dióxido de carbono. Segundo o estudo, no Mar da Islândia e no Mar de Barents, o pH diminuiu cerca de 0,02 por década desde o final dos anos de 1960.



Recuperação lenta

Os pesquisadores alertaram ainda que a superfície dos mares árticos sofrem mais rapidamente este processo do que as águas mais profundas.



Outro ponto citado pelo estudo é que, mesmo que as emissões do gás de efeito estufa caíssem, seriam necessários milhares de anos para que os oceanos recuperem seu nível de acidez de antes do período industrial, há dois séculos, de acordo com o pesquisador norueguês Richard Bellerby, autor de um relatório científico sobre o assunto.



O impacto da acidificação é pouco conhecido, mas atinge de forma diferente os ecossistemas. No interior do Ártico, por exemplo, corais, moluscos e outros organismos tiveram a capacidade de calcificação alterada.



O processo ocorre devido à absorção pelos oceanos do excesso de dióxido de carbono na atmosfera, o que torna a água mais ácida. Estruturas rígidas como as conchas de ostras e o esqueleto dos corais são as mais afetadas pela alteração.




*Com informações da France Presse e da BBC





Imagem mostra camada de gelo no Ártico no verão, quando o derretimento na área polar se acentua (Foto: Divulgação/Nasa/Universidade de Washington)
 
 
 
 

Camisa que dura até 100 dias sem lavar poupa água e dinheiro

A camisa é um dos itens do vestuário masculino que mais costumam bater ponto na máquina de lavar. Ao contrário de outras peças, como calças e blazers, um único dia de uso pode ser suficiente para deixá-la em mau estado, sem possibilidade de ser usada novamente. Já calculou quanta água, energia, sabão e dinheiro são gastos nesse processo?




Pensando em resolver esses problemas, e otimizar a durabilidade da roupa, a startup americana Wool&Prince afirma ter desenvolvido uma camisa que pode ser usada por até 100 dias sem precisar lavar. Na prática, três lavagens por ano seriam mais do que suficientes.



Para provar que isso é possível, a empresa convidou 15 pessoas de várias partes do mundo para fazer a prova dos “100 dias”. Cada uma deveria usar a mesma camisa todos os dias e sem mudar a rotina. E o próprio criador da roupa resolveu fazer o teste.



Além das atividades comuns do dia-a-dia, como ir ao trabalho, ao supermercado ou sair para beber com os amigos, ele usou a camisa em situações que estimulam a produção de suor. Participava de maratonas, brincava de forma eufórica com animais de estimação em casa, chegando a rolar no chão, e ainda se acabava de dançar em baladas à noite – sempre com a mesma camisa.



O resultado? Segundo a empresa, nada de cheiro ruim, nada de amassados, nenhum sinal de que a camisa fora usada tantas vezes. A tecnologia por trás dessa proeza não é conhecida em detalhes. A empresa revela apenas que a camisa é feita de material mais resistente que algodão e que é composto por fios de lã superfinos, usados pela indústria da moda de luxo.



De acordo com a W&P, o tecido de fios de lã teria a capacidade de absorver o suor ( que depois evapora no ar) mais rápido que o algodão. Outra vantagem, segundo a empresa, é que a camisa feita com o material especial também se recuperaria mais rápido de amassados.



Viabilidade comercial – A supercamisa, que demorou seis meses para ser criada, ainda não está disponível no mercado. Para conseguir isso, a Wool&Prince busca fundos no Kickstarter, um site de financiamento coletivo que busca apoiar projetos inovadores. Em apenas oito dias, o projeto arrecadou 167 mil dólares de mais de 1000 pessoas, sendo que o objetivo era apenas de 30 mil dólares. A arrecadação vai atá dia 22 maio. (Fonte: Exame.com)

terça-feira, 7 de maio de 2013

Casa com fachada de algas produz energia, calor e biogás

Algas microscópicas, que podem fornecer material reciclável e combustível, enfeitam as paredes exteriores daquele que talvez seja o projeto mais original da exposição internacional da construção em Hamburgo (IBA, em alemão), aberta em março deste ano e prevista para terminar em novembro. A feira propõe um conceito inovador de arquitetura sustentável que, além de economizar, também produz energia.




A fachada da casa de algas tem 129 estruturas de vidro. Elas funcionam como aquários. Lá dentro, os microrganismos misturados na água alimentam um reator. As algas, microscópicas, sobrevivem com nutrientes na água e também sustentadas pelas emissões de um aquecedor a gás, instalado no térreo do prédio de cinco andares, que fornece dióxido de carbono (CO2) para a fotossíntese.



Além disso, as algas precisam de luz solar, que não falta num ambiente tão aberto. Mas o diretor da construtora SSC, Martin Kerner, que ajudou a desenvolver a casa de algas, afirma que os microrganismos não toleram tanta claridade porque costumam viver numa espécie de semi-sombra debaixo d’água. “Elas não podem com a luz direta do sol”.



Por isso existe um sistema responsável por bombear a água em círculos para garantir que as plantas fiquem expostas à radiação solar direta por pouco tempo. Do contrário, as chamadas “microalgas” morreriam devido ao calor excessivo. Todo o processo é um espetáculo para quem observa a fachada. De vez em quando dá até para ouvir as bolhas de ar.



No térreo do edifício, Kerner controla uma caldeira de metal que filtra as algas continuamente e delas extrai material reciclável. Entre os produtos fornecidos pelas algas, Kerner destaca um óleo, vendido especialmente para a indústria farmacêutica e de cosméticos. Um quilo de extratos de algas como esse chega a valer 60 euros. Os produtos das algas servem também como ingrediente de suplementos alimentares e ração animal. Até as sobras podem gerar biogás.



Mas os vidros da fachada não são apenas reatores para as algas. Também funcionam como uma espécie de aquecedor solar. O sol aquece a água do aquário. A energia gerada esquenta a água do prédio. No futuro, o objetivo de Kerner é que a casa não produza só biomassa de algas e calor, mas também eletricidade a partir de fontes neutra.



Apesar de toda a expectativa, Kerner diz que a obra é uma demonstração e não está pronta para o mercado. “Nos próximos anos queremos saber quanto de calor e biomassa o nosso sistema produziu e como essa biomassa pode ser usada”. A estimativa é de uma produção de 1,5 toneladas por ano de biomassa de algas, mas ainda não é certo se a casa vai produzir essa quantidade.



Uma coisa, no entanto, está clara: para um construtor comum, um empreendimento desse tipo “seria muito caro”, diz Martin Kerner. “Nossa fachada em Hamburgo tem uma área de reator de 200 metros quadrados e este é, provavelmente, o tamanho mínimo para um começo”. Segundo ele, o mais rentável seria ter áreas maiores., porque sempre é necessário ter um sistema completo de administração e de coleta dos extratos de algas, segundo Kerner. “São investimentos que só valem a pena a partir de um tamanho mínimo das construções”, como hoteis de luxo e arranha-céus comerciais. (Fonte: Terra)

BNDES aprova verba para monitorar a Amazônia em países vizinhos

R$ 23 milhões serão destinados para Brasil transferir tecnologia a 7 países. Programas do Inpe serão adaptados às realidades locais.




Em 9 países, floresta amazônica perdeu 240 mil km² de 2000 a 2010Estudo diz que demanda por carne e soja eleva pressão sobre AmazôniaEmissão de carbono na Amazônia cai 57% após redução no desmatamentoDesmatamento na Amazônia Legal é o menor já registrado, diz governoAmbientalistas pedem ações para reduzir ainda mais a devastaçãoFracasso do Fundo Amazônia causa desconforto entre países doadoresUm projeto de monitoramento do desmatamento da Amazônia em toda a América do Sul deve começar a sair do papel em breve.



Nesta sexta-feira (3), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de R$ 23 milhões, por meio do Fundo Amazônia, para o desenvolvimento e transferência de tecnologia de observação da floresta amazônica aos países que detêm partes da Amazônia e integram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).



Fazem parte do acordo multilateral, além do Brasil, os governos da Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.



Seu objetivo é fazer com que essas nações conheçam o ritmo de devastação da floresta, combatam crimes ambientais, a exploração ilegal de madeira, além de reduzir os índices de queimada do bioma. Atualmente, não há dados oficiais disponíveis sobre a situação da cobertura florestal e desmatamento.



O primeiro desembolso dos R$ 23 milhões do Fundo Amazônia deve ocorrer após a assinatura do contrato entre o BNDES e a OTCA, ainda sem data para acontecer. A verba será paga à organização de acordo com a execução do projeto, prevista para ser totalmente implementada em cinco anos.



Tecnologia customizada

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) será o responsável por capacitar técnicos dos demais países para utilizarem imagens de satélite e identificar pontos de devastação, que deverão ser combatidos por políticas públicas de fiscalização. Já foram preparados 35 especialistas para operar a nova infraestrutura.



Segundo Cláudio Almeida, pesquisador do Inpe e um dos criadores do Centro Regional da Amazônia (CRA), órgão responsável pela transferência de conhecimento, os países amazônicos vão desenvolver sua própria plataforma a partir do software do Inpe, o TerraAmazon, desenvolvido para programas como o o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que fornece taxas anuais de desmatamento.



Ele explica que são necessárias adaptações na forma de monitoramento devido às diferenças específicas de práticas de desmatamento, além de formações geológicas características.



“É um pacote tecnológico que engloba capacitação e suporte (...). Com a ajuda dos técnicos do Inpe e da OTCA, cada país fará uma customização do software brasileiro. Isso fará com que cada país se torne autossuficiente no monitoramento”, afirma Almeida.



Salas de monitoramento foram instaladas na Bolívia e na Guiana. Em breve, o Peru deve receber a terceira instalação que passará informações ao governo local sobre o bioma. Almeida conta ainda que a OTCA tem plano de centralizar em Brasília o monitoramento da Amazônia e tornar as informações públicas. No entanto, isso ainda deverá ser discutido.







Garimpo ilegal localizado no meio da floresta
amazônica, na Venezuela. Imagem foi feita em 17 de novembro deste ano durante sobrevoo sobre a região (Foto: Jorge Silva/Reuters)Amazônia sob pressão






Um relatório não oficial divulgado no ano passado, apontou que entre 2000 e 2010, a floresta amazônica, distribuída por nove países da América do Sul, perdeu o total de 240 mil km² devido ao desmatamento, o equivalente a uma Grã-Bretanha.



É como se, em 11 anos, “sumisse do mapa” área equivalente a quase seis vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro.



Os números fizeram parte do documento “Amazônia sob pressão”, que reuniu dados coletados por uma associação de organizações não-governamentais.



O relatório mensura ainda possíveis ameaças à floresta, que passa por uma acelerada transformação devido a obras de infraestrutura como hidrelétricas, estradas, além de atividades ilegais como a mineração.



A publicação apontou que o ritmo atual de implantação desses tipos de empreendimentos poderia causar, nos próximos anos, o desaparecimento de até metade da selva amazônica atual, que cobre uma extensão de 7,8 milhões de km², cerca de 12 macrobacias, compartilhadas por 1.497 municípios.



Relatório aponta Brasil como líder em desmatamento

O relatório computou dados da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Entre 2000 e 2010, o Brasil foi o principal responsável pela degradação da floresta (80,4%), seguido do Peru (6,2%) e Colômbia (5%). A quantidade é proporcional à área de floresta englobada pelo país (uma participação de 64,3% no território amazônico).



No fim de 2012, o Ministério do Meio Ambiente divulgou que a Amazônia Legal (área que engloba os estados que possuem vegetação amazônica - todos os da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão) registrou o menor índice de desmatamento desde que foram iniciadas as medições, em 1988, pelo Inpe.



De acordo com dados do Prodes, entre agosto de 2011 e julho de 2012 houve o desmatamento de 4.656 km² de floresta, área equivalente a mais de três vezes o tamanho da cidade São Paulo. O índice foi 27% menor que o total registrado no período entre agosto de 2010 e julho de 2011 (6.418 km²). Foi a menor taxa desde que o instituto começou a fazer a medição, em 1988.





Imagem de 2010 mostra lote de madeira ilegal confiscado em Belém, no Pará (Foto: Divulgação/Paulo Santos)

Filhotes de tartarugas saem dos ovos e vão em direção ao mar no Suriname

Bebês recém-nascidos foram vistos na Reserva Natural Galibi. Além das ameaças naturais, caçadores roubam ovos para vendê-los.


Bebês recém-nascidos da espécie tartaruga-verde vão em direção ao mar (Foto: Ranu Abhelakh/Reuters)Filhotes de tartarugas-verdes (Chelonia mydas) foram flagrados saindo do ninho e indo em direção ao mar no Suriname. Os animais apareceram no domingo (5) na Praia de Babunsanti, localizada na Reserva Natural Galibi, na margem leste do estuário do rio Marowijne.






Tartarugas marinhas lutam pela sobrevivência no Delta do ParnaíbaFilhotes de tartarugas-marinhas são libertados em praia da IndonésiaEspécie de tartaruga marinha nada diferente no Pacífico e no AtlânticoClima pode reduzir tartarugas no Pacífico em 75% até 2100, diz estudoAlém da ameaça de predadores como abutres, caranguejos e onças-pintadas, esses répteis precisam sobreviver ao ataque de caçadores que roubam seus ovos para vender nas cidades, onde são consumidos.


Para evitar as investidas dos caçadores, o trajeto das tartarugas marinhas até seu novo habitat é normalmente acompanhado de perto por guardas da reserva.







Fêmea de tartaruga-verde põe ovos em ninho na areia no Suriname; ao lado, filhote recém-nascido é acompanhado de perto por guarda da reserva em sua trajetória rumo ao mar (Foto: Ranu Abhelakh/Reuters)



Fêmea de tartaruga-verde volta ao mar após pôr ovos durante duas horas (Foto: Ranu Abhelakh/Reuters)














Detalhe da fêmea de tartaruga marinha dentro do ninho (Foto: Ranu Abhelakh/Reuters)









Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/05/filhotes-de-tartarugas-saem-dos-ovos-e-vao-em-direcao-ao-mar-no-suriname.html

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Pesquisadores da USP desenvolvem cimento ecoeficiente

Agência FAPESP – Uma tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) pode auxiliar a indústria cimenteira a atingir dois objetivos: dobrar a produção de cimento para atender a demanda mundial e diminuir a pegada de carbono, uma vez que o setor é um dos que mais emitem dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.




Os pesquisadores criaram uma formulação que substitui grande parte do material responsável pela emissão de CO2 na fabricação do produto, diminuindo a concentração de material reativo produzido a altas temperaturas na composição de cimentos e, consequentemente, na de concretos e argamassas de revestimento, mantendo a resistência dos materiais.



A tecnologia foi testada em laboratório e despertou o interesse de empresas, que analisam a viabilidade do uso em escala na fabricação do material – o segundo mais produzido e consumido no mundo, atrás apenas dos alimentos.



“Em alguns experimentos em laboratório conseguimos reduzir em mais de 70% a quantidade de ligante [fração do cimento com capacidade de reagir com água] em concretos de alta resistência com um produto feito com a formulação”, disse Vanderley Moacyr John, professor do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da USP e um dos coordenadores do projeto. “Recentemente, conseguimos adaptar a formulação para concretos de mais baixa resistência com metade do ligante usado em um produto convencional.”



De acordo com o pesquisador, que conduziu um projeto com apoio da FAPESP, o cimento tradicional – chamado Portland – é composto basicamente por argila e calcário – materiais extraídos de jazidas, posteriormente moídos e que, quando fundidos em fornos a 1,5 mil graus Celsius, se transformam em pequenas bolotas de clínquer. Esses grãos de clínquer são misturados e moídos com gipsita – a matéria-prima do gesso – até virarem cimento.



Para produzir uma tonelada de clínquer, no entanto, a indústria cimenteira emite entre 800 e mil quilos de dióxido de carbono, incluindo aí o CO2 gerado pela decomposição do calcário e pela queima do combustível fóssil para manter os fornos em funcionamento.



A fim de diminuir as emissões de CO2 na produção de clínquer, nas últimas décadas as indústrias cimenteiras começaram a substituir parte do material por escória de alto-forno – um resíduo da siderurgia – e, mais recentemente, por cinza volante – resíduo de termelétricas a carvão.



O problema dessas duas soluções, contudo, é que a indústria do aço – também altamente emissora de CO2 – e a geração de cinza volante não crescem na mesma velocidade das cimenteiras, inviabilizando as estratégias no longo prazo. “As estratégias utilizadas hoje para mitigar as emissões de CO2 pela indústria cimenteira são insuficientes”, avaliou John.



“Como a escala de produção de cimento é de 3,5 bilhões de toneladas por ano e estima-se que a produção global desse material chegará a 5,5 bilhões anuais até 2050, as indústrias cimenteiras poderão ser responsáveis por até 30% do total das emissões mundiais de CO2, superando muitos países isoladamente”, disse.



Pó de calcário



Segundo o professor da Poli-USP, por causa dessas limitações, a indústria cimenteira também usa desde a década de 1970 outro material candidato a substituir parcialmente o clínquer na formulação de cimento: o filler de calcário cru (pó de calcário).



O filler é uma matéria-prima que dispensa tratamento térmico (calcinação) – processo que, na fabricação de cimento, é responsável por mais de 80% do consumo energético e 90% das emissões de CO2.



A quantidade de filler na fórmula do cimento, contudo, era limitada a, no máximo, 10% no Brasil e em até 30%, em algumas situações, na Europa. Isso porque o calcário é moído junto com o cimento e, como não há controle do tamanho das partículas do material, seu limite de adição é baixo.



Por meio de tecnologias de controle de granulometria de partículas, já usadas em indústrias como a alimentícia e farmacêutica, os pesquisadores da Poli demonstraram em laboratório que combinando granulometrias de pó de calcário é possível aumentar para 70% a proporção do material e diminuir para 30% a quantidade de clínquer na composição do cimento.



“Atualmente, o teor de filler no cimento comercializado no mundo é de 6% e, no Brasil chega, no máximo, a 10%. Já na Europa, em algumas situações, uma tonelada de cimento tem 700 quilos de clínquer e 300 quilos de filler [incluindo outros tipos de filler, além do de calcário cru]”, comparou Bruno Damineli, um dos autores da pesquisa e que realiza pós-doutorado na Poli no âmbito do projeto.



“Demonstramos que é possível inverter essa composição e produzir uma tonelada de cimento com 300 quilos de clínquer e 700 quilos de pó de calcário”, disse.



Além de um padrão controlado do tamanho de grãos, segundo o pesquisador, as partículas de filler de pó de calcário e clínquer precisam receber aditivos químicos dispersantes, como policarboxilatos, que impedem que elas se aglomerem e formem grumos na água.



Como consequência disso, o dispersante reduz a quantidade de água e de cimento necessário para misturar à areia e pedra para produzir e desempenhar o papel de “cola” no concreto usado na indústria da construção civil.



“Os cimentos menos eficientes de modo geral apresentam grumos. Por causa disso são menos reativos e eficientes e requerem uma quantidade muito maior de água para fluir, porque são mais porosos”, explicou Rafael Pileggi, professor da Poli e um dos autores do projeto.



“Como o cimento com mais filler moído precisa de pouca água para fluir, é possível fazer um concreto pouco poroso e mais resistente do que o convencional”, disse Pileggi.



Os pesquisadores também obtiveram resultados semelhantes com outros produtos à base de cimento. Por meio do projeto realizado atualmente com apoio da FAPESP, o grupo de pesquisadores da Poli observou que também se pode reduzir o teor de cimento em argamassa de revestimento (reboco), mantendo a resistência de aderência do material.



“Constatamos que é possível reduzir a quantidade de cimento de argamassa pelo cimento com maior teor de filler moído e que a resistência do material não cai. Estamos demonstrando que a resistência não depende do cimento”, disse John.



Viabilidade técnica



A nova formulação de filler com granulometria controlada, combinada com o uso de dispersantes, abre a janela para produção de cimento com até 70% do material em sua composição, sem perder e até mesmo aumentar a confiabilidade do produto. Dessa forma, a tecnologia permitiria à indústria dobrar a produção de cimento, sem a necessidade de construir mais fornos ou produzir mais clínquer.



O grande desafio, no entanto, é viabilizar a tecnologia na escala da indústria cimenteira e de forma competitiva. “A tecnologia para moer partículas com granulometria controlada já existe, mas nunca ninguém a operou na escala da indústria cimenteira”, afirmou John.



“Será preciso produzir entre 2 e 3 bilhões de toneladas de filler com partículas com tamanho controlado e mais finas do que talco”, comparou.



Segundo os pesquisadores, vários materiais podem ser usados para produzir filler. O pó de calcário, no entanto, atualmente é o melhor candidato para substituir parcialmente o clínquer na formulação de cimento porque oferece menores riscos à saúde do que outros fillers biopersistentes.



Há outros grupos tentando utilizar quartzo finamente moído para essa finalidade. Entretanto, se usado de forma descontrolada, o material pode ser aspirado e causar silicose.



“Não é qualquer material finamente moído que pode ser utilizado para esse fim. É preciso levar em conta questões como a segurança do trabalhador da indústria da construção”, disse Damineli.



A tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores da USP despertou o interesse de empresas como a InterCement, a holding para negócios de cimento do grupo Camargo Corrêa. A empresa financia a reforma de um prédio no Departamento de Construção Civil da Poli para sediar um centro de pesquisa em construção sustentável. Coordenado pelos professores John e Pileggi, o centro de pesquisa deverá iniciar suas atividades ainda este ano e, entre outras atividades, deverá avançar no desenvolvimento do cimento ecoeficiente.


Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias4/noticia=733903

Cresce ímpeto para combater mudanças climáticas

Relatório australiano indica que quase todas as principais economias estão adotando medidas para reduzir emissões e aumentar investimento em energias renováveis, mas destaca que esforços ainda não são o suficiente






O pouco progresso visto nas últimas negociações climáticas das Nações Unidas nos faz questionar se os países estão de fato fazendo alguma coisa para combater as mudanças climáticas. Mas segundo um novo relatório do Comitê Climático da Austrália, a resposta é parcialmente positiva: nos anos recentes, os esforços das grandes economias para lidar com o aquecimento global têm crescido cada vez mais.



De acordo com o documento, intitulado The Critical Decade: Global Action Building on Climate Change (A Década Decisiva: Ações Globais Desenvolvidas para Mudanças Climáticas), o ímpeto para combater o aquecimento global está crescendo, e quase todas as principais economias estão adotando medidas para reduzir as emissões e aumentar os investimentos em energias renováveis.



O estudo ressalta, por exemplo, que atualmente 98 países se comprometeram a limitar suas emissões de gases do efeito estufa, e que o número de nações que está estabelecendo um preço para o carbono está crescendo; quatro novos esquemas iniciaram neste ano, operando agora em 35 países e 13 estados, províncias e cidades. Os 48 esquemas em desenvolvimento devem compreender cerca de 880 milhões de pessoas, ou 20% das emissões do planeta.



A capacidade mundial de energia renovável também está crescendo rapidamente; apenas em 2012, aumentou 15%. A capacidade de painéis solares fotovoltaicos cresceu 42%, e a de capacidade eólica, 21%, E a geração total de energias renováveis no mundo deve crescer mais de 40% entre 2011 e 2017.



Além disso, o apoio político tem sido um fator essencial para direcionar investimentos para o combate às mudanças climáticas e para a instalação de capacidade de energia renovável em muitos países.



Os campeões



Em se tratando de ações climáticas, a China e os Estados Unidos se mostraram os países que mais têm desenvolvido esforços para resolver a questão. Juntas, as duas nações produzem cerca de 37% das emissões mundiais, mas a pesquisa afirma que ambas estão a caminho de cumprir seus compromissos climáticos internacionais.



Nos últimos meses, por exemplo, os dois países declararam que vão fortalecer seus esforços, e em abril as nações chegaram a um acordo histórico para combater as mudanças climáticas juntos.



E as ações não estão sendo apenas conjuntas. A China, apesar de ser a maior emissora do mundo, está reduzindo o crescimento de suas emissões, e em 2012, o país também reduziu a intensidade de carbono – o CO2 gerado por cada unidade de PIB – de sua economia mais do que o esperado e diminuiu o crescimento da demanda de eletricidade quase pela metade. Após anos de um acentuado aumento no uso do carvão, a taxa de crescimento caiu substancialmente.



Os chineses também começarão a introduzir sete esquemas de comércio de emissões neste ano, que cobrirão cerca de 250 milhões de pessoas. Em alguns anos, um esquema de comércio nacional deve ser implementado, baseado no modelo dos mecanismos regionais.



Em se tratando de energias renováveis, o país nos últimos anos se destacou como a maior potencia mundial, tomando medidas ambiciosas para adicionar as renováveis ao seu mix energético. Entre 2005 e 2012, a China aumentou sua capacidade de geração eólica em quase 50 vezes, e a quantidade de eletricidade gerada a partir do vento em 2012 foi cerca de 36% maior do que em 2011.



A nova capacidade solar aumentou 75% em 2012, e a capacidade total de energia solar da China deve triplicar para mais de 21 mil gigawatts em 2015. Além disso, em 2012, o país investiu US$ 65,1 bilhões em energia limpa, 20% a mais do que em 2011. Essa quantia foi maior do que a de qualquer outro país, e representa 30% do investimento de todo o G20 no mesmo ano.



Os EUA, apesar de ficarem atrás da China tanto no quesito emissões quanto em ações climáticas, também estão tomando atitudes para reduzir o CO2, diz o documento. Um dos fatores que parece estar aumentando a força das políticas climáticas no país é o fato de o presidente Barack Obama ter definido sua intenção de combater as mudanças climáticas e de que os norte-americanos desempenhem um papel de liderança nesse sentido.



Os números também apontam para essa direção, já que as emissões dos EUA estão caindo. Segundo o estudo, as estratégias políticas, o impacto da recessão econômica e a troca do carvão para o gás contribuíram para isso.



Outros aspectos que estão colaborando são: o estabelecimento do esquema de comércio de emissões da Califórnia, que é a 9ª maior economia do mundo; as políticas para encorajar as energias renováveis; o aumento da capacidade de energia renovável instalada, que quase dobrou entre 2008 e 2012; e os investimentos em renováveis, que em 2012 chegaram a US$ 35,6 bilhões, ficando atrás apenas dos da China.



A boa notícia, é que, de acordo com a pesquisa, as ações climáticas dos dois gigantes estão estimulando os esforços globais para lidar com as mudanças climáticas. Embora os dois países não possam resolver o problema sozinhos, eles estão atuando como líderes nesse processo, incentivando outras grandes economias a investirem em energias limpas e na mitigação das emissões.



Parece, mas não é



Mas apesar dos números impressionantes das duas potências e seus esforços, o relatório aponta que o que está sendo feito ainda não é o suficiente para manter o aumento das temperaturas em 2ºC. O documento indica que as emissões continuam a crescer vertiginosamente, o que é um risco sério para a sociedade.



A pesquisa também enfatiza que essa década deve estabelecer as bases para reduzir as emissões rapidamente para quase zero até 2050, e que o quanto mais cedo isso acontecer, menos prejudicial e caro isso será.



“Essa é a década essencial para acelerar as ações. Todos os países, particularmente os grandes emissores como a China, os Estados Unidos e a Austrália, deve ir além em seus compromissos atuais para reduzir suas emissões mais profunda e rapidamente. Essa é a década essencial para reverter a tendência das emissões globais e estabelecer as bases globais para acelerar as reduções nas próximas décadas”, concluiu o estudo.

  Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/mudancas_climaticas1/noticia=733870

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